SÃO PAULO (cultura inútil) – Não sei se isso existe ainda no jornalismo impresso. No meu tempo, quando a gente publicava duas fotos lado a lado para comparar alguma coisa, em geral pessoas, chamava de “pam-dam” (a grafia fica por conta da imaginação de cada um; eu achava que era com M no final, mas não sei bem por quê).
Para fazer um bom “pam-dam”, o diagramador tinha de prismar as fotos. A saber: ampliar, ou reduzir, de forma que os rostos tivessem o mesmo tamanho. Os caras tinham uns truques. Cortar pelos ombros, ou fazer o mesmo corte no topo da cabeça. Fotos assim, de rostos, a gente chamada de “bonecos”.
Assim, com as fotos prismadas, tínhamos um “pam-dam” perfeito. Melhor ainda se os perfis fossem os mesmos, mas com ângulos opostos — um olhando para o outro, nunca os dois olhando “para fora”.
Vale pela lembrança do Moco.