SÃO PAULO (um pouco de velocidade) – Me parece que na McLaren não haverá muita discussão. Os dois pilotos têm chances remotas de conquistar o título, e Button tem menos ainda, com seus 189 pontos diante dos 231 de Alonso. Hamilton está com 210, a coisa não é tão feia, mas o desempenho da equipe nas últimas corridas não tem sido muito animador. Assim, considerando as possibilidades de cada um, remotas e remotíssimas, é claro que o time vai ficar com as remotas e, se preciso, Button adesce do carro e deita atravessado na pista para ajudar o parceiro.
Mas na Red Bull…
A matemática é implacável. São 11 pontos de Alonso para Webber e 25 para Vettel. Ocorre que o alemãozinho, ao menos no discurso externo, nem cogita desistir da luta para favorecer o companheiro. E o mais lógico, claro, seria oferecer ao australiano todas as condições para brigar ele pela taça, e não o outro.
Como domar Vettel, porém? E como domar Helmut Marko, guru do menino, eminência parda da equipe?
Façamos uma conta besta. Se a Red Bull conseguir duas dobradinhas com Vettel à frente, em Interlagos e Abu Dhabi, Webber fecha a temporada com 256 pontos e Tião Alemão, também. E se Alonso terminar ambas em terceiro, somará 261.
Uma única inversão de posição, com Sebastian abrindo para o canguru, levaria o placar a 263 para ele e o troféu de digníssimo campeão do mundo para a fábrica de latinhas energéticas.
A Red Bull vai ter de fazer sua escolha. Senão, passará a ser conhecida como Red Burra.