Senna, 1986; Massa, 2006
SÃO PAULO (e assim se passaram 20 anos) – Rabisquei alguma coisinha sobre Copas, Brasis, Franças, pilotos. Está na coluna Warm Up de hoje.
Perfil
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
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E o mais legal da vitória do Senna em 86 é que foi em cima do Prost e do Laffite, dois comedores de baguettes, ou do Laffite e do Arnoux, o que dá no mesmo…
A reportagem vale pela comparacao do que e a selecao de hoje e o que a de 86 representava.
Apos esta derrota eu dei um motivo para tanta indiferenca minha perante a selecao, idade, porque quando crianca em 86, chorei bastante agora somente um longo bocejo.
Agora percebo em parte pelo seu relato que ja devia nao ser crianca em 86, que os reais motivos pela minha indiferenca sao outros,pois,se a selecao estivesse jogando melhor que a Franca e principalmente com espirito de luta, garanto ficaria triste, nao teria chorado como antes,mas pelo menos nao ocorreria toda esta indiferenca que eu vejo por parte das pessoas em relacao a selecao de futebol.
Indiferenca, esta palavra retrata fielmente o espirito de alguns jogadores do Brasil neste mundial, que achavam que pelo nome famoso ganhariam o campeonato. Como um cara vai para a copa pesando 95kg? e falta de vergonha na cara, e ou indiferenca?
Esse texto foi so para lembrar da selecao, porque se fosse o senna no lugar do massinha, sem o minimo de comparacao,pois nem vale a pena.
Fazendo uma analogia da selecao e da F-1 atual, hoje o dinheiro manda muito mais do que em 86, como exemplo dos jogadores de 86 e de 2006, e do tecnico que escala e convoca movido a interesses capitalistas sujos, dou o exemplo daquela corrida em 86 e dessa de 06, em 86 senna foi incontestavelmente dominante em 06, massa foi incontestavelmente passivo, isso devido ao jogo de interesses que a F-1 de hoje e em comparacao com 86, que ja tinha sim esse mercantilismo, mas nao chagava a tanto.
Falando desta corrida da semana que se passou:Que ridiculo a ultrapassagem do alemao em cima do massa,nos boxes , tudo combinado, como foi em monaco, po eu nunca via isso antes na F-1 somente com o inicio da era ferrari este tipo de coisa comecou e se firmou ate entre outras equipes para empobrecer o esporte.
Jean todt falou e o massa tambem, deixando pistas como se este jogo de equipe fosse a coisa mais natural do mundo, como e hoje a corrupcao e caixa 2 no Brasil.
Por isso,agora torco para que o massa fique la atras, pois ele esta agindo muito errado, como essa F-1 de hoje em dia, agindo como o outro brasileiro que vivia um tormento pessoal e acabou virando motivo de chacota ,mas que aceitava tudo pela grana.Se continuar assim,numa dessas eles mandam o massa bater no alonso, como fizeram com o haikkonem em 2 largadas em 2003, por estas e outras o espanhol tem que ficar esperto pois se largar atras do massa , ta ferrado.
Brandão, meu pai faz 92 anos. O que dar de presente para ele neste aniversário, como compensá-lo por todos esses anos dedicados à familia, muitas vezes abrindo mão de seus próprios desejos? Já sei, vou pegar esta coluna, emoldurá-la, lerei para ele baixinho, já que seus velhos olhos que tanto já viram, hoje não divisam quase nada. E direi: pra você, meu pai, tudo o que fizer será muito pouco pelo tanto que me deu. Parabéns, Brandão. E a seus pais também.
É normal ficar procurando justificativas após a derrota. O problema não foi ter jogadores demis que jogam fora (se não me engano, em 2002 tínhamos apenas 3 ou 4 que jogavam aqui). Pois em 82 podia se dizer que o jogador brasileiro não conhecia bem o futebol europeu e por isso perdeu, o que de certa forma é verdade, j´´a que até hoje há quem diga que o Paolo Rossi apareceu na copa, mas o cara havia estourado uns 2 ou 3 anos antes e ficou suspenso até as vesperas do evento por se envolver com apostas.
O time do Parreira perdeu porque jogou sem vontade. Jogou mal, mesmo.
O cara que entregou a bandeira pro Senna é daqui de Poços de Caldas (pelo menos ele diz que foi ele), conhecido do meu pai. Se é verdade que foi ele não sei, mas que ele estava assistindo a corrida estava.
Só de sacanagem. Quem jogou em Udine foi o Zico, já Manquitola…
Não custa nada lembrar que o Massa falou sim da seleção brasileira, na coletiva após a corrida, em português.
João:
Sim, o time tinha qualidade para ganhar a Copa. Mas o grande problema é que no Brasil se acredita que precisamos convocar 1 goleiro e 10 atacantes.
Bem, até admitesse zagueiro, mas o resto tem que ser atacante.
Não tinhamos jogadores fortes para diversas posições no meio de campo, culpa de um certo excesso de ataque, como se fosse a única habilidade nescessária. Brasileiro em geral não entende muito de futebol mesmo, precisa de um técnico que não ceda à pressão da mídia na convocação.
Eu lemro que quando o Felipão dava a lista de convocados, imediatamente algum repórter falava “putz, mas esse cara não tem habilidade, como vamos ganhar assim??”
E ele ficava lá tranquilo, simplesmente dizendo que convocou o que tinha de melhor.
Em Portugal ele se envolveu nas mesmas discussões, discordando da imprensa e da opinião pública.
Mas eu não quero mais esse assunto, pra mim se o Parreira continuar lá eu não torço mais (falei isso quando anunciaram ele em 2002). A Coluna do FG nem é sobre isso.
Sucrilhos:
Desculpe, mas memória é lembrar. Posso olhar estatísticas atuais e dizer: “Bá, o Parreira ganhou em 1994!”
Mas eu posso usar a memória e lembrar o que realmente aconteceu. O Brasil era tecnicamente muuito superior a qualquer time em 1994. A Itália chegou na final numa série de golpes de sorte.
Mas mesmo assim na final o Parreira conseguiu empatar. Quem ganhou a Copa em 1994 foi o Baggio para a gente.
E vale ressaltar que a evolução técnica do futebol nesses 12 anos foi mostruosa.
E o Parreira, que sempre teve sua atuação concentrada apenas na tática, até nesse ponto ficou ultrapassado.
Parabéns,Parreira!
Parabéns senhor Parreira
rei da teimosia e pasmaceira
parecia até uma brincadeira
O time dormindo a partida inteira
Sua imagem à beira do campo
seria cômica, não fosse trágica
Inerte, morto, o tempo passando
esperando por um passe de mágica
O time te via ali desmotivado
sem nenhuma emoção aparente
como se novamente o resultado
Houvesse sido acertado previamente
Não acho pena não termos ganhado
mas sim não termos jogado, covardemente.
Por certo haverão os que se façam de sonsos
achando que que perder um jogo é normal
querendo sempre parecer bons moços
Insonsos , sem açucar e nem sal.
Mas eu prefiro falar o que penso
e mostrar a minha indignação
pois acho de muito bom senso
Não me fazer de babaca não.
Somos razoavelmente competentes para explicar o passado; e estúpidos para analisar o futuro. Quem, digam-me, na plenitude de consciência, ousaria afirmar que aquela não era a seleção ideal? No máximo se discutia a entrada do Ceni como titular; de resto total concordância. Inclusive, grande interesse e apreensão geraram nos torcedores as bolhas de um e as nádegas de outro.
Por isso, textos e teses como a do Sr. Gomes causam a esse humilde leitor absoluta estupefação. Salta-me dolorosamente ao coração um sentimento de oportunismo; barato, diga-se. Enfim, chegaram-se assuntos, idéias e oportunidades de tentar mostrar soberba. Viva a seleção e o jornalismo brasileiro…
Realmente o jogo dessa Seleção Brasileira que vimos na Alemanha é tão saboroso quanto uma corrida de F1 nos dias de hj.
Meu garoto de 10 anos assitia comigo a corrida do Canadá, aguentou ficar no sofá por 10 minutos e depois com sua simplicidade juvenil me perguntou por que assitia aquilo…pegou sua bola e foi jogar com os meninos do prédio! A pergunta dele me levou a uma “crise existencial esportiva”, o que eu estava fazendo alí???Voltei aos meus 10 anos pra buscar a resposta, naquela época tinha ganhado uma lotus preta do Emerson, escala 1:24 linda, e assim comecei a curtir formula 1, isto foi em 1973. De lá pra cá o esporte parece não fazer mais sentido.
Neste domingo, esse mesmo filho passou por mim enquanto via o GP americano, parou na sala olhou pra mim, olhou pra tv, ficou em silêncio e se foi com a bola embaixo do braço.
Seu olhar me fez tomar uma decisão, desliguei a tv peguei um livro e fui me divertir…nunca pensei que faria isso.
Tudo o que eu tinha falar desse amontuado de jogadores eu já falei, já mandei um desabafo aos amigos do orkut, enfim…
NÃO FALO MAIS NADA SOBRE ISSO, TENHO MAIS A FAZER… ELES NÃO MERECEM O MÍNIMO DE ATENÇÃO DE NÓS…
Indiferença é tudo o que o brasileiro pode e deve demonstrar a esses jogadores, e comi(e)ssão técnica da seleção.
Ignorar esse pessoalzinho vai fazer um bem para todos, principalmente para o Brasil.
Sucrilhos, em 94 não foi o Brasil que ganhou a Copa, foi a Italia que perdeu, quando o Baggio chutou aquele penalti nos refletores do estádio…
Cara, de onde voce tirou essa:
“Domingo, em Indianápolis, nem Barrichello, nem Massa, tinham chances reais de vitória”?
Se o Massa tivesse talento e vergonha na cara, podia sair vitorioso sim senhor!
Gomes só pra te lembrar ,não sei onde vc disse isso,mas a vinte anos atras os Trabants na Ungria estavam a um preço de banana.
Conclusão:
Quem não viu o Senna agitar a bandeira ,não vai ver mais.
E quem comprou ,comprou , quem não comprou ………………………..!
Reclamam tanto do Parreira, mas e a Copa de 94, não conta não? Ou vão dizer que quem ganhou ela foi o Romário? Aí sou obrigado a dizer que quem ganhou a de 2002 foram Ronaldo e Rivaldo. Eita povo sem memória.
FG: deu no Diário Catarinense de hoje que o Felipe Massa está aqui em Floripa negociando com o Prefeito uma corrida de kart, que teria a participação do Michael Schumacker. SERÁ???
SE APROVEITASSEM O EMBALO, NÃO DARIA PRA FAZER UMA SUPERCLASSIC AQUI ? TEM UM CIRCUITO DE RUA DA F-RENAULT QUE É BEM LEGAL.
Olha, tem um detalhe que ninguém lembra: Todos os jogadores quando saem do Brasil melhoram seus fundamentos.
O jeito brasileiro de jogar está contaminado pelo sistema de cartolas e corrupção que nos cerca, os treinamentos melhoram no mundo inteiro, aqui o Ricardo Teixeira engorda as burras.
Precisamos de uma seleção boa mesmo, com jogadores nacionais, mas para isso precisamos melhorar muita coisa aqui, precisa trazer o profissionalismo para o futebol brasileiro, jogador tem que ganhar em dia, temos que ter calendário fixo (com dia certo da semana para ter jogo, por exemplo) antes de ficarmos pregando que devem convocar os jogadores daqui.
Já o Parreira, que parou no tempo e não vê as nescessidades modernas do futebol, convoca estrelas, e argumenta que os jogadores que foram para fora passaram já por uma triagem de qualidade.
Pode ser, mas isso não significa que devemos nos cegar e não fazermos uma análise própria.
Não sou um fervoroso fã de Felipão, mas sei que esses defeitos ele não tem. Se dedica muito mais na concentração e foco do jogador que na tática, e estuda bem a personalidade do jogador para saber o que esperar de cada um em cada situação.
Parreira está muito longe de saber pra que servem essas coisas. Sua falta de conhecimento humano é seu calcanhar de aquiles. Seu tempo de técnico mediano já foi.
E outra fraqueza dele sempre foi dar ouvido as especulações da imprensa. Se ficam falando que o Juninho é bom, ele vai lá e põe, lhe falta personalidade para pensar coma própria cabeça.
Já Scolari convocava desconhecdios que eram criticados pela pura falta de fama. E fez o mesmo em Portugal.
Desculpe, desandei a falar…
Sobre a coluna, foi legal saber desse acaso na questão da bandeira. Muitos acusam Senna de ter um nacionalismo de marketing, outros dizem que ela era um nacionalista ingênuo. Gosto mais de pensar que ele não seguia nenhum desses caminhos.
FG,
Uma dúvida : o careca ainda não tinha ido jogar no Nápoli, em 86? Ou foi só depois da Copa?
Belo texto.
Não foi nesta mesma época que houve um embate no Volley entre Brasil e França? Um jogo dramático, de 5 sets, que vencemos?
Acho que o Senna jamais imaginou o que aquele gesto de pegar a bandeira, para azucrinar os franceses, iria representar para o resto de sua carreira.
Coisas assim, aparentemente sem importância é que marcam alguns ídolos.
Poema para o Gomes:
Recebi por e-mail sem autoria definida, portanto, quem souber quem escreveu nos informe por favor:
Viva o Cafu capitão perene
Melhor lateral do Jardim Irene.
Viva Roberto Carlos veloz como o vento
Que arruma as meias durante o cruzamento.
Viva o Kaká, menino bonito
Na hora do jogo,amarela no grito.
Viva Ronaldinho Gaucho
Tão útil como pinto murcho.
Viva o ativo Parreira
Que não substitui, não treina e só diz besteira.
Viva o Gagallo
Mas arrumem um asilo prá interná-lo.
Lamento por Dida, Juan, Zé Roberto e Robinho
Que até brilharam nesse timinho
Mas o resto eu quero que se dane
Porque quem joga mesmo é o Zidane.
Vamos esperar o Parreira descer do avião
E dizer que pra treinar a seleção
É preciso trabalho, cérebro e dedicação
É também preciso ter coração como o grande Felipão.
Chega de Zagallo, chega de Parreira
Não precisamos destes velhos caretas.
E “Parreira Burro”
Tem treze letras.
[ ] s
Ae rapaz, tirei as fotos do Belcar. Só que o esperto aqui esqueceu o cabo USB da camera em Porto Alegre (moro em Taquari). Vou ver se descolo um.
Abraço!
Acredito mesmo que esta seleção tenha empolgado poucos brasileiros. Sou um dos que ficou indiferente. Afinal, o tal zegalo já passou da hora de ir embora. As idéias do Parreira não condizem com o que o brasileiro aprecia em futebol – basta ver que ele não se deu bem em nenhum clube do pais (ganhou um título a vinte e dois anos atrás com o Fluminense). Espero muito que finalmente não tenhamos mais que engolir!!!!!!! Não gosto de saudosismo nem quero ser pedante, mas o time de 82… que saudades daquele futebol. Perderia dez partidas com ele e continuaria a torcer fervorosamente. Não o faria jamais com o time de 94 e menos ainda com a forma de jogar do time de agora. Observe, Flávio, que menciono a forma de jogar e não os jogadores. Ter os melhores, escalá-los de forma equivocada e, para piorar, determinar que alguns dos craques tenham que atuar de forma adaptada e atrelada às idéias defensivistas do treinador é não só violar o jogador como agredir absurdamente as raízes, a alegria e a eficiência do verdadeiro futebol brasileiro.