Blog do Flavio Gomes
F-1

PRA SER FELIZ

SÃO PAULO (certo ele) – Muita gente ainda não entendeu por que Hamilton deixou a McLaren, que o adotou no ultrassom, por quem deu as primeiras aceleradas, com quem ganhou corridas e um título mundial, onde era tratado como rei. Ainda mais tendo escolhido, como segundo endereço, uma equipe que patina, patina e não sai […]

lewiscasanovaSÃO PAULO (certo ele) – Muita gente ainda não entendeu por que Hamilton deixou a McLaren, que o adotou no ultrassom, por quem deu as primeiras aceleradas, com quem ganhou corridas e um título mundial, onde era tratado como rei. Ainda mais tendo escolhido, como segundo endereço, uma equipe que patina, patina e não sai do lugar — a Mercedes.

Ambiente, motivação, desgaste, tudo isso junto. Hamilton, de personalidade forte, foi vendo  suas relações com a McLaren se derretendo numa convivência difícil do dia a dia, ainda mais numa organização tão competitiva quanto a de Woking — a cara de Ron Dennis, embora o chefão esteja afastado das pistas há algum tempo, aparecendo só de vez em quando.

Casa nova e paixão, foi isso que o piloto procurou. Paixão que, como ele diz nesta entrevista, encontrou nos olhos de Niki Lauda, que será um dos comandantes da Mercedes em 2013.

Gosto de Lauda, embora o considere muito pouco útil como chefe do que quer que seja. Na Ferrari, nunca funcionou direito. Na Jaguar, idem. A F-1 de sua época de piloto era muito diferente e a experiência que ele deveria ter aprimorado ao longo dos anos, exercendo cargos de chefia, acabou se dissipando por ele ter escolhido ficar muito mais na frente das câmeras do que atrás dos boxes.

Seja como for, Lewis largou tudo e se mandou. Trocou a cobertura em que morava, cheia de móveis de design, com vista bonita e vizinhança célebre, por um apartamentinho em prédio antigo sem grandes luxos, área de lazer ou varanda gourmet.

Para tentar ser feliz, que é o que conta.