Corrida de ovo
SÃO PAULO (está sendo uma semana daquelas…) – Ah, o dia só acaba à meia-noite, então vamos blogar.
Falaram aí embaixo de corridas de Romi-Isettas (posso escrever Romiseta?), e o Jason Kruger, nosso homem nos pântanos, imediatamente encontrou a foto abaixo no livro do Paulo Scali sobre Interlagos.
Como se vê, no Brasil corria-se de tudo.
fg, desculpe aí! só depois vi, posts abaixo, que vc não deixou tão importante efeméride relegada ao esquecimento. parabéns, então, a romi-isetta e a você, que aos poucos, sem delongas, torna-se, de ofício, “curador” da memória automobilistica nacional. grande fg!
fg, neste domingo, 10 de setembro, deveriamos ter comemorado, o que não fizemos, cinquenta anos da instalação/inauguração da linha de produção da romi-isetta em santa barbara d’óeste, interior de sp. deixamos de comemorar porquê mataram-na? ou mataram-na porquê não comemoramos o bastante ó que é nosso e não gera envio de royalties ao exterior?
E como é que media o tempo? com relógio-calendario ou com ampulheta ?
Duas observações: se a foto for de 1958, adivinhem quem está largando aí? Ciro Cayres.
Segundo, em 58 ainda não existia a CBA. Quem dava as cartas no automobilismo brasileiro era o Automóvel Clube do Brasil. A CBA apareceu somente em 64, salvo engano.
Essa foto caracteriza a tutela da CBA sobre todos nós.
Corrida de Romi-Isetta…
Cadê a parafernália de segurança? Onde?
É uma excelente desculpa para poucos correrem, e desses poucos cobrar uma fortuna de inscrição…
Pseudo-segurança, eu diria.
Assim como os carros de hoje andam e freiam muito mais, tambem são infinitamente mais seguros.
A verdade é que não interessa a ninguem que uma multidão vá pra Interlagos correr. Não é para popularizar, senão se perde o controle total do todo…
Iriam invadir o feudo da CBA, da Federação e dos Clubes… Feudo porque automobilismo no Brasil permanece na idade média.
Se um carro desses entrava chutado na curva, não era ponta cabeça na certa?
Ale Rocha
Poltrona.TV [ o blog sobre televisão ]
http://www.poltrona.tv
Falando no aniversário desses carrinhos simpáticos, achei esse vídeo no youtube de um desfile comemorativo dos 50 anos, uma mais linda que a outra:
Nome do vídeo:
50 Anos da Romisetta
Link:
http://www.youtube.com/watch?
v=y9nXTxyLQGI&mode=
related&search=
Valeu Filipe W !
Porra…essa é o legítimo lobo em pele de cordeiro!
Que berro lindo heuheuhe
Acho elas charmosas, mas corridas?
Se são ruins e instáveis paradas, imaginem correndo…
1GT,
taí o vídeo dá bichinha que vc falou.
http://www.youtube.com/watch?
v=pZ2XhD0trNM&NR
parece até um f1 ! hehehe
Jcesar…um dia vi num autoesporte, um doido que colocou um motor de honda 750cc numa dessas…teve que trocar as rodas e pneus pelos do minicooper…chegava a 170km/h de final..mas haja coragem.
Hoje uma categoria novatos seria viável, com carros de rua atendendo um mínimo de quesitos de segurança?
Meus agradecimentos ao amigo Romeu e ao Jason pelas explicações. Esse blog é pho..a, com ph de pharmácia e dois dd de Toddy!!!
P.S.: Com bitola dianteira muito mais larga que a traseira, esse bichinho é bom de curva pra caramba! Como o Romi-Isetta tem muito mais chassi do que motor, você entra na curva de qualquer jeito, sem reduzir, nem tirar o pé. Parece uma cadeira giratória: é engraçadíssimo!
Vamulá: as primeiras Romi-Isetta (1956-1958) tinham um pífio motorzinho italiano Iso dois tempos, de dois cilindros geminados e uma câmara só. Eram 236cm³, com potência máxima de 9,5cv. Aí pelo início de 1959, a Romi passou a comprar um motor BMW , monocilíndrico, quatro tempos, de 298cm³ e 13cv. Foi um mundo de diferença: ganhou-se em torque, confiabilidade e simplicidade de usao. O som e o jeito de guiar o ovinho de Fenemê mudaram. Não é à toa que a maioria das Romi-Isetta remanscentes tem motor BMW (sem falar no montão de BMW-Isetta alemãs que têm sido muambadas do Uruguai). Ah… o motor BMW era irmão dos usados nas motos R25 da marca da Baviera e, para a Romi, custava o mesmo que a mecânica Iso!
Caro Joaquim:
A Romi Isetta foi lançada em 1956 e até 1958 usou motor e cambio Iso, italianos, de dois tempos, e com cilindrada de exatos 236 centimetros cúbicos. A alimentação era por gravidade e usava um carburador Dell’Orto.
Tinha 9,5 HPs.
A partir de 1959 até 1961 passou a usar o cambio e o motor BMW 300 (exatos 298 cc). Alimentado por gravidade com um carbirador Bing.
Esse motor era de 4 tempos e desenvolvia 13 HPs.
Abraço.
Não estou bem certo, mas acho que os primeiros motores das Romi eram BMW 500 cc oriundos de motocicletas. Com a palavra, Romeu, meu consultor para carros antigos…
será que são boas de curva ??? Já penso em contrabandear uma dessas do lá do Uruguai, colocar um motor de ninja 1.100 e mandar para SP para correr na classic quando tiver promoção da Gol, com viagem de volta por R$ 1,00 …
É esse espírito que precisa voltar aos brasileiros. Neguinho corria de tudo, improvisava, se virara fora e dentro da pista. Hoje é um outro tempo, existem exigências de segurança e o próprio desempenho das máquinas e pilotos são outros.
Mas tem alguns caras que começam a se coçar e pensar em deixar para as novas gerações de brasileiros um legado de muita velocidade e arrojo. O Gomes e a Matuzada são exemplo disso. Portanto, ainda há esperança.
Mas e a CBA ? Poderíamos até lançar a campanha: ACORDA CBA !
O que acham as citadas autoridades e a desgringolada Blogaiada?
Caramba Flávio, ninguém comentou ainda…
Acho que os caras já estão na praia…