Pedro Victor by Caíque
SÃO PAULO (a dúvida é o preço da pureza) – Estréia nas telas do Grande Prêmio Caíque Pereira, autor da Retrovisor de hoje, sobre seu primeiro sutiã. Melhor: sua primeira corrida!
Vitória de Pedro Victor Delamare, que ele encontraria este ano de novo em Interlagos. Vale a leitura!
A vida nos colocou lado a lado por maiores ou menores espacos de tempo , o que foi um tremendo orgulho e aprendizado . Primeiro como seu aluno na escola de pilotagem em SP e competidores nas 24 horas de Interlagos ed 1970 . Depois em Campos do Jordao como vizinho e amigo na epoca dos cavalos crioulos e a ocasiao da perda de seu querido filho. Depois apos um longo periodo falamos por telefone quando ele se encontrava em Uruguaiana . A ultima vez que nos vimos foi num leilao de gado da raca Angus e a Gigi ainda o acompanhanva. Apos isto falamos algumas vezes por telefone e a GIGI ja se encontrava com a saude debilitada e ja faz uns 4 anos que nao o vejo e nem nos falamos.Todo este relato e para dizer que atras do grande piloto existiu sempre um homem determinado , que nunca deixou se abater pelas surpresas da vida e alem de tudo um ser humano com muito senso de humor e gentileza para tratar a todos . Tenho saudades e vontade de reencontrar o amigo que tantas licoes nos deu .
Grande Saccomani, longe de querer contestá-lo, pois afinal vc é testemunha ocular da história e quem sou eu para fazê-lo, mas a bem da verdade a categoria Esporte 2 Litros, criada em 1970, teve seu auge aí por 71/72 quando pilotos do calibre de Joakin (ôba!!) Bonnier, Brian Redman, Vic Elford, Arturo Merzario, Gijs Van Lennep, Leo Kinnunen, Whilly Khausen, Karl Von Wendt, reine Wissel, Jonathan Williams, Dieter Quester, Gerard Larrouse entre outros, frequentavam a categoria a Bordo de Lolas, Chevron, Abarth, Osella, etc. Em 73, com a crise do petróleo afetando toda atividade automobilística, a categoria começa a se ressentir de patrocinadores.Em 74, já com grids mais mirrados e a presença da March, GRD e AMS, veio o domínio absoluto da Alpine -Renault, formado pelos pilotos Gerard Larrousse, Jean Pierre Jabouille, Alain Cudini e Alain Serpaggi. Em 75, a categoria agonizaria de vez. É incontestável o talento e a determinação do Pedro Victor, só acho que deu azar (no money) em uma categoria que já não prometia muito. Abs.
Caros Joaquim, Caique e Ricardo !
E estória não é bem esta !
Os grids ainda eram cheios !
E o carro do PV era excelente !
Mas ele perdeu o patrocinador, logo no ínício da temporada !
O Jaime Levy teve um câncer fulminante no cérebro, a SPI foi para o saco, e o PV ficou a pé !
Mesmo assim, ainda lutamos bravamente !
Na 3a. prova do Europeu – Interséries, em Brands-Hatch, eu comprei os pneus, (trouxe para o brazil depois) e o PV barbarizou na 2 litros !
Mas depois, sem grana, a brincadeira acabou !
Grande Caíque, a Enciclopédia das Corridas dos Anos Dourados, me diga por anode andam Walter Hann e a musa paraguaia Graziella Fernadez????Conto com a sua ajuda!!!Abs. Rodolfo.
Caique e Ricardo, o Pedro Victor encerrou a carreira em 75, após tentar correr o Europeu de Protótipos 2 Litros, uma categoria iniciada com sucesso em 69. Em 74 já ressentia-se da crise do petróleo que abateu sobre o mundo em 73, com pouquíssimos carros e o rolo compressor dos Alpine-Renault. Acabou como vice-campeão num torneio de clube inglês sem maiores expressões, sendo sua principal corrida uma em Brands Hatch, já em parceria com Antonio Castro Prado. Largaram em 23o. lugar em um grid de 35 carros e quebraram na metade da prova. Realmente , o March 74 S era um belo carro, mas pouco competitivo. Um final melancólico para uma carreira brilhante.
Neiva e Joaquim,
Era realmente o Joana Bezerra. Era uma pistinha toda travada.
Ricardo,
Aqule March 2 Litros era muito bonito assim como o Chevron B19 que o Wilsinho pilotou em 71.
Abraços.
Muito bom o texto!
Abraço!
Faltou dizer que me refiro, claro, aos modelos que disputaram aquelas provas. Abs.
Caros Caique e Joaquim
O circuito a que me referi não era o de Joana Bezerra, vizinho a um estacionamento do mesmo nome, famoso quase 20 anos depois do circuito da Cidade Universitária. No que me referi, correram Wilsinho Fittipaldi (ganhou uma prova com 18 anos), enquanto piloto da equipe Willis (corriam de R3 e Interlagos) e diversos outros nomes, como Bird Clemente, Marinho e tantos outros. Pernanbuco era representado por nomes como GG Bandeira, por exemplo. Essa é para o Gomes. Originalmente o motor do DKW tem cerca de 50 cavalos. Pergunto: quantos cavalos tinha o motor “envenenado” pela fábrica? 80? 90? Mais de 100?
Oi pessoal.
Caíque, parabens !! Que materia linda! Lembra do March 74-S azul escuro e laranja patrocinado pela SPI que o Pedro correu algumas corridas no campeonato europeu de 2 litros e uma das provas da Interserie em 1974? Que carro lindo!!!!!
Eu gostaria muito de entrar em contato com o Pedro.
Um grande abraço
Ricardo Bifulco
sobre o Tite, sei que ele foi pra Araquarara plantar laranjas. Ele se encontrava com o Emreson regularmente. A última notciia dele foi a uns 6 ou 7 anos. Ele parou de correr porque perdeu o baço, não sei me lembro se foi em um acidente.
Para quem ainda não sabe, o nosso amigo Caíque está envolvido num projeto de enorme envergadura: está cadastrando e registrando em fotos e texto, todos os carros de competição construídos no Brasil, desde o final do século passado. É um belo, caro e trabalhoso projeto que só um apaixonado e dedicado como O Caíque seria capaz de levar a cabo. O homem é bom demais, tira ele do meu lado….
Caíque, a pista em Recife em questão era o |Joana Bezerra, circuito improvisado em volta de um estádio do mesmo nome.Era comum provas de Fiat 147 disputadas lá.Abs.
Galera, eu sou suspeito pq me tornei amigo do Caíque….
Mas aplaudo de pé a sua estreia no GP!!!!
Mandou muito bem Caíque!
Abraços
Pedro Victor foi o primeiro cara por quem torci.
Delícia o texto do Caíque.
Se cabe uma sugestão, aí vai: cadê a foto do Opala azul, nr. 84, da divisão 3?
Francisco,
Você falou de Circuito em recife e agora me ocorreu que uma vez li na Auto Esporte sobr4e uma corrida acontecida lá, num circuito de rua, com uma extensão de mais ou menos 2,5 ou 2,7 km e tinha um nome feminino, acho de duas palavras. Por um acaso era este circuito? Qual era o nome? Me lembro bem da foto e tinha até um viaduto sobre a pista. Vou dar uma de Claudio: Socorro Joaquim…
Techo da colula do Caique:
Os carros começaram a roncar e as pessoas pararam de atravessar a pista. Guard-rail? Nem pensar. Cercas de proteção? Também não. O que tinha era a coragem dos pilotos e dos espectadores. Os primeiros por correrem sem a menor segurança numa pista só com meio-fios ao invés de zebras, e por acelerarem tudo num lugar onde poderia, do nada, sair um moleque atravessando na sua frente. Do outro lado um monte de malucos que ficavam tranqüilamente onde hoje haveria uma área de escape ou algo do gênero.
Pois bem.
Nascido em Recife, vivendo em João Pessoa, filho de um entusiasta de corridas, tive o prazer de percorrer informalmente um “circuito” de uma corrida realizada na cidade universitária de Recife. A cada curva, antecidade de generosas retas, me perguntava como os caras podiam acelerar ali. Hoje, depois de assitir tatas corridas de F1, categoria que o Lívio O… (nome complicado) classificou como “fake”, vej o quanto os pilotos da época eram, para não fugir da nossa conceituação regional, “cabras machos”.
Parabens Caique, me lembra os velhos tempos. Em 1972 eu ganhei do meu tio uma jaqueta verde clara da Bardhall que tinha um escudo no ombro que dizia “escola de Pilotagem Fittipaldi-deLamare”. Tenho ela bem guardada ate hoje.
Depois vi ele nos boxes numa corrida de 25 horas onde este lia um gibi, depois tirou uma soneca, acordou, deu um beijao na sua mulher, entrou no Opalao dele e saiu acelerando…
Abs,
Stephan
Parabéns Caíque, um texto belíssimo, tenho muita inveja de você, do Joaquim e de todos os que tiveram a benção de presenciar esses momentos mágicos do nosso automobilismo. Mas continuarei a perguntar: porque não se escreve um livro?? Essas estórias, que formam a nossa história, não podem ficar sem um registro escrito para consulta e deleite dessa e das gerações futuras. Tá na hora de mudar a idéia de que o brasileiro não tem memória, temos sim e ela é riquíssima!!!!
Abraço a todos
Com relação ao Clovis, até onde sei, continua frequentando os Boxes de Tarumã, mas apenas como *Doutor Honoris Causa*, porque hoje só curte. Isto foi o que me disse o Trevisan, já a algum tempo atrás.
Ao Clezio Soares:
O Guaraná estará correndo de Stock-Light este fim de semana, em sua equipe (Guaraná Sports) pois o irmão do Burti que corria com ele foi para outra equipe.
Ele só vai substitui-lo.
É um cara ultra-acessível e gente boa demais, apresentei-o para vários blogueiros.
No dia 15 estará lá tambem, pois tem corrida de Pick-Up e sua equipe participa…
A propósito… Se conhece algum piloto a fim de participar do restante da temporada de Stock-Light ou da Paulista de Pick-Up, fale comigo.
O Guaraná tá atrás de piloto que traga patrocínio, e tem 2 carros vagos.
Clezio,
O Pedro até o conhecer, tinha ouvido que estava se dedicando a criação de cavalos, mas não sei se isto é ou foi verdade.
O Tite e o Vital nunca mais ouvi a respeito.
O Yoshikuma tem uma confecção em São Paulo, acho até que ele já fazia propaganda dela ao final de sua carreira. Conversei com ele em 2004.
O Guaráná tem uma Empresa que prepara carros de competição, principalmente na DTM Pick-ups. Em breve vou enviar para o Flávio uma das minhas esquisitices e o personagem principal é o Guaraná.
Caíque, por favor, tente achar alguma
informação sobre o que andam fazendo nossos herois e nos diga : Pedro Victor,
Alfredo Guaraná, Tite Catapani,Clovis
de Morais, Vital Machado,Edson Yoshikuma e mais uma renca deles.
Clesio,
O Tite eu não sei, mas o Maverick está totalmente restaurado no futuro Museu do Trevisan. O Flávio troxe este carro para andar antes do GP Brasil de 2003, não foi FG?
Salve Caíque, já lhe disseram tudo e a mim só restou dizer-lhe……BOA SORTE E SEMPRE NOS TRAGA MAIS CRôNICAS ASSIM GRATIFICANTES DE SE LER!Rodolfo.
Não Acreditei no que li agora!! Hoje cedo ainda comentei com meu filho que iria perguntar ao Flávio, por onde anda o Pedro Victor? E Por onde ele anda,Caíque? Isso foi transmimento de pensação!!!
Flávio, cadê o Tite Catapani (Renato) e seu Maverick Hollywood?
Blz de crônica Caíque, o Pedro Victor eu não conheci, mas o Anísio sim, durante o segundo concurso de design da VW do brasil, em que ele era juiz, como um amigo meu tinha ganho o primeiro concurso e o prêmio era um estágio de 1 ano no departamento de estilo eles estavam tb mostrando os trabalhos de “graduação” do pessoal, e fui até SP para prestigia-lo e foi ai que conheci pessoalmente o Velho Anísio, sempre rabiscando alguma coisa e com uma história para contar, um figuraça !
Tô meio sem palavras prá agradecer, pode parecer estranho mas fiquei meio sem graça com o que li e ao mesmo tempo feliz. Obrigado mesmo.
Baygon,
Agora só falarei de política nos Blogs do Josias e do Fernado Rodrigues …Arrrrggghhhh!!! O pior é que você disse que sou de Esquerda e hoje fui taxado de ser a favor do Autoritarismo. Política aqui não, Tô fora.
Frases naquele remoto dia de 1965 :
1- Caíque : a primeira corrida a gente nunca esquece !
2- Pedro Victor : a primeira vitória a gente nunca esquece !
2- EMerson : a primeira capotada a gente sempre lembra ! Aí ! me passa o gelol !
Caique
Gostei muito da sua coluna de estréia, parabens. E logo na Retrovisor que é a minha predileta.
Você disse em outro post que não iria comentar mais sobre politica, acho que você tem razão. Não é o seu forte, se dedique mesmo aos textos sobre automobilismo assunto que você demostra conhecer a fundo e de forma mais coerente e sem fanatismos tipicos da esquerda.
Lhe desejo uma longa carreira como colunista do GP.
Genial, Caíque.
Além de voce já ter demonstrado muitas vezes aqui que é um fissurado contumaz, agora fica claro onde e quando plantaram a semente:
Ver o Pedro Victor há mais de 40 anos atrás, e estar presente na estréia do Emerson Fittipaldi é demais da conta…
Belíssima crônica, a gente sente a verdade e a emoção fluírem.
Valeu.
Tambem ganhei o dia.
Eu também não sei como me interessei por cordidas. Desde que me entendo por gente sou fascinado por carros.
Grande história Caique.
É muito legal a gente se lembrar de ter visto esses pilotos iniciando no automobilismo.
Realmente são coisas de que se jamais esquece.
Essa geração é duca!
Dr. Caíque, parabéns pela crônica e minha saudável inveja de ter estado lá também!
Agora voces repararam a observação de que só os DKW paravam? Hein, Gomes?
Excelente coluna, Caique. Ver o Emerson e outros pilotos lendários em sua primeira corrida é muito chique. Estrear junto com o Emerson então, nem se fala.
A primeira corrida que eu me lembro foi de velocidade na terra, com dojões, opalas e aquelas gaiolas com motor de volks 1600 (esta era uma outra categoria). Meu pai levou minha irmã e eu. Foi um barato, pois estávamos do lado de fora da curva, e os carros jogavam barro em nós (não adiantava se esconder). Voltamos sujos feitos tatus. Ainda bem que a interna do Maverick do meu pai era de corvin.
excelente coluna. PARABÉNS!!!!
fiquei pensando…
Caíque, parabéns belíssima crônica. Outra coisa que temos em comum, além do amor pelo automobilismo; o primeiro piloto que vi “ao vivo” foi também o Pedro Victor, mas de uma maneira mais prosaica. Em 68, estava num trevo esperando carona para os Mil Km de Brasilia quando pára ao meu lado uma Alfa Giulia TI branca com um casal dentro. Fiquei todo animado, carona pra Brasilia e de Alfa TI!!! Maior foi o meu espanto quando o motorista se dirigiu a mim e perguntou informações como chegar a Brasilia. Era o próprio Pedro Victor e sua belíssima esposa, Gigi Delamare, que estavam indo pra corrida, onde Pedro Victor correria com uma Alfa GTA do Mário Olivetti !!! Quase caí duro, só conhecia o cara de revistas e até esqueci de pedir carona pro homem.
Gomes, vc dis: “a dúvida é o preço da pureza”, eu tenho outra pra vc: ” Nossas dúvidas são traiçoeiras, nos fazem perder tudo aquilo que almejamos pelo simples medo de arriscar” – William Shakespeare”……abraço
É Gomes…Hoje vc está embalado ao som da Infinita Highway… abraços…
E AI JÁ ASSITIU O FILME CARROS. FEITO PARA VOCE.
Beleza Caíque,belo texto!
Dá até vontade de estar lá!
Se ficar olhando por horas fotos de carros de corrida é autismo ,to f.u.d.i.d.o!
Sim, eu lembro do Azul, era demais!!!
visitem: http://WWW.COCKPIT.i8.COM
Haaaa… tem coisas que realmente a gente nunca esquece… é o nascimento dos filhos… a primeira vez em tudo na vida… mas realmente existem coisas que parecem ser besteira, e na verdade são, mas que tem um valor enorme para a gente… parabéns Caíque pelo texto… tbm tive a minha primeira vez a bordo de um kart… e foi inesquecível para mim também!!!
Os opalas que o Pedro Victor pilotava eram lindos. Aquele cupê azul com aqueles rodões, aba de para-lama e o corte do capô para as cornetas do carburador . Aquilo era corrida de turismo.