F-1 de cara nova

SÃO PAULO (tio Max não pára) – O assunto é extenso, mas vocês têm todo o fim de semana para comentar.

O Conselho Mundial da FIA se reuniu ontem em Mônaco. Muita coisa vai mudar na F-1 nos próximos seis anos. Vou resumir o que decidiram.

Em linhas gerais, GPMA e FIA querem que a F-1 tenha como objetivo promover pesquisas e desenvolvimento “relevantes” para a indústria automobilística (e “para a sociedade em geral”, oh!), e assim eliminar invencionices que não sigam tal critério; reduzir custos e garantir que os gastos mantenham “a imagem e a emoção da F-1 como categoria mais importante do automobilismo mundial”.

2007
– Regulamento já publicado, com destaque para o congelamento do desenvolvimento dos atuais motores V8 de 2,4 litros.

2008
– Regulamento publicado, mas existe a possibilidade de eliminação de apêndices aerodinâmicos (defletores, “winglets”, “chaminés”, etc.) no espaço contido entre o centro da roda dianteira e o centro da roda traseira. Traduzindo: limpeza geral nas laterais. Para isso, é preciso concordância de todas as equipes. Por se tratar de regulamento técnico, tem de haver unanimidade.
– Possível restrição de uso de túneis de vento ou de modelos em escala em túneis de vento e também de simuladores. Para isso, é preciso concordância da maioria das equipes. Como é regulamento esportivo, maioria simples basta.
– Mantido o congelamento dos motores.

2009
– Adoção de sistemas de reutilização da energia gerada nas frenagens.
– Redução de 50% da pressão aerodinâmica.
– Mudanças aerodinâmicas para facilitar ultrapassagens.
– Mantido o congelamento de motores e possibilidade de adotar o uso do conjunto motor-transmissão por quatro corridas, sem troca.

2010
– Adoção de sistemas que reaproveitem a energia desperdiçada em forma de calor para a propulsão dos carros.
– Adoção de sistemas que reutilizem a energia gerada pelos gases produzidos pelos sistemas de exaustão (escapamento) para a propulsão dos carros.
– Pacotes aerodinâmicos padronizados, total ou parcialmente (ou novas regras que estimulem pesquisas aerodinâmicas que tenham aplicação em carros de rua).
– Mantido o congelamento de motores e possibilidade de adotar o uso do conjunto motor-transmissão por quatro corridas, sem troca.

2011
– Possibilidade de adoção de novos motores para quatro corridas que incluem: turbo de alta eficiência; limite de fluxo de combustível; injeção direta; redução do tamanho dos motores para limitar seus giros a 15.000 rpm; biocombustível de uso livre, com limitação de fluxo máximo de energia em vez de fluxo de combustível.
– Chassis: maior redução ainda de pressão aerodinâmica; ênfase na performance dos carros em curvas desde que gerada por melhorias de chassis, suspensões e freios.
– Liberdade total para uso de sistemas eletrônicos que tornem o carro mais eficiente em termos de geração e aproveitamento de energia.
– Possibilidade de adoção de qualquer sistema eletrônico de ajuda aos pilotos (controle de tração, câmbio automático, etc.).
– Restrições de uso de novos materiais, para que eles sejam cada vez mais compatíveis com o que é aplicado em carros de rua.

2012
– Novo motor, aquele que tiver sido escolhido para 2011.
– Discussão de novas tecnologias a partir do princípio de que todas elas possam ser comercializadas entre as equipes e que sistemas relevantes estejam disponíveis para venda por preços razoáveis.

Como se vê, a preocupação da FIA é fazer com que a F-1 volte a servir como laboratório para a indústria automobilística. E que lidere as pesquisas sobre reaproveitamento de energia e uso de novos combustíveis.

Veremos uma F-1 bem diferente nos anos que vêm por aí.

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Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Bem, só complementando, acho que devemos limitar a tecnologia para o patamar possível de ser absorvido pela indústria.
Assim equilibramos as balanças, certo?

sp
sp
17 anos atrás

compreendo e respeito seu ponto de vista, mas, não pense que os gastos da f1 estão ficando incontroláveis perante os lucros atuais. Para citar os dois exemplos mais recentes e conhecidos, o Paul Stodart (ex proprietário e vendedor da Minardi para a Red Bull, sendo a atual Toro Rosso) criticava tanto essa questão na f1 só que, na primeira oportunidade que teve para voltar (naquele Big Brother de equipes que a FIA promoveu para escolher a Prodrive) ele não titubeou e ficou chorando porque não conseguiu voltar. O outro recem aposentado é o peter Sauber, que, como o próprio Galvão vive dizendo, esta pescando sei lá aonde com sua “pequena” fortuna. Ora, esses exemplos tratam-se de duas extintas equipes sofríveis e, como se ve, seua donos não viraram flanelinha ou dependentes do INSS… O problema é que os “gestores” da f1(no sentido mais amplo da palavra, incluido até os donos de equipe) não tem visão do que ela pode gerar até com poucos recursos, e assim, preferem diminuir gastos para aumentarem seus lucros do que aumentarem a rentabilidade do que produzem, ou ainda, ganharem menos para fazerem um espetáculo digno da história dessa competição.

Quanto ao desenvolvimento de tecnologia, este é um ponto delicado. O primeiro salto tecnológico na f1 ocorreu no início da década de 70 ( se comparamos um carro de 1950 com um de 1967 vemos que as diferenças foram mínimas, porém se comparamos um de 1967 com um de 1975, não existem, praticamente, semelhança nenhuma), já pensou se naquela época pensassem ja estivessem com essa idéia de limitar o desenvolvimento tecnologico e cortar gastos?? Em qualquer livro sobre a história da industria automobilistica, quando dos primeiros veículos, que andavam a cerca de 15km/h, existem relatos de que as pessoas achavam essa velocidade incrível. Da mesma forma, quando os primeiros computadores modernos foram criados, a potência de um micro atual seria um valor absurdo (basta procurar um pouquinho que é possivel achar relatos de cientístas da época dizendo que não seriam necessários mais do que dois ou três computadores no mundo – previsão que, mesmo tendo sido feita por cientistas, vemos hoje que foi muito precipitada..).
Assim, essa idéia de limitar o desenvolvimento tecnológico é um ponto muito delicado, com o qual, pessoalmente, não concordo, pois, além da beleza do esporte, acredito que ele deva servir para alguma coisa também (se a intenção fosse apenas melhorar a beleza da f1, bastaria pegarmos um carro do início da década de 80, adaptarmos ele às condições de segurança atuais e correr com ele para sempre – seria espetáculo garantido!). A questão, talvez não seja limitar tecnologia, mas sim, procurá-la de forma organizada e com recursos compatíveis. Para citar um exemplo, temos a Renault, que mesmo com um orçamento muito inferior à da maclaren, ferrari, (red-bull+torro rosso), honda e toyota, e muito semelhante ao da williams, é a atual bicampeã, de pilotos e de contrutores.
Limitar tecnologia é voltar no tempo e queimar gasolina a toa.

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

OK, chegamos num problema elementar aí.
A F1 está super valorizada. Gasta-se nela mais do que ela vale. O Sr. Ecclestone soube, como velho matreiro, valorizar tão bem todos os negócios da F1 que hoje se gasta muito mais nela do que ela é capaz de gerar de riquezas em termos de publicidade e produção tecnológica.
Isso é um fato, e apesar de poucos assumirem, tão poucos negam.

Portanto, é fato que a F1 vive numa constante crise: Os negócios nela envolvidos são muitas vezes mais valorizados nas mesas de negociação do que são em realidade capazes de prover. Os times, portanto, sempre terão que lutar por patrocínios que nunca proveram com satisfação os custos de uma temporada. Assim, fica no compartilhamento tecnológico o resto do custo. Mas a cada ano isso também já não basta.
Fica o custo todo então enquadrado em futuras espectativas. Só isso pode justificar o que uma Honda ou uma Toyota gastam na categoria. Imaginam que um dia isso pode se voltar a favor deles.

Mas a solução para o problema, todos concordam, passa pela redução de custo. E considerando a absurda eficiência dos melhores times da F1, para se cortar custos vai ter que mexer na tecnologia produzida.
Isso faz com que tudo aquilo que não passa pelo brilhante trabalho de poucos, e sim por custos de desenvolvimento ridículos acabe sendo podado ou até mesmo definitivamente cortado.

Lógico, que a solução para a F1 passaria primordialmente pela sua correta reposição ao seu nível de valorização. Vamos parar de fingir que a F1 pode render mais com audiência do que rende hoje em dia. Com ou sem Schumacher vencendo todas, com ou sem ultrapassagens a F1 não vai melhorar nem piorar sua audiência televisiva atual. E as vendas de ingressos em autódromos, que está em baixa e pode melhorar, significa muito pouco em porcentagem de renda, e só é usada pelo Sr Ecclestone e pelo Sr Mosley como boi de piranha para ninguém olhar para as fatias que realmente importam.

Ainda tem jornalista que fala da audiência americana, como se fosse um sonho para os investidores na F1… Pura balela, já que as corridas da NASCAR que mais tem audiência são ridículas se comparadas com a audiência européia em corridas chatas como Hungaroring. Americanos, de fato, não gostam de automobilismo, e duvido que isso podessa ser mudado por mais ultrapassagens na F1.

Mas, a conclusão que tiramos é que para a F1 parar de ser assunto político e se transformar num esporte respeitado de verdade, com administração e custos dentro de patamares realísticos, vai ter que abandonar muito dos desenvolvimentos caríssimos que ainda têm.

Isso faz nescessário que motores não trabalhem em rotações 3 vezes maior do que seria a realidade de um motor de rua, pois isso o torna tão diverso que pouco de sua tecnologia fica aproveitável;
Isso faz com que empresas se juntem para compartilhar chassis, pois chassis exclusivos para cada time não ajuda o esporte e custa uma fortuna para todos;
Isso faz com que os sistemas eletrônico dos carros não possuam centenas de sensores, pois carros de rua sempre terão poucos sensores, por serem caros, e seria bom se a F1 servisse para desenvolver sistemas interessantes de controle de segurança com pouquíssimos sensores;
A telemetria terá que ter seus dados limitados, pois quando se produz 4GB de dados por volta, o custo em termos de estrutura para análise desses 4GB ficam muito grandes;
A AERODINÂMICA terá que ser estúpidamente limitada, ficando em passos como ondulações leves, não em refinadas aletas para todos os lados, pois isso não serve para nada além de um F1, e depois de 6 meses, nem para um F1 serve mais, é desenvolvimento nulo. Que se concentrem em desenhos de asas estáveis e corpos de baixo arrasto, para que um bom engenheiro possa testar um carro com apenas algumas horas num túnel de vento, retirando a obrigatoriedade dos times de topo de terem dois túneis de vento funcionando 24 horas por dia, durante o ano todo. É um gasto que todo o sistema aeronáutico mundial pode dispensar, sem dúvida.

Espero que tenha mostrado melhor meu ponto de vista.

sp
sp
17 anos atrás

nao expresso aqui minha opinião (a qual poderia ser, naturalmente, contestada), mas, falo com conhecimento de causa.
1º) qualquer segredo na f1 é revelado a quem deseja bancar sua revelação;
2º) as vinhetas de 30s sobre tunel de vento existirão sim, basta esperar o mes de janeiro e assistir os “bárbaros” flashes diários antes do Globo esporte – em algum dia mostrarao um tunel de vento para que o publico brasileiro se torne “expert” no assunto.
3º) a asa de um caça e de um f1, mesmo muy distintas, devem satisfazer a um mesmo conjunto de exigencias para que elas, simplesmente, não comecem a “vibrar” e se quebrem (tal fenomeno chama-se estabilidade aerodinamica e foi responsável por derrubar uma série de aviões chamados Electras, cujas asas simplesmente se desprendiam do casco em zonas de baixa pressão).
4º) quanto às exigencias citadas em (3º), as equações que modelam o transporte de ar, (ou melhor, fluido com número Reynolds alto, ou ainda, com viscosidade baixa, como preferir) são as mesmas, independentes da estrutura em questão (só mudam as condições iniciais da equação diferencial parcial) (veja do que se tratam as equações de Euler e, para um modelo mais clomplexo, as de Navier-Stokes, que sao usadas para simulações do comportamento aerodinamico sob alta umidade, isto é, quando chove). Apesar disso, a solução dessas só pode ser efetuada computacionalmente, sendo um tunel de vento da f1 muito util, para saber se um esquema numérico para a solução é conveniente, de forma que ele possa ser utilizado na industria da aviação. ( o teste em um avião logo de cara não é bom, pois, alguem tera que pilota-lo, e se algum calculo foi efetuado de modo errado, quem estiver pilotando o experimento não vai ficar nada feliz …..)
5º) que o desenvolvimento na aeronautica poderia ser efetuado sem o compartilhamento (via $$$) de informações das simulações em tuneis de ventos da f1 (os quais, reafirmo, com conhecimento de causa, serem identicos, exceto pela dimensão), é evidente. Mas, não é interessante que a f1 seja utilizada para a pesquisa de algo util para a sociedade e util para ela mesma??
6º) o gasto em nenhuma tecnologia usada na f1 em toda história nunca superou o lucro que seus desenvolvedores ESPERAVAM obter com elas. O termo “corte de gastos” que escutamos muitas vezes deve ser entendido, para evitar equivocos, como “aumento de lucros”.
7º) Sugestão para o final de semana: pesquise (aviso desde já que não achara nada na internet) a parceria que existe entre a Maclaren-Mercedes e a Fly-Emirates ( a qual vai bem além de um mero patrocínio).

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Desculpe insistir, mas os túneis de vento, além de serem construídos e bolados exclusivamente para a F1, são cercados de tremendos segredos.
Não existem vinhetas de 30 segundos na TV, nenhuma câmera chega nem perto de 1km de um túnel de vento de um top team.

Claro que existem evoluções aproveitadas pela aeronáutica, isso é inegável, mas qual o custo disso? Se a própria aeronáutica evoluísse sozinha, certamente que gastaria menos de 1% do que a F1 gasta para atingir os mesmos resultados úteis.
A gigantesca maioria do material produzido só serve à F1 e nela morre.
Supor, seja por qualquer motivo, que qualquer coisa nesse planeta possa produzir material inútil, ao custo de centenas de milhões é absurdo.
Como eu já disse, é melhor que não torrem essa grana alí e gastem em coisas mais úteis para a humanidade.

Na F1, se existe o objetivo de criar uma categoria sustentável (o que não acontece hoje), só se poderá gastar fortunas em tecnologias que teriam o mesmo custo se fossem desenvolvidas em laboratório pela indústria. Qualquer coisa mais cara, cedo ou tarde terá que ser cortada. Pra que adiar?

sp
sp
17 anos atrás

para quem nao sabe como é e funciona um tunel de vento (apenas através das grandes explicações que passam na televisão em reportagens de 30 segundos), a estrutura fisica e os modelos matemáticos que nele são verificados são IDENTICOS (exceto, é claro, pela dimensão) tanto na industria aeronautica como na confecção dos monopostos, Sendo a troca de informação entre esses dois campos o mais intenso que ocorre atualmente na categoria.

se o problema da formula1 é falta de espetaculo, a solução não é a redução de tecnologia em si, mas sim, a mudança de foco das equipes, pois, muitas delas estao la hoje muito mais para divulgar uma marca do que para a dedicação ao automobilismo em si.
quais serao, certamente, as equipes que não nos deixarao surpresos se conseguirem bons resultados em 2007: ferrari, maclaren e wiliams.
Toyota e honda (que so ganhou aquele gp esse ano pq todo mundo caiu fora, sendo um merito maior do button do que da ecuderia) são duas cachoeiras de dinheiro pessimamente empregadas; RBR, STR e a ex-Jordan só servem pra fazer publicidade. Já a renault: quando perder o primeiro campeonato ela desaparece, conforme ja foi deixado muito claro diversas vezes por seus cartolas.

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Os túneis de vento da F1 não servem para nada além de projetar F1, devido a especificidade dos projetos.
Lógico que há muito desenvolvimento nos métodos técnicos e nos sistema de informática, mas esse desenvolvimento surgiriam em qualquer outra área que fosse investida a fortuna que investem. Portanto, se gastarem o mesmo dinheiro em tecnologias diretamente úteis para a indústria, e não em desenvolvimentos aerodinâmicos que estarão obsoletos em seis meses, estarão economizando dinheiro.

A F1 sempre vai gerar tecnologia útil, o que devemos analisar é a relação entre custo e benefício desses desenvolvimentos.

Se não querem isso, acham que a F1 deve continuar desenvolvendo tecnologias exclusivas e próprias, que então proibamos patrocínio na F1 e vamos convencer essas empresas a gastar essa fortuna que está na F1 para produção de medicamentos em países pobres, o que é bem melhor.

Kiko Malzoni
Kiko Malzoni
17 anos atrás

desculpe comentei no lugar errado

Kiko Malzoni
Kiko Malzoni
17 anos atrás

Flavio : valeu, sera de grande ajuda na restauração.Abs. Kiko

sp
sp
17 anos atrás

poxa, falar que o desenvolvimento aerodinamico desenvolvido na f1 nao serve pra nada é brincadeira. talvez nao seja util no automobilismo em si, mas os tuneis de ventos das equipes de f1 em muito se assemelham aos da industria aeronautica, bem como as simulações que são realizadas em computador. nao só para a f1, mas para outras areas (igualmente lucrativas) o desenvolvimento efetuado na aerodinamica da f1 é importante sim (eu diria até que a unica parte da f1 atual que é bem utilizada pela industria como laboratorio é a parte aerodinamica).

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Muita coisa boa poderia ser feita na F1, mas não acredito que farão.
Isso de aproveitar o máximo a tecnologia para desenvolver a indústria é ótimo, pois organiza alguns problemas. Se uma montadora puder ter retorno tecnológico na F1, vai mandar grana pra lá, pois isso economiza em laboratórios obrigatórios. Multiplica o valor do investimento.

Aerodinâmica, por exemplo, é grana jogada no ralo. Tudo que se desenvolve nessa área pouco valor dá para qualquer coisa no planeta, incluindo o próprio futuro da categoria. E é uma das coisas mais caras para um top team.
Portanto, tudo que fizerem para limitar o gasto com aerodinâmica eu aprovo, e dane-se os que veem com esses papos de “ah, mas era divertido”, pois a aerodinamica já deixou de ser um mistérios passível de novas geniosas invenções a mais de uma década na F1. Só tem caríssimo desenvolvimento lento.

A eletrônica deve finalmente ser tratada com respeito. Absolutamente ninguém do corpo técnico da FIA parece enteder nada de eletrônica, e nenhuma limitação de hardware jamais foi feita, estão pulando para a padronização, coisa que não fará nada bem para a categoria.
Muita coisa está errada. O carro tem centenas de sensores, dezenas de processadores de qualquer tamanho, milhares de fios, e descarrega 5 GB de dados para cada volta, dados que custarão uma fortuna para serem analisados…

Pô, se limita os sensores para uma meia dúzia, se limita o número de chips, placas e processadores, e o número de fios, automaticamente se reduz milhões no gasto disso para os times, e trás de volta o esforço do bom time para acertar tudo, além do interesse da indústria de harware de computação na categoria como laboratório.

Mas, para um corpo técnico que se bateu tanto para resolver o problema simples dos pneus super rápidos, acho que essas soluções óbias são impossíveis.

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
17 anos atrás

Como que o mesmo povo que proibe troca de pneus, depois libera à vontade, depois expulsa uma multinacional que injetava fortunas, como que esse mesmo pessoal vai ser capaz de tornar as regras melhores no futuro?

A Resposta e óbvia, não vão mudar %!$&#nenhuma mesmo. Vão mudar as regras, mas manter o mesmo jogo político que dá tanta grana para tanta gente.

Adrian Newey
Adrian Newey
17 anos atrás

Gostei: turbo, motores para 4 corridas. Não gostei: aerodinâmica padronizada , liberação da ajuda eletrônica. No geral, o saldo é negativo. Ainda bem que nada disso vai pegar…

Felipe Maciel
Felipe Maciel
17 anos atrás

2009 promete…

Thiago Azevedo
Thiago Azevedo
17 anos atrás

Eles estão se lixando para o esporte.
Para equlibrar o campeonato, acho que a Fia vai continuar fazendo o de sempre: se uma cara estiver despontando demais é só dar umas punidinhas e assegurar a decisão do campeonato para a última prova.

Gustavo
Gustavo
17 anos atrás

hehehe, boa sp! sabes tudo!

Gustavo
Gustavo
17 anos atrás

e so aumentar o peso minimo dos carros e fazer o aerofolio traseiro partido e as oisas ja iam melhorar e muito.

sp
sp
17 anos atrás

é mesmo!! a bateria do carro nao descarrega por causa da energia eólica, a qual gera calor pelo atrito do carro com o ar, e, em alguns modelos, até pela energia solar !!!

Alexandre Ozorio
Alexandre Ozorio
17 anos atrás

O difícil é conciliar tecnologia e competitividade. Se liberarem geral, em dois anos não existirá mais ultrapassagens; se restringirem, a fórmula 1 perde o seu “encanto” de laboratório. O que fazer??? Ir para Viamão (RS) ver as 12horas de Tarumã!!! Lá tem tecnologia e competividade. O Max Mosley e a GPMA estão convidadas a ver um exemplo de automobilismo!!!

Zé Clemente
Zé Clemente
17 anos atrás

Opiniões são opiniões

Muito bla bla bla sobre motor, giro, combustivel, etc., e da parte esportiva mesmo nada.
Afinal automobilismo é esporte ou não??? Se é esporte, essa caracteristica precisa prevalecer sempre.

Se há um lugar onde os automoveis se desenvolveram para chegarem no que são hoje, foi dentro da propria montadora.
Do jeito que a FIA propõe essas regras, parece que estão querendo criar carro-conceito de corrida. E quem faz isso muito bem são as universidades.

Alem disso nas montadoras as pesquisas visam produções de milhares ou milhões. Na F1 por mais que queiram essas soluções serão aproveitáveis em pequena escala.

Acho mesmo que isso tudo parece mesmo marketing para manter as montadoras ligadas financeiramente à F1 associando excelencias tecnologicas, que nao são necessariamente industriais, às suas marcas.

Gustavo
Gustavo
17 anos atrás

É bom deixar claro que o fato de a bateria não se descarregar não se deve ao aproveitamento da energia cinética do carro.

Zuquim
Zuquim
17 anos atrás

Putz!
turbo de alta eficiência?
biocombustível de uso livre?
SOS, Comendador Ceregatti.

Benê Farias
Benê Farias
17 anos atrás

Com certeza muito disso não irá vingar. Há muitos tópicos visando uma F1 ecologicamente correta, como combustível alternativo e reaproveitamento de energia. Isso tudo cheira a bla-bla-bla para evitar protestos dos “malas” do greenpeace.

A única coisa que prestou mesmo é a redução dos apêndices aerodinâmicos. E falando no assunto… aquela coisa feia das asas bipartidas foram esquecidas?

[]’s

sp
sp
17 anos atrás

que a energia cinética pode virar energia elétrica isso não é novidade para ninguem (oras, como que funciona uma usina hidrelétrica ou porque será que a bateria do carro quase nunca descarrega??) só que não é a utilização de energia elétrica que a fia ta propondo (ver dois primeiros itens do ano 2010).
mas a utilização de energia eletrica até que nao é má: poderia ser criada a fórmula trólebus!!!

Gustavo
Gustavo
17 anos atrás

A energia cinética, hoje desperdiçada na frenagem, pode ser aproveitada sim, sendo transformada em energia elétrica. Aí é só escolher o que fazer com ela. Quanto à energia térmica do motor, não faço idéia.

Engate
Engate
17 anos atrás

Acho que essa “robotização” da F1 vai abrir espaço pra uma nova categoria que privilegie o piloto. Talvez a GP2. Vai ter muito piloto bom lá.

Maurice
Maurice
17 anos atrás

Desta maneira, não sei se a F1 chega a 2012.
Desenvolvimento para carros de rua através da F1? Tá, alguns ítens são possíveis, outros , nada a ver.
Estou cansando.

The Peruvian
The Peruvian
17 anos atrás

isso de reaproveitamento não tem a ver com os famosos carros híbridos?? que reaproveitam a energia cinética?

Ronald
Ronald
17 anos atrás

Nunca vi tanta besteira num lugar só…
Tudo bem restringir um pouco as coisas pra equilibrar, pra tornar mais competitivo, mas transformar a categoria máxima do automobilismo em loja de perfumaria é demais… Deixa neguinho gastar o que quiser, e o negócio é motor, câmbio e muita “GASOLINA” que é do que a gente gosta!

reginaldo
reginaldo
17 anos atrás

Sei. Me engana que eu gosto. Se menos da metade do que estão propondo, vingar, tirando a sandice de aproveitamento de energias (bem esclarecido pelo SP aí de baixo), fico me perguntando se “discussão de novas tecnologias a partir do principio de que possam ser comercializadas entre as equipes, etc.”.. -em 2012) implica tb na cessão daquela pecinha que fica entre o volante e o banco. Putz, cada vez mais tá perdendo a graça…Só vai aparecer especialista em play station com dedos ágeis. (até parece que as grandes vão ceder suas descobertas e segredos, que devem custar os tubos em pesquisa, a preços razoáveis… )

Filipe W
Filipe W
17 anos atrás

deixa ver se eu entendi !

eles querem promover o desenvolvimento tecnológico relevante, atraves da descaracterização e retirada justamente da tecnologia da categoria que era para ser o ápice do desenvolvimento tecnológico transformando-a numa nascar ?

sei não algo não está batendo.

sp
sp
17 anos atrás

to pagando pra ver como eles vao reaproveitar a energia dissipada nas freadas e no aquecimento do motor: se eles conseguirem fazer isso que estao dizendo, vao ganhar premio nobel em fisica, pois, vao transformar “combustivel em fumaça” e “fumaça em combustivel”, ou seja, basta encher o tanque que a energia do combustivel será transformada e utilizada eternamente…
Sei que exagerei nesse exemplo, mas, qualquer um que sabe um pouco de termodinamica sabe que, fora a potencia útil criada pelos motores, toda forma de energia dissipada (nas freadas e em qualquer tipo de aquecimento da queima de combustivel) NÂO PODE SER APROVEITADO sem a participação de um segundo tipo de “motor”, o qual precisaria de outro combustivel e tambem dissiparia energia no utopico processo de aproveitamento da energia dissipada. Resumindo tudo isso: muita balela e jogada de marketing da FIA em algo impossivel nos dias de hoje.

bruno mantovani
bruno mantovani
17 anos atrás

besteiras e mais besteiras…..duvido q 50% do q tem de idéia da FIA vingue….

na minha opinião era só aumentar o peso do carro em 50%….passar de 600 pra 900kgs…..assim as freiadas ficariam mais longas, a velocidade em curva iria diminuir, os pneus teriam extruturas diferentes e mais resistentes, gerando menos grip…..e por ai vai…..só aumentaria a competetividade.

Gustavo Castro
Gustavo Castro
17 anos atrás

Ainda não formei opinião por essa bagaça, mas não gostei dessa história de motor turbo, como dizia um piloto na época do turbo em 1980, esses motores não roncam, pipocam.

Marçal, o blogueiro
Marçal, o blogueiro
17 anos atrás

Entendo pouco de mecânica…Não é minha praia, mas a alteração de 2010 não é o bom e velho turbo?