Blog do Flavio Gomes
Automobilismo internacional

COM EMOÇÃO

SÃO PAULO (sempre assim) – Apesar da aparente facilidade com que fez 1-2 em Le Mans, a Toyota esteve prestes a perder as 24 Horas. Faltando umas seis horas para o final da prova, um problemaço de bomba de combustível teve de ser reparado com o avião em pleno voo. O #8 de Buemi/Nakajima/Hartley, que […]

Chegada da Toyota: dobradinha menos tranquila do que pareceu

SÃO PAULO (sempre assim) – Apesar da aparente facilidade com que fez 1-2 em Le Mans, a Toyota esteve prestes a perder as 24 Horas. Faltando umas seis horas para o final da prova, um problemaço de bomba de combustível teve de ser reparado com o avião em pleno voo. O #8 de Buemi/Nakajima/Hartley, que já tinha tomado uma pancada na primeira volta — praticamente saindo da luta direta com o #7 –, acabou sendo usado como carro de testes para simular o que poderia ser feito em termos de gestão do defeito, de modo que o time japonês não precisasse parar o líder para reparos. Conserto que, segundo a equipe, levaria no mínimo 25 minutos.

Assim, o #8 foi apertando todos os botões possíveis para passar informações ao #7 de Kobayashi/López/Conway, que repetia os procedimentos. O ritmo dos dois no fim da prova foi bem abaixo do normal por isso. Mas deu tudo certo, e finalmente o #7 ganhou, depois de três vitórias seguidas da tripulação do #8 nas últimas edições da corrida.

Foi a primeira experiência com os Hypercars. Pena que a Toyota esteja correndo sozinha. Le Mans, para vencer, depende de investimento. Porsche e Audi, com quem a Toyota brigou nos últimos anos, saíram do WEC, empobrecendo demais a disputa. Mesmo assim, é vitória para comemorar. Sempre. A Toyota não tem culpa se os outros desistiram.

Agora, susto, mesmo, foi na bandeirada. Tradicionalmente, os vencedores se agrupam e fica todo mundo devagar para a festa da quadriculada. Só que na LMP2 a disputa ainda estava sendo travada entre o Oreca #31 da WRT, pilotado por Robin Frijns, e o Oreca #28 da Jota, com Tom Blomqvist ao volante, após a dramática quebra do dominante #41, também da WRT, nos minutos finais da corrida. A diferença foi de apenas 0s727 e o diretor de prova, que tradicionalmente vai para o meio da pista para fechar a prova, quase foi atropelado na chegada.

Essa bandeirada teatral no meio da pista, certamente, terá de ser revista para o futuro.

Final perigoso: diretor quase foi atropelado pelo #31 de Frijns