Blog do Flavio Gomes
F-1

NÃO FAZ SENTIDO

SÃO PAULO (repensem, senhores) – O José Everson de Abreu me mandou um negócio interessante. Vamos lá. Primeiro, vejam isso aqui. Lembraram? O impagável Alex Yoong. Dos piores pilotos que já passaram pela F-1. Malaio, arrumou uma grana para a Minardi. As imagens são do início da classificação para o GP da Malásia de 2001. […]

SÃO PAULO (repensem, senhores) – O José Everson de Abreu me mandou um negócio interessante. Vamos lá. Primeiro, vejam isso aqui.


Lembraram? O impagável Alex Yoong. Dos piores pilotos que já passaram pela F-1. Malaio, arrumou uma grana para a Minardi. As imagens são do início da classificação para o GP da Malásia de 2001. Como contam os meninos do “Pitlane”, o blog de automobilismo do “Correio do Povo”, de Porto Alegre, o tempo de 1min40s158 colocou o pobre Yoong na 22ª e última posição do grid para aquela corrida de Sepang. O pole-position, Schumacher, cravou 1min35s266. A Minardi, que pouco tempo depois seria comprada pela Red Bull, usava poderosos motores Asiatech.

Aceleremos a ampulheta. Sepang, 2015. O Q1 foi o único pedaço da classificação realizado com pista seca. Hamilton foi o mais rápido. Seu tempo: 1min39s269. Yoong, com a volta de 13 anos atrás numa Minardi-Asiatech sem asa-móvel, com pneus raiados e orçamento de 30 milhões de dinheiros, que a Mercedes deve gastar em dois GPs, teria feito o quarto tempo no Q1 da Malásia de dois meses e meio atrás. Yoong. Minardi. Asiatech. Pneus com ranhuras. Sem asa-móvel. 2002.

[bannergoogle] Hamilton, com sua excepcional volta de um-trinta-e-nove-e-uns-quebrados, largaria naquele grid de Sepang em 21º. Na frente de Webber e Yoong. A dupla da Minardi. Isso com uma Mercedes 2015. Com slicks. Asa-móvel. Time de fábrica. Hamilton, bicampeão mundial.

Gastaram zilhões para desenvolver as novas unidades de potência. Elas têm turbo e dois motores elétricos auxiliares. Para tirar uma e colocar outra, leva mais ou menos um mês. E se alguém esquecer de conectar algum plugue, só será possível descobrir qual é se chamarem um exorcista.

Não faz o menor sentido. Na verdade, é ridículo demais.