Alonso ficou putinho. Disse que a corrida foi manipulada, que a punição a Hamilton não serviu para nada, que o mundo é injusto, que é tudo muito triste, oh, céus, oh, vida.
Ficar puto faz parte. Mas não dá para acusar Hamilton de ter sido desonesto. Naquela hora, o cara não mede milésimos de segundo. E ele passou o safety-car, que estava ainda dentro da linha de saída de box, por milésimos. O problema é que a FIA demorou para dar o drive-through. O safety-car entrou na nona volta e ele só foi pagar o pênalti na 28ª. Até ali, Kobayashi se encarregou de segurar todo mundo. Por isso, era segundo quando pagou a multa e continuou em segundo quando saiu dos boxes. Aí, sorte dele.
Alonso e Massa deram muito azar, porque eram os únicos que já tinham passado da entrada dos boxes, e por isso precisaram dar uma volta inteira atrás do safety-car enquanto que os demais, alegremente, trocavam seus pneus. Acontece. Chato, mesmo, para os dois, é que aconteceu numa pista de merda, onde ninguém passa ninguém. Exceção feita ao nosso ídolo Kobayashi.
Os 5s para os apressadinhos tiveram pouco efeito prático. Mas é duro julgar essas coisas. A punição deveria ser mais rigorosa? Talvez, se os infratores fossem em número menor. Mas como foi de baciada, é que ninguém sabia exatamente o que fazer.
Faltou falar, no post anterior, que Barrichello fez um corridão. Quarto lugar com essa chaleira ambulante é um resultado digno de aplausos. Bem no dia em que ele se torna o quarto maior pontuador da história, superando Senna. Estatística que não vale muita coisa, atualmente, pela mudança drástica do sistema de pontuação do Mundial. Mas que é mais um marco em sua longa carreira, sem dúvida.
E para o que foi essa corrida, já falei demais.