Marmelada, 5
SÃO PAULO (bem lembrado) – Há exatos cinco anos, alerta o sempre atento blogueiro Aliandro Miranda, marmelava-se em Zeltweg. No dia 12 de maio de 2002, a Ferrari armou a maior presepada da história da F-1. Na Globo, Cleber Machado realizou narração histórica, demonstrando toda sua indignação com serenidade e sem histeria.
Minha coluna daquela semana está aqui, para um exercício de arqueologia opinativa.
Entrou para a História da Fórmula 1.
Em 2001, Rubens Barrichello recebeu ordem de equipe pelo rádio, e cedeu a 2. posição para Michael Schumacher, já que o brasileiro não conseguiu ultrapassar o escocês David Coulthard da McLaren, o vencedor da corrida. Se Barrichello ultrapassasse o escocês, derrubaria o rótulo de só vencer com o alemão fora da porva.
Em 2002, a Ferrari não deveria mandar Barrichello trocar a posição com Schumacher. O brasileiro dominou todos os treinos e a corrida.
O duro é o piloto ter que cumprir a ordem e trocar a posição.
O narrador Cléber Machado não conseguiu encaixar nenhuma conclusão após a Bandeirada de Chegada.
Em 12 de Maio de 1991, Ayrton Senna vencia pela 4. vez o Grande Prêmio de Mônaco. Uma corrida perfeita: pole, e de ponta a ponta. Era a 3. vitória consecutiva do brasileiro pela McLaren.
A grande atração da corrida foi a extraordinária ultrapassagem de Nigel Mansell com a Williams em cima de Alain Prost da Ferrari na saída do túnel, antes da Chicane.
Tempos Felizes o Campeonato de 1991.
O motorista ideal para o Papa-Móvel é o Rubens Barrichello
– finalmente ele poderia andar na frente do alemão, dirigindo devagar e com os brasileiros aplaudindo!
Xiiiiii, o cara é estrelinha!!!
Você escrevia:
“Segunda-feira à noite, no avião, eu não estava nem um pouco disposto”
Até ai, quase tudo bem, mas…
” como nunca estou, ”
Você nunca pareceu ser tão estrelinha assim. Fala para mim que você não é!!!! Caso contrário vou queimar tudo que é DKW pela frente.
Abraços.
MARCOS COSTA
O culpado de toda essa polêmica é o Sr. RUBENS BARRICHELLO! E a Ferrari deveria mandá-lo embora no dia seguinte por desobediência e expor a equipe ao ridículo. Se ele assinou um contrato que previa isso, deveria ter cumprido. Deveria ter deixado passar umas três voltas antes, quando recebeu a ordem. E não ficar ensebando e frear na chegada.
Jogo de equipe sempre existiu na F1 e nunca houve polêmica. Principalmente quando um piloto é claramente superior ao outro. Mika Salo deixou Irvine ganhar na Alemanha em 99. Schumacher deixou Irvine ganhar na Malasia em 99. Coulthard deixou Hakkinen ganhar na Australia em 98 (com a desculpa esfarrapada de que a equipe tinha prejudicado Hakkinen numa parada). A Williams mandou Patrese deixar Mansell passar na França em 92. François Cevert deixou Jackie Stewart passá-lo várias vezes, como Irvine também fez com Schumacher em algumas corridas. Ronnie Peuterson deixou Emerson passar na Austria em 73 e ainda fez sinal com MÃOZINHA do mesmo modo que Senna fez, deixando Berger passar no Gp. da Espanha em 91. Depois Petterson não recebeu ordem para deixar Emerson passar em Monza e a imprensa brasileira achou ruim.
Quando uma equipe tem equipamento muito superior e dois pilotos mais ou menos do mesmo nível, disputando o campeonato, deixa os pilotos brigarem à vontade como a Mclaren em 88 e 89 e a Williams em 87 e fica com o campeão e o vice.
Pilotos de “segunda categoria” (comparando com os grandes campeões claro) geralmente não cumprem as ordens da equipe nesse sentido:
Carlos Reuteman não deixou Jones vencer o Gp do Brasil em 81 e posteriormente foi sacaneado na disputa do título.
Renée Arnoux não deixou Prost vencer o Gp. da França em 82 e teve de deixar a equipe depois.
Ralf Schumacher recebeu ordem para deixar Montoya passá-lo na Inglaterra em 2001, pois o colombiano iria parar 2 vezes e estava mais rápido. Mas o cretino do alemão ignorou as ordens da equipe.
Barrichello deixou, mas ficou com raivinha e fez de forma ostensiva depois da equipe insistir muito pelo rádio.
Nenhum desses pilotos conseguiu nada além de algumas vitórias depois de disso e com certeza as equipes devem ter ficado de pé atrás.
Talvez porque não estavam acostumados a vencer, e quando tinham a chance, não queriam perder de jeito nenhum!
Pra mim, o Bubinho* acabou aí.
( *Sempre gosto de citar essa história. Num erro de digitação, certa vez o jornal Diário do Grande ABC na versão on line retratou o nome do piloto como Bubinho; aliás, tudo a ver. )
O q aconteceu com o garoto citado tbém aconteceu com meu filho, de outra forma. Ele acordava cedo e acompanhava as corridas comigo. Barrichello na Ferrari prometia mto. Qdo Barrichello foi ultrapassado ele ficou me perguntando: porque ele deixou passar? Com um sorriso amarelo dei a explicação lógica: o alemão é o piloto número 1, as normas do contrato favorecem ao primeiro piloto e por aí vai. Ele aceitou calado, mas nunca mais acordou cedo para acompanhar uma corrida comigo.
Foi uma coluna fantástica sobre um acontecimento ridículo…
Rubinho inho inho não é piloto, e essa sua coluna tá uma patriotada sem tamanha… Pára com isso FG…
Esse Jairo Alvarenga está brincando, não está? Se não está não entende nada de Fórmula 1. Realmente o que a Ferrari fez na Áustria foi muito feio, mas o Schumacher não concordou. Só pra lembrar: Ele devolveu a “gentileza” em Indianápolis.
fg, tens ainda o link das 150 linhas, já que dissestes tê-lo jogado na rede? acho que o mau humor habitual somado a m.e.r.d.a ferrariana deve ter dado azo a texto interessante, que com certeza vários de nós gostariamos de ler…
Gomes: uma sugestão.
Ao invés de espinafrar o blogueiro, abre a pauta do assunto: tem ciúme? Como se sabe?
O “partido” do jornalista é o da informação e não o partido-do-outro-jornalista.
Por falar em informaçâo e ciúme, alguém sabe o que o vaiado alemão falou ao Rubens, ainda de capacete, ouvindo com seu irmão os apupos da torcida?
Não parece ser um ‘obrigado’, mas sim um ‘desculpe’.
Na verdade o que o rubinho fez foi dar uma tapa de luva de pelica. A vitoria era dele e Schumacher só ganhou porque ele deixou. Se alguem foi humilhado nessa corrida esse alguem foi Michael Schumacher e ele se sentiu assim no podium ficou lá com cara de babaka se perguntando o que ele estava fazendo no alto do podium.
1) Seixas não foi excluído de nada, que história é essa? Ele assumiu novas funções no jornal; 2) Se ele escreveu, é porque tem a informação. Alguns de vocês precisam perder a mania de achar que sempre sabem mais que os jornalistas. Posso dizer sem medo de errar: o leitor sabe menos que o jornalista. Fosse o contrário, estaria no nosso lugar; 3) Sim, defendo meus colegas. Mas sem corporativismo. Não aguento é essa presunção de afirmar que fulano inventou, ou mentiu. Um pouco de respeito vai bem. Com essa história de blog, note, é uma penca de leitor desrespeitando jornalista. Nós não fazemos o mesmo com os leitores. Seria de bom tom que esse comportamento tivesse mão-dupla. Se acha que a informação não procede, baseado na sua incrível intuição, simplesmente não leia. Mas não desqualifique o trabalho dos outros.
Flavio ja que voce e amigo do Fabio Seixas,diz pra ele parar de inventar coisas e amigos com identidade secreta.Falar que o Nelson Angelo Piquet invejou a vitoria de Bruno Senna na GP2 e que recebeu o mail de um amigo italiano que estava dentro da sala de imprensa beira o cumulo do ridiculo.O cara ja foi excluido de cobrir a F1 por viver inventando noticias.Ja nao basta a Globo pra criar inimizades entre pilotos?Ou sera que o cara pensa que somos todos nos leitores apenas alienados que tudo lemos e tudo vremos?Um abraco e parabens pelas colunas sempre francas e sem invencoes!
os Titulos que shumacher ganhou na ferrari, ele deve agradecer ao barrichello, era o Barrica que arrumava os carros pra ele.esse schumacher é pura fantasia, dá uma Renault de hoje para ver se ele ganhava alguma coisa…
Algum dia ainda irei entender o motivo de MICHAEL SCHUMACHER ter aceito isso tudo …
Uma das maiores vergonhas da história da F1. Uma imensa mancha negra no excelente currículo do Schumacher. Um dos símbolos de uma F1 muuuito chata e que não demonstrava qualquer vergonha de externar a total falta de escrúpulos.
Essa foto – e em especial o expressão facial de Michael Schumacher – bem demonstra o que estava acontecendo.
Tempos que – tomara Deus – não voltarão mais.
Minha leitura da foto:
Montoya: Que vontade de ir ao banheiro…
Rubinho: Eu sou uma titica, um %!@$&@#..
Schumacher: Fizemos uma baita m…!!
Boa Tarde, Flavio.
O Rubens tinha, no mínimo, toda a ultima volta para obedecer a “ordem dos boxes”. Ao fazê-lo à poucos metros da linha de chegada, ficou claro para mim que , com clausula no contrato ou não, ameaças por rádio e sabe- se mais o que deve ter acontecido, ele deve ter pensado:
“Querem me ferrar? Então ferramo-nos todos ao vivo em cores para todo o mundo”. Ao passar pela linha de chegada, o Rubens mostrou que dentro do possível, do permitido , e obedecendo ao contrato assinado ele desmascarou a hipocrisia da F1.
Pensem bem, ali a poucos metros da linha de chegada, Rubens Barrichello mostrou a F1 que era de bastidores de uma forma muito clara:
Com as calças arriadas e de bunda de fora.
Para mim, um momento de “puro Piquet” em alguém que sempre foi muito babão pro meu gosto.
Olha, pode até não se recriminar jogo de equipe, realmente concordo que muitas vezes é até natural. Só que há formas e há formas de se fazer isso. Afinal, para as empresas, existe uma coisa imaterial que vale muito mais do que milhões, estratégias, planos de vitórias e tudo o mais: sua imagem. Existem empresas (e isso vale para a Ferrari, afinal, mais que uma equipe, é uma empresa) que lutam anos a fio para construir uma imagem límpida perante as pessoas, sejam clientes, fornecedores etc.
Esse episódio da Áustria deixou bem claro o quanto uma boa imagem construída em décadas pode ser atirada ao lixo em segundos. Foi uma das maiores cafagestadas que já vi no esporte. Foi de uma delicadeza t %!@$&@#de elefante em loja de cristal. Que se tivesse jogo de equipe para ajudar o Schumacher tudo bem, mas a forma foi escrota demais, passou quilômetros do bom senso. Campeonatos são ganhos e são perdidos. Se os quatro pontos fizessem falta no final para o alemão, foi porque em outras corridas não foram competentes no trabalho, não seria uma singela vitória merecida do Rubinho que causaria isso. Foi uma cafagestada por conta de reações como a da criança relatada pelo FG e por aquilo que deve ter sentido a mãe do Rubinho vendo aquilo no seu dia. Como escrevi no meu blog, uma grande vitória do Rubinho foi surrupiada na mão grande pela Ferrari a metros da linha de chegada. Parecia até que o chefe de equipe não era o Jean Todt, mas o Javier Castrilli. O mesmo que, a minutos do fim, assaltou minha Portuguesa da chance de ir à final do Paulista de 4 anos antes desse dia.
Não sei, mas talvez alguma coisa tenha mudado. Pelo menos, sabe-se até onde é válido um jogo de equipe, acho eu…
Humberto, teve uma F-Indy com narração do Teo José que foi pior:
“Não pede mais, não perde mais… perdeu!”
A melhor coisa do Rubinho não ter chance de podio é não ter que ver ele chorando, é feio demais.
Digo com toda convicção:
quem acha q Barrichello é um piloto medíocre não entede lhufas de corrida!
Alguém aí lembra q até Senna na Mclaren teve q deixar Berger vencer?
Acho engraçado esse argumento que era só o Rubinho não deixar passar e cumprir o contrato.`com certeza ele ao assinar o contrato priorizou o dinheiro que iria receber na ferrari, sabemos que a ele não tinha pai rico para banca-lo nas corridas. Teve uma época, ainda no kart que o pai dele vendeu o carro da mãe para poder bancar as corridas.
Se ele não tivesse freado descumprindo o contrato com certeza estaria fora da f1, nenhuma equipe iria dar lugar para um piloto que não cumpre o acertado.
Se não está disposto a aceitar o que está num contrato, não assine.
Na década de 50 era comum, e o regulamento permitia, ceder até o carro ( o que é muito pior, certo?) ao companheiro melhor colocado no campeonato. O Fangio, por exemplo, aproveitou mais de uma vez deste artifício. Eu pergunto: Que mal há nisso? Não é uma equipe? Sendo assim, supõe-se que todos devem trabalhar em função desta. Eu não sou torcedor do Schumacher, muito pelo contrário, mas acredito na palavra equipe. E se o Rubens ganha a corrida e a Ferrari perde o campeonato por esses pontos? Quem fala que o Rubens é um banana por ceder a posição ao companheiro, não deve ter chefe, nem patrão para obedecer, certo? Se o garoto, torcedor do Rubens, chorou, vamos lembrar que o garoto torcedor do Schumacher riu. Se esse garoto que chorou é torcedor do Rubens e/ou do Palmeiras, como eu, ele aínda vai chorar muito.
esse humberto aí embaixo não é o original…
XUCRUTE O PIOR CAMPEAO DE TODOS OS TEMPOS…
Maravilhoso!!! É a narração mais engraçada da história das transmissões brasileiras na F-1.
Ri muito, me divirto cada vez que ouço a narração do Cléber.
Nem tudo na carreira do Alemão foi mérito dele. Disso eu já sabia. E olha que ele nem precisava…Tinha talento pra vencer sozinho…
Babaca foi o Barrichelo que se prestou a este tipo de hunilhação durante 6 anos…
Ah, e para os que acham o Massa pior que o Barricha, tá aí mais uma pole. Com “míseros” 3 décimos em cima do “sensacional” Kimi.
É, coitada da D. Ideli… as mães também sofrem como as crianças.
Isso, kd as 150 linhas?
Missa do Papa é amanhã… não acredito que eles cortarão a corrida! Pqp…
Esse povo é meio maluco. Se o Rubinho abriu para o Schumacher, ele é tão culpado quanto a Ferrari, um verdadeiro derrotado, priorizou o dinheiro que vinha recebendo em detrimento de sua honra esportiva, fez porque não quis quebrar o contrato e os milhões que vinha recebendo. Depois teve a coragem de posar de vítima. É um tremendo cara de pau. Com certeza, se tivesse enfrentado a equipe e mantido a posição (o que poderia ter feito facilmente), seria mandado embora, mas não faltaria lugar para ele em outras equipes de ponta. Preferiu ficar e ser humilhado várias outras vezes por alguns milhões de euros, como já disse, é um competidor lamentável, abdicou das vitórias por dinheiro. Nunca seria um campeão de verdade. Campeão de verdade mandaria a Ferrari para o inferno naquele dia, ganharia a corrida e ainda sairia do cockpit jogando meeerda no ventilador. Em resumo, a Ferrari foi rídicula e o Rubinho um boooooooosta!!!!
Episódio ridículo. Assim como a participação de Rubens na Ferrari.
cadê as 150 linhas???
Acho que essa corrida e este podium foram o símbolo da “era Schumacher”
Armações dentro da equipe e competidores fracos propiciaram ao alemão ganhar o que ganhou. Um período entediante da Formula 1. pelo menos para quem estava acostumado com duelos entre, Reutemann x Jones, Lauda x Prost, Piquet x Mansell, Senna x Prost, todos da mesma equipe mas dentro das pistas havia competição.
Ficou no passad como disse o Pedro
Mas foi uma decisão feia, inutil e precipitada já que em 2002 tinham o melhor carro por larga margem
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Gomes, mandei lhe uma foto muito boa da querida e gostosa Anna Kournikova, e mandei (semana passada) umas fotos dos JG Dacon no Rio, “circa” 66, 68, mas pelo jeito acho que não recebeu
valeu
Acredito que o assunto morreu.
Todo o impacto do acontecimento foi-s, vivmos agora uma F1 mais limpa e livre.
A única coisa que jamais vai mudar é o que é a Ferrari, e o que ela fez ao longo dos anos no aspecto esportivo para a F1.
Se a Ferrari saísse, disse um amigo meu, não seria mais F1.
Eu disse: “é verdade, seria algo melhor”.
É isso.
Os brasileiros ainda vão se arrepender, infelizmente tarde demais, das injustiças que fizeram com Rubinho.
O cumulo da injuria foi ainda por ser Dia das Maes. Mae de ninguem merece isso!
Devemos lembrar que por mais o que esperavamos de Rubens este em varias ocasioes teve seu destino decidido por outros.
Muito legal o seu texto.
Acho que a grande diferença entre crianças e adultos é que aquelas são espontâneas, demonstram o que sentem na hora. Esta indignação ocorreu não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Não me esqueço das vaias do público no autódromo.
parece que o Montoya ficou até constrangido em sair na foto com esses dois “marmelados”.