Mobral neles!
SÃO PAULO (coisa feia) – Digamos que sou chato com os sopapos que a língua portuguesa leva diariamente, mas estou longe de ser intolerante. Para quem não a tem como instrumento de trabalho (escritores, jornalistas, editores), ok, erros acontecem, nem todo mundo escreve direito, muito menos num país como o Brasil. E ainda menos nestes tempos de internet, de “vlw”, “ae”, “naum” e “aki”. Aliás, quer que eu não responda a um e-mail, é só começar (ou terminar) com “vlw ae”.
Há o outro lado, como argumentou comigo outro dia o PVC, lá na TV, de que pelo menos os jovens agora estão escrevendo alguma coisa, algo que não faziam quando não existiam MSN, SMS e e-mails. É uma visão dos fatos, sem dúvida. Mas precisa escrever tão mal assim?
Bem, feito o longo preâmbulo (estou cheio de preâmbulos hoje), dizia eu que sou chato, mas não intolerante. Intolerante apenas com os que usam a língua como instrumento de trabalho (cheio de preâmbulos e repetitivo), e por isso não poderia deixar passar em branco o anúncio que reproduzo abaixo, da Shell, na contracapa da “Racing” que comprei hoje porque foi publicada uma matéria de duas páginas sobre a Superclassic.
É de doer. E de uma empresa do tamanho da Shell, que deve entregar sua conta a uma agência cara e cheia de publicitários moderninhos… A peça não tem a assinatura da agência, infelizmente. Mas quem aprovou, na Shell, também merece um pito.
O texto tem outros errinhos, mas pelo tamanho da reprodução não dá para ler. Errinhos que, diante da lenda “masculina”, são café pequeno.
Antraz, você está confundindo tudo.
Se a intenção da frase fosse o que você disse, ela seria “O que é feito da lenda?”. Seria uma interrogação, não uma afirmação.
O anúncio indica que vai explicar de que a lenda Schumacher foi feita. Ninguém está perguntando o paradeiro dele.
Ainda que a intenção da frase fosse a que você sugere, ela estaria errada da mesma forma, pois deveria ser “O que é feito da lenda?”.
Me impressiona como as pessoas batem cabeça e insistem em defender uma idéia quando não sabem do que estão falando.
“que”, nessa frase, com essa construção, não é sujeito não.
“feito”, não se refere à “que”, mas sim ao Schumacher.
De que é feita uma lenda.
Muitos anúncios são feitos na Europa ou EUA…….e ……vamos dizer…..climatizados para o Brasil. Principalmente da multinacionais.
Dá nisso ser pão duro e não pegar uma agência daqui……….e mandar o marketing da empresa traduzir, ou coisa parecida.
Cada macaco no seu galho.
Alto lá! Menas é um termo machadiano (Dom Casmurro). Cuidado, há erros que têm poética, e alguns, cátedra suficiente para tornar o errado, além de certo, bonito.
Muita gominha e Ferracini Dry nas agências para compensar a estupidez dos clientes e escreventes… Pelo menos eles não usaram “menas”… ou usaram????
Concordo com voce, Flavio, filólogo de rica verve.
Considere-se um dos últimos (infelizmente!) bastiões da defesa da “‘última flor do lácio”, sempre empunhando sua pena ereta na internet.
Abraços e boa tarde a todos.
Marcelo Foresti
Dois erros
De que é feita uma Lenda.
Uma lenda não é feito …
e uma lenda não é feita do…
O erro é o do, que é artigo direto.
Tinha de usar de que é feito uma lenda!
Gomes…Pano, rápido…
Miguelito, ouve os mais velhos, dez dias mas mais velho. O tio Tuta vai te ensinar.
O texto é assim, em outras palavras:
“Daquele que é tipo assim uma lenda” ou, alongando a marcha, “Vamos falar daquele que é famoso feito uma lenda” hahahha kidding.
Que coisa feia. Sou publicitário e combato esses textos danados tipo este aí.
Caro Professor Pasquale (é sem trema mesmo?)
Volto a insistir: está correto.
O sujeito da frase, como está, é o pronome que. Logo, o gênero utilizado tem que ser masculino.
Exemplo: Se o Flávio não blogar por uns dois dias (Deus nos livre!), alguém vai perguntar: O que é feito do Flávio? Já se o Proprietário do espaço fosse uma Flávia, a pergunta seria: O que é feito da Flávia, e não: O que é feita da Flávia?
Deu pra sacar?
Abraços,
Gente, o problema não é o uso de lenda. O problema é de concordância de gênero.
Lenda é substantivo feminino. Logo, ela não é “feito” de algo, mas sim “feita”.
A frase correta seria: “Do que é feita uma lenda”.
Ou vocês diriam: “Minha calça é feito de jeans.”?
[]’s prof. Pasquale
Escreve errado, quem não lê.
Putz!
Depois dessa, axo q eu ainda tenho salvação… rsrs
Esse pessoal de agência é muito ruinzinho mesmo… É só ver a nova campanha milionária da Unilever onde aparece uma mulher que supostamente passou a usar o shampoo deles e agora ficou maravilhosa… Então aparece a pérola “ME olha” e depois como se não bastasse “ME olha de novo!”
Pior é ver gente concordando com a frase. “FEITO” se refere a “LENDA”. Logo, o correto é “FEITA”. Basta inverter a ordem da frase: “Uma LENDA é FEITA de quê?”
Ô Gomes!
Trás a resposta da Shell.
Eles devem ter uma explicação, quem sabe a de que pensaram em alemão, prá dar uma sotaque ao texto.
Mas aí teria que ser “o lenTa” porque alemão falando o ‘d’ troca pelo ‘t’.
Ah, mas não dava porque lenta o Schumacher não é.
Então que comprem outra quarta capa da Racing e publiquem a concordância no feminino.
O erro mesmo parece na colocação da palavra LENDA, que soa algo como mentiroso, conto da carochinha.
Na minha opinião a palavra apropriada seria MITO.
mito
do Lat. mythu < Gr. mýthos, fábula s. m., narrativa fabulosa transmitida pela tradição, referente a deuses que encarnam simbolicamente as forças da natureza, os aspectos da condição humana; narração dos tempos fabulosos ou heróicos; tradição que, sob a forma de alegoria, simboliza um facto natural, histórico ou filosófico; construção pura do espírito; expressão de uma ideia, doutrina ou teoria filosófica sob forma imaginativa onde a fantasia sugere e simboliza a verdade que se pretende transmitir; lenda; representação idealizada de um estádio da humanidade num passado ou num futuro fictício; imagem simplificada, frequentemente ilusória, que grupos humanos elaboram ou aceitam e que tem um papel determinante no seu comportamento; fig., coisa inacreditável, irreal; fábula; utopia; símbolo; enigma. Obs. Tirado de um dicionário online de português de Portugal.
FER, preste mais atenção, e não GRITE!!!!!!
trabalha nessa agência?
Como assim trabalha em editora e evita comprar livro?
Essa eu não entendi…
Pessoal, independente da frase, teve alguma corrida depois do GP Brasil? Isso mesmo, uma revista que foi publicada dia 21 de novembro, trazer a frase “…Parabéns, Michael, por mais uma vitória no Campeonato de F1…”, deve ter acontecido mais uma e, pelo jeito, acho que o alemão venceu!
Meus amigos sempre acham que sou um cara correto demais, em meus 25 anos de idade, que só namoro mulheres mais velhas que eu (até hoje eu acho que foi mera coincidência, mas como eles se acham “donos da verdade”, tudo bem, MINHA PREFERÊNCIA É POR MULHERES MAIS VELHAS, se isso deixam eles felizes), enfim, voltando ao assunto, um dos motivos que eles me acham correto demais é minha escrita até em conversas corriqueiras em msn, torpedos e afins.
Pô, deixa eu ver se entendi, eles me acham careta por eu sempre correr atrás da escrita correta????
Eu morro e não vejo tudo.
Abraço rapaziada, fui dormir, amanhã mais 13 horinhas de trabalho, pois vida de metalúrgico não é fácil.
MEU PAI AMADO!!!
RETIREM TUDO O QUE EU DISSE, ANALISEI MELHOR A FRASE. A DISCUSSÃO NÃO ESTÁ NA FORMA DA LENDA, MAS NA PALVRA FEITO……..FICOU FEIO MESMO. ME DESCULPEM PELO POST ANTERIOR
A frase está correta sim. Troquem LENDA pela primeira sugestão do dicionárioTRADIÇÃO POPULAR, ou NARRATIVA, e a concordância estará correta. Ela não se refere ao piloto, mas aos seus feitos……….Um anúncio destes deve ter passado por um monte de gente, não é possível que todos estejam errados. Abraços
retificando: comprei a F1 Racing (out.06 nº1) e não a Racing nº208.
comprei a Racing do mes passado (Alonso na capa) e como tem erro de grafia!!
Trabalho em editora, e preciso dizer que esses erros são mais comuns que se imagina; tanto que, por incrível que pareça, evito comprar revista e livro (o segundo, só em sebo) — é como comprar lingüiça se você trabalha na Sadia.
Suponho que não foi uma agência brasileira que criou este anúncio. Talvez tenham simplesmente traduzido a frase do inglês e o processador de texto do cidadão não acusou o erro, pois geralmente, neste programas, só há correção automática de grafia.
Se a frase fosse: O que faz um mito?, ela teria muito mais sentido do que o erro publicado como frase.
Sou publicitário, não sou moderninho mas concordo com a patrulha. Erros gramáticais realmente não pdem ser admitidos em casos como esse, ainda mais porque nas agências de propaganda(principalmente as caras) a figura do revisor é obrigatória. Ponto contra a Shell e sua agência.
E pensar que a mesma Shell fez aqueles comerciais sensacionais com os Mutantes que você postou essa semana…que decadência!
O pessoal vem aqui, diz que a frase é correta e não se explica. Talvez achem que se refere ao Schumacher, masculino, portanto.
Por isso brinquei dizendo que Schumahcer é “o” lenda.
Se discordam,se expliquem!
Ou então se calem.
Gomes, você tem razão em ser chato com os abusos suportados por nossa querida língua. Todos deveríamos ser, uma vez que nosso povo escreve extremamente mal. Sobre esta nova língua que surgiu com a internet, concordo inteiramente com você, embora já tenha ouvido o argumento utilizado pelo PVC, que também faz algum sentido.
Pessoall, as lendas são feitas, não são feitos.
Xiiiiii, vai começar a polêmica. Em minha modesta opinião, a frase está mal formulada. E, como está mal formulada, está errada.
Qual o seu FEITO, Flávio?
Desculpa, Flávio.
A frase está correta. O “feito” refere-se ao “que”, com ele concorda em gênero e número.
Abraços,
len.da
s. f. 1. Tradição popular. 2. Narrativa, transmitida pela tradição, de eventos cuja autenticidade não se pode provar. 3. História fantástica, imaginosa. 4. Mentira, patranha.
Para os blogueiros menos acostumados com o Dicionário, S.F. do começo do verbete significa SUBSTANTIVO FEMININO.
Erro? Revisem seus conceitos, pois a frase está correta!
Lembrei de uma manchete de um jornal aqui da cidade “Sabesp causão indignação na população”.
Também erro, mas assim é fogo.
Calma , ele é Alemão e como todo bom Alemão (incluso minha querida vovó), não entende esse negócio de gênero….. %!@$&@#r
mas que doeu doeu…rs
Vixe Maria, até eu que sou campeão disso por aqui não cometo tal acinte.
Além disso nunca gostei dos produtos da Shell, a gasolina é comum e os lubrificantes perdem de goleada da concorrência. Só tem mídia e propaganda por alí e agora, nem isso presta mais, como prova o folhetinho acima.
Gomes, essa podia ir pro “No comments”…
ui.. que feio!!
simplesmente ridículo!!!
Graças a Deus, que eu sou do tempo em que não aprendeu, levou bomba, repitiu, não passou de ano etc. Agora não ninguém mais é reprovado durante a vida escolar, basta ter 25% de presença e pronto, tá aprovado. Depois que inventaram para inglês ver os tais de ensino fundamental, médio, o ensino virou um Deus nos acuda! Não tenho curso superior, tô com medo de escolher qual instituição que vou comprar o melhor curso, porque essas também, pagou, chutou no vestibular, levou!
Schumacher é “o” Lenda!
DEUS de-lhe seu perdão . Eles não sabem o que escrevem
Me formei em computação e quando professores propuseram a inclusão de uma disciplina de Portugues, vários alunos chiaram.
Êta medo de falar direto…