Blog do Flavio Gomes
F-1

A PRIMEIRA VEZ

SÃO PAULO (não se esquece) – Não sei qual será o futuro de Bruno Senna, se vai ser o escolhido pela Honda e pela Petrobras (acho que vai), se vai se tornar um grande piloto de F-1, se um dia lembrará, mesmo que vagamente, o tio genial. Mas o fato é que hoje ele começou […]

SÃO PAULO (não se esquece) – Não sei qual será o futuro de Bruno Senna, se vai ser o escolhido pela Honda e pela Petrobras (acho que vai), se vai se tornar um grande piloto de F-1, se um dia lembrará, mesmo que vagamente, o tio genial. Mas o fato é que hoje ele começou sua trajetória na categoria, que existirá, boa, ruim ou apenas média. Isso só o tempo dirá.

Assim, que fique para os registros a imagem de sua primeira sentada num F-1, em Barcelona (foto Getty Images). No primeiro dia, ele andou mais rápido que Lucas di Grassi. Os tempos não são tão importantes assim, porque cada um vai enfrentar uma situação de pista diferente, e não temos informações suficientes sobre as condições do carro para cada um. Hoje, por exemplo, Bruno andou de tarde, com temperatura bem mais alta, e Lucas de manhã, bem mais frio (os termômetros foram de 6 a 18 graus durante o dia).

Ao final dos três dias, é a Honda inteira, e não só o cronômetro, neste caso, que vai dizer quem foi melhor. Vai haver também, até quarta, uma intensa batalha das assessorias de imprensa, com elogios e desculpas para ambos. Claro que os tempos, depois de três dias, serão igualmente um parâmetro importante de comparação. Mas não serão tudo. Relacionamento com engenheiros, capacidade de passar informações, velocidade de entendimento do comportamento do carro, tudo isso conta.

Boa sorte a ambos. Um deles será o substituto de Barrichello na equipe, creio, embora ainda ache que Bruno poderia investir um pouco mais na Toro Rosso. Tem portas abertas e arruma a grana, se precisar. É que na Honda ainda tem o negócio da Petrobras, que pode lançar uma gasolina chamada “Senna” no Brasil (talvez seja a substituta da Supra, as negociações estão em andamento), como a YPF tem a “Fangio” na Argentina.

Bem, seja qual for o desfecho dessa história, não vai demorar muito.