Blog do Flavio Gomes
F-1

È SALITO SUL TETTO

SÃO PAULO (quero só ver…) – Andei dando uma olhada agora em tudo que foi publicado pós-GP de Cingapura e fiquei com uma pulguinha atrás da orelha. No “Sobre ontem…”, aí embaixo, falei sobre a disposição da McLaren de adiar o anúncio de seus pilotos para 2015, quando seria normal fazê-lo em Suzuka, a casa […]

alonso2007mcl

SÃO PAULO (quero só ver…) – Andei dando uma olhada agora em tudo que foi publicado pós-GP de Cingapura e fiquei com uma pulguinha atrás da orelha. No “Sobre ontem…”, aí embaixo, falei sobre a disposição da McLaren de adiar o anúncio de seus pilotos para 2015, quando seria normal fazê-lo em Suzuka, a casa da Honda. E especulei sobre o interesse (óbvio) em Alonso, para concluir que no fim das contas é provável que o time fique com quem já está lá, por falta de melhores opções.

Mas…

Mas não tinha lido isso ainda. É “La Gazzetta dello Sport” que começa a falar sobre uma insatisfação cada vez maior de Alonso, a ponto de o novo chefe, Machu-Pichu, responder a um cabra que lhe perguntou se Fernandinho ficaria em 2015: “No momento, sim”.

Uau.

A “Gazzetta”, todos sabem, é ligada à Fiat e tem fontes muito interessantes em Maranello. Não dá ponto sem nó.

O que poderia impedir uma transferência já seria o mal-estar antigo entre Alonso e Ron Dennis por conta da passagem do espanhol por Woking, em 2007. Mas não há nada que o tempo e uma boa grana não resolvam. É bom lembrar que o piloto, depois do bicampeonato em 2005 e 2006, só teve chances reais de ser campeão pela McLaren. Ele e Hamilton só perderam a taça para Raikkonen porque se desentenderam antes da metade do Mundial e ficaram se matando até o fim do campeonato, um tirando ponto do outro.

Quando voltou à Renault para dois anos de espera por algo maior, em 2008 e 2009, o asturiano não lutou por títulos. E na Ferrari, onde desembarcou em 2010, as coisas nunca andaram bem — exceção feita ao primeiro ano, quando teve uma possibilidade de ser campeão até a última etapa, mas sem nenhum favoritismo claro diante da arrancada da Red Bull na segunda metade daquela temporada.

Como diz a velha piada, quando boatos começam a ficar fortes num jornal como a “Gazzetta”, é porque o gato subiu no telhado. Apesar de todo o amor que Alonso sempre faz questão de declarar à Ferrari, eu não cravaria sua permanência entre os italianos no ano que vem.

Não é uma negociação fácil, porém. Vai valer a pena acompanhar de perto cada declaração dos personagens envolvidos nos próximos meses para ver que bicho vai dar.