As ruínas da Vemag
SÃO PAULO (muitas emoções) – Eu estava devendo, por absoluta falta de tempo, um relato de nosso encontro no dia 18 de novembro nas ruínas da Vemag. Foram cerca de 20 carros, de todos os modelos, levados à fábrica que está sendo demolida. No dia 19, domingo, fez 50 anos do primeiro carro saído dali. O primeiro carro brasileiro.
A idéia do encontro foi do vemagueiro juramentado Hélio da Cunha, com o apoio do Três Cilindros Clube de SP, que completava cinco anos. No dia seguinte houve um churrasco, ao qual não pude ir, mas foi duca, pelo que me contaram.
E na noite de sábado, no Riacho Grande, apareceu uma 56! Espetacular, linda, divina, maravilhosa. Não sei de quem é, mas se for vender, eu compro!
O encontro na fábrica, nossa querência, foi cheio de emoção. Afinal, saíram dali aqueles carrinhos, mais de 40 anos atrás. Estão derrubando tudo para ampliar o shopping que já ocupa a área onde ficava a linha de montagem. Essas paredes ainda de pé eram do prédio da diretoria. Tentem reconhecer as janelas e a fachada, por essa foto antiga.
Nós, os vemagueiros, exploramos os escombros. Catamos pedaços de parede, ladrilhos, tijolos, azulejos, pastilhas. É o que será preservado. O resto vai virar história. Eu levei uns ladrilhos originais do piso da fábrica que fez os carros que mais amo.
Terça, no “Limite” (22h na ESPN Brasil), conto como foi.
É como eu digo na matéria. O consolo é que vão-se as fábricas, ficam os carros. Os nossos ainda ficarão por muito tempo.
Um completo álbum de fotos foi colocado no ar pelo vemagueiro de Brasília Coronel José Ma2Tos. Visitem, as imagens são muito bacanas.
Antes tarde do que nunca, Gomes, estive no dia 18/11, junto com o Mestre Umaras acompanhando o passeio pelas ruinas da DKW, foi maravilhoso, parabéns a todos que mesmo com dificuldades conseguiu reunir esta turma maravilhosa lá.
(não escrevi antes por estava com problemas no meu provedor deste 17/11/06., é somente hoje conseguiram conectar. estou lendo os e-mails e vendo as fotos do evento aos poucos, tinha 209 mensagens para ler e ver.
novamente parabéns, abraços DS
Viram a matéria ontem no Limite?
Sensacional.
esta 56 realmente está muito bonita, estive sabado a noite no Riacho Grande e vi em primeira mão escondida no estacionamento de um restaurante, vi depois o desfile na praça e tambem no domingo quando graciosamente pousou para fotos lá no Rancho do Comanche estrada velha de santos, realmente é uma belezinha.
Lindo encontro!
Mesmo longe, pude acompanhar pelas fotos e pelos relatos dos amigos a maravilha que foi este evento!
Parabéns a todos, e quero meu DKW!
Abraços aos amigos!
Realmente impressionante essa Universal 56! Duvido que tenham resistido inteiras mais de 10 dessas peruas! Parabéns ao proprietário!
Relaxa, Renato, conheço o estilo dos meus blogueiros, sei quando algum bobão se faz passar por alguém.
Ao Flavio Gomes.
Eu não sabia que acontecia isso no blog. Outra pessoa responder por ti.
É por essas que eu não gosto de participar de coisas muito públicas, abertas. Relutei um bom tempo antes de fazer um comentário no teu blog, para não ter esse desgosto de ver alguém responder em meu nome.
Se quizeres, podes falar comigo pelo correio eletrônico
Foi muito bom!
Estive no Museu do Ipiranga, na Vemag, no Riacho Grande e na Serra Velha de Santos, ou seja, fui a todas as fases do evento.
E tinha que ir !
Fui rodando do Rio de Janeiro, tinha que ver – e estar presente – em tudo!
Estive ao lado da Universal 56, me surpreendi com o anuncio da mesma, encerrando o evento do Riacho Grande, até me sentei um pouquinho lá dentro. Por essa eu não esperava…
Meu carro gostou tanto do final de semana que protestou para voltar, veio reclamando, reclamando, até que embirrou de vez e parou, em Penedo. Resultado, ficou de castigo, voltou para casa de caminhão. Mas já saiu do castigo, coitado, foi saudade da família e da terra natal.
NEM A PAU Ó JUVENAL
Gomes, me dei ao trabalho de olhar as fotos do album e deve ter sido bem divertido o passeio.
O DKW 56 é showzaço !
E o Candango 4 pts com teto rígido ! Cinematográfico !!!!
Muito bacana todo o trbalho feito por voces. Parabéns !!!!
Renato, esse manual aí… rola uma doação????
E dizer que tive uma 56 dessas verdinha e branca todinha original que comprei do 1º proprietário. So restou o manual que ainda guardo. E tudo por falta de dinheiro na época. Esta vermelha está linda, pena a cor não ser original.
Parabéns pelo evento.
A idéia de incorporar uma parte da fábrica é muito boae prciso atrair alguém da diretoria do Shopping para o blog ou club
Por que não falam com a administração do Shopping e lançam a idéia de manter algum pedaço da faixada, com decoração com fotos de DKW??
Não custaria muita coisa, e enriqueceria o ambiente do Shopping.
A antiga estação de trem aqui de Curitiba virou shopping, mas manteve a faixada original e o museu do trem. Ficou de bom gosto, e é bom para o shopping essa riqueza de estilo, e visual.
Puxa, como eu só acompanhei o evento no Sabado, acabei não vendo (e babando) a 56 Universal Risadinha.
Mas vou correr atrás…
Preservação é uma coisa que começa desde cedo. Considerando que os DKW deixaram a linha de produção em 1967 e que o primeiro “clube” da marca surgiu apenas 12 anos depois, vocês estão de parabéns.
Mas como eu disse, tem que começar cedo. Eu e o pessoal do Santana Clube do Brasil nos antecipamos e sequer esperamos que o Santana saísse de linha para organizar o clube.
Creio eu que ainda vai demorar para que a fábrica da VW na via Anchieta venha abaixo. Como morador de S.B. do Campo, eu ficaria muito triste de ver esta cena (eu estava do outro lado da Anchieta quando derrubaram o que restava da antiga Simca, depois Chrysler). É uma sensação horrível, uma tristeza imensurável.
Pensando nisso, pedimos à VW do Brasil uma visita à linha de montagem do Santana, por sinal a mesma da linha Gol. Creio eu que os poucos registros dessa visita ecoarão no tempo, quem sabe daqui a 10, 20 ou 30 anos, para os futuros antigomobilistas.
Claro, quase esqueci de agradecer e elogiar os abnegados vemagueiros pela atitude nobre de preservação da memória automobilística brasileira.
Parabéns guerreiros.
Para quem tiver TV a cabo e nela constar o canal Eurochanel vale o prazer de acompanhar a série de documentários sobre arquitetura européia contemporânea e analisar como é feita a irterligação de prédios antigos com algum valor histórico como esse da Vemag, a novos empreendimentos com usos totalmente diversos.
O nome disso é cultura, coisa que o Brasil não preserva porque não a tem.
Interessante este encontro. E pensar que carros como este hoje não seriam fabricados por questão de poluição já que ate o motor do fusca teve que sair de linha.
Parabéns a vocês pelo amor e dedicação ao simpático carrinho.
Em tempo, se vocês quiserem continuar andando nas suas Dekas, providenciem fabricação de pistões (com pinos e anéis) e bielas (com centro de virabrequim e rolamento), caso contrário ficarão restritos a dar voltinhas em quarteirão.
Memória?
Pelo menos poderiam deixar alguma parede de pé, indicando que tudo aquilo ali um dia já foi muito importante para o nosso País. Atenção senhores arquitetos envolvidos no projeto de ampliação do tal shopping, tirem partido dessa idéia e convençam os donos do empreendimento. Será um ótimo exercício para a criatividade de vocês e o nosso povo ficará um pouquinho menos ignorante.
Meu pai trabalhou nesta fábrica e no final da década de 60..trabalhou de táxi com uma dkw..tenho fotos legais, abraços.
Uma 56, que maravilha!
que o exemplo do museu da TAM sirva de exemplo.
além de como disse o FG, na semana desta comemoração, passou batido e ninguém falou nada.
Alô Anfavea: vocês nem para garantir o emprego justificando a existência de seus empregos, hein?!
É bonito ver essa paixão pelos DKW render eventos tão interessantes como este.
E é uma pena que esses carrinhos estejam ficando cada vez mais caros… Assim vai ficar difícil eu conseguir comprar um Belcar ou Fissore.
Eu só não arriscaria estacionar tão perto dessas ruínas, porque o estado atual dessa construção não parece dos mais confiáveis…