SÃO PAULO (tudo dentro dos planos) – Felipe Massa, ao falar do futuro, diz que pretende correr onde seja “importante”. Declaração rara. Normalmente, o discurso de qualquer piloto vai na linha “quero andar onde tenha um carro competitivo, que me dê chances de vitória ou pódio”. Interpreto isso como uma aceitação tácita — e realista — de que seu tempo de brigar na ponta já passou.
[bannergoogle]Felipe teve a chance de ser campeão na Ferrari, em 2008. Não deu, paciência. Alguns pilotos menos talentosos, quando comparados com outros campeões, aproveitaram bem as oportunidades únicas que tiveram. Eu citaria Damon Hill (1996), Jacques Villeneuve (1997) e Jenson Button (2009), apenas para ficar nos mais recentes.
Ser “importante” é algo que Massa pode encontrar na Renault. Na Williams, creio, já cumpriu esse papel. Quando chegou, em 2014 (foto), as coisas não andavam bem no time. Ajudou muito na recuperação da equipe, que infelizmente para ele e Bottas estancou neste ano. A Williams está andando para trás. Talvez seja a hora de sair, mesmo.