SÃO PAULO (monstros) – A história, em fotos, das Flechas de Prata da Mercedes entre 1934 e 1939 está nesta página indicada pelo Ricardo Divila. É legal, especialmente para a petizada que acha que o mundo começou quarta-feira passada, entender a trajetória de uma marca nas pistas. Ela vem de longe, muito longe. A Mercedes voltaria a brilhar depois da Segunda Guerra na F-1, até se retirar das corridas depois do acidente de Le Mans em 1955, o maior de todos os tempos. Por décadas a estrela de três pontas se afastou das pistas, voltando apenas no final dos anos 80.
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DICA DO DIA
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NAS ASAS
SÃO PAULO (eu quero!) – O AeroMobil, carro que vira avião produzido na Eslováquia, foi apresentado nesta semana em Viena. O Fábio Mandrake mandou a reportagem. Bacana demais. Pena que essas coisas raramente passam do estágio de protótipo. Porque o bichinho voa, e voa bonito!
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Parece que o carro da Ferrari do ano que vem já está em testes. O Alexandre Nevez mandou o vídeo gravado com uma câmera escondida em Maranello.
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TEX-MEX (1)
SÃO PAULO (feio demais) – Ao ver a tabelinha de tempos no canto da tela da TV hoje, deu uma tristeza danada. A decisão do Mundial deste ano está muito bonita, dois pilotos talentosíssimos com a faca nos dentes a bordo de um carro espetacular, mas 18 carros não dá… A F-1 vive uma crise braba, e precisa admitir isso para se reinventar. Dito isso, vamos ao primeiro dia em Austin.
O passeio da Mercedes foi humilhante. Hamilton ficou na frente separado por quase nada de Rosberg, 0s003. Alonso, o terceiro, terminou 1s104 atrás.
É um fim de ano melancólico, porque todas as equipes, exceto a líder e já campeã, largaram mão do campeonato claramente. Estão pensando em 2015, algumas delas em processo de reestruturação, como Red Bull, Ferrari e McLaren, outras lutando apenas para sobreviver, como Sauber e Lotus.
E há o espectro do grid vazio pairando sobre a próxima temporada. Deprimente.
A classificação amanhã, diante das ausências de Caterham e Marussia, será diferente. O Q1 vai cortar quatro carros, assim como o Q2. Como Vettel trocou de motor, já está definido que largará dos boxes. Assim, na prática, serão três os eliminados na primeira parte do treino.
No fim das contas, vai valer apenas para saber qual dos mercêdicos larga na pole. Alonso é candidato à segunda fila, assim como Ricciardo e a dupla da Williams — Massa foi melhor que Bottas hoje, mas os dois estarão na frente. Um pouco mais para trás virá a McLaren, que andou bem de manhã e foi discreta à tarde. Mas caberá a Magnussen a tarefa de se colocar nas primeiras posições, porque Button já perdeu cinco posições no grid por troca de câmbio.
Austin é uma bela pista. Tem até ciclofaixa… Não parece? Achei que sim. Mas o público americano, coitado, sofre com a F-1. Quando a coisa parecia pegar em Indianápolis, vem o GP de 2005 com seis carros calçados com Bridgestone no grid e todos os Michelin parados nos boxes. Golpe fatal. Aí vem esta corrida com 18 gatos pingados. E é o que teremos em Interlagos na próxima semana. Quem paga ingresso tem todo direito de reclamar.
A discussão sobre o terceiro carro é cada vez mais levada a sério na F-1. Algo que anos atrás ninguém cogitava de verdade, notícias que não passavam de especulação vazia, terá de ser considerado. As equipes grandes vão chiar, porque é realmente muito caro colocar mais um carrinho no grid. Mas qual seria a outra solução?
Está na hora de as grandonas compreenderem que precisarão ceder em suas convicções. Se custa muito colocar um terceiro carro na pista, que cortem despesas em outras áreas. Paciência. A FIA poderia determinar que, sei lá, as quatro primeiras colocadas no Mundial de Construtores alinhassem um carro a mais no ano que vem. Aí teríamos 12. As outras cinco (porque Caterham e Marussia vão quebrar, duvido que sobrevivam) largariam com dois. Um grid de 22 é aceitável. A entidade poderia, também, liberar as quatro primeiras para negociarem patrocinadores à parte para esse terceiro carro. E receberiam um pouco mais de dinheiro na distribuição de verba da FOM para viabilizar sua participação.
Mas o certo, mesmo, seria voltar atrás nesse regulamento técnico esdrúxulo, que custou os olhos da cara. Com motores mais simples e carros idem, GP2 e GP3 poderiam ser categorias de acesso à F-1. Poderia haver até rebaixamento, já pensaram?
São apenas ideias. Mas algo precisa ser feito, e logo.
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COMPREM!
SÃO PAULO
– Atenção Felipe Nicoliello e pumeiros do Brasil. RafinhaDias informa que a fábrica de Pumas da África do Sul está à venda por 2 milhões de rands, o que dá mais ou menos 450 mil dilmas. Essa fábrica foi montada sob licença da Puma brasileira. Nesse preço estão incluídos moldes, peças e dez carros em diferentes estágios de montagem.
Alguém se habilita?
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GOLPE
SÃO PAULO (cana neles) – Pelo jeito, andaram dando golpe na praça com venda de ingressos para o GP do Brasil. Uma agência registrou o domínio sem o .br e um monte de gente caiu.
Por mais que se alerte todo mundo de que o único site oficial é este aqui, com campanhas em jornais e TV, ainda tem quem se engane. É incrível como tem gente desonesta no Brasil.
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MEU AMOR
Meu amor,
Antes de mais nada, não fique assim. Essa tristeza toda não combina com a gente. Veja a gente na Kombi. OK, foi em 2011, um de nossos grandes anos. Tínhamos motivos para sorrir o tempo todo. Hoje não temos, mas e daí? Sorrisos vão e vêm. Fique tranquila. Tudo vai passar.
Eu poderia aqui listar dezenas de motivos que tiraram nosso sorriso do rosto. A trapalhada do fim do ano passado, que pode não ter sido uma trapalhada, mas algo bem pior. Alguém te vendeu, acho. E só a gente se deu mal. Porque se alguém te vendeu, outro alguém comprou. E ninguém descobriu ainda quem foi. Um dia isso virá à tona, pode ter certeza.
Mesmo assim, você tinha defesa. Afinal, foi vítima de uma trapalhada ou traição, OK, mas tínhamos o direito à informação, algo que os caras não fizeram — publicar a suspensão do moço, como manda uma lei federal. Tínhamos defesa, claro que tínhamos. Mas a impressão que tive é que quem te vendeu não quis te defender direito.
E esse quase assassinato não ficou por isso mesmo. Você reparou como tomo mundo ficou do seu lado? Viu quando fomos à Avenida Paulista gritar por justiça? As pessoas gostam de ti, menina.
Mas as pessoas esquecem tudo muito rápido, hoje em dia. E os dias foram passando, as semanas, os meses, e começaram a fazer tanta bobagem contigo… Uma atrás da outra, até que terça-feira o golpe final foi dado, e caímos.
Menina, a gente cai junto e a gente levanta junto. Acredite em mim.
Por isso, não vou ficar aqui escrevendo o que todo mundo já escreveu. A gente sabe por que tudo aconteceu, era uma quase morte anunciada. A gente sabe que quem deveria te salvar nada fez além de ficar chorando pelos cantos. A gente sabe que não investigaram. Ou, se investigaram, estão protegendo alguém. A gente sabe de tudo.
Em vez de falar de coisa ruim, prefiro te agradecer.
Te agradecer por 1973, por 1975, por 1980, por 1985, por 1996, por 1997, por 1998, por 1999, por 2007, por 2011, por 2013. Pelas manhãs, tardes e noites que passei com você, aqui, no interior, em cidades distantes deste Brasil que te adora, creia. Prefiro te agradecer pelas alegrias imensas, que se não foram tantas quanto as tristezas, te garanto, mocinha, foram muito maiores.
Fui e sou feliz quando te vejo na nossa casa querida, que andaram dizendo que vão derrubar e vender. Bobagem. Ninguém vai derrubar nada, nem vender nada.
Você vai continuar sendo o que sempre foi, o amor da minha vida, não importa onde e como.
Estão dizendo aí que você morreu para o futebol. Se isso realmente acontecer, tenho muita pena do futebol.
Um beijo, minha linda.
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DICA DO DIA
SÃO PAULO (perfeição) – Está no Petrolicious, dica do José San Pedro. Os caras recriaram, com técnicas de computação gráfica e fotografias, os anos das Flechas de Prata da Mercedes. Com um nível de detalhamento inacreditável. É como se fosse possível voltar no tempo e fotografar, com equipamentos atuais, imagens que só conhecemos em preto e branco. Genial, emocionante.
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O SOM AO REDOR
SÃO PAULO (cada um…) – Sábado passado, em seu museu de Stuttgart, a Porsche realizou um evento chamado “Porsche Sound Nacht”. Os visitantes conheceram de perto alguns dos carros de corrida do acervo, apresentados por pilotos, engenheiros e mecânicos. O lance era mostrar o ronco de cada um. O legal dessas coisas é saber que todos os carros desses grandes museus funcionam. Dá gosto de ver. E de ouvir, claro. Quem mandou o link foi o Doktor Evaldo Luque.
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DICA DO DIA
SÃO PAULO (de chorar) – Meio do nada, o Américo Teixeira Jr. publicou um texto em seu blog que é uma lição de vida e de amor não só à Fórmula 1, mas sobretudo à profissão que escolheu.
Fala de seu primeiro encontro com um carro de F-1, numa distante tarde de abril de 1984, quando foi entrevistar Emerson Fittipaldi, seu ídolo maior. Esse Copersucar aí embaixo, o F5.
Esse moço é um exemplo para todos nós.
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FOTO DO DIA
SÃO PAULO (histórico, histórico!) – Enviada pelo Ricardo Divila (que está na foto, claro) com o título “Primeira vez no chão – FD01”. Não temos a data precisa, mas foi em algum dia de 1974. Há 40 anos, o nascimento da Copersucar. Vocês identificam mais gente nessa foto?
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FUSCA DO DIA
Esse irmão da Dilma é nosso Mujica. Muito prazer em conhecer, Igor Rousseff! Excelente texto do Diego Zanchetta, no “Estadão”.
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QUASE LÁ
SÃO PAULO (e vai ficar lindo) – O filme “Homem-Carro”, que conta a história de nosso querido Anísio Campos, está pronto. A diretora e produtora Raquel Valadares, sua filha, me mandou o trailer, que vocês podem ver agora em primeira mão. Hoje tem um evento sobre a realização no Istituto Europeo di Design e estão todos convidados. “Homem-Carro” foi feito na raça e com recursos de crowdfunding. Muita gente aqui participou e serei eternamente grato a todos, porque o Anísio merece esse registro. O convite para o evento no IED está aí embaixo.O filme ainda não estreou, segundo a Raquel, porque está havendo alguma dificuldade para inscrevê-lo em festivais, mas em breve estará nas telas para todo mundo ver.
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PARECE MENTIRA
SÃO PAULO (inacreditável) – Essa Schnellaster de autorama foi fabricada artesanalmente na Suécia. O Fábio Poppi que mandou. Ela tem 10 cm de comprimento. Essa pintura aí… Gostei! Quem sabe, quem sabe…
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PUMAS E MAIS PUMAS
SÃO PAULO (de doer) – Lindos, maravilhosos os Pumas reunidos em Curitiba para o encontro comemorativo dos 50 anos da marca. Foi no fim de semana retrasado, com presença maciça de colecionadores e admiradores, e pelo que pude notar, todos os modelos estiveram representados. A cobertura está no Puma Classic.
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FALA, FELIPE
SÃO PAULO (e está tudo bem) – Conheço Felipe Massa há uns 15 anos. Talvez um pouco mais, dos tempos em que ele corria na F-Chevrolet. Temos uma boa relação. OK, não frequentamos a casa um do outro, não tenho seu telefone celular, se jantamos juntos alguma vez foi em evento oficial da Ferrari, mas posso dizer que somos amigos. Tenho enorme carinho por ele, por conhecer seu passado, sua trajetória até chegar à F-1, sua família e tudo mais. Nossa intimidade, no entanto, se limitou a uma troca de presentes no começo do ano. Ele pediu um uniforme da Portuguesa para o Felipinho e eu mandei (parece que ele não tira o manto rubroverde nunca). E, como agradecimento, Felipe me enviou um par de luvas autografadas (que estão na parede de casa) e duas camisetas de Nomex que sobraram da Ferrari. Como temos mais ou menos a mesma altura, me serviram muito bem. Uso para correr e tiro a maior onda, porque ninguém tem esse negócio.
Hoje Felipe me ligou e estava razoavelmente puto.
Aqui se faz necessária uma observação. Massa nunca me telefonou para reclamar de nada. De nenhum texto, de nenhuma crítica, de nenhum comentário, de nenhuma palhaçada que faço no blog — e são muitas. Jamais, nunca mesmo, entrou em contato ou mandou recado para pedir nada, para escrever assim ou assado, para trocar uma foto, para “dar uma força”, para negar uma informação que a gente tenha dado com exclusividade — a assinatura com a Williams, por exemplo; na ocasião, ele disse a um interlocutor: “Uai, eles tinham a informação, deram, parabéns pra eles”.
Digo isso para reforçar que Massa é um sujeito absolutamente honesto e correto no trato com a imprensa, algo muito raro no meio. Não tenho nenhum reparo a fazer nestes 14 anos dele na Fórmula 1, a maior parte deles na Ferrari. E olha que na Ferrari as coisas sempre foram tensas, porque o nível de frescura da equipe é estratosférico.
Por isso, e só por isso, por sua honestidade e lealdade, julguei ser igualmente honesto e leal relatar aqui nossa conversa por telefone. Felipe ligou para dizer que o que escrevi sábado era mentira. É que o post em que expus minha estranheza pelo fato de ele ter declarado em vídeo seu voto em Aécio Neves, que acha que na Petrobras só tem ladrão e que o Banco do Brasil deveria ser bem menor do que é, deu a impressão de que ele só está na Williams por causa das duas estatais.
De fato, a frase dá margem a essa interpretação. “Felipe Massa seguiu na Fórmula 1, na Williams, muito graças à Petrobras e ao Banco do Brasil, empresas estatais que patrocinam a equipe e ajudaram a financiar sua vaga para 2014” é o que escrevi. O que quis dizer, e realmente não ficou muito claro, é que o dinheiro que a Petrobras e o Banco do Brasil colocam na equipe compõe seu orçamento, que é usado, entre outras coisas, para pagar o salário do piloto. Não afirmei que Massa conseguiu a vaga por causa das estatais. Até porque ele assinou com o time antes de Petrobras e Banco do Brasil. Teria sido contratado mesmo sem esses patrocínios.
É verdade. Admito que a maneira como escrevi foi dúbia, embora não tenha sido venal — não tenho motivo nenhum para ser venal com Massa. E reconheço, obviamente, que ele tem o direito de declarar seu voto em quem bem entender, e a partir do momento em que tal declaração se torna pública, as pessoas também podem achar o que bem entenderem. Não escrevi isso porque acho desnecessário, de tão óbvio que é.
Minha estranheza, repito, decorre do fato de Massa ter apoiado um candidato que tem uma visão tão torpe da Petrobras e do Banco do Brasil (e de outras estatais), como ficou claro por suas declarações na campanha eleitoral e pelas entrevistas de Armínio Fraga, que seria seu ministro da Fazenda. Foi o que expliquei a ele. Era um comentário que demonstrava apenas isso, minha estranheza, porque Petrobras e Banco do Brasil, hoje em dia, apoiam com força o automobilismo e merecem respeito, respeito que o ex-candidato nunca demonstrou. É evidente que Felipe não é obrigado a apoiar o PT só porque empresas do governo patrocinam sua equipe na F-1. Mas a maneira pela qual Aécio se referiu a essas empresas nos últimos meses desqualifica tudo que elas vêm fazendo no governo petista. Foi ele que adotou esse tom na campanha, não eu.
Acho que não convenci Massa, mas ele pelo menos ouviu o que eu tinha a dizer e nossa conversa foi franca e educada. Aceitei a queixa e prometi que iria escrever sobre o assunto para que nenhuma dúvida ficasse no ar. Isso posto, nos despedimos cordialmente, como sempre, e espero ter deixado as coisas mais claras agora.
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O TROFÉU
SÃO PAULO (capricharam) – Olha, desconfio que só eu tenho essa foto, porque recebi de espiões infiltrados no Pré-sal. Esse aí será o troféu do vencedor do GP do Brasil, mais uma vez concebido pelo artista plástico Paulo Soláriz. A ideia foi retratar a riqueza que vem do fundo do mar, com uma plataforma estilizada no alto. As peças, porque são quatro troféus (para os três primeiros e para a equipe vencedora), são banhadas em ouro, prata e bronze e o nome da obra é “Troféu Energia das Profundezas”.
A apresentação oficial dos troféus está marcada para quarta-feira no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, também patrocinado pela Petrobras. No evento os visitantes vão poder participar do “Desafio Volta Rápida – Simulador Petrobras Racing”, concorrendo a 20 pares de ingresso para a corrida.
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SÓ 18
SÃO PAULO (que draga) – De acordo com Bernie Ecclestone, a Marussia também não vai aos EUA e ao Brasil. Assim, é bem provável que os grids dessas duas corridas tenham apenas 18 carros. Não lembro quando foi a última vez em que um GP começou tão magro. Vou pesquisar.
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LÓGICA TORTA
SÃO PAULO (porém…) – Felipe Massa seguiu na Fórmula 1, na Williams, muito graças à Petrobras e ao Banco do Brasil, empresas estatais que patrocinam a equipe e ajudaram a financiar sua vaga para 2014.
Felipe Massa grava vídeo em apoio à candidatura de Aécio Neves, que acha que na Petrobras só tem ladrão e que o Banco do Brasil deve diminuir de tamanho.
Se Felipe Massa apoia Aécio Neves, também deve achar que na Petrobras só tem ladrão e que o Banco do Brasil deve diminuir de tamanho. Mas a Petrobras é boa o bastante para ajudá-lo a ficar na F-1 e o Banco do Brasil grande o bastante para patrocinar sua equipe.
Algumas coisas jamais entenderei.
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O GRANDE BOATO
SÃO PAULO (interessante) – A boataria anda forte na Europa envolvendo alguns nomes bem importantes, a saber: Audi, Red Bull, Stefano Domenicali e Fenando Alonso.
Vou tentar explicar.
Domenicali teria recebido uma oferta de trabalho da Audi. Aparentemente, começa a trabalhar em Ingolstadt no dia 1° de novembro. Aparentemente, não é para o lugar de Wolfgang Ullrich, multicampeão de Le Mans e homem forte dos quatrargólicos no WEC.
Então é para quê?
Aí entram Red Bull, Alonso e, no fim dessa linha, a Fórmula 1.
A Audi estaria interessada em arriscar o pescoço na F-1. Mas não a partir de uma folha em branco. Primeiro, seria preciso largar o DTM e o WEC por causa de orçamento. Não seria possível manter operações nas três categorias.
Para a Volkswagen, dona da Audi, deixar o Mundial de Endurance não seria um grande problema. A marca já ganhou tudo que podia em Le Mans e a partir de um certo momento as vitórias deixam de ter impacto. Um pouco do que aconteceu com a Renault quando deixou a F-1 no fim dos anos 90. Ganhava tanto, que só passaria a ser notícia quando começasse a perder. Antes que isso acontecesse, os franceses picaram a mula.
E como a Porsche, que também é da Volkswagen, já estreou e está indo muito bem, os esforços do grupo no WEC passariam a se concentrar na Casa de Stuttgart.
O DTM seria um desfalque. É uma categoria popular e que rende frutos à Audi. Mas não dá para ter tudo.
A F-1, agora.
Como disse, se as quatro argolas tiverem de aterrissar na categoria mais importante do mundo não será a partir do nada. A ideia é comprar alguma equipe já existente. E o alvo seria a Red Bull. Ou, talvez, a Toro Rosso — o que dá no mesmo.
A Audi tem parceria com a Red Bull no DTM e as relações entre a fábrica alemã e Dietrich Mateschitz são muito amigáveis. Sabe-se que a Red Bull não anda muito contente com a Renault, ainda mais depois do nabo que levou neste ano, em boa parte atribuído à falta de potência dos motores franceses.
Assim, uma associação entre Audi e Red Bull seria algo próximo do ideal. A marca de energéticos teria ao seu lado uma empresa monstruosa e muito qualificada, e a montadora entraria pela porta da frente, com uma equipe já montada e igualmente multicampeã.
E aí entram Alonso e Domenicali. O espanhol, sabe-se, sai da Ferrari no fim do ano. À McLaren, ofereceu-se para um contrato curto, de um ano. É o que dizem. Pode ter assinado, inclusive, como já informou nosso Américo Teixeira Jr. Mas pode ser que seus planos sejam outros. Se o negócio com a McLaren não for confirmado, é possível que o espanhol passe um ano longe da F-1. Para voltar em 2016 nessa Red Bull-Audi, ou Toro Rosso-Audi, sabe-se lá. Alonso é muito próximo de Domenicali. E isso explicaria sua contratação.
São boatos, especulações, possibilidades. Mas a história não deixa de ser interessante.
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ACABOU
SÃO PAULO (e agora?) – Muito provavelmente a Caterham não corre nos EUA e no Brasil. E se não corre essas duas, não há muitos motivos para acreditar que estará em Abu Dhabi para o encerramento do Mundial. O time pediu e obteve uma autorização para faltar aos próximos dois GPs sem retaliações.
Mas não há salvação para a Caterham. Quem comprou diz que o vendedor não lhe passou as ações, e quem vendeu diz que o comprador não pagou. A organização entrou em regime de intervenção externa. O destino é o fim.
A Caterham hoje ocupa as instalações que foram da Arrows e da Super Aguri em Leafield. É uma região bela e bucólica, perto de Oxford e não muito distante de Silverstone. Muitas equipes estão instaladas nas redondezas: a Red Bull em Milton Keynes (antiga sede da Stewart, depois Jaguar), a Mercedes em Brackley (onde ficava a BAR, depois Honda, depois Brawn), a Force India em Silverstone, a Lotus em Enstone, a Williams em Grove, a Marussia em Banbury. É uma espécie de cinturão da F-1 no entorno do autódromo onde a categoria nasceu.
A fábrica de Leafield é arrumadinha e funcional. Estive lá anos atrás, quando Tom Walkinshaw era o dono da Arrows e Pedro Paulo Diniz defendia a equipe. Lembro do Jaguar campeão mundial de Marcas (ou Esporte Protótipos, como queiram) de 1987 pendurado numa parede. Coisa linda. Vai fechar, e o espólio será provavelmente vendido e/ou leiloado.
Não vejo, de verdade, nenhuma possibilidade de sobrevivência para a Caterham, que estreou como Lotus em 2010 e depois mudou de nome porque a antiga Renault também passou a usar a denominação Lotus em 2011 — e por conta disso tivemos um campeonato esquisito com duas Lotus.
Será a segunda nanica das três que estrearam em 2010 a fechar as portas, e muita gente acredita que o fim da Marussia será o mesmo. A F-1 está em crise e precisa reconhecer seu mau momento. Há uma boa chance de o campeonato do ano que vem ter apenas nove times, com 18 carros no grid, o que seria um vexame inimaginável. E ainda tem a Sauber no bico do corvo, o que pode piorar ainda mais as coisas. Já imaginaram um GP com apenas 16 participantes?
Há que se pensar em algo. Três carros por equipe, ou então as grandonas com times B, por mais que isso possa parecer maluquice pelos custos envolvidos. Mas há uma forma de minimizar o problema, se a FOM destinar mais dinheiro às equipes e aceitar uma redução significativa nos seus lucros. Em outras palavras: se Bernie Ecclestone topar ganhar menos.
Ah, mas Bernie nunca faria isso, vocês dirão. Pode ser, generosidade não é a maior característica do chefão. Mas na sua idade, 84 anos na semana que vem, talvez seja o caso de pensar seriamente no futuro do negócio que ele montou. Bernie não dura muito à frente da F-1 — é horrível falar isso, mas é uma realidade que deve ser encarada. Do jeito que as coisas andam, ele pode deixar uma categoria falida como legado. Ou, se resolver ser generoso, talvez consiga salvá-la do fim antes que ele mesmo se retire do comando, algo que mais cedo ou mais tarde vai acontecer.
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FOTO DO DIA
É meio cabotino, mas enfim… O momento da assinatura com o UOL, esperança de grandes coberturas e de um bom futuro para o site e para todos que trabalham comigo. Agradecimentos especiais ao Régis Andaku, hoje um dos principais executivos do UOL. E pensar que ele foi meu trainee na “Folha”… Motivo de orgulho infinito.
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DICA DO DIA
SÃO PAULO (merece) – Simpaticíssimo este vídeo que a McLaren produziu para comemorar os 40 anos do segundo título de Emerson Fittipaldi. E o primeiro da equipe, diga-se. Até Emerson, o time nunca tinha sido campeão. A dica foi enviada pelo José San Pedro.
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SCOOTERGIRLS
Fazia tempo que não pingava nada nesta seção. Mas o Ricardo Divila tratou de reativá-la.
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NO COMMENTS
Um Audi RS7 dando uma volta em Hockenheim sem piloto. Juro que não sei o que pensar disso.
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NO UOL
SÃO PAULO (acelerando sempre, kamarada) – Demorou um pouco, mas era quase inevitável. A partir de hoje, 23 de outubro, o Grande Prêmio se junta ao UOL na terceira parceria do site com um grande portal da internet brasileira — no caso, o maior de todos. Foram 12 anos com o iG, três com o MSN e, agora, o maior site de automobilismo do mundo em língua portuguesa se junta ao maior grupo da área no país.
Como eu disse na matéria que apresenta a parceria, era um namoro antigo. Tenho muitos amigos no UOL, a maioria deles dos tempos em que eu ainda trabalhava na “Folha”. Alguns foram meus trainees… E muitos dos que dirigiram o UOL em seus primeiros anos acabaram passando também pelo iG e pelo MSN, o que no fim das contas mostra que a nossa geração de moleques dos anos 80, criada na Barão de Limeira, ainda tinha e tem lenha para queimar. Nessas idas e vindas, convites para que o Grande Prêmio migrasse para o UOL chegavam todos os anos.
Ah, e por que não foi antes? Primeiro, porque sempre fui leal aos meus parceiros. Começamos com o iG, com ele iríamos até o fim não fossem tantas mudanças de comando por lá. O MSN alterou radicalmente sua maneira de tratar conteúdos e nosso modelo teria de ser modificado demais. Mas tinha outra coisa: o Tazio, que era o site de automobilismo do UOL, e era de um grande amigo, o Fábio Seixas. Não concorro com amigos.
Enfim, estávamos bem sem ter de aceitar convites e chamados, mas essas coisas de internet mudam rápido demais. O Tazio fechou, o iG e o MSN mudaram de dono e modelo de produção, eo fim e ao cabo, para usar uma anlogia automobilística, era fatal que o melhor piloto acabasse na melhor equipe depois de tanto flerte e sedução.
Estamos no maior de todos um pouco porque também somos assim, sem nenhuma pretensão. Para vocês, leitores, não muda nada, a não ser a URL (o endereço na internet). Tudo vai acabar caindo na extensão grandepremio.com.br, e vamos em frente.
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AO INFINITO…
SÃO PAULO (esses meninos são demais) – Eliseu, Marinho, Roberto e Raimundo. Esses quatro fumacentos partiram de carro do interior de São Paulo no dia 5 de outubro rumo a Buenos Aires para participar da Autoclásica, o maior evento de carros antigos da América do Sul. Até aí, tudo bem. Muita gente viaja para a Argentina de carro, o trajeto é delicioso, as estradas são ótimas.
Mas não de DKW. Dois DKWs. Uma Vemaguet 1964 e um Belcar 1967. Foram 5.150 km em 10 dias, passando também pelo Uruguai, nosso paraíso sul-americano dos carros antigos. Problemas mecânicos? Zero. Para não dizer que não aconteceu nada, parece que as câmeras de alguns pneus andaram apresentando vazamento de ar por defeito de fabricação.
Esse quarteto está entre os maiores entusiastas brasileiros dos carrinhos dois tempos mais espetaculares do mundo, e comungam da tese de que automóvel tem de andar. E automóvel antigo, mais ainda. E defendem a ideia de que se você cuida direito de seu clássico, ele vai a qualquer lugar.
Vai mesmo. Aliás, eu faço dessas de vez em quando, nada tão longo, é verdade, mas se tem uma coisa que não me mete medo é colocar carro antigo na estrada.
A linda viagem dos nossos quatro heróis está relatada no Maxicar, com o roteiro completo e lindas fotos. Parabéns a todos, estamos orgulhosíssimos!
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