Blog do Flavio Gomes
Pequim 2008

DOMINGO NO PARQUE (2)

PEQUIM (muito rápido, tudo) – E lá pelo meio do passeio, dou uma parada no stand da Volkswagen e… surpresa! Encontro o Auto Union Type D! Sabe que acho que é a primeira vez que vejo esse carro ao vivo? No Museu da Audi, quando estive lá, estava se exibindo em algum canto. Agora se […]

PEQUIM (muito rápido, tudo) – E lá pelo meio do passeio, dou uma parada no stand da Volkswagen e… surpresa! Encontro o Auto Union Type D! Sabe que acho que é a primeira vez que vejo esse carro ao vivo? No Museu da Audi, quando estive lá, estava se exibindo em algum canto. Agora se exibe aqui.

Nem preciso dizer que fiquei babando.

Falando em carro alemão, três das principais montadoras de lá já têm fábricas na China. Quando o governo chinês liberou a compra de automóveis para o povão, em 1979 (é isso mesmo: só a partir de 1979 passou a ser permitido ter um carro; antes disso, quem tinha uma bike já se dava por muito feliz), o olho tedesco cresceu para cima de um potencial mercado consumidor de carros de luxo.

No fim dos anos 80, a Mercedes conseguiu convencer o governo a substituir os velhos Hongqi (algo como “bandeira vermelha”) oficiais da frota dos líderes do partido por modelos 250 S e 280 SEL. Mas foi a Audi quem se instalou primeiro, em Changchun. Fez uma parceria com uma empresa local (só pode assim) e em 1996 passou a fabricar o Audi 200, com motor V6. Em 1999, iniciou a produção do A6.

Em 2003, foi a bez da BMW, que montou uma fábrica em Shenyang. A Mercedes, só em 2005. Hoje fabrica o E-Class e o C-Class, a preços que vão de 100 mil a 150 mil reais. O mercado é promissor. Nos quatro primeiros meses deste ano, a Mercedes vendeu 9.626 carros. A taxa de crescimento para esse segmento de luxo é de 40% ao ano. Em 2014, a projeção é de que se vendam 500 mil carros “premium” por ano na China.

Outro número impressionante é o da produção de veículos. Quando era movida a bicicleta, em 1980, a China fabricou 220 mil carros. Em 2000, foram 1.830.000.

Ainda bem que o país é grande, para caber tudo isso. E como eles dirigem muito mal, creio que em pouco tempo este será um mercado dos mais promissores do mundo para funileiros (ok, Rio, lanterneiros).