Sobre não ser um novo Barrichello, algumas considerações, acreditando-se que ele tenha, mesmo, citado Rubens — o que não faz muito seu gênero. Barrichello, por assim dizer, também nunca assumiu ser um… “barrichello” na Ferrari. Sempre defendeu que era piloto 1B e coisa e tal. O termo “barrichello” como adjetivo, que às vezes deriva para o verbo “barrichellar”, talvez seja um exagero. Rubens não era um “barrichello” — que virou sinônimo de “capacho”, “segundão” etc. Era, apenas, um piloto pior que Schumacher. Como Massa é, em relação a Alonso.
Portanto, se Felipe quis dizer que não será um capacho do espanhol, acho ótimo — embora seja um tanto deselegante usar o nome do colega para a comparação. Piloto algum deve se prestar a esse papel, deve sempre tentar o melhor, superar o companheiro e os demais. Aliás, diga-se aqui que Barrichello nunca foi capacho de ninguém. O fato de não conseguir acompanhar o ritmo do parceiro não faz de ninguém, necessariamente, um bananão.
Se Felipe quis dizer que não será um adversário inofensivo para Alonso, como Rubens foi para o alemão, é ótimo, também. Demonstra que tem confiança no taco. Agora, se quis dizer que Rubens foi sacaneado na Ferrari durante seis anos e tem medo que o mesmo aconteça com ele, é melhor esclarecer as coisas.
No mais, aceitar a força de Alonso é o primeiro passo para tentar chegar perto dele. E admitir que está guiando mal é o segundo. Deu os dois. Fez bem.