Blog do Flavio Gomes
F-1

KIMI IS BACK

SÃO PAULO (que beleza) – Kimi Raikkonen está de volta à F-1 depois de dois anos dando cabeçadas no rali. E a Genii atropelou na reta final. Contratou o finlandês para ser o líder da Lotus por duas temporadas (a partir de agora, este blog chamará a ex-Renault só de Lotus, e a Lotus verde […]

SÃO PAULO (que beleza) – Kimi Raikkonen está de volta à F-1 depois de dois anos dando cabeçadas no rali. E a Genii atropelou na reta final. Contratou o finlandês para ser o líder da Lotus por duas temporadas (a partir de agora, este blog chamará a ex-Renault só de Lotus, e a Lotus verde só de Caterham, OK? Senão fica uma puta zona).

Algumas coisas ficam claras a partir do anúncio de hoje: 1) A Lotus não tem a menor esperança de que Kubica volte a correr; 2) A segunda vaga passou a ter um valor razoável e os três que lutam por ela terão de correr muito atrás de grana; 3) O lugar na Williams, que ficou algumas semanas à espera de Kimi, é outro que vai render uns bons cobres à equipe.

Petrov x Senninha x Grosjean é a briga agora. Quem pagar mais leva. Vitaly tem a vantagem de ser representante único de um país prestes a receber seu GP e carregado de mecenas que não se importam em gastar fortunas com investimentos no Ocidente, como times de futebol. E já está há dois anos no grupo. Bruno, por sua vez, é piloto de um país com economia forte, onde a Genii busca negócios, e tem potencial de angariar patrocinadores. Grosjean é o menos favorecido nessa briga. Tem apoio da Total, Boullier gosta dele, mas não sei se terá cacife.

E com a volta de Kimi, o Mundial de 2012 terá nada menos que seis campeões mundiais na pista: o próprio, mais Alonso, Schumacher, Hamilton, Button e Vettel. Bem legal, isso.Na Williams, a vaga interessante que restou, muita gente vai aparecer com a carteira recheada e curriculum vitae floreado, pastinha com fotos e apresentação em powerpoint. Barrichello e Sutil são dois deles. E quem dançar na Lotus — Petrov, Grosjean, Senna —, idem. Não se deve esquecer que a Renault também fará os motores da Williams no ano que vem e pode dar um empurrãozinho a um desses. Todos têm relações com os franceses. Petrov, por causa da Lada (OK, estou forçando um pouco a barra); Grosjean, via Total; Senninha, por conta de Carlos Ghosn (presidente da Renault, brasileiro) e dos interesses da montadora no Brasil.

Vai ser uma briga de foice.