“RESPEITEM A HISTÓRIA”
SÃO PAULO (eu falo…) – A Alemanha, incrivelmente, está fora do calendário de 2015. E a Itália corre sério risco para o ano que vem. “É preciso respeitar a história”, alertou Jackie Stewart, preocupado com os rumos da F-1.
E ele tem toda razão. A Europa, nos últimos anos, só perdeu GPs. Para praças meio ridículas, como Índia e Coreia do Sul — que felizmente já saíram. Quando digo “ridículas”, não é nada contra os países em si. É que a motivação para levar um GP para esses lugares nunca é esportiva. É meramente financeira, e quando dá errado, como deu também na Turquia, abandonam os autódromos e foda-se.
E quem paga a conta, quase sempre, são as populações desses países.
Eu não consigo conceber a F-1 sem uma corrida na França, na Alemanha, em Portugal, na Itália. Mas está caminhando para isso a passos largos. “Ah, são os novos mercados!”, bradarão.
Na boa, caguei para os novos mercados. Justamente porque países passaram a ser tratados como isso, mercados. E um país é muito mais do que um monte de números e cifrões. Tirar a F-1 dos alemães e dos franceses é um crime, uma sacanagem. Ponto. Se quiserem fazer corridas em Vênus, que façam. Mas não tirem a F-1 daqueles que sempre amaram a F-1 .
Essa juventude, chamada de Millennials´dos países desenvolvidos (Japão, Estados Unidos, França, Alemanha) não dá a mínima para carros, não têm interesse em comprar um e quando compram, veem como mero instrumento de transporte.
Carro virou coisa de velho, nunca se vendeu tão poucos carros para as pessoas com idade entre 18 a 34 anos, proporcionalmente. Logo, a tendência é ir para esses países pobres ou em desenvolvimento onde o carro ainda é objeto de status. Porque a BMW vai investir no Brasil, mesmo com a economia devagar?
Porque os países do BRICS, ainda pobres, são os únicos mercados em que existe a perspectiva de crescimento. Os jovens dos países desenvolvidos preferem comprar um Toyota prius hibrido e acabou, não estão nem aí para o status do carro. Isso fica para os celulares e afins.
Parabéns, FG. Este meu comentário serviu de inspiração de pauta para a Folha de São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2015/04/1614871-mudanca-de-habitos-faz-paulistano-adiar-habilitacao-para-depois-dos-30.shtml
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A França não se preocupa muito com a F1 porque tem Le Mans. Mesmo assim os países fundadores da F1 como França, Alemanha, Itália, Bélgica e GB jamais deveriam ficar de fora. É como o tênis sem os torneios de Grand Slam.
França e Alemanha não se Vendem para o Mafioso Gagá do Bernie Ecclestone.
A hora que a F1 perder a Europa ai quero ver…. Ta no caminho…. Ai Babou o negócio.. E que idiotisse foi aquela de fazer aquele GP na Coréia do Sul… Até se Fosse no interior de Coreia do Norte (próximo destino de férias do Flavio Gomes ) seria menos inósppito que aquilo lá que inventaram…
E vem ai a gloriosa Baku, do ainda mais glorioso Azerbaijao…de tanta tradicao no automobilismo… alias eh bom ir preparando o turbante neh e as paginas de passaporte para pregar vistos…. cada uma.. a Europa eh o velho continente da velha F1 porem dos governos mais responsaveis. Algiem imaginaria o Brasil perder a F1 sem que qualquer governo aqui corresse e usasse o erario para bancar? que o GP eh importantissimo para a cidade e para o fluxo de turistas…a F1 eh um evento deficitario ha anos.
O modelo economico atual da F1 não cabe mais na Europa. Hoje em dia o que vira é ter um promotor master para cada evento ou mesmo para a série, como por exemplo Blackpain GT , NASCAR Whelen Euroseries e coisas assim…
Já postei aqui uma vez que A F1 virou negócio em lugar de esporte e, o negócio vai matar os dois… Bernie está velho! Está na hora de mudar a filosofia da F1. Um ex-piloto sensato e experiente sabe o que pilotos e público, anunciantes e patrocinadores desejam do esporte. Emoção, desenvolvimento e visibilidade. Tudo isso se consegue sem que haja um potentado árabe megalomaníaco metido onde não deve. Sabe-se de cor onde há tradição automobilística. Que a FIA e a FISA invistam onde há público cativo para o esporte. Por exemplo: Estoril tem um bom traçado, mas a dona do autódromo está doente, velha e sem capital para novos investimentos. A FIA tem como mobilizar investidores e atualizar o que for preciso para levar a F1 de volta pra lá. Brands Hatch, Zandvoort, Buenos Aires, Kyalami, Jarama, Nurburgring, Zeltweg, podem voltar ao calendário oferecendo muito mais retorno do que essas “Ilhas da Fantasia” criadas por Mr. Tilk. E todos sabem que além deste, muita gente ganha grana para que esses troços apareçam e sumam com a mesma velocidade dos carros de corrida que por ela passarem. Não é esse o tipo de novidade que a F1 precisa. Precisa de regulamentos mais rígidos na aerodinâmica, da volta dos motores V8 aspirados, de limites de orçamento – para dar espaço para equipes menores investirem sem medo de falir em duas ou três temporadas. Lembro de algumas que tiveram êxito por bom tempo: Heskett, Ligier, Arrows, Brabham, Penke, Wolf, Minardi, Benetton… Enfim, não é difícil! Basta deixar a ganância um pouco de lado para que o esporte possa respirar de novo. Talvez aí, os pilotos relaxem, passem a ter mais contato com seu público, volte um pouco da aura romântica dos anos 60 e 70, com a segurança atual e a emoção de um passado recente… Ainda dá tempo!
Não só dos V8, Tinha é que liberar a construção dos motores,
Mas, liberar esse item pode voltar a encarecer a categoria e, de novo, irá ganhar quem mais investir. Vamos ter uma Mercedes, ou uma Ferrari vencendo sempre, com seus investimentos em níveis estratosféricos. Lembremos do tempo em que a F1 quase virou uma Fórmula Super Ford, quando a Cosworth entregava motores para 80% das equipes. Houve temporadas que só não chegou a 100% por conta da Ferrari e da Ligier, com motor Matra. A idéia de vender chassis da temporada anterior para equipes menores é uma boa idéia também. Frank Williams começou assim, Ken Tyrrell idem. enfim, gostaria de ver voltarem os tempos em que havia 45 carros inscritos e só 26 entravam no grid. Por que ver grid com 15 carros é dose! Com 20 já fica chato…
A europa esta decadente em materia de Mercados, e os emergentes aparecerem, e a f1 segue o dinheiro, é uma lei do capital.Hoje desenvolver tecnologia custa caro vide a crise na f1, portanto a tradição assim como a propria historia são vitimas do tempo que permuta valores de acordo com interesses autopropelidos pelo capital.
Pessoal se ha uma coisa que o Europeu guarda , é a tradição , que Bernie
está tirando dêles , corridas de F1. A hora que não tiver mais, Monza
( O Capelli disse que vai tentar salvar ) , Spa , e Mônaco , será o FIM.
Esse velho burro tá mexendo na ESSÊNCIA da F1. Só que não se mexe na essência, de nada, de ninguém, porque é ela quem sustenta a identidade, e logicamente é o que cria identificação com as pessoas, porque todo mundo, segue um princípio, e pra se identificar com algo, precisa enxergar princípios nesse “algo”;
A identidade de qualquer esporte é o local, as principais regras do jogo, o evento, a proximidade com os protagonistas. Alguém viu crise na NBA? Na Nascar? Em algum esporte dos EUA? E no tênis? Há quantos anos os Grand Slams são disputados nos mesmos lugares? Todos esses esportes tiveram pouquíssimas mudanças ao longo da história. As mudanças que houve, dá pra se chamar de “ajustes”. Agora, olhem pra F1. é uma zona que muda tudo a cada ano. Isso só evidencia o desequilíbrio, incosistência e falta de planejamento de gestão a fim de dar um rumo certo à categoria. Esse Bernie Ecclestone tá perdido e não sabe. Ou porque ninguém fala pra ele ou porque ele é prepotente ignorante e burro, mesmo. Sou mais da segunda opção.
A F1 precisa estar aonde as pessoas que gostam dela estão. Porque no fim, são elas quem assistem, seja pela TV ou autódromo, e portanto são elas que pagam a conta. Se esse velho afastar a F1 dessas pessoas, logo logo ele vai ter bancar tudo sozinho.
A França foi o primeiro país a organizar uma competição automobilística valendo premio (Paris-Rouen 1894),A Alemanha alem das fabricas Mercedes,BMW, Porsche que são sinônimos de carros vitoriosos em pista sempre teve grandes pilotos e autódromos belíssimos e um povo apaixonado por carros e que seria a F 1 sem a equipe do Cavallino Rampante,que é o simbolo mais significativo do automobilismo Italiano. Como poderia países de camelos e riquixás serem mais importantes,só mesmo para a mente doente de Uncle Bernie (doente por dinheiro)
Ontem li uma reportagem do Ico, em que relata que a Coréia do Sul está tentando correr atrás de uma cultura automobilística depois de perder a corrida.
Até porque tem que pagar o autódromo.
Nesse caso, uma perda que foi para o bem.
Destaco aqui a frase do administrador do local: “A Fórmula 1 saiu daqui porque não havia público. Quando houver, a corrida pode voltar para cá”
Mesmo porque a fórmula 1 foi construída através do trabalho e influência de países como Itália e Alemanha com seus personagens e já que se fala muito em mercado, por empresas dessas nações. Como cuspir no prato que se come? Como dispensar um GP da Alemanha que disponibilizou a Auto Union, Mercedes, BMW, Porsche, Nurburgring, Schumacher e até Vettel se pensarmos no tempo presente para o esporte? Como dispensar uma Itália que ofereceu para a fórmula 1 a Alfa Romeu, Maserati, Monza e a própria Ferrari e os Tifosi?
O velhinho maldito quer mais grana no bolso, e o resto que se foda…
O Jackie reclama tardiamente, e só por que se sente ameaçado, já apoiou e até puxou o saco do Bernie para poder participar da organização GP da Inglaterra…
Mais um sinal do início do fim?
Tomara que não.
Infelizmente não é início do fim. Essa fase já passou e estamos no meio do caminho, ou quase. Motor de batedeira, circuitos sem ultrapassagem, carros díspares demais onde o melhor piloto só fará diferença em situações pontuais e pra lá de específicas, F1 longe do seu “grand slam”… já são muitos os sinais para chamarmos apenas de início do fim.
Jackie Stewart está certo, dane-se esses Tilkódromos, como fãs de F1, queremos de volta, ao calendário, circuitos como Hockenheim, Imola, Paul Ricard, Zandvoort, Brands Hatch e outros circuitos clássicos.
O que a F-1 faz com estes circuitos é como deixar o pai e a mãe em um asilo, como você mesmo disse, que sejam bem-vindos novos circuitos, mas não mexam na história.
Saindo dos “defasados” circuitos clássicos, distanciam-se do público apaixonado que ama o esporte, quem ama cuida, quem ama procura, tem sede… interesseiros só querem dinheiro, quando começa o prejuízo ou redução no lucro logo saem fora, olham outros investimentos mais rentáveis.
Curiosamente, dos circuitos “tilkeanos”, o melhor que era o da Turquia está fora do calendário.
Exatamente. Esse velho é uma pessoa que investe na F1 e nada mais do que isso.
Sou o aquele espectador que sacrifica a madrugada de sono para ver um treino, que não marca compromisso algum em domingo de GP … porém, começo a repensar se esta paixão pela F-1 irá sobreviver com motorzinhos de dentista, Mercedes dominante e circuitos tão tradicionais que estão saindo ou correm risco de saírem do mapa. F1 sem Monza, Spa, Silverstone, Interlagos, Mônaco e Suzuka, definitivamente não é F1.
Concordo com voce. Digo mais até. Acho que a Fórmula 1 deveria se espelhar em termo de organização com a Moto GP. Eu assisto sempre e me impressiona a organização e principalmente o público (em quantidade e fidelidade). Vou até fazer o seguinte nas próximas provas da Moto GP e F1 que vierem, vou anotar a quantidade de público só para traçar um comparativo. Repito e apoio a frase final do seu post: ” Não tirem a F-1 daqueles que sempre amaram a F-1 “. Valeu Flavio Gomes
Pior é que os novos mercados não se abriram – digo, a Turquia tinham um pista interessante, mas não ia gente. Na Coreia (perdeu o assento, né?), na China, idem, India, idem.
O desconto que tem que se dar é que, afinal, se não testar novos locais, como se saberá se funcionam ou não. Talvez tenham dito o mesmo do Brasil nos anos 70 – a diferença poderia ser que o Brasil não estava tomando lugar de ninguém.
Mas logo deve aparecer alguém para ocupar o vazio deixado pela F1 e promover corridas nas pistas tradicionais.
Quem sabe o competente Stéphane Ratel,desde que não seja infectado com o vírus Berniuneccleststonianum fomedinheirum. !
O Bernie é illuminati.
Digo mais ou menos isso há anos!
F1 deixou de ser esporte para ser business.
Uma merda!
Oriente tem $$? Manda a F1 para lá…
Europa também tem? Ali o “mercado” já está conquistado.
Está na moda ser ecológico?
Silenciem os motores, façam um mix com motores elétricos.
A TV precisa de menos voltas, em pistas menores, assim, com menos câmeras, os carros aparecem – e fazem propaganda – mais vezes em menos tempo.
E carro aparecendo? Para quê? Quanto maior o carro, melhor, mais espaço para propagandas…
É a tendência atual.
Deu no que deu…
Que resultou naquele grid magérrimo da Austrália.
Eu já deixei de viajar para não perder uma prova de F1.
No ultimo domingo (ainda) a assisti em replay, às 8:30h, no Sportv, como se fosse ao vivo.
Em outras épocas, isso seria impensável para mim.
E assim vai…
Concordo plenamente com sua opinião, e sem tradição não iremos alugar nem um
Se a Alemanha , onde se fabricam os melhores automóveis do mundo , tem estabilidade economica ,tem torcida garantida , tem um dos melhores e mais belos traçados (apesar de terrivelmente mutilado ) ,não é mercado pra F1 , eu definitivamente não entendo mais nada . Só faltaria tirar Spa também .
É que se misturam coisas. Na alemanha tem mercado, o que talvez não tenha é gente disposta a doar dinheiro para o Ecclestone. No oriente parece que o dinheiro está mais fácil.
Uma vez eu li uma reportagem, se não me engano daqui do Grandepremio, que esses países com pistas novas pagam até o dobro por uma corrida de F1. Por exemplo, se a Alemanha paga 50 milhões de dólares, a China paga 100. É óbvio que isso não se paga nos 3 primeiros anos, mas eles aceitam porque o Bernie Ecclestone deve fazer uma projeção de mercado crescente de torcedores no pais que a longo prazo seja lucrativo… Aí passa os 3 anos e o público continua uma merda, aí os caras não querem mais pagar os 100 milhões e o Bernie levanta as trouxas e vai embora atrás de outro otário que acredite no seu papinho. E assim ele vai lucrando.