Anchieta, 60 anos
SÃO PAULO (curvas) – A Via Anchieta, tão cara a nós, paulistanos, o caminho que leva à praia, completa 60 anos agora, em abril. O Blogueir Bruno Loturco, jornalista da “Téchne”, uma revista especializada em construção civil, lembra a data e também o pior acidente da história da estrada, em junho de 1977. Um engavetamento-monstro que matou 15 pessoas e teve 3 km de extensão.
O material, retirado da extinta “Cidade de Santos”, é farto em detalhes e uma curiosa viagem no tempo. Um mega-acidente, que matou 15 pessoas, e chocou SP.
Só num ônibus que despencou numa ribanceira ontem no Ceará foram 11.
nossa não sabia q era tão perigoso ate meu namorado um dia decendo para cubatão ele medisse q iria pela imigrantes e eu disse para ele ir pela anchieta pq estava atrasada e ele não queria…quando um caminhou perdeu o controle e bateu em 8 carros inclusive o nosso,fikamos no hospital por 45 dias e hj depois de 8 anos nunca mais pisei la de novo.
Flávio Gomes,
Lembro-me bem deste jornal.
O jornal “Cidade de Santos” era editado pela Folha na Baixada Santista. E tinha o mesmo projeto gráfico dos jornais do grupo Folha. Este jornal fechou as portas no final da década de 80.
E o ônibus que aparece caído na beirada da rodovia na foto, é um Nimbus com chassi Cummins da Zefir que, naquela ocasião, fazia junto com a Ultra e o Rápido Brasil, as pontes rodoviárias São
Paulo-Santos-São Vicente e São Paulo-Santos-Ponta da Praia (de onde parte o ferry-boat para o Guarujá). A Zefir foi substituída pelo Expresso Brasileiro em 93, nestas duas rotas.
As luminárias novas da Via Anchieta vivem apagando. Sempre a trechos que estão as escuras e eu acho que a luminosidade esta menor.
EU VI O ACIDENTE…
Moro em São Bernardo e passo todos os dias pela Anchieta, que não deixou de ter seu charme mesmo sem as hortênsias azuis nas cabeceiras. A neblina, principalmente no trecho de interligação com a Imigrantes, pelos lados do Riacho Grande, continua terrível!
A propósito, as novas luminárias são ótimas, iluminam muito mais e são estilosas. As antigas devem estar com a Ecovias.
Abraços,
Loturco
Desculpem-me a pressa, de novo.
Faço esses comentários em meio a outras tarefas e dá nisso.
A palavra correta é ENXURRADA.
Mas estou melhorando, um dia eu chego lá, onde é, não sei, mas o Lula sempre diz que chegaremos…
Abraços.
Flavio, poe uma foto da via Anchieta recem-inaugurada que eu te mandei! Tem ate um busao sem janelas traseiras na foto! Mas lembro bem da noite anterior desse dia, realmente ocorreu algum fenomeno climatico que cobriu tudo com uma neblina densa que nao lembro de uma igual ate hoje. Na noite anterior (morando em SP!) lembro que sai com alguns colegas a noite, para dar uma andada pelo bairro (como sempre faziamos) e bater uma bolinha numa rua, naquele dia a coisa ficou ate mais engracada pelo fato de que nem no’s nos viamos, quanto mais os vizinhos que importunavamos com as brincadeiras.
Pois é Vitão, foi quase isso que você falou.
Na verdade eu percorri de moto por 3 vezes num período de 10 anos uma trilha que começa no bairro de Sto. Amaro em meio aos sítios e vai até o Guarujá.
Passa por Paranapiacaba e desce pelo meio do mato a Serra do Mar usando partes do Caminho do Ouro e passando por vários túneis e pontes da linha férrea.
Em alguns trechos, dependendo das chuvas da semana anterior, tivemos de usar cordas para descer as motos pelos barrancos em meio aos destroços da enchurrada.
Ao longo da descida sempre parávamos ao lado de quedas d`água para se refrescar e até tomar um banho.
Tudo isso começava às 4:00 hs da manhã e ia até o fim da tarde quando chegávamos ao Guarujá.
Sempre fui em um grupo grande de doidos, 10 a 15 motos, para maior segurança de todos e nunca houve um acidente sequer. Apenas na última vêz um dos meus amigos quis ir com uma XL-350, mesmo sendo alertado de que não era a moto ideal para esse tipo de trilha pois é pesada e dificil de fazer o motor funcionar quando quente, além de não ter partida elétrica.
Resumindo : a moto está lá até hoje abandonada no meio do mato no fundo de algum daqueles vales com o pedal de partida quebrado de tanto pedalar.
Enfim, a Serra do Mar tem para mim uma conotação muito bonita porque foi desde criança uma espécie de portal para o prazer pois sempre íamos à praia de Santos nas férias, lá subi pela Estrada Velha cambiando um carro pela primeira vêz na vida, lá tirei os maiores rachas da minha vida e lá tambem é para mim o melhor circúito do Brasil.
Tenho um apartamento em Santos na Ponta da Praia que estou reservando-o para quando me aposentar ir morar lá até a morte chegar.
Enquanto isso não acontece, ele é o meu motel à beira mar na linda e maravilhosa cidade de Santos.
Abraços.
VELOZ-HP: Onde você está korando hoje?
Morava no Bairro a beira da Anchieta nesse tempo e me lembro bem de acordar as 06:00h e não conseguir ver pela janela o portão de casa, sair pela rua para o colégio já perto das 07:00h e tudo estava branco, uma neblina densa que não se discipava as 08:00h não havia nenhum professor na escola e ouviamos ao longe o som de ambulâncias as 09:00h fomos eu e meus amigos a rua paralela a Anchieta e não viamos a pista somente o som dos Bombeiros as 10:00h a neblina se foi e vi um espetáculo tenebroso. Uma lembrança terrível dos meus então 13 anos.
Um velho amigo estava no ônibus indo trabalhar na Cosipa, quando começou o engavetamento, ele desceu e ficou no mato vendo os veículos batendo, disse que foi um horror.
Coisa de louco…
Eu passei por ali 15 minutos antes de começar a lambança. Na época eu tinha 15 anos, morava em Cubatão e estudava no Colégio Santa Cecília em Santos; na altura do Casqueiro olhando para fora do ônibus parecia que tinha uma cortina branca… não se via nada.
A Ecovias trocou as luminárias, óbvio que colocaram umas horrorosas, as antigas, eram belíssimas….. reunião de 4 quadrados pretos….. uma pena, se alguem souber onde elas foram sucateadas, me avise. Ab.
Lembro desse dia como se fosse hoje. Nunca mais saiu da minha cabeça a fisionomia preocupada de meu pai e de minha mãe na sala de casa, logo pela manhã, ouvindo pelo rádio a relação de mortos e feridos.
Dois meses depois, a revista Quatro Rodas publicou uma reportagem de seis ou oito páginas sobre esse acidente. Era assinada pelo repórter Marco Antônio Montandon, já falecido. Um trabalho de apuração excepcional, apresentado com um texto inacreditavelmente bem escrito: sóbrio, informativo, detalhado, humano. Infelizmente, hoje há muito pouco espaço para reportagens assim na imprensa brasileira.
Pandini,
Ficamos eternamente grato pelo elogio ao Jornalista Marco Antonio Montandon referente a reportagem do acidente na Via Anchieta em
junho/1977 pela revista Quatro Rodas quando foram vitimadas 15 –
pessoas.
Muito obrigado pela referência à ele.
João Eduardo Montandon-BH-MG-
Meu pai que é um especialista em guardar velharias, deve ter a revista Cruzeiro ou Fatos & Fotos com uma matéria sobre esse engavetamento.
Mas eu é que não vou fuçar naqueles troços cheios de pó, cocô de rato e cheirando a barata.
Er… tem propagadas do DKW e Candango no estilo anos 60, com aqueles desenhos das pessoas felizes, alegres e sorridentes também.
olha, esse jornal ja fechou faz muito tempo, isso é uma raridade. Trabalho no Jornal A Tribuna de Santos, vou atrás do jornal desse mesmo dia….
Adoro. Até hoje, faço questão de só descer e subir por ela, mesmo durante a semana, ou qdo tinha operação descida.
Apesar do perigo de dar de cara com um caminhão ultrapassando, qdo se vinha embalado, ainda achava menos perigoso do que cruzar certos imbecis na Imigrantes.
Fora que, não sei se pela impressão de subir e descer sempre “deitando o cabelo”, sempre me pareceu um caminho mais curto que pela Imigrantes.
Sim, claro, arrumado.
Olá,
Engarrafamento ? Não é engavetamento não ?
[ ]´s
Se não me engano, o VHP tentou fazer cross não autorizado na serra do mar e ficou pendurado numa árvore por 3 dias, até que a equipe de socorro o localizou e resgatou.
FG, o teu blog tá pingando tanto sangue hoje que providenciei um baldinho para colocar embaixo da tela.