Blog do Flavio Gomes
F-1

CIAO, BELLO

SÃO PAULO (foi bem, até) – Foram cinco anos, 96 GPs (contando o de domingo), com 11 vitórias, quatro poles, 44 pódios, 1.186 pontos e três vice-campeonatos (em 2010, 2012 e 2013). Não dá para dizer que tenha sido uma porcaria a passagem de Alonso pela Ferrari, onde ancorou em 2010 e de onde sairá […]

alonsofora2015

SÃO PAULO (foi bem, até) – Foram cinco anos, 96 GPs (contando o de domingo), com 11 vitórias, quatro poles, 44 pódios, 1.186 pontos e três vice-campeonatos (em 2010, 2012 e 2013). Não dá para dizer que tenha sido uma porcaria a passagem de Alonso pela Ferrari, onde ancorou em 2010 e de onde sairá ao final do GP de Abu Dhabi daqui a dois dias.

Alonso não foi campeão, porém. E isso pega. Aliás, ele não ganha um título desde 2006. Isso pega mais ainda. Por isso resolveu sair. Porque embora adore a equipe, não confia nela, muito menos nos caras que estão assumindo os postos de chefia.

O tom da carta de despedida, distribuída na forma de comunicado oficial, é bastante choroso. “Choronso”, como dizem por aqui. Mas me parece sincero, por parte do espanhol. “Sempre levarei o Cavalinho no coração”, “do início ao fim prevaleceu meu amor pela Ferrari”, “foram cinco anos de grandes desafios em que pude demonstrar ser acima de tudo um grande torcedor, colocando os interesses da Scuderia sempre à frente dos meus”, “quando tive de tomar uma decisão para meu futuro, fiz com a Ferrari no meu coração, guiado pelo amor que tenho pela equipe”, “tenho muito orgulho do que fizemos juntos”, “destes cinco anos levarei algumas nas lembranças mais belas da minha carreira”, “deixo em Maranello mais do que amigos, deixo uma família”, foram algumas das frases ditas por Fernando.

Se gosta tanto, então, por que pegar as malas e se mandar? Porque tudo acaba, e neste mundo das corridas não há amor que resista à falta de resultados e à vontade de um piloto de vencer.

Um cara como Alonso só faz sentido ganhando, ou pelo menos lutando por vitórias.

É o que ele espera encontrar na McLaren.