Pensata I
SÃO PAULO (…e engasga cada vez mais…) – Algumas conclusões de uma boa conversa.
O automobilismo está morrendo no Brasil. Monopólio de patrocínios da Stock? Crise nas categorias de monopostos? Kart a preços extorsivos? Falta de apoio das montadoras? Falta de projetos globais de esporte por parte do governo? Inoperância da CBA?
Todas as perguntas acima são, em si, respostas. É só tirar o ponto de interrogação. Fazem parte da salada que explica a crise, refletida na falta de bons pilotos, público minguando, grids magros, categorias morrendo.
Mas foi-me dita uma frase que ajuda a entender o quadro geral.
Não se faz automobilismo sem autódromos.
No Brasil, já há poucos. E quatro deles, que já foram palco de muita corrida boa, estão praticamente desativados: Goiânia, Cascavel, Brasília e Jacarepaguá.
Goiânia, que já teve Mundial de Moto. Cascavel, onde nasceu a Fórmula Truck. Brasília, que já fez F-1 nos anos 70. Jacarepaguá, sede do GP do Brasil e, depois, de provas da Indy e da MotoGP.
Não se faz automobilismo contando apenas com Interlagos, Guaporé, Tarumã, Londrina, Curitiba, Santa Cruz do Sul, Campo Grande e Caruaru.
Os projetos, todos, que pipocaram nos últimos anos não saíram do papel. Cabreúva vai sair? Talvez, mas não vai salvar o automobilismo.
Não se faz automobilismo sem autódromos. É isso aí.
Aqui na Bahia sabemos bem o que é isso, na década de 60 havia corridas na Av. Centenário, até o Emerson correu poraqui antes da F1, depois cortaram e a galera foi para o estacionamento do Jardim dos Namorados correr no Kart, pista pintada no chão, ganharam um terreno que não valia nada e montaram um Kartódromo retado, teve até um brasileiro com o Barrichello que era uma promessa na época, continua até hoje prometendo. Este Kartódromo foi empurrado pela especulação imobiliária para Lauro de Freitas, um belo espaço. Porém autódromo que é bom nada. Temos um barródromo em Camaçari, um em Barreiras e outro em Vitória da Conquista e muita gente boa correndo com seus gaiolas, fuscas e chevettes, provas de arrancada no meio da rua e muita promessa de políticos e dirigentes, muita gente querendo fazer sua operação sanguessuga. Mas autódromo que é bom nada.
Flávio,
Acho que o automobilismo no Brasil está absolutamente limitado pela incompatibilidade entre a realidade econômica do país e as categorias de competição existentes.
Acredito numa receita pra reverter essa decadência:
campeonatos regionais multimarcas para carros de 1000 cc, com provas de média duração, de forma que cada carro pudesse ser compartilhado por 3 pilotos.
Os melhores colocados nos regionais disputariam o títula nacional em uma série final.
Pontos críticos para o sucesso:
. equilibrio entre as marcas
. disciplina dura nas pistas
Há alguns anos atrás levei minha turma de Jornalismo da faculdade pra fazer um jornal tablóide sobre automobilismo. O tema era “Como Começar a Correr”. Fizemos matérias com pessoal de Kart, Turismo, F-Rio (antiga F-Ford, que virou F-SP) etc. Fomos muito bem tratados e recebidos por todos, que sabiam que a idéia era fazer um tablóide de 12 páginas para uma faculdade. Aí chegou a Stock, que na época corria de Ômega. Pra colocar oito alunos no autódromo entrevistando pilotos nos treinos foi uma dificuldade. O Zamponi, na época asssessor de imprensa da Stock, me deu três credencias, quase que de favor, com um olhar de “é isso aí que te arranjo e olha lá!”. com alguns contatos pessoais consegui as outras cinco credenciais, inclusive uma de carro. Os alunos apuraram as matérias nos treinos e fomos no domingo da corrida ver como funcionava o “circo”. Várias tendas de convidados, centenas de pessoas nos boxes e arquibancadas praticamente vazias. É o mundinho deles… A suposta Nascar Tupiniquim!
O Caderno de Esportes do O globo de hj (segunda-feira) é o retrato do automobilismo brasileiro. Logo na pág 3, metade da página de um anúncio da W2 Racing (W2 é equipe, patrocinador, o que é?). Na pág. 8, outra metade de página da Hope e na 9 mais duas colunas (pelo menos aprendi que a Hope é uma empresa de recursos humanos. Achava que fosse calcinha feminina). Em comum com as duas apenas o logotipo da G4 (que imagino ser a firma que vende os patrocínios dos dois pilotos -Marcos Gomes e Rafael Daniel). A corrida em si mereceu do jornal uma coluna de três míseros parágrafos. Resumindo: estão toodos preocupadíssimos em olhar para o próprio umbigo e gerar clipping para o patrocinador. É um brinquedinho entre eles onde rola a tal lavagem de grana, egos enormes etc etc etc.
A stock é tida como a principal categoria do automobilismo nacional, mas não tem nada a ver com automobilismo nacional.
A Stock Car nunca esteve tão forte. As categorias de fórmula é que estão morrendo. Acho que os altos custos não justificam o baixo retorno que proporcionam aos patrocinadores. É simples e matemático. Ao invés de Formula Ford, Formula Renault, porque não uma categoria única de Formula com todas as montadoras por trás ? Pra conseguiir isso tem que ter alguem muito bom e influente na CBA que mobilize, governos , montadoras e mídia.
Mas, Gomes, Caíque (Mestre) e Ricardo Jungbluth (pela ‘molinha de isqueiro’):
a questão é que deveríamos re-iniciar. Eventos locais, pequenos, carros baratos, inclusive karts e seus assemelhados, circuitos de rua, patrocínio de prefeituras e empresas locais. Sempre locais. Somente assim poderemos revitalizar nosso celeiro de grandes pilotos. Partir do Zero. Baratear a coisa. Fazer a Fórmula Popular, carros baratos e com pouca tecnologia. E, para os que tem bala na agulha, que arrumem um patrocínio de telefônicas, genéricos, governo, globo, etc… Parem de querer muito, esta é a realidade. Quem sabe assim ressurgimos?
PS: já vimos até elogios à Argentina aqui, não é mesmo?
Realmente, FG, não se faz automobilismo sem autódromos. É isso aí.
Zé Clemente,
Esta carga tributária absurda é o que alimenta a corrupção.
Governantes ? Onde tem isto ?
Por aqui temos desgovernantes, corruptos, ignorantes, ladrões, aproveitadores e oportunistas.
E VIVA O braZil !
Marcos,
Ha duas semanas eu estava falando desse assunto de lavagem de dinheiro.
Não vou comentar o que ouvi e falei por uma questão de ética.
Mas é exatamente isso que acontece.
E a lavagem de hj parece ser poderosa.
Quem tá dentro é que pode dar numeros e coisa e tal.
Aí entra tambem um velho tumor nacional que tem que levar em conta. Carga tributária.
Se não lavar algum não vai engordar o caixa nunca.
Enquanto os nossos governantes, se é que merecem esse titulo, deixarem essa questão como está, vão continuar dando um incentivo incrivel para que as pessoas busquem formas alternativas de enriquecer. E tambem dessa forma nenhum governo aqui adquirirá credibilidade para combater aquilo que eles consideram ilegal, injusto ou sei lá o que.
Sam,
Mas esta lavação de grana é pra lá de conhecida !
E genérica – desculpe o trocadilho !
Se não for laboratório, tudo bem !
O esquema funciona geral.
É só dar uma uma N.F. de 100,00, e devolver 50,00 para o mecenas.
Todo o mundo conhece o truque !
Só não sabem disto os fiscais da Receita Federal.
Ou será que sabem ?
Seria engraçado se a RF ja estivesse monitorando alguma coisa, né ?
Bem que gostaria de ver uns e outros aparecendo no JN com as argolas nos pulsos.
Luiz Affonso,
Já comentei isto lá para baixo !
Os CARTOLAs não gostam de migalhas.
As grandes obras é que rendem as grandes comissões.
E dane-se a molecada…
E VIVA O braZil !
Alguém aí falou de rachas de rua.
Aqui no Rio eles estão voltando com força total.
Uma grande parcela dos “rachadores”havia se envolvido com a Arrancada. Com o fim do autódromo de Jacarepagua, E A IMOBILIDADE ABSURDA DA FAERJ E CBA – QUE JÁ CANSEI DE RECLAMAR – a turma voltou prás ruas.
Absurdo, jovens voltando a morrer nessa prática babaca…
Mas é a real.
ROOTS RACING !!!! Categorias baratas, em circuitos simples…
Mas o Brasil, país que parece ter o PAU PEQUENO, tudo tem que ser megalômano… têm que ver as obras do PAN dentro do Autodromo… Tutancamon ia ficar com inveja…
Essa história que a Stock está levando todos os patrocínios não é bem assim.
O que está acontecendo lá é lavagem de dinheiro……….da noite para o dia todas as empresas farmaceuticas começaram a injetar money…………hhhhhhaaaaaaa pára com isso.
Sei que alguns casos os pilotos são donos das empresas………mas a maioria naum…………e conheço gente do meio farmacêutico que me jurou que tão lavando muito money………….aliás, a industria de remédios vai bem…..muito bem.
P.S. Acabei de receber o DVD duplo de GRAND PRIX………..imperdível!!!
notaram que 3 dos autodromos citados pelo flávio estão no RS ??? Deve ser por isso que as nossas categorias regionais são disputadas e com forte presença de publico
Olha, sobre os EUA, que o Raphael Rizzo citou, vale lembrar que nos EUA se pratica automobilismo aos montes, eles tem suas próprias categorias (não precisam ficar esperando ninguém sair do país para poder torcer) e se divertem muito com isso.
Qualquer cidadezinha, por mais caipira, tem um autórdromo de terra batida, no mínimo, com boxes de tendas e corridas de antigas banheiras com V8.
Podemos falar o que quisermos dos EUA, mas eles sabem se divertir e sabem muito bem como cultivar esportes, não apenas para aparecer para os outros mas sim para valorizar sua própria qualidade de vida.
Esquecí disto ! Só para concluir:
E fora com os clubes também !
Estes clubes de araque !
Clubes de %!@$&@#nenhuma !
Para mim, clube tem que ter piscina.
Se não tiver, é bateção de carteira !
Caro Raphael,
Não entendí o seu comentário !
Nos USA, são mais de 160 bons autódromos ativos !
Fora os circuitos de terra locais, que pipocam em todos os cantos, quase tanto como aqui temos os campos de várzea.
Mas autódromo na Finlândia não deve ser bom negócio.
Fábricas de bronzeador tb não !
Afinal eles estão sob 20 cm de neve 8 meses por ano !
Zé Clemente,
Nós estamos falando a mesma coisa !
Divulgação é parte importante ! A empresa pode ter um excelente produto, mas sem propaganda não vai vender !
O problema é que não temos o produto !
Temos a matéria-prima de monte. A nossa molecada tem automóvel no sangue.
O autódromo-empresa vai explorar isto, promovendo provas de slalom, drift, arrancada, club-circuit, etc…
Esta molecada faz isto na rua, fugindo da polícia, sem nenhuma segurança, e ainda pondo em risco a vida dos outros.
Não é muito melhor em um autódromo ?
Provas noturnas, durante a semana.
Uma boa alternativa para o cinema !
Quanto custa ? O mesmo que o cinema + estacionamento !
Mas deixe fora os CARTOLAS !
Ou os rançosos já vão querer fazer a filiação – enfiem no rabo a filiação; vender carteirinha, e cagar regras.
Qual é o regra da rua ? Vence o que chegar na frente, né ? É o que basta !
Destas brincadeiras noturnas para os campeonatos. é um passo !
Quer uma idéia ?
Campeonato da Meia-Noite !
Provas de 1/2 hora, todas as 6a.feiras. Para carros stock !
COMPLETAMENTE originais.
Mas precisamos recriar as categorias de base !
Muitos gostam de automobilismo como hobby, e não tem nenhuma pretensão de chegar a F1 !
Acho que esta é a grande maioria !
Tenho um amigo nos USA que corre, todos os fins de semana. Junto com o pai, a mãe e a irmã !
Corridas do clube local ! Perfeito programa familiar ! Puro lazer !
Eles dividem o mesmo carro, e nenhum deles tem a mínima pretensão de ir correr na “Oropa” !
Isto é mais ou menos o que a Classic conseguiu fazer por aqui. Promover o automobilismo como esporte, e não como profissão !
Estas categorias de base do automobilismo amador é que vão revelar os futuros profissionais.
A partir disto, o automobilismo pode renascer !
Mas volto a dizer: Fora com os Cartolas.
Estes caras estão aí há mais de 30 anos, sempre os mesmos, atravancando o progresso e enchendo os bolsos !
Abraços a todos !
Não sei se alguém ainda vai ler.
Autódromo, como qualquer outra atividade, tem que ser gerida como uma empresa. Abaixo os cartolas. Boa Marcos. Gosto de tuas opiniões. Com respeito a todos. Sou teórico, um simples apaixonado. Se as vezes digo alguma bobagem perdoem-me. Gosto da opinião de quem esteve ou está lá dentro, já interviu diretamente, no caso como piloto- São os pilotos que fazem o espetáculo., e ainda tem que arcar com as despesas. Impossível.
Cartola só atrapalha, aqui é igual e a imprensa com sua postura de carro não dá retorno joga a terra por cima. é só futebol. Todos dizem-me que ninguém assiste corridas,, Está certo. O número de aficcionados no futebol é maior, mas não precisava descriminar desta maneira. No canal Eurosport – atenção, só esporte – e um fim de semana inteiro, eles fazem um resumo de 6 modalidaes corridas, por exemplo, no fim de tarde de domingo. Resumo de meia hora, incluidndo as propagandas.É ridículo. Uma prova que dura 15 voltas ou 30 voltas, ou 3 horas, eles mostram a largada, uma volta no meio da corrida e a último volta. Hora, vão pro inferno. Futebol passa notícias todos os dias, jogos inteiros durante a semena e no fim de semana é aquilo ue todos sabem.
Como é que vai dar algum retorno de áudiência, se não mostram nada. A imprensa tem uma parcela muito, mas muito grande nisto tudo .
Abraço a todos.
Marcos,
Pode bronquear. Faz parte da democracia. Tomara que um dia a gente tenha mesmo uma aqui no Brasil. Quem sabe nós estamos nesse momento dando um incentivozinho para esta à nossa moda.
Bem, um esclarecimento meu sobre o que escrevi: são palavras minhas e não necessariamente as do Jan.
Ao Renato….eu não falei de ingresso gratuito, mas sim de um valor muito baixo porque todos os custos dos eventos já foram antecipadamente pagos. E não acho que o valor do ingresso vai lotar arquibancadas.
O que eu penso, Marcos, Renato e todos mais, é que não faz muita diferença se o autodromo é municipal ou não. O que não está muito claro no que escrevi é que já que há inscrição então essa verba precisa ser usada para divulgação tambem.
Mas uma divulgação que cause impacto. Eu deixei muitos anos de ir no autodromo e hj vou ver a classic. Mas a stock por exemplo, eu (como publico assistente) tenho noticia dela apenas se ligar na globo. Me desculpem mas eu não sou fanatico de tv e por isso mesmo nao assisto só uma emissora. Essa divulgação de eventos precisaria atingir maciçamente a população local. Quero dizer, a forma como isso se faz deveria dar outro resultado.
Mas aí entram coisas que o Marcos fala que eu endosso. Em todo o esporte brasileiro existem os tais cartolas, preocupados como ele disse em encher seus bolsos. Aí sim começa a fazer diferença se o autodromo é municipal ou particular.
Além disso, há o ponto mais crucial de todos.
Divulgar o que???
Qual é o produto???
Acho que hj em dia, corridas de automoveis são nada mais que um espetaculo onde há um monte de carros coloridos fazendo um enorme barulho e sendo pilotados por caras que a maior parte da população nem sabe o nome.
Enfim, como eu disse lá embaixo, precisa refazer o formato inteiro. Repensar do zero. Não é um valor de ingresso ou a propriedade do autodromo apenas que vai mudar isso.
O FG por exemplo diz que a stock é mala. É uma opinião. A questão é especificar onde está a mala da stock. E não está lá dentro da pista não.
Só para não fugir à regra do Galvão que mistura futebol e automobilismo, a seleção brasileira tem jeito sim, na minha opinião.
É facinho. Extingue a CBF com estatuto, campeonatos, seleção e tudo. E faz tudo outra vez decentemente.
Bobeira.
Quantos autódromos existem na Finlândia?
Quantos existem nos EUA?
Pfffffffffff
caros Roberto marques e Armando Vieira,
Obrigado pela correção, levei em consideração a informação de um amigo residente em Goiãnia que me afirmara que o miolo do Autódromo ainda se prestava para provas de F-200. Obviamente a informação estava defasada. Grato pela informação.
Pessoal, boa noite !
Para começar, vai uma bronca no Zé Clemente:
Zé ! O Jan é da terra dos tamancos de madeira !
Lógico que automobilismo depende dos autódromos ! E nós tinhamos vários !
Hoje estão nesta petição de miséria por culpa única e exclusivamente dos nossos CARTOLAS !
Sei que vou criar uma polêmica aqui, porque vários são meus amigos – ou eram !
Mas este pessoal só pensa no próprio bolso, no lucro imediato; e dane-se o automobilismo !
Todo trabalho deve ser remunerado, isto é óbvio.
Mas o lucro deste pessoal está já raiando a indecência !
Na procura pelo lucro, só promovem as categorias caras, onde os patrocinadores absorvem as absurdas taxas de inscrição !
E danem-se as categorias de base, porque rendem pouco !
Em consequência disto, os autódromos tem muita ociosidade !
Os nossos autódromos pertencem aos municípios – isto é errado !
Os municípios não tem competência para administra-los !
Um autódromo deve ser administrado como empresa, e para a tal empresa ter lucro, ou ser, no mínimo auto suficiente, precisaria vender o espaço.
Só que não há corridas, porque os CARTOLAS mataram as categorias de base !
Os autódromos na Inglaterra pertencem a uma empresa de capital aberto, que tem ações na bolsa !
Eles promovem coridas de dezenas de categorias, todos os fins de semana ! E até durante a semana !
Nos USA é a mesma coisa !
Os autódromos são particulares, e as empresas promovem competições até de patinete motorizado !
São centenas, milhares de competições, todos os fins de semana !
E durante a semana, abrem para treinos, escolas, pic-nics, e qualquer outro evento que reforce o caixa !
Era esta a idéia do Piquet quando arrendou o autódromo de Brasília !
Mas acabou batendo de frente com os CARTOLAS !
Cartola quer ganhar muito e trabalhar pouco !
E ainda cagar regras e meter a colher torta nos regulamentos que funcionam no resto do mundo !
Em resumo: São o câncro do automobilismo nacional.
Os verdadeiros empata-p.h.o.d.a.
ABAIXO COM OS CARTOLAS !
Ao Zé Clemente que cita a não cobrança de ingresso eu diria que aqui em Portugal, as provas nacionais no Autódromo do Estoril, são gratuitas e não vai ninguém. O pais está vivendo de Troféus, que são campeonatos monomarca, sem a menor graça e mesmo assim com grids ridículos de 15 a 20 carros pilotados por vips. Vivo aqui a 11 anos e desde que aqui cheguei eles tentam fazer um Campeonato Nacional de Velocidade tipo um Marcas, com carros de turismo nivel m+edio de preparação. Sempre falavam que isto seria a solução. Lancaram-no a 2 anos e õ grid fica pelos 15 , 18, 17 20, 15 carros. Ou seja: não decola. A fórmula Ford acabou faz tempo. A Fórmula BMW com motor da 1000 já era. Nunca passou de 15 carros. Era base, para miudos. O Autodromo do Estoril perdeu a F1. Fizeram duas reformas pra tentar reave-la e não conseguem nem atrair mais os treinos que antes toda ano tinha. Posso ficar horas aqui citando exemplos e tudo dá no mesmo: autódromo vazio e de graça. Ninguém vai. Desculpe estar falando de outro pais. Só o fiz para tentar mostrar que é muito difícil administrar a coisa. Mas alguma solução há. Na Inglaterra corre-se de tudo e os público esta lã, a´te no meio da semana. Acho que é cultura de base., desde pequeno.
Acho que o automobilismo em autórdromo fechados de terra batida são uma boa. Muito fáceis de se construir, poderiam receber carros simples (e até uns rápidos) para correr.
Segurança? É inversamente proporcional à velocidade, portanto dá pra manter tudo bem lento.
Golzinhos 1.6 com uma tonelada não chegam nos 300 km/h, daí fica mais fácil.
Como disseram abaixo, outro problema é o automobilismo de base. Falta gurizada correndo, a disputa em grana fala muito alto, um guri talentoso acaba tendo resultados piores que um meia boa que tem um motor-home com massagista, nutricionista e psicóloga, além do personal, claro.
O gurizinho talentoso sem grana mesmo que vá num campeonato pequeno não vai conseguir mostrar seu talento mesmo, pois mesmo nos pequenos tem os riquinhos querendo alegrar o filho o convencendo que é talentoso.
Isso acontece aqui, no campeonato paranaense de velocidade na Terra:
Colocam uma grana absurda naquilo, um gasto enorme numa categoria sem retorno, pois são ricos gastando uma grana para ficarem por cima.
Infelizmente essa cultura existe sim.
O que fazer contra isso? Pessoal deixa de correr em categorias maiores e mais disputadas para poder vencer com facilidade em lugares mais simples…
Fala Joaquim, tudo em paz?
Joaquim, moro em Goiânia e posso te dizer que não estão havendo provas no nosso autódromo. EM primeiro lugar porque se for correr alí, só de motocross. De resto, esquece. Em segundo lugar porque não temos mais categorias aqui, a última a resistir foi a Fórmula Millenium, que era uma verdadeira cadeira elétrica. Outro que resiste é o Fórmula 200, mas está correndo nas ruas. No autódromo, nada.
Tá servindo para o quilômetro de arrancada, que infelizmente atrai bagunceiros de toda ordem.
A coisa tá com tanta má vontade que nem a imprensa ajuda. Já cansei de mandar cartas e e-mails para os jornais daqui, e nada acontece.
Agora, seu Flávio, faz muito tempo te mandei uma matéria sobre o autódromo de Goiânia te pedindo uma força, e o senhor, nada.
Contando com o de Caruaru, o Nordeste inteiro só tem 2 autódromos.
O outro foi um que o Flávio Gomes esqueceu e que este ano sediou a sua 1a corrida de Formula Truck e que ano que vem será sede de várias corridas da nova categoria de turismo CTM 2000 (http://www.ctm200.com.br) da qual o próprio Flávio já falou neste blog.
O exemplo já está nos cinemas, Veloses e furiosos III
Vamos voltar aos rachas de rua, etc…
Caro Joaquim, moro em Goiânia e digo que o Autódromo aqui não está servindo nem para moutain bike. Entra Governo e sai Governo e todos eles prometem recuperá-lo, agora mesmo, os canditados em época de eleição estão prometendo novamente recuperar nosso “saudoso” Autódromo. Já escrevei para todo Brasil (obrigado Flávio, você leu meu e-mail denunciando isso no programa Limite), esperneei, gritei, chorei, até montei uma categoria aqui, mas nada adiantou, sem autódromo e também federação não dá. Veja bem;a estatal CELG(cujo presidente é filho do presidente da federação goiana de automobilismo) é a maior patrocinadora se não uma das maiores do Brasil em termos de automobilismo ( IPS, CLIO, STOCK,FORMULA RENAULT,KART, TRUCK, CARRINHOS DE ROLIMÃ, etc), mas não temos incentivos para correr e nem onde correr. Porque não canalisar esses recursos para a reforma real da nossa pista e utilizar esses patrocínios para incentivo às categorias regionais. Solução tem é só ter boa vontade e honestidade!!!
Creio que o problema não é o número de autódromos. Dos 14 que tínhamos, somente Jacarepaguá está completamente fora de combate. Goiânia ainda resiste com provas regionais no miolo do circuito, já que parte do restante está impraticável. Vou tomar como exemplo o pouco conhecido automobilismo regional gaúcho. Hoje, o RS tem provas devárias categorias de Turismo e Endurance, não posso afirmar de monopostos pois essas quase acabaram no Brasil. O RS tem ídolos locais (lembro agora de Paulo Hoerlle, Cláudio Ricci) e público fiel. O mesmo se dá em SC com provas em circuitos de terra e rali. A nível nacional o que se vê é o loteamento de categorias entre promotores profissionais que pouco estão interessados na formação de um novo público e sim “interagir com público selecionado, através de ações de marketing d relacionamento”. Talvez a única categoria que ainda guarde alguma empatia com o público é a F-Truck. Onde estão nossos ídolos nacionais? Que piloto, carro ou categoria arrastaria hoje um aficcionado aos autódromos? Ok, vou excluir o nosso #96 e seu simpático piloto. Cartas para a redação.
Concordo com o que escreveu Askjao. Categorias regionais à custos razoáveis seriam uma saída para a utilização mais constante dos autódromos, e o retorno dos amantes do automoblismo.
Mas é bom lembrar que nosso melhor circuito foi amoldado aos padrões hoje vigentes em nome da pseudo segurança dos pilotos.
Interlagos, por ex., foi mutilado.
Bird Clemente, em uma coluna escrita na edição n.10 da Quatro Rodas Classicos explanou muito bem: “(…) A mutilação de um dos melhores cricuitos do mundo aconteceu em prejuízo do talento e da ousadia dos melhores pilotos. E principalmente do espetáculo.”
Vamos de mal a pior…em tudo…diga-se “o maior futebol do mundo” que vive dos mesmos esquemas amadores, com times se arrastando em dívidas intermináveis…e automobilismo, sem apoio das fábricas, sem categorias base de monopostos, marcas, protótipos, sem o apoio efetivo da CBA…mais o fato de não termos nesse tempo todo desenvolvido uma indústria de autopeças para competição…se o automobilismo nacional está morrendo…é por sua soberba..
O Caíque falou aí na F-Ford mais simples. No Brasil ela só existiu naquele Torneio BUA, que o Emerson venceu. Qdo virou F-Ford nacional, nunca foi barata. Eu sou mais radical: acho que a volta da categoria Estreantes e Novatos faria mais efeito. Ou então espalhar a Classic pelo Brasil. O cara compra um 147, um Passat e bota pra correr…
FG
Incrivel que vc tenha criado esse tema hoje.
Ontem à noite fui numa chopperia aqui no brooklin e lá ´tropecei´ no meu amigo Omelete numa conversa com o Leandro Almeida, terceiro lugar no 500km.
Sentei, o papo foi indo, o Leandro foi embora e ficamos eu e o alemão até fechar.
O papo era automobilismo. Pra sair da rotina né.
Falamos de tudo um pouco e principalmente esse tema que voce colocou aqui.
Eu vou ser um pouco exagerado e vou dizer que não é o automobilismo que está morrendo.
O Brasil morre um pouco a cada dia que passa. Aqui tudo que é de todos ou para todos, atende só alguns.
Ontem nessa conversa eu disse ao Omelete que não sabia o quanto custava um ingresso da stock, mas que nao deveria ser mais do que R$10,00. Melhor seria que não passasse mesmo de R$5,00
Os custos das equipes já estão bancados por alguem muito antes do evento.
O evento em si tem taxa de inscrição, que não é tão baratinha embora não seja o maior custo, mas tambem não se sabe para que serve de fato.
Se tudo isso está pago e assim, financeiramente falando o evento pode ser realizado até de arquibancada vazia, então porque diabo de razão não se atrai a grande massa junto com as classes menos desfavorecidas???
Por acaso um cara como um motorista de onibus não tem a mesma vontade de ver uma corrida, que tem um gerente de marketing???
Só que não basta baratear ingresso. Precisa de outra coisa que sempre existiu em eventos públicos. Divulgação.
E aí a coisa emperra porque isso significa gastar grana.
O formato atual atende os interessdos de hoje mas não atende o automobilismo e por isso ele está na UTI respirando com aparelhos.
Um autodromo a mais é melhor que nada. Mas pra salvar o automobilismo precisa de muito mais que um novo autodromo, e muitas outras coisas tambem.
Precisa repensar o formato todo. De cabo a rabo.
O Automobilismo ainda dá para salvar, mas não podemos contar com as pessoas que só pen$am ni$$o.
Tínhamos a F Ford, que morreu porque alguns queriam a F3 e a F Renault, cada uma a U$ 350.000,00/ano. Tínhamos a D1, agora temos a Stock, que num esquema para andar no meio custa baratinho, R$ 500 Mil / ano.
Uma F Ford, com regulamento standart, sem asas e pneus radiais sem raspagem para quase ficar slick não custaria mais que R$ 100 mil ano, num capeonato de 10 provas, a D1 não chegaria a R$ 85.000,00.
Nada contra o Carlos Col, mas acho que os benefícios que ele traz para o esporte é inversamente proporcional ao que recebe em papel moeda.
Ainda acho que automobilismo se faz com custos razoavelmente baixos.
Hmm.. fiquei curioso agora… alguém ai tem dados orçamentários dos últimos 5 ou 10 anos da Stock e da TC2000?
Me permita discordar um pouco deste ponto de vista… Se os autódromos acabaram, foi justamente porque ele não são utilizados, ou são muito pouco utilizados. Acho que o principal fator é a falta de categorias regionais baratas, com carros baratos, de manutenção barata. O próprio kart, que deveria ser barato não é… pegue, por exemplo, o preço dos pneus e verá que tenho razão… veja o preço de uma retífica de um parilla ou pcr que verá o que eu quero dizer…
Definitivamente, o pais do milagre se foi. Ficou a ressaca braba.
Infelizmente, tudo na vida nacional vai muito mal, educação, saúde…
Esporte é só um cadáver a mais.
Automobilismo que se mantem, se faz com categorias de base.
Caio , lembra das idéias de jirico?
O Kazanova falou que no carro dele ninguém põe a mão!
Assim não dá!
Gente que quer ganhar dinheiro sozinho… E dinheiro fácil… Não sei se seria bem esse o nome!!!
não se faz automobilismo sem GRANA.
pra ir brincar meia hora de kart é caro, imagina disputar competição igual gente grande…
quando se é pobre, como o Brasil, cultura, artes e esportes viram segundo plano.
É crise financeira misturada com falta de criatividade.
Pior que sem perspectiva nenhuma de mudanças…
É isso mesmo: Monopólio de patrocínios da Stock, crise nas categorias de monopostos, kart a preços extorsivos, falta de apoio das montadoras, de projetos globais de esporte por parte do governo, e inoperância da CBA.
Já dizia o refrão da musica cantada por aquele rapaz que tinha o cabelo de molinha de isqueiro ” QUE PAÍS É ESSE???… ” Ainda bem que desses poucos atódromos, moro numa distancia média de 130KM de dois deles que tu citaste aí FG, Gracias a DIOS….Pelo menos ainda conservo meu autorama, mesmo hoje com mais 40 ainda desenvolvo alguma coisa pra não mofar…..hahahahah
Com certeza esse é o pior problema.
E juntando-se a isso a má administração dos que vc falou.
Situação feia, muito feia mesmo
Realmente vergonhoso. E dizer que éramos um grande celeiro de bons pilotos. Diziam que era nossa água. E não é só com o automobilismo… Outros esportes também padecem. Realmente vergonhoso.