In memorian
SÃO PAULO (nem tudo são flores) – É fim de semana de corrida em Magny-Cours, talvez o primeiro circuito pós-moderno da F-1, construído para substituir uma pista antiga, de Le Castellet, estabelecendo padrões rigorosos de segurança e funcionalidade.
Mas não há segurança que baste quando acontecem certos acidentes. Este vídeo que desenterrei no YouTube é a demonstração cabal. É o acidente que matou Marco Campos em 1995, um garoto de quem pouca gente ouviu falar, mas que foi, sem medo de errar, o menino que mais me impressionou nas categorias menores.
Ele correu na Europa de F-Opel, quando o vi pela primeira vez, e era um assombro. Fez várias preliminares de F-1 e era daqueles que me faziam chegar mais cedo ao autódromo para vê-lo, como o craque dos aspirantes que a turma fazia questão de aplaudir no futebol antigamente, antes do jogo de fundo.
Estava na Draco na F-3000 quando morreu. Tinha um futuro brilhante pela frente. Morte besta, na última volta da última corrida da temporada, disputando uma posição que não valia nada.
A julgar pela parte final do comentário do Antônio, podemos ver onde começou a admiração do Flavio Gomes pelo Marco Campos.
Lembro vagamente dessa história, mas confesso que fico profundamente chateado com essas coisas bestas que acontecem… como é que pode. De fato, quando é para acontecer algo, não importa a segurança dos carros, da pista… nada. Veja o caso do Tom Pryce… quando não é a estrutura do circuito que é insegura (não que fosse esse o caso…) é um fiscal desatento que atravessa a pista com um extintor na mão, é atropelado e o extintor vai bater caprichosamente na cabeça do piloto. Contra essas coisas não tem defesa… o carro do menino poderia ter batido com o assoalho no muro… foi bater perfeitamente com o cockpit. Não dá.
Pude acompanhar o início de carreira do Marco Campos, na época que fazia a cronometragem no kartódromo em São José dos Pinhais. Numa geração de paranaenses com destaques internacionais, pude ver o início de carreira de Tarso Marques, Enrique Bernoldi e Ricardo Zonta, além do próprio Marco, e sem dúvida os melhores eram o Enrique e o Marco, com destaque para este último, que pilotava com mais cabeça (o Enrique andava muito mas não cuidava do equipamento), além de não dispor de uma fração do dinheiro que os pais dos outros gastavam. Seu motor home, era uma Kombi velha. Jovem talento que se foi.
Me lembro bem do Marco Campos e sua morte me chocou muito. Sem dúvida era um grande talento.
Para quem quiser saber o que andou rolando hoje em Interlagos, uma palinha rápida lá no tópico do Lada tombado. Abs.
Lembro bem desse acidente, são coisas que realmente não tem explicação, só podemos classificar de destino
=////
Acontece…
Espero que nao se repita com outros.
Confesso que ainda não havia escutado o nome deste garoto. Ou pelo menos não lembrava. Mas é uma pena, realmente. Foi como se foram muitos, por uma lastimável coincidência de acontecimentos.
Em Curitiba ele é tido como o maior piloto que já andou por aqui ! A habilidade dele , depoimento de alguns mecânicos seus de Kart e até concorrentes , era infinitamente superior à dos demais. Uma pena realmente …
Flavio:
eu não havia visto o acidente, pq, na época, a RG, alegou que , a pedido da familia, não iria mostra-lo….PQP…por meros 20 cm ele teria escapado…uma pena realmente pq o garoto mandava muuuuito….coisas da vida….
eu me lembro muito bem desse menino
era tido ate como o novo senna, ate ae nada demais prq o pe de chinello tambem foi considerado…
mas lembro que ele era ate a grande esperança brasileira de ter um piloto de ponta na formula um
acidente tragico que o vitimou deixou triste a todos que gostavam de corrigas de carros
a finada revista grid ate fez uma materia com ele e outras jovens promessas que pra variar nao se compriram… entre eles o rosset…
um abraço flavio
leio todos os dias o seu blog e comentou muito raramente prq nao tenho paciencia
um abraço
Pqp, que acidente! No momento mais improvável, no muro mais improvável, na pista mais improvável. Foi muito azar o cockpit ter ido de encontro naquela parte do muro, e ele na verdade teve muita sorte de não ter sofrido uma decapitação no momento em que a cabeça dá uma porrada traseira violentíssima no muro. O capacete não rachou no meio, mas com certeza o impacto deve ter causado um “belo” de um traumatismo craniano. E o pior é pensar que este tipo de acidente praticamente não possui chance alguma de ocorrer sem que haja danos sérios, comentava com um amigo que mesmo se um F1 moderno pegasse o mesmo trajeto que este carro teve, poderia até não sair morte, mas com certeza os danos seriam seríssimos. Isso demonstra que por mais segurança que um F1 atual possa ter, sempre é preciso pedir proteção divina antes da corrida e ter cautela em lances perigosos. Infelizmente o acidente levou o Marco Campos, interrompendo mais uma geração vitoriosa do Brasil na F1….restou ao Brasil ter que conviver todos esses anos com a geração vergonhosa do Barrichello, coisas da vida.
http://www.speed-demon.zip.net
Pois é, Flávio!
Marco Campos nos deixou! Em 2000, cinco anos após sua morte, eu era um mero estudante da 8ª série do 1º grau. Um dia, todos saíram para o recreio, mas permaneci em sala. De repente, Marco me veio à cabeça. Parecia algo surreal. Como pode um garoto de apenas 19 anos ter sua vida interrompida de uma forma tão trágica e banal? Peguei meu caderno e rabisquei rapidamente um texto sobre ele. Hoje, nem lembro mais o que escrevi. Nem sei onde meu texto foi parar! Marco, quando morreu, disputava apenas a 9ª posição com o italiano Thomas Biagi. Era a última etapa! Era a última volta! Sinceramente, há coisas no automobilismo que não consigo engolir! Confesso que tenho uma tendência enorme de admirar pilotos de quem pouca gente ouviu falar, mas que tiveram suas carreiras e vidas ceifadas de forma trágica: lembro-me de Ratzenberger, Wayne Rainey (o único não morto, mas que hoje está paraplégico), Daijiro Kato, Roger Williamson, François Cevert, Helmuth Koinigg, Greg Moore, Jarno Saarinen… e Marco Campos. Muitos morreram antes mesmo de eu nascer. Marco tinha um talento extraordinário, mas talvez a impaciência de boa parte da mídia e da torcida em busca de um “novo Senna” o tenha feito queimar etapas desnecessariamente. E só para registrar, Rubens Barrichello, logo após sua morte, colocou em seu capacete os dizeres: Marco, we miss you! (Marco, sentiremos sua falta!)
Uma justa homenagem!
E lá se vão 11 anos!
Veloz, infelizmente foi erro dele, sim. Provavelmente perdeu o ponto da freiada, ao deixar para o último instante, colado no adversário, e já sem pressão aerodinâmica.
Mas um erro bobo, que não teria maiores consequencias, se não fosse o estúpido muro de concreto, no qual o Marco quebrou o pescoço, no último impacto. Esse paranaense nos daria, com certeza, muitas alegrias quando chegasse na F1. Seu contemporâneo, e conterrâneo Ricardo Zonta tentou fazer isso, mas, embora o enorme talento natural, não deu sorte na F1, pegando equipe com o dono sendo seu concorrente.
Tive a oportunidade de ajudar o Julio na Barber Pro americana, na epoca “brigando” com o AJ Allmendinger; depois de bater o americano na seletiva da Skip Barber de “bolsa” para aquele ano…mas Julio, apesar de pilotar muito, teve um ano complicado. Sempre esteve perto da ponta, mas nao conseguiu “finalizar” na maioria das vezes, por problemas outros, alguns culpa dele, outros nao…mas nao ha duvida que pilota muito bem, se estiver com a cabeca no lugar – como a maioria dos pilotos, certo ? Infelizmente, outras situacoes/envolvidos causaram mais problemas, e a coisa toda acabou estranha. Mas o piloto, no carro, nao deixou duvida e nao tenho duvida que poderia ter se desenvolvido no cenario internacional para estar brigando na frente de qualquer categoria “boa” de monopostos aqui. Me parece que ele continua andando bem, na Stock Light nao ? O pessoal da Draco tbm tem muita saudade do Marco…www.copabrasil.blogspot.com
Bem lembrado, Flávio.
Esse garoto era fera, era do ramo.
Nessa época eu acompanhava as provas pela ESPN internacional e me lembro dos narradores se esguelando na descrição das ultrapassagens que o Marco fazia e eles sempre enalteciam o fato do carro dele ser inferior tecnicamente aos outros.
Esse era dos meus, mas infelizmente se foi cedo demais, e se foi como vão os super pilotos, por quebras dos carros e não por erro de pilotagem.
Eu me lembro que o Marco Campos corria a F-3000 com um chassi Lola (que tentava voltar às competições), muito menos competitivo que os outros, e mesmo assim conseguia competir, fazendo corridas memoráveis.
Eu li bastante a respeito do acidente, mas nunca o havia assistido. Chega a ser estúpido ficar imaginando o que poderia ter sido, mas é inevitável. Pensando bem, melhor seria não ter assistido.
Não sei se vocês já viram, mas aqui está o link para um videozinho sobre o GP do Japão de 1977.
Já aviso que as imagens são fortes, sobre a batida do Gilles com o Ronnie Peterson…
Eu lembro dos comentários favoráveis ao piloto e tbm lembro do triste acontecimento. Uma pena!
Achei estranho pois na primeira vez que vi o vídeo o acidente pareceu sem maior gravidade, mas quando se assiste com mais atenção se percebe que na capotada ele bateu no muro. Muito triste mesmo.
Pô, achei que só eu tinha esperança nesse menino….
Áliás, o irmão dele ainda corre (Julio Campos), certo ?
Foi muito azar, uma pena.
Puxa, acidente besta mesmo. Tocou quando freou mais tarde (quem nunca fez isso?), quebrou a asa, o carro voou, girou, bateu ao longo do muro, a cabeça do piá junto…
Muito triste.
Vi Marco Campos correr o Brasileiro de Kart de 93 e era de uma geração que prometia muito: Enrique Bernoldi, Ricardo Mauricio, Luciano Burti, Max Wilson, entre outros. Realmente, sua habilidade e combatividade ao volante de um kart eram impressionantes. Tinha muita esperança nesse rapaz, mas esse acidente estúpido encerrou uma carreira breve, mas brilhante. Uma pena.
Esse era uma grande promessa. Andava mto além da ‘média’ dos outros.
Perdemos um futuro campeão….