O AC do Ararê

SÃO PAULO (já vi e já entrei) – Mais uma homenagem em forma de caricatura faz nosso artista piracicabano Ararê Novaes. Desta vez, ao protótipo AC.

Diz o Ararê: “Eu vi dois desses ACs aqui em Piracicaba no início da década de 70, estavam em exposição em um estacionamento. O de nº 88 era do Walter Hahn Jr. e o de nº 86, do Angi Munhoz. Ainda estavam com os aerofólios. Gostaria de saber se existe algum AC restaurado ou em vias de restauração, era um carro muito bem acabado e que faz parte da história… do nosso automobilismo”.

Pois há pelo menos um, que eu conheço. Está em Curitiba com um colecionador, Cláudio Mader, sujeito excepcional. Fiz matéria com ele para o “Limite” no ano passado, ou retrasado. Estava quase pronto, o carro, uma restauração primorosa supervisionada por… Anísio Campos!

Para quem não conhece, o AC é esse carro aí da foto. E sua linda história está no site da Obvio!.

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sergio povi povi
sergio povi povi
16 anos atrás

eu vi o AC do wilsinho fittipaldi um dia que fui ao kartodromo de interlagos , emquanto rolava um intervalo entre uma corrida e outra fui até a cerca que dividia o autodromo do kartodromo, e la estava wilsinho de capacete verde uma caminhonete c-10 laranja com tala larga, e o AC que vc estão falando sendo trabalhado por mecanicos da sua equipe , Emerson estava na europa correndo de formula ford na equipe de jim russel e arrebentando .
Bons tempos eram aqueles quando não tinha violencia urbana nem aterro do flamengo só as glorias do fluminense.

Caíque.
Caíque.
16 anos atrás

Cesar,
Não deve ter sido cortado. Simplesmente deve ter virado sucata. O Ricardo Achcar, quando o entrevistei, me disse que 3 chassis do Polar D4 ficaram anos em Maria da Graça e depois quando ele vendeu o que restava para o Guga Ribas, foi junto no inventário. Estes Chassis provavelmente foram vendidos para um sucateiro, da mesma maneira que o Carcará. Simples assim…é triste, mas é simples.

joaquim
joaquim
16 anos atrás

César Costa,
Isso também me intrigou. Mas eu estava presente junto com o Caique quando o AC confirmou terem sido feitos só quatro carros. Vai ver o chassi restante nunca foi montado. Esse é um problema corriqueiro quando se tenta levantar o paradeiro desses protótipos brasileiros. Nenhum construtor se dava ao trabalho de numerar o raio dos chassis. Tão simples e facilitaria bastante na identificação. Abs.

Helio Manfrinato Jr
Helio Manfrinato Jr
16 anos atrás

Eu uma vez fui ver o AC do Walter Hahn. Ele estava numa garagem sobre a carroceria de um caminhão. Eu tinha 16 anos e nem tetubiei, subi e sentei no carro. Fiquei ali reparando em tudo que alias um carro de copetição não tem é nada, mas achei um botão, vermelho. Aí começou: mecho, não mecho, aperto, pucho, não demou… apertei. %!$&#susto meu! Fez um barulho. Fiquei quieto.Não aconteceu nada. A curiolidade piorou. Puchei o bicho. outro barulho. Bom, fiz outras vezes e percebi. Era a “asa” movel. O aerofolio desse carro se movimentava pra baixo e pra cima, sob comando. foi uma aventura com o AC. A vizão daquele carro ali é uma lembrança onírica.

Cesar Costa
Cesar Costa
16 anos atrás

Caíque:
Não estou duvidando de vc, mas na foto há cinco. Será que depois de pronto cortaram o último?

Caíque.
Caíque.
16 anos atrás

Cesar, pelo jeito não virou mais um AC. Quatro foi o numero que o AC me falou várias vezes e acho que tenho ainda gravada esta entrevista.

Cesar Costa
Cesar Costa
16 anos atrás

Caíque:
Mas e o quinto chassis da foto?

Caíque.
Caíque.
16 anos atrás

Cesar,

O próprio Anísio me falou que fez apenas 4 ACs.

Cesar Costa
Cesar Costa
16 anos atrás

Joaquim:
Vc falou em quatro chassis, mas lá no site da Óbvio há uma foto onde aparecem cinco chassis..

joaquim
joaquim
16 anos atrás

Por conta dos maledicentes: corria à boca pequena que um dos motivos que o AC não emplacou é que o chassi do bicho torcia que era um espetáculo! Mas isso fica por conta dos invejosos…

Episcopo
Episcopo
16 anos atrás

Belo carro ! Tem um desenho forte. Gostaria muito de ter presenciado essas máquinas na pista !!!
Quanto ao desenho: parabéns como sempre por sua arte !!!

joaquim
joaquim
16 anos atrás

Ricardo Cunha,
Ainda no mistério dos AC, dois registros. Um, numa prova em Cascavel, que foi postado aqui poucos dias atrás, a presença de um tal José Figueiredo num AC-VW. Outro, numa prova em Curitiba com Nico Monteiro. Como descobrir agora?

Júnior
Júnior
16 anos atrás

Por falar em Obvio!, ele será matéria na Globonews nesta 2° as 0hs e 30mins.

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16 anos atrás

Jaime Levy, outro boa gente que partiu cedo demais. Equipe SPI.
Não lembrava dele ter andado de AC.

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16 anos atrás

Oi Bonani,
Novidade não ! Mandrakaria !
Não tem fundamento.

Milton M. Bonani
Milton M. Bonani
16 anos atrás

Nunca ouvi falar de jogar areia no motor para absorver calor. Realmente isso é novidade também para mim.

Ricardo Cunha
Ricardo Cunha
16 anos atrás

Joaquim:

Também fiquei perdido no labirinto dos AC, mas tenho algumas pistas:

1 ) O carro do Walter Hahn(1969) passou para o Angi Munhoz,(1969) que o vendeu para o Wilson Fittipaldi Jr (1969)que o vendeu para o Olavo Pires(1969/1970) Daí para a frente não sei o que aconteceu.

2) Fritz Jordan/Freddy Giorgi correram com um AC em 1969/1970. Depois esse carro foi vendido para Wladimir Oliveira Soares, que correu em 1970/1971. Seria esse o carro de Curitiba?

3)Francisco Lameirão correu em 1969, depois o carro foi para a Equipe Carbel, de Marcelo Campos/Clóvis da Gama Ferreira, ainda em 1969 e correu até 1971. Depois não sei o que aconteceu com ele.

4) Anísio Campos correu com o AC-Porsche em 1970, depois Marinho Antunes o comprou (1970 ou 1971?) e correu com ele (com motorização Volkswagen) em sua equipe até 1973. Outros pilotos da Equipe do Marinho Antunes que também correram com esse AC foram o Arthur Bragantini e o Jorge de Freitas Figueiredo. Depois de 1973 não achei mais nenhum resultado desse ou de qualquer outro AC.

O piloto Jaime Levy correu uma prova em 15/10/1972 em Interlagos com um AC, que não era o da Equipe do Marinho Antunes, que também correu nessa prova, com o Arthur Bragantini. Poderia ser qualquer um dos outros três chassis. Esse mistério eu não sei desvendar. Alguém pode ajudar?

Tenho todos os resultados dos AC que foram publicados nas revistas Auto Esporte e Quatro Rodas, no período de 1969 a 1973. Falta só terminar de montar o quebra-cabeças.

Ricardo Cunha

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16 anos atrás

Jogar areia para absorver caloria ?
Que mandrakaria é esta ?
Acho que esta estória não procede.
E pelo o que me lembro, foi o GT40 que aqueceu certa vez, porque a bomba d’água poderosa succionava as mangueiras, que se fechavam.

marcoalfa147
marcoalfa147
16 anos atrás

Qualquer um, mesmo sem motor, empurrava os De Paoli. A Lola T70 só não fez mais bonito por aqui porque estava nas mãos de 2 cegos incompetentes. Além dos 2 irmãos zeroà esquerda, tinha também um mecânico deles que era bom para cacete. Em um dos treinos aqui no Rio, no autódromo antigo, a Lola teve um início de superaquecimento. O ” mecânico “, para resfriar os cabeçotes, em vez de jogar areia para absorver o calor, jogou água. Um dos cabeçotes fez … tim…

Tohmé
Tohmé
16 anos atrás

Joaquim, provavelmente o do Claudio é o que foi do raul natividade, devido à traseira cortada.

Milton M. Bonani
Milton M. Bonani
16 anos atrás

Lembra muito o Chaparral.

joaquim
joaquim
16 anos atrás

Vou fazer uma retificação: o #90 pode ser o chassi #2, que pertenceu ao Walter Hahn. O # 1, andou depois pelas mãos do Marinho Antunes e Raul Natividade (MC-Porsche), repotenciado com motor VW, pelo Arthur Bragantini (equipe Ifesteel) também. Vários pilotos andaram com esses chassis, o duro é saber qual é o remanescente que está no Paraná.

Sérgio Barros
Sérgio Barros
16 anos atrás

flávio, qual sua impressão sobre a pilotagem do AC e o Spyder do campeonato paulista? são mais semelhanças ou diferenças entre eles?

Hägar, o Horrível.
Hägar, o Horrível.
16 anos atrás

O único AC recuperado está em Curitiba. Dos outros ninguém sabe.

joaquim
joaquim
16 anos atrás

Meu caro Ararê, parabéns pelo trabalho.
Há muito que tento levantar o fim dos quatro chassis AC construídos. O primeiro (do Anisio Campos) sofreu um acidente com a carreta que o transportava no Rio de Janeiro e depois convertido para o AC-Porsche , utilizando a mecãnica do Fitti-Porsche. O segundo foi esse do Walter Hahn. O terceiro, o do Angi Munhoz, que depois foi vendido ao Wilsinho Fittipaldi e deste para o Olavo Pires, terminando seus dias lá por Brasilia. O quarto foi o do Fritz Jordan. Como há o registro do AC-VW pertencente ao Eugênio Martins e pilotado pelo Lameirão (este da foto), depreendo então que PODE ser o chassi #1. Este por sua vez foi vendido para MG (AC-Carbel), findando como a versão AC-Martini com a traseira alta.Daí por diante ficamos no campo das especulações. Abs.

Barba
Barba
16 anos atrás

Chico Lameirão, patrocínio Arroz Brejeiro, motor 1980 cm³, 3 Horas de Velocidade da Guanabara 1969, estréia da Lola dos de Paoli e da Alfa P33 da Jolly Gancia, com o Moco.

Era divertido ver o Wilsinho, com AC-1600, empurrando a Lola no miolo durante o aquecimento, antes da largada.

Francisco
Francisco
16 anos atrás

Muito parecido com o Toyota 70.

Bah, que saudades desta época que eu não vivi, com estes carros correndo por aí… Tomara que a GT3 emplaque e venham mesmo à Tarumã, para poder ver carros especiais como estes na pista.

Tohmé
Tohmé
16 anos atrás

Informo que o Claudio Mader, meu grande amigo, está tirando várias peças em fibra de vidro para fabricação de moldes. O dele está quase pronto e existe outro em São Bernardo do Campo, faltando algumas partes, que também será restaurado.

prperalta
16 anos atrás

Por coincidencia no calendário da Mahle (metal Leve) o mes de junho é ilustrado com uma foto do AC pilotado pelo Fritz Jordan e Wilson Fittipaldi Jr.