
Alguém encontra em alguma loja e compra pra mim? Obrigado.

Hungaroring, 1992. Ao lado do box da melhor equipe, o melhor carro. Nada pode ser mais espetacular. Cortesia do Rodrigo Mattar.
RIO (boa companhia) – Se vocês acham que só eu gosto dessas coisas lindas, conheçam António de Freitas, feliz proprietário de um Wartburg, um Trabant e uma Vespa em Portugal. É amigo do meu brother Luciano Pinho, que mora perto de Munique. Pimpolhos unidos dos dois tempos! A garagem do António é simplesmente um sonho.
RIO (perdoamos) – Recebi a seguinte mensagem do Adriano Andreoli:
Bom dia Flavio, como vai?
Eu tirei essa foto, não sei exatamente que carro é esse, mas parece com aqueles antigos da União Soviética ou da Alemanha Oriental, que você publica. A curiosidade é que tirei essa foto no estado de Utah, bem no meio dos Estados Unidos. Como um carros desses foi parar lá?
Bem, eu deveria submeter o nobre blogueiro flanando pelo interior estadunidense a alguns dias na Sibéria. Como assim “não sei exatamente que carro é esse”?
Mas o espírito natalino me leva a relevar tal heresia. Como esse Trabant foi parar aí é algo que realmente não saberia dizer. Mas que é melhor que todos os que passam por ele no caminho, garanto.
Ah, e a foto está demais! Valeu, meu jovem.
[bannergoogle]RIO (aplausos) – Hertha Berlin x RB Leipzig pela Bundesliga no dia 9 de novembro, exatamente nos 30 anos da queda do Muro. Um time da RFA, outro da antiga DDR. A cerimônia, tão simples quanto bela. Com um Trabi para alegrar nossos corações.
Claro que teve carreata de Trabis, Wartburgs e Barkas para lembrar os 30 anos da queda do Muro de Berlim. Dá até pra sentir o cheirinho!
Na Alemanha Oriental, as mulheres eram estimuladas a trabalhar para viverem em igualdade de condições com os homens, inclusive salariais. Dispunham de creches do Estado para que a maternidade não fosse um inibidor de seu ingresso no mercado de trabalho, além de toda uma estrutura de saúde voltada exclusivamente para elas. Talvez por isso fosse um país com alto índice de divórcios. Neguinho enchia o saco, tomava um pé na bunda e pronto. A fila andava.
RIO (saudades do que não vi) – Sigo uma página com fotos da DDR no Facebook e às vezes pingam coisinhas lindas como essa aí embaixo. Me parece um “posto de gasolina noturno” — as aulas têm sido proveitosas. Só não sei direito como funcionavam essas coisas. Talvez as caixinhas guardassem galões já com óleo misturado e em quantidades determinadas. O do cara parece de 5 litros. Uma moedinha para abrir a bagaça e pronto, ninguém ficava sem gasolina quando os postos estavam fechados.
A Alemanha Oriental era demais.
RIO (que dia, este 7) – Leio na Deutsche Welle que hoje é o aniversário oficial do Trabant, 7 de novembro, e foi há 60 anos, em 1957, que saiu da linha em Zwickau a primeira unidade do carro mais espetacular do mundo.
Acho que nem preciso dizer muito sobre esses carrinhos, vivo falando deles aqui. Apenas queria dar um abraço em Gerd. Mas estou longe.
RIO (sempre aprendendo) – Olha, eu achava que já tinha visto todos os modelos possíveis de Trabant, incluindo os muitos protótipos feitos pela Sachsenring ao longo das muitas décadas de produção do carro mais fantástico do universo conhecido. Isso porque não sei te tem algum museu da Alemanha Oriental que ainda não visitei. Incluindo, claro, o museu Horch de Zwickau, onde o Trabi nasceu, e o Trabant Museum, de Berlim. Fora os vários pequenos museus de tecnologia e transportes espalhados por cidades como Leipzig, Chemnitz e Dresden.
Mas esse modelo aí, que o Anderson Grzesiuk mandou, é novidade completa para mim. Segundo ele, foi um estudo feito para receber o motor VW 1.1 refrigerado a água que acabaria sendo usado nos últimos anos de produção, de 1989 a 1991. Até 1988, o motor usado era o velho — e fabuloso — dois cilindros, dois tempos, refrigerado a ar e derivado dos DKWs da década de 30.
Como sabido, o pequeno 1.1 da VW foi mesmo adotado e não salvou o Trabi, mas a Sachsenring optou por mudar muito pouco a frente e a traseira do carro. Sou louco para ter um desses, e um dia ainda vou buscar.
O Anderson não me disse onde foram tiradas as fotos. Se alguém souber, avise. Porque na próxima viagem vou ver essa coisa linda de perto.
Além da frente toda cheia de charme, os caras fizeram uma tampa de porta-malas que desce até o para-choque. Chique demais.
SÃO PAULO (bico) – O Pedro Prates, de Montes Claros (MG), mandou a foto por e-mail e o relato/pergunta:
Ao chegar com amigos no Hard Rock Cafe, em Dublin, no começo deste mês, me deparei com um certo veículo pendurado no teto, de ponta-cabeça (com os faróis ligados e tudo mais). Sabia da existência dessa atração?
A propósito, o sanduíche é caro, mas o lugar é sensacional!
Vamos lá, contem ao Prates qual é a desse Trabant.
SÃO PAULO (ser feliz…) – Acho, só acho, que alguns desses já pingaram aqui um dia. Mas ver corrida de Trabi, de Lada, Skoda, Wartburg, monopostos do Leste Europeu em geral é sempre uma alegria sem fim. O Dante Decker (será que anotei certo?) mandou a dica do canal no YouTube. Vejam o que tinha de gente nesses autódromos, e notem como é fácil ser feliz com motores de 1.000 e 1.300 cc numa pista.
SÃO PAULO (e tudo funciona) – Meu amigo Fernando Victorino lembrou a data — ainda bem, porque esquecer isso seria imperdoável. Foi no dia 30 de abril de 1991, portanto há exatos 25 anos, que foi encerrada a produção do Trabant pela Sachsenring em Zwickau.
No total, 3,7 milhões de Trabis foram feitos na Alemanha Oriental. Nos últimos dois anos, com motor VW 1.1 quatro tempos — até então, equipava o melhor carro do mundo um dois cilindros dois tempos com pouco menos de 600 cc de cilindrada.
Sendo assim, Gerd’O’Lino, meu caro, vamos passear esta noite.
Quando um leitor, em Praga, saca a câmera e filma uns Trabis (e uma perua Wartburg) para mandar para um blog, é porque o tal blog está cheio de leitor legal. O Nenê, de Campinas, mandou. As imagens foram feitas anteontem.
SÃO PAULO (vamos ver) – A gente noticiou a morte, em 19 de novembro, é justo que noticie a ressurreição. Um grupo sediado no Paraná, que entre outras coisas tem locadora de automóveis, empresa de gestão de carreiras de celebridades e revenda de máquinas agrícolas, montou uma empresa, a PBB Entertainment, para comprar os direitos de publicação de “Playboy”. A negociação foi fechada e em março a revista volta às bancas. Com fotos de mulheres nuas.
Pelo que soube, Sérgio Xavier, atual diretor da revista, será reaproveitado. O publisher será um ex-fotógrafo da publicação. Espero, sinceramente, que seja um sucesso. E para celebrar a sobrevivência de “Playboy”, um “Cars & Girls” em edição extraordinária.
SÃO PAULO (farei o mesmo) – O Alberto Mesniki, de Foz do Iguaçu, estava batendo perna por aí e me mandou a mensagem e a foto:
Vi esse carro estacionado este mês numa praça na cidade de Cesky Krumlov, interior da República Tcheca e, aparentemente, rodando normalmente. Pela simpatia das pessoas à ideia, o dono deve estar mesmo faturando o suficiente para a manutenção do carro.
É justo. Todo mundo deve parar para tirar uma foto. Assim, de graça? Vamos ajudar, uai! E nem precisa muito, porque Trabis não quebram.