“Não sei de onde ele tirou essa volta”, foi o que disse Christian Horner sobre Tião Alemão. Pelo jeito, nem ele. “Eu não estava feliz com o carro, porque estava andando atrás do Mark”, falou, com sinceridade. “Aí achei um traçado diferente e consegui a pole.” É isso aí. Enquanto anda atrás, não fica satisfeito. Andou na frente, ficou.
Ano passado, os touros vermelhos fizeram 1-2 em Xangai. Tudo indica que farão de novo. Mas pode chover. Aliás, a maioria das equipes trabalha com essa possibilidade. Button, quinto no grid, treinou com o carro acertado para a chuva. Se vier água, pode surpreender.
A classificação em altíssima madrugada não foi daquelas de assistir de pé. Bem pelo contrário, no meu caso assisti deitado, mesmo, e assim permaneci quando terminou. Porque não houve aquela disputa milésimo a milésimo, um equilíbrio da peste. A Red Bull destronou a McLaren, que vinha sendo a mais rápida desde a sexta, sem muita dificuldade. Quando estava valendo, os prateados ficaram para trás. E era previsível.
A Ferrari não vem sendo grande coisa aos sábados. Alonso ainda se virou, terceiro no grid, mas Massa cometeu um erro em sua volta e larga apenas em sétimo. Gozado que os vermelhos maranélicos lideram os dois Mundiais, mas não se vê euforia no time, nem sorrisos abertos. Gente mais mal-humorada, tá doido… Na real, eles sabem que a Red Bull está bem melhor.
Há chances de vitória para Fernandinho, largando onde larga. Mas não será muito fácil. Ele também aposta na chuva. Felipe vai correr por pontos importantes, acho difícil querer algo mais.
E daqui a pouco eu volto para falar dos outros. Preciso de um café.