Senna, o começo
SÃO PAULO (pipoquinha no feriado) – Blogueiro silencioso, de Manaus, Sebastião Lima nos dá este presente. Um vídeo com os três primeiros testes que Senna fez na F-1: na Williams, na McLaren e na Toleman.
Imagens que eu nunca tinha visto, entrevistas idem.
Uma jóia rara. Não percam.
Sidney, eu estava lá na prova de Interlagos. Classifiquei na segunda bateria, se não me engano. Mas acho que não tinha carros com nº 27 e 30, pois eram 20 carros em cada bateria (os mesmos), classificando 10 de cada bateria para a final, então os mesmos 20 carros na final. Não tenho absoluta certeza, mas acho que a numeração ia de 1 a 20.
Abraços
De fato a postura do Senna é TOTALMENTE diferente do que vemos hoje em dia ! Bons tempos …
São 23 anos e um mundo de diferenças…
1) O cara já chegou cheio de marra, botando banca para negociar contrato e lembrando do belo curriculo nas categorias de acesso… Hoje, os novatos pagam para correr;
2) Que beleza, correr sob os auspícios do Banerj em pleno governo Brizola! (também gostei de ver brinquedos Estrela e jeans Pool – patrocinio nacional!).
3) Em 1983, jovem piloto conseguia falar. Articulava frases completas sem recorrer a clichês… E mais: nada de evasivas nas entrevistas!
Gomes
Agora que li que vc respondeu que interessa as fotos do Senna com este mesmo macacão aqui no Rio, quando estava na Toleman.
Já enviei-as, se puder, por favor, posta logo, penso que os colegas aqui gostarão de vê-lo ainda novinho.
Abs.
Velox
Não vamos falar sobre isso aqui.
Deixemos este espaço para que falem de um dos maiores pilotos que já vi em ação.
Vou deixar recado pra vc e Ceregatti abaixo da prancha do Ceregatti.
Vai lá.
Que garoto focado, não?!
Tenho idade sufíciente para lembrar destes testes, na época em que ocorreram. Foi considerado espantoso por Frank.
Maldita tamburello, que ceifou-nos deste cara tão cedo.
Impressionante como ele sabia onde ia chegar!
Sim, claro!
Pois é Sidney, isso tudo que escrevi é a única informação publicada em revista, e pelo jeito errada pois, como você disse agora, trocaram a ordem das baterias.
Achei tudo na revista Auto Esporte de janeiro de 1971, pag. 80, 81 e 82.
A reportagem engloba as 4 baterias, sendo as 2 primeiras em São Paulo e as 2 últimas no Rio.
Nas baterias de São Paulo não relacionaram os números que os pilotos usaram, fizeram isso só nas do Rio.
Na Quatro Rodas nada, revirei minha coleção de ponta a ponta nos anos 1970 e 1971 e nada.
Ou seja, parece que a única matéria publicada a respeito desse torneio foi dada pela Auto Esporte. Não haviam mais revistas na época.
Creio que a única fonte possivel de mais informações sejam os jornais Folha de São Paulo e o Estado de S. Paulo. Certamente um deles, principalmente a Folha, deve ter cobrido a prova.
Esse é mais um infeliz exemplo do valor dado ao automobilismo pela imprensa naquela época.
Desculpe, Flávio
Mas como Veloz HP postou aqui, vou agradecê-lo e fazer uma pequena retificação.
Ceregatti, ainda há uma chance.
Velox, este resultado onde fiz a melhor volta com carro número 3, foi na bateria final do Rio, este resultado tenho.
Não tenho de SP e os números não eram os mesmos.
No Rio, primeira bateria corri com 9, fiquei classificado.
Na final, no Rio, corri com este número 3 que vc falou.
Quanto a SP, não tenho o número, Amauri imagina que seja 30, pois ele estava com o 27 e, segundo ele, eu estava mais atrás, no sorteio. Entendeu?
Continuas me devendo o número de Sampa.
Abs.
Ainda bem que ele não foi pra brabham correr com piquet, senão ia rolar o mesmo tipo de sacanagem que o Svhumacher fez com o Rubinho na Ferrari.
O Senna era o cara. Como disse um blogueiro abaixo, quem não viu, bate palma pra alemão…
Aproveitando o post do Veloz-HP, um piloto chamado Amauri Mesquita, o grande “Queixada”, só não levou, no Rio, por azar. O que tocava esse cara… Ele, montado num Mini-Cooper 1100cc, dava a impressão que ia arrancar asfalto, da pista do autódromo, tamanha a velocidade de curva. Sidney, se você o ver, pergunte porque ele não trouxe o AC Cobra pra correr no Rio. Seria até covardia…
Joia mesmo. Ta salvo!
Era impressionante como o Senna fazia qualquer carro andar. E ainda tem gente que diz que ele só andava bem com carro de ponta…
É sempre bom rever como ele guiava um motor turbo.
E que saudade de ver um F-1 de lado na curva. Hoje parece que os carros andam em trilhos, e qualquer atravessada o pneu já vai pro saco.
Bons tempos…
MUITO impressionante. Vejam que ele tinha 23 anos, uma autoconfiança absurda, chegou de cabeça erguida, impondo condições, sabendo que iria ser campeão.
Na pista, correndo com precisão, como um veterano. Quem errou na decisão não foi Senna, foram Ecclestone, R.Dennis, F.Williams.
Quando veremos um brasileiro nesse nível de novo?
Sensacional!!!
Presentão mesmo.
Senna tinha uma personalidade forte. O cara era diferente mesmo. Imagine se ele corresse em equipes de ponta desde o início da carreira!
Presenteio vcs com uma jóia mais rara ainda: Jim Clark onboard !
http://www.youtube.com/watch?v=UfVAviHqXtg&NR
Compartilho de todas as opnioes dos colegas aqui neste post… realmente trata se de uma joia rara… e quao forte ja era a personalidade do Senna…
Mas uma coisa que ele disse me impressionou… Prestem atencao no teste da McLaren e ele diz o seguinte: “Estou percebendo como que se ganha na Formula 1, está mais no carro do que no próprio piloto, desde que se tenha um carro rapido e facil de guiar…”
E acho que isso ainda é uma verdade na formula 1 de 23 anos depois, impressionante…
Flávio Gomes me desculpe, é fora do tópico, você odeia isso, eu também porém, é pela memória do automobilismo brasileiro.
Recado para o Sidney GT-40 Cardoso :
Conforme você me pediu, procurei e encontrei a reportagem a respeito do Torneio Nacional Ford Corcel que você participou junto com todos os feras da época.
Foram 4 baterias sendo as 2 primeiras em Interlagos e as outras em Jacarepaguá.
Para tristeza do Comendatore não foi você quem pilotou o carro nº 9, mas para alegria dele quem o pilotou foi o Pedro Victor De Lamare, sim senhor, o Grão Opaleiro Mór.
Você pilotou o carro nº 3, chegou em 5º e fêz a melhor volta com 1.59.8s na 1a. bateria. O Bob Sharp fêz a melhor na 2a. com 2.00.8s.
O Amauri Mesquita liderou da 9a. até a 23a. volta quando quebrou a suspensão na saida da Norte e ele deu no muro. O carro dele era o nº 11 e então perdeu a Belina Luxo que seria dada ao vencedor.
Aí vai a classificação final :
1- Ricardo Achcar nº 26
2- José Moraes Neto nº 6
3- Alex Dias Ribeiro nº 20
4- Heitor Peixoto de Castro nº 16
5- Sidney Cardoso nº 3
6- Francisco Lameirão nº 8
7- Jaime Silva nº 24 (coitado do Raposa)
8- Pedro Victor De Lamare nº 9
9- Anísio Campos nº 14
10- Maneco Combacau nº 28
Aí houve uma falha na reportagem pois não forneceram os números dos carros.
Talvêz no Rio correram com os mesmos números daqui, as fotos indicam isso, mas não há certeza.
Em São Paulo a classificação final foi :
1- Luiz Pereira Bueno
2- Jaime Silva
3- Ubaldo Loli
4- Bob Sharp
5- José Moraes Neto
6- Chiquinho Lameirão
7- Toninho da Matta
8- Maurício Chulan
9- Sérgio Withers
10- Milton Amaral
Sábado eu levarei esse volume para te mostrar e autografar (eh,eh,eh) e creio que tenho uma revista dessa avulsa no meu estoque de antigas.
Caso tenha eu a levarei também e a darei de presente para você ou para o Ceregatti, a decisão será no par ou impar, pois tem uma foto do De Lamare fazendo a Curva Norte no limite com a porta direita amassada e meio aberta. Exatamente a porta e o número que o Don Claudio Surfista surrupiou e colou na sua prancha-Ferrari.
Isso é história e das boas.
Com fotos comprovatórias e tudo o mais.
Então até lá campeão, e um enorme abraço.
Jóia rara é pouco pra isso !!!
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Flávio Gomes
Como falei num post, alguns dias atrás, tive o privilégio de desfrutar da companhia de Ayrton.
Tenho várias fotos dele, com este mesmo macacão, neste mesmo ano, na Toleman aqui no Rio, inclusive, placa de marcação de tempo, no coquetel de blazer,etc.
Tenho também das três primeiras colocadas no concurso Miss FI, de biquini.
Interessa?
Agradeço ao amigo blogueiro abaixo. As declarações a que me referi foram feitas ao Bernie Eclestone.
E realmente andar mais rápido que o Keke Rosberg no primeiro contato com o carro foi realmente de impressionar, e somente ratifica o que o Wilson Fitipaldi e Jo Ramirez sempre disseram: Senna conseguia se adaptar muito rapidamente a qualquer nova circunstância existente no carro, decorrência lógica do extraordinário talento natural que Ayrton carregava com ele .
Se me permitem externar minha opinião, afirmo que nunca vi essa caracterísitca – não nessa magnitude – em nenhum outro piloto.
No primeiro contato com a Willians meteu logo 1 segundo de diferença
De cara mostrou ser um cara exigente ao impor condições ao Bernie Ecclestone para assinar com a Brabham.
Fez uma avaliação errada da Toleman que acabou saindo certa.
Na mão dele o carro ia conseguir a primeira vitoria, mas como foi roubado em Mônaco, teve que amargar o segundo colocado.
Quem viu esse cara pilotar viu, quem não viu bate palma pra alemão.
Já eu percebi a postura forte e determinada no tratamento com as equipes, algo impensável nos dias de hoje (e característica já nos confirmada pelo Chico Serra). Voce imagina o Nelsinho Piquet dizendo, em uma entrevista para a Rede Globo, aquilo do Frank Williams ? As circunstâncias atuais são inteiramente diversas.
Quanto ao imenso talento do Ayrton, nada a mais a se falar mesmo. Ele era muuuuito rápido, com uma capacidade de adaptação a circunstâncias novas poucas vezes vista na história da F1.
Abraços a todos,
Luiz Fernando
Muito legal esse video, adorei!!!!!!
Algumas observações:
1) Impressionante a personalidade forte do então jovem Aytron Senna;
2) Como o Bruno Senna se parece com o tio em termos de personalidade, postura e fisionomia;
4) Como mudou a voz do grande Frank Willians (foi em função do acidente, que o deixou tetraplégico e quase sem voz…)
5) É impressão minha ou o Ron Dennis chamou o Ayrton de “Harrington”?;
6) Que linda a Willians de 1983;
7) E a Toleman também era bem bonita;
8) Em seu primeiro teste, Senna foi mais rápido que Keke Rosberg. Veja bem, Keke Rosberg!!!!!Um dos pilotos mais rápidos daquela época!!!!!
9) A assessoria de imprensa dele já era muito boa antes de estrear na F1, o marketing já era excelente, pois seus testes tiveram ampla cobertura da Globo;
10) O grande Reginaldo Leme estava lá…
Eu tenho esses videos e outros que eu gravei de um Cd emprestado, não me lembro o nome, alguem lembra?
Bem amigos da Rede Gomes, bom dia.
É muito bom começar o dia vendo belas imagens como essas e até relembrar o lindo som do motor Hart turbo.
Quanto ao Senna, o que se pode falar mais ?
Sim, acho que se pode falar de algo que notei claramente nesses filmes, a decrescente alegria estampada nos olhos dele.
Percebam a diferença de atitude nas palavras, gestos e principalmente no olhar no decorrer dos testes e entrevistas.
Fica claro que ele começava gradativa e rapidamente a se enojar das pessoas e bastidores daquele mundinho outrora maravilhoso da F1.
Restava somente o prazer de pilotar o carro. O antes e o depois começava a incomodá-lo, só o durante é que fazia algum sentido emocional para ele.
Que inferno bem pago devia ser isso para pessoas de carater elevado como ele, não ?