Os populares

SÃO PAULO (pois a chuva voltando pra terra traz coisas do ar) – Carro popular. Essa história começou quando inventaram a redução de impostos para carros com motor de 1.000 cc. Veio o Gol 1.000, o Uno Mille, essas trancas despojadas, sem luxo algum, espartanas.

Eles tiveram seus antecessores. Da Vemag, a Caiçara e a Pracinha. Da VW, o Pé-de-Boi. Da Simca, o Profissional. E da Willys, o Teimoso, pauta de interessante matéria no Autoclassic.

O Teimoso era tão tosco, no bom sentido, que para economizar a Willys colocou apenas uma lanterna atrás. Servia para tudo: luz de freio, de placa e lanterna propriamente dita (veja na foto).

Já vi uns dois em exposições. São o maior barato. Desses populares, tenho uma Caiçara. Era financiada pela Caixa. Entre os Matuzas deve haver algum aqui que era durango kid na época e já teve um. Podem contar suas histórias.

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Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Os padrões de egurança da época realmente permitiam que tirassem o pisca, os limpadores, etc.
Daí alguns até poderiam imaginar que a segurança hoje é tratada com mais respeito.
É nada. Ainda não temos um cinto de segurança obrigatoriamente de três pontos, um absurdo.Sabendo que qualquer gol mil novo passa fácil das velocidades de um gordini, não ter esse cinto é um perigo, principalmente para as crianças.
E as fábricas ficam fazendo lobby para esses equipamentos não se tornarem obrigatórios.

roberto zullino
roberto zullino
17 anos atrás

tive um 1093 zerinho, a maior %!$&#que já tive na vida. em seis meses foram-se os anéis, caixa de satélites, arriou a suspensão dianteira.
a única coisa que prestava no carro era a direção de madeira original e o contagiros a cabo que ia de soquinho.
a performance era muito boa para a época, mas o carro durava muito pouco.
não deixou saudades, de graça é caro.

Paulo S. Castro
Paulo S. Castro
17 anos atrás

Veloz desse jeito voce mata a gente.
O coração já não é tão ( ? ) jovem.
Na época, tinha uma Berlinetta com motor 1.000 – feita pela torke.
Nunca me esqueço dela. Ficou comigo até início de 80 quando vendí para DESOCUPAR lugar na garagem, PODE!!!!!!

Bianchini
Bianchini
17 anos atrás

Meu pai tinha um Gordini III cinza, até 1974, uma vez achei uma foto minha ao volante daquilo (eu devia ter uns 9 ou 10 meses). Nunca conseguí entender como meu pai, um homem de 1,85m, cabia dentro do Gordini, com aquelas maquetes em escala reduzida de portas.

vitão
vitão
17 anos atrás

pro Andre Grigirivisski : viu só como o galaxie era raro ? acho que tem uma foto em alguma 4R de 67 ou 68. O Brandão, se me faz o favor ….

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

Diferentemente do que foi esrivinhado aí embaixo, o Gordini III vinha com freios à disco dianteiros, como opcional…

Cesar Costa
Cesar Costa
17 anos atrás

O Leite Glória era o Dauphine. O Gordini era “40 HP de Emoção”. Tive um Gordini III (67) azul marinho, com freios a disco na traseira (foi o primeiro carro nacional a vir com esse opcional. Tinha dois problemas crônicos: As roldanas do limpador de para-brisas, que eram de plástico e não duravam uma chuvinha. A solução era fazer em ferro. Nunca mais quebravam, mas faziam um barulhão.
O outro problema era, as borrachas dos amortecedores, que viviam pulando fora, fazendo com que as rodas dianteiras ficassem como se estivessem com a cambagem negativa (além de bater a cada buraco). A solução era fabricar umas de plástico injetado. Nas curvas os Gordinis eram bem melhores que os Fuscas (havia na época uma barra estabilizadora traseira, vendida como acessório, que melhorava bem os Fuscas), tanto em curvas qto em retas. Ô saudade….

José Luiz
José Luiz
17 anos atrás

Frase da época: GORDINI É IGUAL LEITE GLÓRIA “DESMANCHA SEM BATER”

jovino
jovino
17 anos atrás

Veloz, você falou no Gordini 1093 que era o GT da época dos gordinis. Cheguei a dirigir um de um amigo, vermelho ou laranja, não me lembro direito e tinha freio a discos na frente e andava muito. Realmente, a gente volta ao tempo e lembra desta época que não pode faltar as bandas que você citou e o Roberto Carlos, que é um cara que sempre curtiu muito velocidade. Aliás, só não se dedicou a carreira porque era muito popular e não dava para assumir as duas profissões. Mas eu curtia muito aqueles rocks daquela época, o sócia, garota papo firme, etc.

Jovino

Paulo Grcia
Paulo Grcia
17 anos atrás

Buenas, seu Gomes,
Na época (66), tinha lá meus 10 aninhos, e lembro que o teimoso, além de uma única sinaleira “multifuncional”, tinha uns bancos de lona, com armação de canos, pior que muita cadeira de praia de hoje. O conceito popular sempre foi preconceituoso…..

jpena
jpena
17 anos atrás

Pessoal!!!!!
Agora eu me achei nessa turma,estou nos 5.1e tive uma karman Guia 63 vermelha com motor 1200, e só usava gasolina azul. É mole.Eu sou suspeito mas era pra lá de bonito. UM abraço meus caros contemporaneos.

Claudio Ceregatti
Claudio Ceregatti
17 anos atrás

Ô seu FG…
Vou fazer 50 anos que vem…
Meu primeiro carro, aos 18 anos em 1975 foi um Itamaraty, por culpa de um primo que não deixou meu pai comprar um Dodge Charger R/T… E eu já tinha convencido e Seu Renato…
Esse primo já morreu, mas não o perdôo até hoje…
Portanto, não procede a frase de que “algum Matuza tenha um desses…”
Até onde sei, tanto o Joaquim quanto o Brandão regulam de idade comigo…
para possuir um carro desses, deveríamos tewr 18 anos em 1965 ou algo assim… Teríamos hoje uns sessentinha na cacunda…
Maldade sua, FG… Maldade…

André Grigorevski
André Grigorevski
17 anos atrás

Galaxie com pára-choque pintado de preto??? Alguém teria uma foto ou mais informações?

..
..
17 anos atrás

Para comprar = DKW

Para vender =DKH

Edison Guerra
Edison Guerra
17 anos atrás

Olá galera e matuzas!
A respeito do Gordini pelado,na época aquestão da segurança era secundária,pois além de ter apenas uma lanterna,que óbvio ,não tinha seta,o mesmo dispunha de apenas uma haste de limpador de pára-brisas.
Abraços…

Vitão
Vitão
17 anos atrás

O pessoal da Toque testava os carros na subida do Araça ; se o motor pedisse 3a. marcha antes do morrinho artilheiro voltava pra bancada.
O nome do s(m)inistro é Roberto Campos.

Fabio Bandini
Fabio Bandini
17 anos atrás

Falando com meu sogro nesse fim de semana, soube que ele teve uma Caiçara financiada pela Caixa.
Ele tbm me contou uma piada da época (que obviamente não será apreciada por mtos aqui):
– Diziam que pra comprar é DKV. Pra vender é DFuD.

Sergio SP
Sergio SP
17 anos atrás

Os nomes desses carros eram muito bons.

Vitão
Vitão
17 anos atrás

Pro Ask : esses carros populares surgiram numa recessão bravíssima do governo Castelo Branco, causada pelo plano ecnomico do “lanterna na popa”. a produção automobilistica caiiu de 178 mil para menos de 110 mil carros, e todas as montadoras foram incentivadas a lançar versões baratas dos seus carros. Acredite, havia até uma versão do Galaxie com o parachoque pintado de preto (a pintura custava mais caro que o cromo, pode acreditar !) . Esse deve ser o carro mais raro do Brasil, foram feitos menso de 50 unidades. Depois o pessoal comprava o carro e colocava os acessórios do carro “normal”, afinal a classe meRdia não ia querer ficar passando recibo de pobre.

VELOZ-HP
VELOZ-HP
17 anos atrás

Blog dos malucos, boa noite.
Esse carro me lembra um tempo muito bonito nos anos 66/67 quando eu tinha 10 anos e o meu tio comprou uma Berlineta Interlagos e por isso frequentava a ofinina Torke na Rua Jesuino Pasqual em São Paulo ao lado do Mackenzie.
Lá ela foi preparada pelos mecânicos chefiados pelo Luiz Pereira Bueno, que dispensa apresentações por aqui, e tinha assumido o empreendimento do Fagundes, o “Tigrão”, e era lá também que vários pilotos faziam “ponto” todos os dias para trocar “figurinhas”.
Ví por lá muitos carros serem preparados e dentre eles, o preferido para competições era justamente o Teimoso aí da foto, pois era barato, já aliviado de fábrica e muito fácil de envenenar.
Era a alegria dos estreantes e novatos da época.
Mexia-se bastante no motor e também na caixa de direção onde era trocado o pinhão da direção por um de relação mais “curta”, tornando a guiada mais “direta”, igual a um kart.
Ainda sobre o motor, o preferido era o 1093 com o comando “Rédélé” e dois carburadores Weber 40 duplos e horizontais montados em coletores Silpo.
O capricho da Torke estava também no trabalho do cabeçote, alívio e balanceamento das peças móveis.
O “super” nessa época era também instalar os freios a disco desenvolvidos e vendidos pelo Chico Landi e que depois foram adotados pela fábrica como opcional de compra.
Com tudo isso um Gordini virava uma fera para a época. Uma berlineta como a do meu tio então, pelo amor de Deus. Só quem teve ou quem viu pode avaliar legal.
Os testes eram feitos nas ruas e avenidas próximas e vocês nem podem imaginar o que o Peroba fazia naquelas ruas de paralelepípedos quando estavam molhados pela chuva.
Além de tudo isso tinha a rixa das “turmas”, pois haviam outras oficinas como a Oficina Landi do próprio, a Motor Race do Adão e a Targa Flório do Cabeleira, que também faziam belas “usinas”.
Tudo isso era “resolvido” na Av. Pacaembú, 9 de Julho, Tiradentes e até na subida da Brigadeiro, nas frias e vazias madrugadas da São Paulo de então.
Gente, foi muito boa essa época, com tudo isso ao som dos Beatles, Roling Stones, Mamas and Papas, Hermam Hermits, e por que não, Roberto Carlos, na fase Rock and Roll iê,iê,iê.
Foi uma baita braza mora, e quero que a F1 vá para o inferno.
Abraços.

roger
roger
17 anos atrás

O Lucindo tinha um destes como táxi!!!!!
-Ficava no ponto do lado da Igreja da Cristovão Colombo!!!!
Era o Nescau (já que leite Glória ele ficava puto!!!).

Herik
Herik
17 anos atrás

Há uma matéria – como sempre muito boa e completa – sobre o carro no site http://www.bestcars.com.br. Vale a pena.

jonny'O
jonny'O
17 anos atrás

Grande Gomes!
Até que enfim um Gordini!
Tinha que ter um na classic,pois acho que é o unico carro que leva pau do Deka.

Rikho
Rikho
17 anos atrás

Tosco sou eu, nao é que parece um Gordini, É um Gordini… mas a culpa é do Gomes que só chamou de Teimoso o carango :-P

Milton de Mello Bona
Milton de Mello Bona
17 anos atrás

Na época (1966) eu tinha “apenas” 13 aninhos, mas lembro bem dessas versões populares.
Um primo meu tinha uma Caiçara. O que era realmente tosco era o acabamento interno. As laterais das portas eram puro eucatex. Os bancos e os instrumentos eram bizarros. Apesar que um fusca pé-de-boi hoje cairia muito bem na minha garagem

Rikho
Rikho
17 anos atrás

Na verdade, olhando bem, parece mesmo é a lanternina da placa! :-)

Filipe W
Filipe W
17 anos atrás

O pior da chuva devia ser o esporro dentro do carro, pois como não tinha forração nenhuma para amortecer o barulho qualquer chuva mais forte devia parecer que granizo !
O engraçado deste carro pelo que dizeml, é que vc comprava ele pelado e o ia equipando aos poucos até ele virar um Gordini “normal”, só que no final das contas vc pagava bem mais caro do que se tivesse levado logo pra casa um Gordini.

Rikho
Rikho
17 anos atrás

Parece um Gordini. Agora, se fosse hoje em dia, jamais permitiriam essa aberraçao de ter somente uma lanterna, hehehe.

Askjao
Askjao
17 anos atrás

Quais seriam as outras “idéias de gênio” que o carro tinha??? Matuzas mão de vaca, contem ae….

Eduardo
Eduardo
17 anos atrás

Me lembro do Pé-de-Boi e do Teimoso, mas não me lembrava do detalhe da lanterna. Imagina em um dia de chuva o cara tendo que sinalizar com o terno de linho que todos usavam, colocando o bração para fora.

André Grigorevski
André Grigorevski
17 anos atrás

Primeira foto de um Teimoso que vejo (pelo menos não lembro de ter visto outro). De vez em quando lia algo sobre essa versão “popular”, mas foto que é bom nada… E até hoje não tive o prazer de ver um pessoalmente em exposições. A traseira só com a lanterna central fica bem esquisita.