SÃO PAULO (vixe) – A FIA acaba de confirmar que na análise dos dados das equipes sobre o teto de gastos do ano passado três equipes apresentaram problemas. Aston Martin e Williams cometeram erros burocráticos e processuais, mas aparentemente não excederam os gastos de US$ 145 milhões permitidos por temporada. A Williams até já apresentou suas justificativas e está livre de qualquer sanção.
A Red Bull, segundo a entidade, incorreu numa “quebra mínima” do teto. Não se falou nada ainda sobre possíveis punições ao time. O regulamento financeiro da F-1 prevê aplicação de multa, diminuição do teto para temporadas futuras, perda de pontos nos Mundiais de Pilotos e Construtores, reprimenda pública, restrições de desenvolvimento e uso de certos equipamentos como túnel de vento ou suspensão por uma ou mais etapas do campeonato.
A Red Bull reagiu com a nota acima, afirmando que na sua prestação de contas ficou abaixo do teto e pede que os números da FIA sejam revistos. E que vai se defender considerando “as opções disponíveis” para fazê-lo.
Isso ainda vai dar confusão, e não será um processo curto. O fato é que o teto de gastos está, neste momento, correndo o risco de ser desmoralizado se nada for feito contra a Red Bull caso a equipe não consiga demonstrar que não fez nada de errado. Vai ter gente — Mercedes e Ferrari, certamente — colocando em dúvida a conquista de Verstappen no ano passado. Toto Wolff já disse que um estouro do orçamento num ano tem reflexos nas duas temporadas seguintes, no mínimo.
Como a FIA vai provar que a Red Bull gastou mais do que devia? Como a Red Bull vai provar que não fez isso? São perguntas que ficam no ar e jogam muitas sombras sobre a F-1 neste fim de temporada. Não tenho resposta para nenhuma das duas.