Foto do dia
SÃO PAULO (direto para a classificação e se vira) – Caramba, faz três dias que não coloco a foto do dia, com o acervo da Joalheria Veloz-HP. Pois vamos retomar a série, sempre lembrando que não tenho nada a ver com as legendas, originais da pena rápida de Osasco.
Interlagos, 1974 – Fusca Divisão 3 da equipe do Amador Pedro. O piloto
era o “Frango Atômico” Fábio Sotto Mayor, bota pesadíssima. Esses Fuscas
voavam e encaravam até os Opalas.
Caro Marcos,
O pistão 87 mm é de qual motor da fiat.
Att. Edson
Como posso te enviar fotos de corridas que participei na decada de 70
Veloz,
O Fusca do Guaraná era muito bonito. Já tinha reparado na Foto. O legal deste Fusca era o Spoiler dianteiro, que era muito harmonico com as mudanças feitas no resto do carro.
… LSalomão, vc tava comentando do Zé Vicente acertar carburador, aqui vale um relato à parte.
Lembro que qdo fui buscar meu fusquinha pela 1a vez, qdo ele fechou meu motor, cheguei na oficina umas 17h. Eles tinham acabado de ligar fiação e mangueiras, e iam funcionar pela primeira vez. Liguei pra minha namorada, e avisei que ia demorar, porque, a meu ver, ia ficar até tarde esperando os caras equalizarem os malditos Solex´zinhos… eu mesmo, nunca aprendi.
Ligaram o motor, bateu que nem o diabo, falhando, o Amador grita lá de trás: ” – Luisinho, segura aí um pouco, deixa morrer não !!!”. Acelerou um pouquinho cada um, só pra não morrer, e o motorzinho abanando e fazendo um barulho do cão na oficina – escape cruzado 4×2, O VERDADEIRO, com as ponteiras serradas pra andar na rua.
Ele ficou uns 3 minutos num carburador, girava um pouco o ar, dava uma aceleradinha de uns 200rpm se muito, mexia mais um pouco, tirava a folga da vareta do acionamento (aquelas deles, feitas lá, perfeitas…). Dava mais uma aceleradinha beeem de leve. E eu, pensando ” – %!@$&@# amanhã eu saio daqui”.
Aí ele passou pro outro “bura”, mesma coisa, e a gente em volta: eu, o Zé, os meninos, a oficina já fechada…. mesmos 3 minutos, se muito…
Ligou as duas varetas, deu um toquinho de nada só pra conferir a folga, o motor quase não subiu giro… e aí deu uma “cutucada” mais funda…. UM RELÓGIO.
Lembro que não me contive e falei \ %!@$&@#que %!@$&@#!!!!”. Todo mundo me olhou, sem entender. Eu poderia passar um dia inteiro ali, com vacuômetro e o escambau e NUNCA faria aquilo.
Ele deu ré, deu uma bombada pra fazer barulho dentro da oficina, de farra, deu uma piscada pro Zé e falou: ” – Ê saudade dos meus tempos de moleque”. Saiu bufando, e voltou 10min. depois. O carro tava pronto.
Dá vontade até de chorar quando eu lembro… tinha 18 pra 19 anos, acho. Era um 1600zinho canhão, ficou 2 anos na minha mão, outros vários com um vizinho, e nunca que deu um probleminha sequer de motor….
Para LSalomao
Amigo, você tá confundindo os Marcos… aparentemente tem eu e mais um postando aqui…
Vou ver se dou uma passada lá no Amador sim. Vou lembrar de perguntar o lance do grandão embebido em gasolina, porque a única que eu conhecia dele foi de uma certa pescaria que fizeram, numa Kombi 2100cc.
Na véspera de pegarem estrada, zuou o motor da Kombi véia da oficina. Tinha um motor zeradinho, esperando montar pro dono levar embora… não pensaram duas vezes: amaciaram o motor pro cara…heheh.
Oi LSalomão,
Xííí…difícil eu ir para aquelas bandas.
O trânsito de SP me tira do sério !
Na última vez que estive naqueles lados, fui visitar o Luisinho, sócio do Elisio Casado, ambos bons amigos dos tempos de Inglaterra.
Passei tb no Caipira, mas ele não estava. Foi uma pena. Gosto dele !
Contador de casos ! Peça para ele contar a estória do grandão que queria briga !
Ele jogou gasolina no cara, e ameaçou atear fogo na figura !
Mas vc precisa ouvir isto dele !
É hilário !
Há uns 2 anos estive com o irmão dele, o João dos cabeçotes !
Foi outra festa !
Esta moçada – ou velharada – sabe tudo !
Quando estiver com eles, mande as minhas melhores lembranças !
Abraços,
MS
para o Marcos…
vc pode matar saudades dando uma banda por lá. Continua no mesmo prédio indo para Interlagos do lado oposto da avenida numa entrada. O Amador, Zé Vicente, Jurandi, mané e etc… continuam no mesmo lugar e vc tem razão tudo que o Amador faz é dez. Ele e o Joãozinho junto com o Zé fazem um time do cara@#$%. O Amador é quem cuida do meu Okrasa, e a barata responde bem quanto solicitada. Volta e meia passo por lá e ele dar uma manutenção que sempre melhora a barata mais um pouco. Na última fiquei besta com o desempenho para um carro de mais de 40 anos acelerando como tal. Vc tá certo qto ao óleo, só uso mineral e do bom. O Zé para mim é o melhor acertador de carbura que conheço. Refez toda minha carburação e o setup de motor…essa dupla é dez! Eu era seu fã e acabamos amigos até hoje…
Passe por lá Marcos…
abs
LS
RECEITA BARATA PARA ENCAPETAR O SEU VW 1600 !
Barata, pero no mucho…
1.- Compre um virabrequim de 78 mm da LEPE:
http://www.lepe.com.br
Como este virabrequim tem 9mm a mais de curso do que os 69mm do original, você vai precisar trocar os pistões. Senão batem no cabeçote !
2.- Mande abrir as camisas e use os pistões 87 mm do Fiat. Fica perfeito.
3.- Coloque um comando da Kombi álcool – CUIDADO ! Verifique a numeração ! Os balconistas das revendas acham que é tudo igual – NÃO É !
4.- Mande balancear o conjunto virabrequim + volante + platô de embreagem + polia.
Minha sugestão é a ENGEVIBRA.
http://www.engevibra.com.br/
Fica bem no início da Av. Aricanduva.
O dono é um boa praça.
5.- Pese os pistões, com os respectivos anéis e pinos. Na balança da padaria não vale !
Arrume uma balança boa !
Iguale os pesos, desbastando cuidadosamente por dentro e pelas saias.
6.- Faça a mesma coisa com as bielas, mas aí tem um truque !!!!
Invente um gancho que segure a biela na horizontal, prendendo primeiramente pela argola menor – do pino do pistão – e apoiando a argola maior – da bronzina – no prato da balança.
Iguale os pesos esmerilhando a biela pelas laterais da haste.
Repita o procedimento pendurando pela argola maior e apoiando a menos na balança. Iguale os pesos.
Você ainda pode – e deveria – equalizar as câmaras de combustão, mas é procedimento que não aconselho a leigos…
7.- Aumente 1.5 ou 2.0 pontos os giclês de combustível.
Monte tudo direitinho, ponha um óleo MINERAL bom – NUNCA use óleo sintético nestes motores.
PRONTO !
Pode sair acelerando o seu 1.8 !
gostei da receita, mas de que fiat são esses pistões de 87mm?
Pessoal,
Acho que cabe aqui uma explicação sobre os cabeçotes VW.
Na D3, era obrigatório o emprego dos cabeçotes originais.
A preparação era livre, mas não se podia adicionar material.
O diâmetro do pistão é 85,5 mm.
É fácil compreender que não cabem válvulas maiores do que 42 mm na admissão e 37 mm no escape.
Os outros 6 mm restantes estão reservados para as sedes, que são os anéis de aço onde se assentam as válvulas.
Mesmo assim, apesar de conseguirmos colocar uma válvula de admissão de 42 mm, não se consegue alargar os dutos de admissão até esta medida.
Este é o limitador do volume de mistura aspirada.
E com a agravante de existir um ângulo de quase 90 graus neste duto, que ainda desacelera a passagem da mistura ar / combustível.
A potência vem com os RPM. Se não se consegue alimentar, a bagaça não gira. Sem giro = sem potência !
Na Div. 4 a preparação do motor era bem mais livre. Além de poder usar as bielas longas e tb os virabrequins de outros fabricantes, o mesmo acontecia com os cabeçotes !
Para fazer os VW 2.0, dependendo do virabrequim escolhido, usávamos os pistões de 90,5 mm; 92 mm ou 94 mm.
A EMPI fundiu cabeçotes maiores, onde além de mais aletas de refrigeração – problema crítico nos VW preparados; com maior espaçamento entre as válvulas, o que permitia usar 50 mm na admissão e 45mm no escape.
Mas o pulo-do-gato são os dutos melhor dimensionados e com um ângulo menos do que nos originais. Logicamente, é necessário usar os coletores de admissão desenvolvidos para estes cabeçotes.
Com estas trapizongas, a potência dá um pulo de quase 40 CV, e o motor vira um bicho !
Mesmo assim, chega perto mas não encosta nos 200 CV.
Se alguém falar que faz, eu duvido e quero ver !
Oi Joaquim !
Provavelmente, ele esteja certo !
MAS isto no Div.4, que era 2 litros.
E no Div.4 dava para melhorar isto usando as bielas longas da GM, que muda o momento de força.
Mesmo assim é muito difícil encostar nos 100CV / litro no motor boxer VW.
Os cabeçotes limitam o desenvolvimento.
Ferrão
Já que esses carros corriam no antigo traçado, tinham portanto espaço suficiente para acelerar lá pertinho dos 200.
A final exta eu não sei. Quem tem esse dado aí pessoal???
A arrancada era muito lenta por causa da primeira. Pra ter uma ideia o carro saía do box embaralhando muito e ia na primeira marcha quase até o fim do acesso à pista que acabava lá na saída da 2 do lado de dentro.
Marcos, conversando com Anisio Campos este final de semana em Interlagos, ele me afirmou que a potência máxima alcançada pelo Heve da Hollywood (ok, não era igual à Div-3, mas semelhante), receita Orestes Berta, encostava nos 156 Hp. Mas eles usavam por segurança uma receita local, by Roger Resny do Rio, de “apenas” 146 hp.
Java Senior e jcesar,
A maior parte dos VW D3 usava o câmbio original VW de 4 MARCHAS, mudando as relações.
Só 2 usavam a Hewland Mk8, de 5 MARCHAS.
Rodas e pneus eram livres.
A maior parte usava Goodyear, alguns usavam Firestone.
NINGUÉM usava virabrequim roletado.
NINGUÉM usava discos ventilados.
A potência máxima, de poucos, encostava nos 130 CV.
Ferrão,
Estes carros não eram bons para arrancadas, porque tinham a 1a. marcha longa.
Bem amigos BG!!!
1- Quanto chegava de velocidade final?
2- Quantos segundos fazia de 0 a 100?
Eu torcia pro Ingo Hoffman, na Classe A da Div. 3. E o terror eram justamente os casos preparados pelo Amador.
Gledson Amador foi uma bela equipe, de super carros.
Tudo que se tem dito do Amador é uma homenagem justa, porque o cara é mesmo fera.
E os pilotos, então, nem se fala: de Fusca, encarar um Maverick ou um Opala era para poucos…
Caíque, se você observar bem a foto, verá que o carro do Guaraná está logo à frente, dentro do box.
Ele era bem diferente do carro do Fábio, com outras rodas, capôs e tampas do motor diferentes e inclusive usava os escapamentos cruzados tão criticados pelo Marcos, mas que indica que havia também diferenças na preparação do motor.
Logo mais aparecerá a foto dele.
Os dois voavam na pista e na maioria das vezes o Guaraná ganhou a corrida da categoria 1600 até a chegada de uma certa Brasília azul claro…..
jcesar,
Os VW D3 , utilizavam Motor 1600, caixa de 4 ou 5 marchas Hewland, Pneus Slick Goodyear, Talas 8/9 na frente, 10/12 atrás, Virabrequim Roletado, Comando especial e freios à disco Ventilados. Desenvolviam em 1976 cerca de 145 HP.
O Nelson Piquet Souto Maior é primo do Candinho. Já o corredor Fábio Sotto Maior não tem parentesco com o tricampeão.
alguém saberia me dizer qual era a preparação “basica” desses fuscas da D-3 ????
Já ouvi uma vez que o Fábio Sotto Mayor é primo do Piquet, assim como o Candinho, ex técnico da Portuguesa do FG. Alguem sabe se é verdade?
Obviamente ouveram muitos outros pilotos gaúchos especialista em pinicos atômicos. Eu sou péssimo de memória. Estive em Porto Alegre no verão passado e encontrei no super mercado o Gordo Esbrólo. Como ele era radialista nos 70 e eu músico, tivemos uns contatos naquela época.. mas ele nem lembra de mim. Quaze puchei conversa sobre os Big Fuscas, mas achei que ia dar uma de chato e desisti. Fui burro. Grandes carrinhos.
Teve o Amadeo Rodrigues também.
Esses Fuscas eram- são maravilhosos. O som do motor o escape viril, tudo. No RGS tinha o Leonel Friederich, gordo Esbrõlio., o Arnaldo Fossá que teimosamente continuou correndo de Fusca, até o fim de sua carreira, já na era Voyage, Passat, Chevette, Fiat Oggi. Como já não tinha o que inventar no motor fez um último Fusca que era um E.T., mas lindo. Nos últimos tempos os seus carros davam tres, quatro voltas canhão e . . . quebravam o motor. Aquele banho de óleo na pista. Era sempre assim. O carro estava fora de sua época, mas enquanto andava, roubava as atenções. Lindo esses Fuscas. è olhar a foto e ouvir aquele som do flat 4.
grande Caíque,
finalmente uma foto do “pinico atômico” que vc falou !
o bichão é invocado mesmo !
Armando,
O Guaraná pilotava o nº 12. Ele eraq o primeiro piloto da equipe.
Outro piloto que acelerou bem esse fusca aí foi o Alfredo “Guaraná” Menezes.
Umberto,
Encaravam e andavam algumas vezes na frente, principalmente no Miolo, já que nas retas não dava pra acompanhar uma usina de quase 400HP, mas faziam muito mais curva.
Encaravam Opalas, Mavericks etc. com um motor de 1600cc
Valeu Romeu.
Caso vc tenha a oportunidade de encontrá-lo novamente, diga-lhe que aquele garoto embascacado com o Fusca n.º 16 com um par de olhos no lugar dos faróis ainda o tem como herói, e por causa dele, nasceu minha paixão pelos Fuscas e pelas corridas.
Vale o mesmo para você FG.
Abç
Neste domingo, dia dos pais vou por em dia a conversa com o meu velho. Hoje ele tem 79 anos e trouxe o Amador para a Sandaco percursora da Dacon, com certeza vou saber muitas “novidades”.
Será que ele sabe o pardeiro do Duílio e do Capacete? Fotos?
Esse domingão promete…
Talvez os melhores carros da Div-3 Classe A, esses fuscas da Gledson Amador. E os anos 73/74 representaram o auge desta categoria, iniciada em 1971 em substituição á antiga TFL-Turismo Força Livre. Com um regulamento técnico bastante amplo e liberal, a Div-3 possibilitou aos nossos mecãnicos e preparadores o melhor exercício de sua criatividade – que o diga o Marcos Sacoman, que aqui posta e dava suporte técnico a esta turma.
Cara, QUE LEGAL !!! Taí acho que o melhor mecânico (e preparador de VW/ar) que já conheci na vida. Amador, irmão do Joãozinho da Paula Faria…
Quantos salários não gastei com esse cara, lembro que qualquer conserto sempre dava 3x o valor que ele cobrava inicialmente, eu saía de lá pisando duro e falando palavrão. Bastava uma esticada descendo a Interlagos, que qdo passava em frente à AVON já tinha esquecido tudo, e o sorriso ia de orelha à orelha.
Lembro de, em uma de minhas últimas visitas, ter visto uma espécie de bandeira, com esse logotipo da “Equipe Gledson Amador”…
Saudades do Zé Vicente, e daquele Fusca vermelho alongado de fibra que nunca foi montado…
O Roberto Sávio, “Carreta” esteve em Interlagos, acompanhando a Classic e visitando a Família #96 no dia do primeiro farnel.
Tive a oportunidade de bater um papo com ele, nesse dia.
Época interessante…pena eu na época ser ainda um “protótipo” uehuehe, mas gostaria de ter visto os fusquinhas em Interlagos…
Fusca é uma escola em forma de carro…algum fundamento de mecânica aprendi no do meu pai…imagino quantos pilotos mundo afora aprenderam nos fusquinhas…
Eu tinha 9 anos em 74 quando meu velho me levou à Interlagos para assitir ao vivo os pegas na D1, que, se comparadaà D3, tinha custos relativamente baixos de vido ao regulamento que não permitia muitas modificações. Fiquei maluco vendo os Fuscas encarando o velho circuito. Vendo essa foto, embora seja um D3, lembrei-me do D1 daquele que foi meu primeiro herói nas pistas, Roberto “Carreta” Sávio. FG, sabe me dizer que fim levou o piloto?
Abç
Até ao final de Agosto postarei para o Flávio minha miniatura deste Fusca D3, só que com o n° 12 que era o do primeiro Piloto da equipe. Como estarei fazendo dois, poderiamos homenagear o Piloto do 12 aí no Paulistão, já que o outro que estará pronto é para dar para ele. Este foi o D3 mais bonito que correu (tô falando dos Fuscas).
Lembro dos ultimos Fuscas preparados vencedores.
Um era do Arthuro, e o outro do Lara Campos, mas já não tinha os opalões.
o bisavô dos “penicos atômicos” .
Nossa aquele canhão atrás ta bonito…