F-Renault: fim…
SÃO PAULO (…de feira) – Acabou hoje a F-Renault, em SP. Não fui a Interlagos, e se alguém aqui foi, que conte. Pelas fotos que vi, parece que tinha público, até.
Pódio: 1) Galid Osman Duda (PR); 2) Rick Rosin (SC); 3) Ernesto Otero (RJ).
Confesso que nunca ouvi falar desses meninos, o que deve ser problema meu, claro. Mas, certamente, eles não fizeram nada muito marcante, por exemplo, no kart. Que também agoniza.
Soube que os pilotos da F-Renault, da Copa Clio e da Super Clio formaram uma comissão para decidir o que será feito do espólio que a Renault deixa, já que a montadora resolveu largar o automobilismo no Brasil.
É o caso do respeito ao espectador (banheiros, lanchonete e sombra) e informação. Mesmo para quem adora automobilismo fica difícil assistir uma corrida sem informação, saber quais são os pilotos participantes e decidir para quem torcer e porquê. O tamanho da torcida deveria determinar o tamanho do patrocínio de uma equipe. Na Argentina, já utilizada como exemplo aqui, o autódromo é lotado de torcedores (com bandeira da marca amada nas costas) e não de espectadores ou testemunhas como no Brasil. Outro exemplo: nos EUA é comum ter uma seção de autógrafos e fotos com os principais pilotos de acesso ao público, que pode decidir melhor para quem torcer.
Supermouse: mas é exatamente essa a questão. É preciso acabar com essa farsa de que o evento dá retorno porque está na televisão. O Speedshow passou cinco anos na TV, aberta e fechada, e a justificativa da Renault para cair fora foi exatamente a baixa exposição de mídia. Ou seja: estava lá e ninguém via. Está maluco quem acredita que categorias de base, seja de turismo ou fórmula, deve passar na televisão. Em lugar nenhum do mundo é assim. E a mídia impressa de países de grande tradição automobilística, como os europeus, se lixam para coisas como Fórmula Renault e Copa Clio. Nem por isso os campeonatos deixam de ser realizados todos os anos com grids atraentes.
Márcio, concordo contigo quando diz que deveria se encontrar uma fórmula para viabilizar o automobilismo. O problema é que, quando uma equipe ou piloto procura patrocinador, a primeira coisa que eles perguntam é: em que canal de TV vai passar? (sei disso por experiência própria). Tem empresas que se você disser que vai passar naquele canal que não dá muita audiência (mesmo que seja TV aberta) nem te recebem. Não enxergo perspectivas para o nosso amado esporte a motor no Brasil…
Não pude ir a Interlagos porque estava em Brasília por motivos profissionais, mas já não gostei de um dos temas da pauta do encontro dos pilotos para discutir o futuro das categorias. A primeira coisa que essa gente tem de tirar da cabeça é esse negócio de que corrida como Copa Clio, Fórmula Renault ou SuperClio tem de passar na televisão. Se ninguém ainda falou para eles, está na hora de falar. Historicamente, automobilismo – não estou falando de Fórmula 1 – dá média de audiência entre traço e um ponto. É muito pouco para justificar o caminhão de dinheiro que as tevês abertas cobram para colocar as corridas no ar e tratar as categorias como molambos. Até a Stock Car, com toda a badalação, não acrescenta um ponto na audiência do Esporte Espetacular. As pessoas assistem à TV Globo, e não à Stock. Vêem as corridas como veriam futebol de praia, desafio internacional de peteca, rei da praia, maratona de são pauloi, o esquimbau. Nem o cabo pode ser encarado como alternativa, porque existem centenas de canais brigando pelas migalhas. Essa gente tem de botar a cabeça para funcionar e encontrar novas fórmulas (sem trocadilho) de atrair patrocinadores. A televisão é uma mentira. Eqquipes e pilotos fingem que dão exposição às marcas que os patrociname os diretores de marketing fingem que estão tendo retorno. A Fórmula Renault, a Copa Clio e até a Superclio tiveram cobertura da TV nestesanos todos. E daí? TV, nos moldes de hoje, só serve para encarecer os eventos e torná-los inviáveis do ponto de vista comercial. A Internet está aí, dando sopa, e com a vantagem de poder ser acessada até nas cavernas do Afeganistão.
Vamos pegar o chassis, copiar, diminuir a lagura das asas, colocar pneus mais finos e motor 1.0 nacional, como disseram, que só pode mexer na injeção, no escape, e no câmbio só podendo mexer na engrenagem da caixa do diferencial.
Podíamos chamar de “Fórmula Mil”!
Que acharam da idéia?
E pra suspensão, dentro da idéia de ser bem barato e robusto, alguma idéia?
Flávio, ao contrário do que pode parecer, a corrida da Fórmula Renault foi uma das mais emocionantes da temporada. O Galid parecia um capeta atrás do Douglas Soares, que liderava, com o campeão Felipe Lapenna também bastante próximo. Restando três voltas, Galid finalmente passou, em uma bela ultrapassagem e o Lapenna passou a atacar Soares. Os dois já não se dão muito bem e, na penúltima volta, bateram pela terceira vez no ano, ficando para trás. Uma bela corrida, um show digno de transmissão em tv aberta, cujos nomes podem não ser conhecidos, mas que são competentes e competitivos, isso eles são. Pena que acabou… Agora ficará mais difícil eles ficarem conhecidos.
Eu estive lá. Como ando meio duro, consegui os ingressos do extra e fui com meus filhos. Algumas constatações de quem foi nas arquibancadas do setor A:
1-só havia um quiosque vendendo alimentos. Fila quilométrica que não encarei.
2-outro quiosque vendia bebidas. Mais uma fila que também não encarei.
3-Poucos banheiros químicos (acho que 5). Outra fila quilométrica que por muita sorte não tive que encarar.
4-Uma música ensurdecedora em que eu mal conseguia conversar com meus filhos. Chegou a ponto de alguém ir ao narrador solicitar ao vivo que o volume do som fosse abaixado sendo apludidíssimo pelo público presente.
Aliás, quero deixar meu protesto para todas as categorias sobre o volume do som. Na minha opinião, o som deve ser de fundo. Deve ser desligado quando há carros na pista. Para quem gosta de corrida, o barulho dos carros é que é música e não axé.
Não fui a uma festa Rave e sim assistir a corrida de carros. Está na hora de os organizadores e o tal do Som da Ilha se tocarem.
Sugiro o lançamente de um movimento pelo fim das músicas nos autódromos.
Será que só eu sou o errado?
Concordo, aliás eu sempre disse que o não comparecimento de público se deve ao pouco caso que a CBA e a FASP tem com o regional, se houvesse distribuição de convites em postos de gasolina, supermercados e afins, tem muita gente que iria ao autódromo.
Só a divulgação pela internet não adianta, os organizadores se esquecem que tem muita gente que não acessa a internet e se o fazem, não têem noção que para obter as entradas gratuitas, deve acessar o site da Fasp.
Com ingressos distribuidos gratuitamente pelo Extra, ficou fácil levar muita gente ao autódromo.
Se fizerem com a superclassic vai lotar tambem ( talvez muito mais ).
Que tal venderem a idéia ao PP Diniz?
O investimento seria 100 vezes menor que com a Renault e o retorno infinitamente maior.
Abçs.
O comentário do Tony Bonfato foi d+! Parabéns, brother! Queria ver algo assim no Brasil também!
Tony escreveu:
“…Lá não se importam com F1 ou Cart”
Isso aí Tony.
Acho que essa frase explica muita coisa.
10 pilotos na Super Clio….. lamentável….
O Ruiz já disse quase tudo, a promoção realmente foi do Extra e também da Renault. Quem pegou ingressos no Extra, recebia o kit torcedor com camisa, boné e bandeirinha vermelha. Já a Renault dava bandana de cabeça, uma mão gigante e adesivos.
Como sempre, estava na pista, posto 5 final da curva do sol e início da reta oposta, de lá dava para ver as arquibancadas do setor A e pareciam cheias, sexta e sábado não teve ninguêm, mas no domingo foi como o Ruiz disse, pena que só dá público quando é de graça, mas como acabou a Fórmula Renault, valeu a pena participar da última etapa. Ví de camarote os zerinhos feitos por RAZIA na área de escape do S do Senna, só que dessa vez esqueci de levar a máquina fotografica.
Antes que venham críticas sobre o campeonato que se foi, vou adiantar uma coisa, no Brasil só dão valor as coisas que geram muito lucro. No pé que andam as coisas, vai chegar o dia em que veremos só Stock, talvés Truck e Fórmula 1 (Não sei até quando) aqui no Brasil.
foi por isso que estava lotado….por causa da promoção do Extra. (não que eu seja contra)
Formula Renault?
Foi essa que teve promoção no supermercado Extra que dava ingressos?
De vez em quando apareço por aqui… infelizmente, hoje, quando quero ver uma corrrida legal, junto uma grana, pego um avião e vou para Argentina, ver TC2000 ou Turismo Carretera… Como sou meio duro, vou poucas vezes….
A CBA tem muita culpa no cartório do que está acontecendo…….
Estamos tomando um banho dos argentinos…..Lá não se importam com F1 ou Cart. O automiblismo interno é impressionamente forte. Os pilotos são ídolos locais e estão todos os dias na TV. Trocentas corridas. O calendário argentino, para 2007 só tem quatro finais de semana vagos: os dois primeiros de janeiro e os dois últimos de dezembro. 46 autódromos, meio pulgueiros, mas movimentados! 4 revistas semanais que tratam de automobilismo interno e 6 mensais, uma emissora de TV (El garage tv), que fala de corrida 24 horas por dia, fora os inúmeros programas de TV (diários, de 1hora) em TVs como TyC Sports e Canal 13, dentre outras…
É algo inimaginável por nós. Estive nos 200 Km de Buenos Aires e, ao final da corrida, o pública sai pegando pedaço de carro (fibra) e troca com camiseta, boné, etc). Os pilotos têm torcidas organizadas com bandeiras e tudo!!! É um fanatismo que eu nunca ví!!! Têem, também, torcidas organizadas da Ford, Chevrolet, Dodge, que existem à mais de quatro décadas. Estouram rojão, batem bumbo, e fazem cânticos o tempo todo. Parece torcida de futebol…. é igualzinho…
Os argentinos têem o automobilismo no sangue. Desde os motoristas de taxi até os recepcionistas de hotéis…
Enfim, outro mundo…..
Como já cansei de reclamar em outros fóruns, tomo o avião e vou embora…. e fico muito feliz….. Por outro lado fico triste, pois ei que o Brasil, se não fossem os aproveitadores, poderia ter algo próximo a isso…..
Não pude ir, e não vi pela Band, mas ai está uma resposta para a CBA e todos os outros que estragam o automobilismo.
SE FIZER CORRIDA E DIVULGAR, VAI PUBLICO….
Fui e vou contar do começo…
Sexta-feira. Fui somente à tarde. Dia tranquilo lembrando etapas do Paulista. Tudo tranquilo…
Sábado: Dia continua tranquilo lembrando ainda mais as etapas do Paulista. Ninguém nas arquibancadas. Movimento intenso nos boxes, sala de imprensa e na montagem das estruturas dos patrocinadores para domingo.
Coisa estranha, pois a rodada era dupla e teriam provas no sábado e domingo, mas os patrocinadores, público e mídia simplesmente ignoraram as provas do sábado e deram bola só pro domingo.
Mais um detalhe do sábado: a imprensa teve que chegar no autódromo às 07h20 da matina por causa do briefing, que quase começou com 1 hora de atraso…
Domingo: cheguei no autódromo às 07h30 e abri a sala de imprensa. Fui o primeiro a chegar. Peguei meu colete e fui pro “S” so Senna. Warmup da Clio com pista molhada prometia ser interessante. Só prometia, não teve nada….
O público já estava chegando e logo as arquibancadas estavam bem cheias. Montaram uma arquibancada tubular ao lado da fixa da Petrobrás e esta logo estava cheia tb. Falaram em mais de 40 mil pessoas. Tem uma foto minha no Granderêmio mostrando as arquibancadas. Muito legal ver o autódromo cheio. E não parava de chegar gente. Tanto que a área que os fotógrafos ficam do lado externo do “S” pra fazer as largadas foi invadida pelo público e não pudemos mais ficar ali…
Depois comento mais. Amanhã vou colocar as fotos na minha galeria tb…
[]s