Blog do Flavio Gomes
F-1

O CONTRATO (2)

SÃO PAULO (poço sem fundo, esse) – Caminho aberto pelo Fábio Seixas, a turma do Grande Prêmio foi à luta para destrinchar os documentos da Biblioteca de Documentos da Indústria do Tabaco (fiz uma tradução livre) para achar mais contratos entre pilotos e equipes patrocinadas por marcas de cigarro, o carro-chefe da F-1 nos anos […]

SÃO PAULO (poço sem fundo, esse) – Caminho aberto pelo Fábio Seixas, a turma do Grande Prêmio foi à luta para destrinchar os documentos da Biblioteca de Documentos da Indústria do Tabaco (fiz uma tradução livre) para achar mais contratos entre pilotos e equipes patrocinadas por marcas de cigarro, o carro-chefe da F-1 nos anos 70/80/90.

Capítulo de hoje: o acordo de Piquet com a Lotus em 1988. Curiosidades: salário três vezes maior que o de Senna na McLaren, condição explícita de primeiro piloto (Nakajima não podia ultrapassá-lo) e tudo negociado por uma empresa também sediada em paraíso fiscal.

Vem mais coisa por aí, podem esperar. Mas não encarem esse material como denúncias ou coisa do tipo. Ninguém vai preso e não tem nenhuma grande irregularidade nesses contratos, nem mesmo o fato de eles terem sido assinados com empresas sediadas em paraísos fiscais. Isso é comum nesse ambiente de muita grana envolvendo esportistas. Não sei o regime tributário que se aplica a esses casos, mas suponho que tanto Senna, citado ontem, quanto Piquet estivessem em dia com a Receita brasileira naqueles tempos e fossem orientados por bons adovogados. Não é um um “Wikileaks da F-1”. São apenas curiosidades sobre um mundo sempre tratado com sigilo absoluto e que vêm à tona agora com detalhes deliciosos.