Um desejo: entrar numa máquina do tempo e cair nesse Salão do Automóvel. O ano? Muito provavelmente 1960. Talvez 1961.
QUEREMOS, E JÁ TEMOS!
SÃO PAULO (quero ir!) – Em resposta à notinha sobre o rali da Red Bull com Renault 4 e Citroën 2CV, que achei tão divertido, recebo o seguinte e-mail do Aldo Fusco (dá um predestinado do Zé Simão…):
Lendo hoje sua coluna a respeito de ralis e competições mais simples, baratas e descompromissadas, apenas pela diversão em si, escrevo para dizer que o Clube de Autos Antigos de Taubaté realiza há cinco anos o seu CAAT ON THE ROAD – 100 MILHAS NA SERRA. É uma prova de regularidade para 50 carros fabricados há pelo menos 30 anos, em percurso pelas estradas vicinais da Serra da Mantiqueira, com tripulações amadoras, que se inicia às 8h e termina por volta das 13h com almoço entre os participantes. É um evento delicioso, barato (R$ 200,00 por carro com refeições inclusas), em que procuramos resgatar o prazer de dirigir sem eletrônica, sem frescuras, e que no fim são só risadas e boas histórias. Para você ter um melhor ideia, seguem algumas fotos do evento do ano passado. Este ano será em setembro. Se puder vir, venha que vai se divertir.
Fiquei morrendo de vontade. É pertinho, percurso curto, não deve judiar dos carros, deve ser demais! Dependendo da data, vamos ver. É que em setembro tenho um compromisso sério e estarei de férias.
O Aldo mandou várias fotos, acabei escolhendo o Porsche aí embaixo. Mas aqui tem mais, no sempre ótimo Maxicar.
DICA DO DIA
SÃO PAULO (olho vivo) – Bem interessante esta reportagem da Sky Sports inglesa. Pediram para Hülkenberg usar óculos especiais que indicam seu ponto focal de dentro do carro. Nota-se que um piloto, quase o tempo todo, “mira” nos pontos de tangência quando está na pista, na velocidade que estiver. O dispositivo também mede a velocidade da reação, por exemplo, à luz verde. Ou como o piloto olha para os retrovisores. E por aí vai. O Fernando Delucena mandou o link.
CAMPONESAS (1)
SÃO PAULO (amanhã veremos) – Foi muito zoado o primeiro dia de treinos em Spielberg — não vou mais chamar de Zeltweg, as cidades são vizinhas, mas tecnicamente era um erro; não sei bem por que chamavam de Zeltweg antigamente, mas isso discutiremos depois.
O primeiro treino aconteceu no seco. Deu Rosberguinho. O segundo teve um temporal bíblico. Depois que a arca passou e a chuva acalmou, começou a secar e deu tempo de umas voltinhas no trilho. Deu Rosberguinho de novo, com Comandante Amilton na cola.
O resto foi meio caótico. Deu para notar que os Mercedes vão andar bem, claro, porque até a Manor chegou a beliscar posições no topo da tabela de manhã. A Williams, no entanto, não brilhou. Por que falo dela? Porque a equipe costuma dizer que anda bem na Áustria, e anda mesmo. Mas, até agora, não impressionou ninguém.
Toro Rosso e Red Bull tiveram desempenho sólido. A Ferrari também, mas Vettel já começa no prejuízo porque trocou o câmbio e perdeu cinco posições no grid.
Não deu para tirar grandes conclusões hoje. Volto daqui a pouco. Mas já deixo meu palpite para a pole amanhã: Nico-Nico no Fubá. Aliás, ele vai ser campeão. Podem escrever.
E o que mais de relevante tivemos hoje? Ah, a Ferrari não testou o Halo II – A Missão. Ainda bem. Coisa feia é melhor nem ver.
TAMBÉM QUEREMOS!
SÃO PAULO (eu iria a todos!) – Falta isso por aqui. Por que não um rali para carrinhos antigos engraçados, pelas estradas do interior de Minas? Ou de qualquer outro Estado, claro! Com patrocínio garantido, curtinho, sem ter de gastar os tubos com inscrição e hotéis caríssimos, atraindo jovens, velhos, meninos, meninas, casais, pais e filhos? Na França, a Red Bull fez essa delícia de “Cocorico”, só com 2CV e Renault 4 — que estão entre os carros mais legais do universo. Apenas 300 km em dois dias, dos Alpes à Riviera, diversão e alegria em estado puro.
Nada menos do que 111 duplas participaram da edição deste ano. Foi o Ricardo Jimenez que mandou a notícia. Fiquei aqui pensando quais carros brasileiros poderiam ser… elegíveis. O óbvio é cair no Fusca. Mas eu faria a cada ano com dois modelos diferentes. Chevette e Dodginho. Fiat 147 e Gurgel. Opala e Corcel. Maverick e Dodjão (assim que escreve?). Belina e Caravan. Fusca e Brasília. Lada e Porsche.
BOA IDEIA
SÃO PAULO (copiem) – Um torcedor vai dar a quadriculada domingo na Áustria. O felizardo, ou felizarda, será escolhido num concurso-relâmpago que passa por uma tenda na entrada no autódromo — neguinho tem de ir até lá e subir uma foto legal com uma bandeira quadriculada; a melhor será escolhida.
A FIA relutou para dar a autorização, como sempre. Caretas. Mas é legal pacas. Imaginem a alegria do vencedor.
RENAULT?
SÃO PAULO (vamos ver) – Me atenho à seguinte frase de Massa na entrevista desta quinta em Spielberg, ao falar de seu futuro:
“Eu acredito que vou ficar em uma equipe em que tenha um importante trabalho a ser feito.”
Acho, sinceramente, que nada mais há a fazer na Williams. Felipe fez, de certa forma. Ajudou a equipe a sair do atoleiro em 2014, manteve-se estável em 2015, nada melhorou em 2016, punto, basta.
Onde há um trabalho importante a ser feito é na Renault.
FOTO DO DIA
Aí está o Halo II, a missão. Confesso que não sei o que dizer. Acho um horror, mas os pilotos acham que é necessário, e então não acho mais nada.