Blog do Flavio Gomes
Grande Prêmio

PURA INDY

RIO (adotado) – Não tenho muito o que dizer sobre o texto do Victor Martins sobre mais uma cobertura em Indianápolis. Quando se vive uma experiência dessas (“experiência” é palavra recém-estragada por publicitários e marqueteiros, que morram todos), é preciso vivê-la na plenitude. É preciso lembrar até o fim dos dias do lugar na sala de […]

RIO (adotado) – Não tenho muito o que dizer sobre o texto do Victor Martins sobre mais uma cobertura em Indianápolis. Quando se vive uma experiência dessas (“experiência” é palavra recém-estragada por publicitários e marqueteiros, que morram todos), é preciso vivê-la na plenitude. É preciso lembrar até o fim dos dias do lugar na sala de imprensa, da cor do carro, do nome do cara que te diz good morning todos os dias, do número do quarto de hotel, das piadas internas que não podem se perder no éter. É preciso guardar na melhor gaveta da memória o jogo de basquete e o rosto do negão que se sentou do seu lado, a marca da cerveja e a voz do GPS.

Sei bem o que é Indianápolis. Pena que em 1992, quando fui pela primeira de tantas vezes, não existiam blogs, nem tempo para contar tudo. O tempo era curto, vocês não têm ideia de como se mandava uma matéria para o Brasil, e eu queria mostrar tudo, escrever sobre tudo, fazer o tempo parar para ter tempo de produzir.

Martins & Evelyn, essa dupla inacreditável, sabem usar o tempo.