SÃO PAULO (já Elvis) – É questão de dias a oficialização do rompimento entre Red Bull e Renault. A montadora francesa, que contribuiu — e muito — com o sucesso do time austríaco entre 2010 e 2013, tem sido maltratada a cada GP. É a opinião de Carlos Ghosn, presidente da Renault. Que não se conforma com as críticas quase diárias da equipe ao seu produto. Para ele, em esportes como a F-1 se ganha e se perde junto. E o time rubrotaurino não se acanha em atribuir aos franceses a responsabilidade pelos fracassos de 2014 e 2015, tirando o dele da reta.
[bannergoogle] A Renault só fica na F-1 com equipe própria. Vai tentar comprar a Lotus — que, por sua vez, pode entrar em processo de administração judicial, e só sobrevive se for comprada, mesmo. A Red Bull terá de buscar novo fornecedor. As conversas com a Mercedes mal começaram e já terminaram. Arriscar com a Honda é acreditar demais na intuição. Vai sobrar a Ferrari.
O contrato entre as partes terminaria no final do ano que vem. O que se estuda agora são os termos da rescisão.
A Red Bull vai passar por uma fase difícil de transição. Sem Newey e Vettel, e sem ter prioridade na motorização — algo que com a Renault acontecia –, terá de se contentar com unidades de força de segunda mão se fechar com a Ferrari. É uma sinuca de bico.
Sem querer ser profeta do apocalipse, creio que podemos estar testemunhando o começo do fim de uma aventura que deu muito certo, tão certo que chegou a um patamar em que não vencer não é mais aceitável.