Blog do Flavio Gomes
Automobilismo internacional

O GRANDE BOATO

SÃO PAULO (interessante) – A boataria anda forte na Europa envolvendo alguns nomes bem importantes, a saber: Audi, Red Bull, Stefano Domenicali e Fenando Alonso. Vou tentar explicar. Domenicali teria recebido uma oferta de trabalho da Audi. Aparentemente, começa a trabalhar em Ingolstadt no dia 1° de novembro. Aparentemente, não é para o lugar de […]

SÃO PAULO (interessante) – A boataria anda forte na Europa envolvendo alguns nomes bem importantes, a saber: Audi, Red Bull, Stefano Domenicali e Fenando Alonso.

Vou tentar explicar.

Domenicali teria recebido uma oferta de trabalho da Audi. Aparentemente, começa a trabalhar em Ingolstadt no dia 1° de novembro. Aparentemente, não é para o lugar de Wolfgang Ullrich, multicampeão de Le Mans e homem forte dos quatrargólicos no WEC.

Então é para quê?

Aí entram Red Bull, Alonso e, no fim dessa linha, a Fórmula 1.

A Audi estaria interessada em arriscar o pescoço na F-1. Mas não a partir de uma folha em branco. Primeiro, seria preciso largar o DTM e o WEC por causa de orçamento. Não seria possível manter operações nas três categorias.

Para a Volkswagen, dona da Audi, deixar o Mundial de Endurance não seria um grande problema. A marca já ganhou tudo que podia em Le Mans e a partir de um certo momento as vitórias deixam de ter impacto. Um pouco do que aconteceu com a Renault quando deixou a F-1 no fim dos anos 90. Ganhava tanto, que só passaria a ser notícia quando começasse a perder. Antes que isso acontecesse, os franceses picaram a mula.

E como a Porsche, que também é da Volkswagen, já estreou e está indo muito bem, os esforços do grupo no WEC passariam a se concentrar na Casa de Stuttgart.

O DTM seria um desfalque. É uma categoria popular e que rende frutos à Audi. Mas não dá para ter tudo.

A F-1, agora.

Como disse, se as quatro argolas tiverem de aterrissar na categoria mais importante do mundo não será a partir do nada. A ideia é comprar alguma equipe já existente. E o alvo seria a Red Bull. Ou, talvez, a Toro Rosso — o que dá no mesmo.

A Audi tem parceria com a Red Bull no DTM e as relações entre a fábrica alemã e Dietrich Mateschitz são muito amigáveis. Sabe-se que a Red Bull não anda muito contente com a Renault, ainda mais depois do nabo que levou neste ano, em boa parte atribuído à falta de potência dos motores franceses.

Assim, uma associação entre Audi e Red Bull seria algo próximo do ideal. A marca de energéticos teria ao seu lado uma empresa monstruosa e muito qualificada, e a montadora entraria pela porta da frente, com uma equipe já montada e igualmente multicampeã.

E aí entram Alonso e Domenicali. O espanhol, sabe-se, sai da Ferrari no fim do ano. À McLaren, ofereceu-se para um contrato curto, de um ano. É o que dizem. Pode ter assinado, inclusive, como já informou nosso Américo Teixeira Jr. Mas pode ser que seus planos sejam outros. Se o negócio com a McLaren não for confirmado, é possível que o espanhol passe um ano longe da F-1. Para voltar em 2016 nessa Red Bull-Audi, ou Toro Rosso-Audi, sabe-se lá. Alonso é muito próximo de Domenicali. E isso explicaria sua contratação.

São boatos, especulações, possibilidades. Mas a história não deixa de ser interessante.