SÃO PAULO (veremos) – Quando Schumacher chegou à F-1 em 1991, bancado pela Mercedes — que comprou a vaga na Jordan –, entrava ano, saía ano, e alguém especulava sobre uma transferência do piloto para a fábrica alemã. E a Mercedes nem tinha equipe… Foi só em 1995 que se aboletou com a McLaren, ligando-se finalmente a um time grande, e as especulações perduraram por temporadas a fio.
No fim das contas, Michael só foi parar na Mercedes depois que resolveu suspender a aposentadoria, em 2010. Nesse hiato de quase 20 anos, muita água rolou sob as pontes do Reno, e as mais cristalinas, do ponto de vista de Schumacher, foram as da Ferrari. Por mais que o vínculo com a montadora da estrela de três pontas fosse histórico, quase uma dívida de gratidão, cada um tomou seu rumo e tocou a vida.
[bannergoogle]Está acontecendo algo parecido agora com Vettel. O tetracampeão nunca foi ligado à Mercedes, é bom que se diga. Mas é alemão. E depois que Rosberg parou e tal, seria natural que a Casa de Stuttgart olhasse para ele com algum carinho.
Parece que aconteceu, no final do ano passado. Mas a roda girou, Bottas acabou sendo contratado e fim da história. Só que Leo Turrini, jornalista de Bolonha com ótimas fontes em Maranello, escreveu em seu blog que um acordo para 2018 estaria alinhavado — Bottas seria, por assim dizer, um piloto-tampão.
O que a Mercedes não imaginava, relata Turrini, era o crescimento da Ferrari em 2017. E a chance de ser campeão de vermelho se colocaria acima de qualquer pretensão prateada.
Tudo faz sentido: o sonho de ter Vettel, o poder de sedução de um carro vencedor, a reviravolta ferrarista que colocaria uma pedra sobre o assunto.
Por via das dúvidas, melhor esperar o que vai acontecer neste campeonato. E, sendo bem franco, acho que Sebastian não pensa mais em sair, não.
