Blog do Flavio Gomes
Antigos em geral

SORRY, PERIFERIA

SÃO PAULO (very proud) – Não sei vocês, mas eu assino o “The Wall Street Journal”, e hoje, quanto Totó me trouxe o jornal enquanto eu tomava café da manhã na varanda, qual não foi minha surpresa ao ver a primeira página. Pouco abaixo da manchete sobre a ação dos EUA contra o Estado Islâmico […]

WSJSÃO PAULO (very proud) – Não sei vocês, mas eu assino o “The Wall Street Journal”, e hoje, quanto Totó me trouxe o jornal enquanto eu tomava café da manhã na varanda, qual não foi minha surpresa ao ver a primeira página. Pouco abaixo da manchete sobre a ação dos EUA contra o Estado Islâmico na Síria, o destaque com o título: “The Trabant Takes Manhattan On a Tour of East Bloc Nostalgia”. Nunca entendi essa paixão do “WSJ” por maiúsculas em seus títulos, mas já me acostumei.

A chamada da capa levava (destacada em vermelho por este que vos bloga) a uma ótima reportagem sobre um curioso fenômeno em solos americanos: o Trabant virou objeto de coleção entre os vizinhos do norte.

Demorou, mas invadimos e conquistamos a América.

Para ler a reportagem toda, é só clicar aqui. Está no site do “WSJ” com destaque na home, também. E como sói acontecer no jornalismo moderno, o texto é acompanhado por um vídeo, além das fotos.  Nele, o personagem escolhido pelo repórter dá umas voltas de Trabi por Nova York. É um 601 verde, 1985. Lindo, como todos.

Interessante notar que a matéria é muito bem escrita, sem graves erros de informação (uma ou outra data, nada sério) e, o que é ainda mais positivo, tira uma onda dos Trabis com respeito, sem caçoar desta maravilha da engenharia alemã-oriental — como costumam fazer, miseravelmente, jornalistas despreparados pelo mundo (sei onde moram todos, e onde estudam seus filhos).

A reportagem aproveita para anunciar a próxima parada de Trabants e Wartburgs (não citados, mas eu cito; até porque aparecem nas fotos) até o Spy Museum, de Washington, em 8 de novembro. No dia 9, não se esqueçam, faz 25 anos da queda do Muro de Berlim. estão esperando algum tipo de recorde de carrinhos dois tempos na capital americana.

E é isso. Quando seu carro sair na capa do “WSJ” você fala comigo, tá? Mas tem de ser 23 anos depois que ele parou de ser produzido, senão não vale.