O Copersucar e as injustiças

SÃO PAULO (era lindo de doer) – Na coluna Retrovisor de hoje, Roberto Brandão fala sobre as injustiças cometidas contra a Copersucar nos anos 70. Leitura, como sempre, obrigatória.

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*.exe
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16 anos atrás

Esse Veloz HP é o maior mala arrogante e mentiroso, daqui a pouco vai dizer que foi professor de Deus e que serviu a Santa Ceia. Os irmão faliram sim e ficaram anos sem poder entrar na Inglaterra. O Wilson sempre foi de dar pitis e ninguém em interlagos topava ele. Essa é a verdade e não essas bobagens que o tal Veloz fala.

Cesar Costa
Cesar Costa
16 anos atrás

Reginaldo:
Até onde sei eles não chegaram a falir. Simplesmente venderam o que tinham pra pagar os fornecedores e fecharam as portas. Fora os programas humorísticos, caricaturas etc, a sacanagem maior foi feita pela Skol, que rompeu o contrato recem assinado. Tirou a escada e deixou a equipe com a broxa na mão. Me lembro do Emerson tentando intermediar a compra de petróleo para a Petrobrás, para com a comissão de US$ 7 milhões manter a equipe por um ano. Eram outros tempos…

walter
walter
16 anos atrás

Tô diferente do Brandão e de tantos dos blogueiros que adoram a aventura dos Fittipaldi na F1.
Nunca bateria em alguém por falar mal do Copersucar: abençados os pobres de espírito, pois é deles o reino dos céus.
Eu curti muito a luta da família para ser competitiva na F1 e penso na família Fittipaldi como clã: tenho na memória o Barão, pai de Emerson e Wilson, interrompendo a narração do GP de Monza de 1972, chorando, para ir abraçar o filho, primeiro brasileiro campeão mundial de F1 e o mais jovem campeão. Sobrou pro Domingos Piedade segurar a cobertura pela Jovem Pan.
Com essa imagem na cabeça (a batalha de um clã) fui ver o FD01 (muita pompa e lançamento no salão de festa do Ditador+que carro lindo!+será que anda??+que genial:um brasileiro na F1+ será que o Emerson vai pilotar?+tantas outras perguntas e emoções). Ele andou pouco e justo na Argentina pegou fogo. Fiquei com pena do Wilsinho, que tinha uma boa carreira e ia pagar caro para desenvolver o carro.
Pensando no clã, confesso que não gostei quando o campeão de 1975, Emerson Fittipaldi, foi para a Copersucar. Mas fiquei empolgado quando fui ao treino privado e vi que o carro podia sim ser competitivo.
Eu estava no Rio, em 1978, quando o Emerson foi segundo lugar, atrás do Reutemann: como eu torci pro Reutemann quebrar!!
Nunca liguei para quem fazia piadas com o carro: faz parte do jogo. Claro que um país do hemisfério sul disputar em tecnologia com os ingleses era uma missão impossível. Vejam que nem os americanos conseguiram.
Outro dia vi o FD04 na FIESP, em São Paulo, e curti a nostalgia daqueles tempos em que torci por um belo carro brasileiro.
A história da equipe Fittipaldi é uma história de sucesso: eles foram lá e fizeram MUITO MAIS do que poderiam fazer.
Sem mágoas, sem rancores: é uma bela história de sucesso.
Para os que não viveram esse tempo — e que podem ver esse lindo FD01 da foto — proponho que guardem na memória a beleza desses carros e não o sacrífício dos Fittipaldi (e de nós torcedores), porque esse é o lado que homenageia o clã Fittipaldi.

pauloaidar
pauloaidar
16 anos atrás

Belíssima coluna Brandão, parabéns.

Pactuávamos dos mesmos sentimentos, e era inegável que o sentimento de inferioridade nos colocava em questionamentos do tipo, se seriamos capazes de fazer algo deste tamanho, se não passariamos vergonha, se conseguiriamos nos igualar as grandes marcas, epor aí vai.

Com a chegada de Emerson, abandonando a chance de novos campeonatos, tomamos um choque muito maior.

O mito abandonara as suas aspirações pessoais para fazer o projeto andar, crescer e evoluir.

A cada treino, a cada corrida, torciamos e basicamente sofriamos não só pelos resutados mas pela impaciencia, a critica e as injustiças perpetuadas.

Poderimaos ter um caminho aberto para novas tecnologias, novos profissionai, novos envolvimentos esportivos e tudo se perdeu.

Quem viu e viveu, presenciou a batalha de verdadeiros heróis e de alguma maneira fez parte desta estória.

Quem não viu, que não deixe de ver ao menos o carro que a DANA fez o favor de restaurar e preservar em nome do que certamente foi a mais arrojada, corajosa e injustiçada página do nosso automobilismo.

Papo
Papo
16 anos atrás

De nada adianta esse arrependimento todo seus farizeus!! … voces irao para o inferno correr de DKVs, Gordini e Passat 1:3Huauauaua…

joaquim
joaquim
16 anos atrás

Nunca fui um grande fã de monopostos, incluindo Fórmula Um. Minha praia sempre foi mais sport protótipos e turismo. Mas nunca deixei de me emocionar com a saga brasileira na Fórmula Um, com todos os erros e acertos da equipe. Sempre lembrando que apenas 16 anos separaram a fabricação do primeiro carro nacional até a estréia do Fórmula Um brasileiro.É essa saga maravilhosa que o texto ágil e vibrante do Brandão vem resgatar. Sua melhor coluna até o momento, na minha modestíssima opinião, daquelas de recortar e guardar para a posteridade.

Fabrício Cava
Fabrício Cava
16 anos atrás

Nunca é tarde.
Grande feito. Não sabia de nada disso.

Mandrake
Mandrake
16 anos atrás

Excelente coluna!

Comecei a acompanhar F1 no GP da Belgica de 72, graças a meu pai: um fanático! Tinha 10 anos.

Acompanhei os primeiros testes do Copersucar através do Jornal da Tarde, que lia diariamente em Campinas, onde morava.

Eu era torcedor fanático e sempre me emputeci com a maneira destrutiva com que o projeto foi sacaneado.

E não era só isso: o Pace era um azarado. O Emerson, campeão, era sortudo. O Piquet, mal educado. O Senna, não corria com a cabeça (releiam as ‘matérias sobre as corridas de 89).

Quem morre, vira mito, mas o brasileiro se regozija mesmo é na derrota do compatriota.

Rubens é chorão. Massa só ganha quando é pole (come se fosse molinho fazer a pole).

Gavião Bueiro chegou a criticar o Bernoldi por segurar o Coulthard 18 voltas em Monaco, disputando posição.

O povinho pra torcer contra…

reginaldo
reginaldo
16 anos atrás

Até onde eu sei (e posso estar errado) A Fitipaldi que havia transferido a sede para a Inglaterra, faliu. Ora bolas, uma empresa que quebra, perde todos os seus ativos para os credores para tentar minimizar os prejuízos causados.
Assim, os Fittipaldi, ficaram numa biaba braba, até começarem a se reerguer. Uma das razões do Emerson ter ido para os States foi justamente ganhar dinheiro, porque por aqui, nada andava pra frente.
No que fez muito bem pq lá, foi recebido pelo talento e história que tinha e abriu seu espaço conquistando tudo o que apareceu e enricou novamente.
E tem gente que reclama porque eles não guardaram nada para a posteridade, como se fosse possível com uma falencia no lombo!
Quem tinha a obrigação (discutível) de guardar foram os fornecedores que perderam muito dinheiro quando tudo andou pra trás. Simples assim.
Apenas business…

Alguns abnegados foram localizando parte do acervo e recuperando-o.
Aplausos para a Dana.
Sorte nossa que podemos ver e rever parte desse sonho.

Zombie
Zombie
16 anos atrás

Linda sua ultima coluna, falando da copersucar..
Sou jovem ainda, nao vive essa epoca, mas pelas coisas que li, é tipico
do brasileiro falar mal de si mesmo.
uma pena…
continue nos presenteando com suas histórias..

Romeu
Romeu
16 anos atrás

Thiago, voce tem razão.
Hunt foi campeão mundial em 1976.
Em 1975 o campeão foi Nick Lauda.
Obrigado.

Rodrigo Tosetti
Rodrigo Tosetti
16 anos atrás

brasileiro adora desvalorizar o que é feito aqui

Luiz Fernando
Luiz Fernando
16 anos atrás

Lembro bem das brincadeiras que faziam com o Copersucar. Particularmente posso dizer que não compactuava com as gozações em si, mas reconheço que achava um tremendo desperdício um piloto como Emerson perdido em uma equipe com a Copersucar. Não sei se estava errado.

Renato
Renato
16 anos atrás

O Mario Mala, apesar de ser mala, tem razão. Valorizo demais a empreitada do Wilson F. e me enche de admiração a coragem de Emerson, no entanto, não guardaram nada produzido pela Fittipladi Automotive Ltd. que nos servisse de exposição.

Cacthos
Cacthos
16 anos atrás

Belo texto! Empreendedores erram, e daí? Parabéns pela tentativa, parabéns pelos erros, parabéns pelos acertos.
Fui!

Roberto
Roberto
16 anos atrás

Na boa, os Fittipaldi têm todo o mérito de tentar construir uma equipe de F1 e encarar todos os desafios, mas como sempre, a verdade não é nem para um lado nem para o outro. Não fizeram tudo errado, mas estavam longe de fazer a coisa certa. Para quem tiver curiosidade, só ler a autobiografia do Jo Ramirez, que trabalhou na equipe e depois ficou muitos anos na McLaren. Cara respeitadíssimo, sem nenhum ego e tido como um dos poucos “boas praças” da F1, ele falou com todas as letras das presepadas do Wilsinho, que sempre tinha ataques histéricos depois de que seus planos amadores davam errado, e dos surpreendentes erros técnicos do Emerson, que escolhia setups completamente errados e não aceitava discussão.

Parabéns por tentarem, merecem elogios, assim como críticas por errarem em algumas questões básicas

Caíque.
Caíque.
16 anos atrás

Grande Brandão,

Parabéns, belíssima coluna. Para que todos vejam e saibam que nada se compara aos Fittipaldi em Aventura e Coragem.

Mário Coelho Bessa
Mário Coelho Bessa
16 anos atrás

Não havia ainda nascido para ver início da saga dos Fittipaldi na Fórmula 1.

As primeiras glórias brasileiras na categoria que me vêm à lembrança são as de Piquet em 83 e 84. A partir daí, em virtude da grande paixão de meu pai pelo automobilismo nunca mais deixei de acompanhar a categoria, sempre desejanto ter visto grandes mestres da década de 70 (como Stewart, Lauda e, óbvio, Emerson), em entortando seus bólidos nas perigosas pistas mundo a fora.

Como disse, meu pai sempre foi grande fã de automobilismo, tendo, inclusive, pilotado alguns carros no estadual cearense, e uma coisa ele sempre me disse: “O carro mais belo da história da F1 era o Copersucar FD01”.

Eu, por desconhecimento e falta de informações (quando ele começou a me dizer isso a internet ainda não existia), sempre retruquei: “Que nada! Pra mim, o mais belo carro sempre será a Brabham BT-52.”

Sempre que surgiam novas oportunidades, entre familiares e amigos, quando se falava em carros belos, lá vinha meu pai lembrar do FD01.

Até que um belo dia pude ver fotos e mais fotos daquele “carro prata, com um pássaro multicolorido nas laterais”.

Tive que ceder e dizer: “Papai, o senhor tinha razão.”

Nelson Piquet e seu lindo Brabham BT52 que me perdoem, mas hoje moram no segundo (e precioso) local em meu coração como o carro mais belo da F1.

Hoje, lendo, vendo e conhecendo bem mais a F1 do que durante minha infância (não que isso seja grande coisa), tenho que concordar com o Veloz HP: não merecemos os ídolos que temos!

Brasileiros e Brasileiras, por favor! Valorizemos aquilo que somente os grandes, os gênios, os destemidos, os abnegados, os talentosos puderam e podem fazer!

O que os matuzas falaram acerca das piadas com a equipe Fittipaldi soam em meu coração com as chacotas que tentam fazer com Gustavo Kuerten, por exemplo.

Meu Deus, que vergonha!

Um cara que foi 3 vezes campeão de Rolland Garros, líder do ranking mundial e vencedor de uma Masters Cup não é qualquer um!!! Ainda mais quando se trata de um esporte que não é, nem de longe, paixão popular, praticado por multidões!!! Só um gênio pra fazer o que ele fez!!!

E, exatamente por isso, MERECE todo o nosso RESPEITO, ainda que não se admire o esporte praticado ou não se goste da pessoa (que no caso do Guga, somente um doido ou invejoso pra não gostar)!!!

Voltando com esta comparação com o panorama da década de 70 no Brasil, a F1 não era conhecida pela massa e somente entrou no imaginário popular brasileiro e tornou-se manchete nos jornais por causa de um homem: Emerson Fittipaldi.

E, exatamente por esse motivo, devem todos os brasileiros RESPEITO a Emerson, Wilsinho e à Equipe Fittipaldi que, de fato, fez, enfrentanto incontestes dificuldades, o impossível.

E criou o mais belo carro da história da F1, aquele “prata com um pássaro multicolorido na lateral”.

Souza
Souza
16 anos atrás

Emerson abriu mão de uma chance de se tornar tricampeão mundial o que certamente viria mais cedo ou mais tarde para tentar um empreendimento nacional e precisou muito peito e muita coragem para isso. O Emerson é um sonhador e um realizador de sonhos. Nem sempre as coisas acontecem como o esperado. Mas a grande virtude do realizador de sonhos é não desistir e assim fo que ele ressurgiu nos EUA pra ser campeão novamente. Pra mim p Emerson é tão tri-campeão quanto Piquet ou Senna. ou mais pois fopi ele que abriu as portas da Europa e dos Eua para todos os outros que vieram a ser campão. Piquet, Senna, Gil De Ferran, Castroneves, Kanaan e todos os outros devem a Emerson o prestígio que os pilotos brasileiros tem lá fora

mario mala
mario mala
16 anos atrás

Esses Fittipaldi levam a fama, mas nao estao nem ai para os carros… deve ter um monte de carro bom se perdendo em muita garage por ai.

Thiago
Thiago
16 anos atrás

Romeu

Só corrigindo um pequeno detalhe do seu texto: Hunt foi campeão em 76. 75, se eu não estiver enganado, acho que foi o Lauda

abração.

Romeu
Romeu
16 anos atrás

Como tantos outros aqui, tambem fui ridicularizado junto com o Copersucar e os Fittipaldi.
As gozações, as infamias e a injustiça contra os Fittipaldis e o Divilla eram muitas. E partiam de todos.
Inclusive de boa parte da imprensa.
Os programas humoristicos só falavam do assunto.
Gente que nunca entendeu patavina de Formula 1 se achava no direito de criticar e fazer piadas.
Os Fittipaldis, o Divilla e toda a equipe Copersucar sofreram um estupro e linchamento moral.
Eu não cheguei a brigar como o Veloz, (nunca fui chegado a artes marciais) mas passava maus bocados por defender e torcer pelos Fittipaldis e pelo projeto Copersucar.
Perdi apostas porque acreditava que um dia a vitória ia acontecer, mas a cada 15 dias, vinha a decepção, as vaias, gozações e píadas.
Mas lembro com orgulho de ter assistido a apresentação do FD 01, um carro lindo, revolucionario, e com soluções depois copiadas pelas outras equipes.
Quem viu o Wilson pilotar, sabe que ele guiava muito.
Foi sem duvida um dos maiores pilotos brasileiros, e teria chegado a resultados brilhantes se não tivesse optado em parar de correr para apoiar de perto o projeto que criara.
Assim como Emerson, que foi muito criticado por ter largado a Mc Laren após vencer o campeonato de 74.
Se continuasse seria campeão novamente com certeza, pois James Hunt herdou o carro e ganhou seu unico titulo em 75.
Parabens Brandão, brilhante a sua coluna e o seu “mea culpa” e obrigado por nos trazer de volta essas historias maravilhosas.
Valeu Brandão! Valeu Emerson! Valeu Wilson!

O Observador
O Observador
16 anos atrás

esse tal de veloz-hp é omais completo megalomaníaco que já encontrei neste mundo virtual ultimamente

Engate
Engate
16 anos atrás

Achei um link interessante sobre o F6:
http://www.f1db.com/f1/page/Fittipaldi_F6
Poxa, o cara que fez o Lotus 78!!!
Acho que não era pra ser mesmo.

Joaquim Souza
Joaquim Souza
16 anos atrás

Linda coluna!!!

Ombudsman
Ombudsman
16 anos atrás

Meu comentário atingiu seu objetivo: os blogueiros firmaram posições e esclareceram alguns pontos importantes. A coluna do Roberto Brands foi o detonador da marcante discussão de hoje.
Apenas atentem para o fato (eu disse fato) de que a imprensa brasileira dita especializada não acreditou no nosso primeiro e único carro de F1. Por que isso aconteceu?
Quais os fatores que contribuíram para isso?
Novamente, Roberto Brands Brandão nos leva a uma interessante e sadia reflexão.
Tenho dito!

Júnior
Júnior
16 anos atrás

Eu me emocionei muito. Foi uma época inesquecível da minha vida, feita principalmente de sonhos e muito trabalho, que eu esperava um dia colher os frutos. Mas isso é para ser contado em outro lugar…
Eu fui buscar nos meus favoritos, a parte do filme -A Era Dos Campeões- que conta parte da história do F-1 brasileiro. Parece que tem parte já deletada. Vejam pelo até a quarta parte, que é inesquecível, antes que tirem do youtube.
Parabéns, Roberto Brandão!!!

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
16 anos atrás

Já tinha lido, aqui, essas histórias do Brandão sobre os crimes cometidos contra a equipe. Infelizmente a imprensa brasileira pouco mudou. Até piorou.

Roberto Brandão
Roberto Brandão
16 anos atrás

Vou colocar alguns posts sobre dados e fatos para nos orgulhar :
Em 7 anos de existência, a Copersucar-Fittipaldi fez mais pontos do que a Williams nos seus primeiros 10 (dez) anos;
Participaram da equipe nomes como Jo Ramirez, Harvey Postlethwaite (que saiu da equipe e foi para a Ferrari, como grande contratação), Keke Rosberg, Émerson e Adrian Newey, só para citar alguns que foram 1 ou mais vezes campeões do mundo;
Em 1978, terminou o campeonato à frente de McLaren, Williams, Renault e Arrows;
Em 1980, terminou à frente de Ferrari e Alfa Romeo, empatada com McLaren e Arrows;
Foi a única fábrica fora da Europa (e dos quatro países citados – Alemanha, Itália, Inglaterra e França) a produzir e construir um Fórmula 1. E isto vale até hoje, pois Toyota e Honda constroem seus carros na Alemanha e Inglaterra, respectivamente.
E o Fórmula 1 brasileiro foi às pistas apenas 18 anos após o primeiro carro inteiramente produzido no país ter deixado a fábrica.
Será que estes fatos bastam?
Tem mais, muito mais. Aguardem o livro.
Tem um Capítulo Especial para esta aventura brasileira.

Dú
16 anos atrás

brasil. Manda ver na noite. Seus coments são mó comédia. Não acelera heim!

Marcos B.
Marcos B.
16 anos atrás

Dez. Texto nota dez. E a foto? Uma das mais belas já postadas neste blog.

1GT
1GT
16 anos atrás

Não participei dessa saga assistindo a ela in loco, mas muito li ou escutei de matuzas ditos “entendidos” com uma visão deturpada da realidade, como a de que o Ermerson era campeão só na base da sobra ou espera…vá saber…
Todos os grandes empreendedores, gênios…alguma vez foram atacados pela turba acéfala…nunca um ditado foi tão certo: a unânimidade é burra, cega e surda…
Também daria uns tapas nos asnos…hehe

FG..Brandão…dessa vez o tiro foi na mosca e de bazuca.

Laerte
Laerte
16 anos atrás

Amigos, quantas recordações. Mas, vamos falar algumas coisas ainda não mencionadas:
– O Brasil gostou muito de ter um carro nacional na F-1, em 1975. E a beleza do carro era se igual, mesmo em um período de Lotus JPS.
– Na primeira longa entrevista de Wilsinho como diretor de equipe, na TV Cultura, o Tigrão chorou ao falar do sacrifício de renunciar à pilotagem – que ele amava!
– Os jornais publicaram que o Comendador Enzo Ferrari ofereceu um contrato em branco, para Emerson colocar quanto quisesse, pilotar a Ferrari ‘Transversal’ e ainda podia treinar o Copersucar. Nunca houve proposta tão eloquente na história da F-1.
– Em 1976, eu ia até Interlagos apenas assistir os primeiros treinos solitários do Emerson com o novo FD-04. Quando ele entrava nos boxes, o público aplaudia!
– Todo mundo fala do resultado do GP Brasil 1978. Mas, os treinos do fim de semana, com 5º e 3º lugares do Fitti foram aplaudidos demais por uma torcida ruidosa.
-E ainda dava para andar no Rio à noite, com mulher bonita, e sem medo da violência.

..
..
16 anos atrás

O melhor desse blog são os comentários, e os Comentaristas. O Brandão, na pessoa de quem saúdo todos os genias matuzas.

Dú
16 anos atrás

O Émerson, merece nosso respeito.
Émerson, ou alguém que o conheça, e tenha intimidade. Suficiente para calar não neste blig, muito menos no GP. . Pois o Flavio sabe o que escreve. Esporte à motor brasileiro, para a mídia mundial, quem plantou, colheu e depois se phodeu entre áspas foi o cara que abriu a porta da F1 para a Globo, para a Indy no bolacha, e é torpedeado sem nunca de fato, ter o reconhecimento. Para nós, conhecedores da coisa, dane-se que o Bruno ganhou uma corrida, dá-lhe Felipe, Alexandre Barros, putz. O que manda, é alimentar o entusiasmo de uma prova, e um dia, nomes como Nélson Angêlo, Razia, e muitos outros que aceleram nos fins de semana, tenham o mesmo sucesso que Tony e Hélinho. Alguém tem noção de quanto são respeitados os dois kartistas! Me lembro dos embrólios do Émerson junto a um . Como também me lembro da Lotus 72 quebrando a suspensão depois da junção. Chegou a pizza!

brasil
brasil
16 anos atrás

tomei um BANHAO…e voltei… e vou para a night daqui a pouco…e tomara que o EMERSON…volte ….e hj a PARADA…e outra…nossa industria do MEL…esta BOMBANDO…e acredito NELE…e torco para o FITI…comseguir voltar a F1…e largar…a formula BIN LADEN…HAHAHAHAHAHRSRSRSRSRSRSR….e mostrar o talento inexplicavel ….do melhor pais do mundo nosso querido BRASIL….valeu !!!!!!!!!!!!!!!

Cesar Costa
Cesar Costa
16 anos atrás

Acho que a maior emoção que vivi dentro de um autódromo foi o segundo lugar aqui no Rio. Aliás eu e todos que estavam lá (o chão dos boxes chegava a tremer). Naquela corrida todos saíram com a certeza que as coisas iriam melhorar… Infelizmente não deu!
Parabéns Brandão!

FABRIZIO SALINA
FABRIZIO SALINA
16 anos atrás

Grande lapso! Não mencionar o nobre clã dos Fittipaldi. Como sempre digo e repito: “Melhor que muitos, igual a poucos, pior que ninguém.” No mesmo patamar incluo Emerson. A maior prova do caráter de um homem é o altruísmo. E quando largou seus projetos pessoais, trocando uma realidade quase certa, por um futuro incerto, deu passos na maior conquista que o homem pode chegar: si mesmo. Por tudo que fez, e mais ainda por tudo que deixou de fazer, Emerson Fittipaldi será lembrado no futuro, como um homem de verdade, e não como um quitandeiro.

FABRIZIO SALINA
FABRIZIO SALINA
16 anos atrás

Como dizia Nelson Rodrigues: ” o brasileiro tem síndrome de vira -lata”.
Mas é gratificante ver que nossa memória não é tão fraca, como insistem alguns.
Quanto ao livro recomendado, “A Riqueza das Nações”, o autor é David Landes. Nunca esperaria encontrar tal citação em um blog de esportes… Bom livro! E a propósito, sobre projetos nacionais, leia a autobiografia de Benjamin Franklin (10 reais pela Marin Claret): você entenderá porque os EUA chegaram onde estão: enquanto lá fundavam bibliotecas, aqui fundávamos padarias e quilombos…

reginaldo
reginaldo
16 anos atrás

É meu querido Amigo Brandão.
A grande virtude de qq ser humano é reconhecer os ‘não acertos’ da vida e fazer um ‘mea culpa’.
O que o Veloz, o Comendattori, Dú e tantos outros escreveram aqui, compartilho INTEGRALMENTE. O que eu ouvi de chacotas e etc, sobre o Coopersucar enche um caderno de 200 fls. Fui taxado de burro, idiota, cretino, sonhador, espiriteira, e outros adjetivos menos palatáveis, pq defendia ferrenhamente o que os Fittipaldi ousaram fazer. Fui num montão de treinos onde o Wilson corria junto com os formula 3 . Era um sonho ver o que aquele carro fazia. E me preocupava pq o pessoal disposto ao longo do circuito, tinha apenas um extintor para eventuais problemas. Nem roupas apropriadas tinham. Ficavam lá, torcendo para tudo dar certo. E eu também estava lá, felicissimo em acompanhar o desenvolvimento que ia de vento em popa. O primeiro pódio UAU!!!!!!!!!!, que alegria…Os tropeções, e o otimismo exuberante da equipe.
Eita Brasil sem memória, onde quem é vencedor, no dia seguinte é praticamente esquecido, salvo se morre, ai vira Deus.
Temos tanto do que se orgulhar, porém é mais fácil massacrar, meter o pau, até demonizar enfim os vencedores.
Exemplos disso, temos aos montes; Rubens, Guga, o próprio Emerson, Piquet e tantos mais.
Eu tenho em meu coração, lugar reservado e cativo para os verdadeiros campeões. Mesmo que pensem o contrário, mesmo que me ridicularizem, pouco importa. São MEUS campeões e o que conquistaram, fê-los merecer estarem onde estão.
Tenho esperança de que um dia, talvez, deixemos de lado essa maldita mania de perdedores que só nos prende no chão.
Maravilhoso desprendimento de sua parte amigo Brandão. Seja sempre bem vindo ao clube dos que acreditam. Abração

Thiago
Thiago
16 anos atrás

Ah, pegando o gancho numa coisa que falaram aqui:

Fora o fato de ter sido o nosso F-1 nacional, esse FD-01 ta marcado no meu coração também, pois foi o primeiro F-1 que vi na minha vida de perto, que pude tocar e ainda por cima no lugar de seu nascedouro, que é o templo…..

Roberto Brandão
Roberto Brandão
16 anos atrás

Engate,
O F6 possuía um desenho extremamente revolucionário e bonito. Mas, o projeto possuía um defeito crônico, pois o chassis torcia demais e o carro tornava-se impossível de se acertar.
Depois de uma corrida e algumas tentativas, a equipe abandonou o projeto, re-estilizou o F5A, com o qual Émerson fez aquele 2° lugar no Rio.
Mas que o Concorde era muito bonito e revolucionário, isto era.

.
.
16 anos atrás

No início foi difícil, e eles penaram, como todos o fazem no começo.
Mas depois a equipe teve tudo do melhor. Só feras ! O melhor piloto, o melhor projetista, os melhores mecânicos, o melhor chefe (saudades do Jo Ramires), e um dos melhores budgets da categoria.
Não dá para entender o que realmente aconteceu.

Christian S
16 anos atrás

Muito bom artigo e me fez pensar que algo semelhante a história da copersucar ocorre na carreira de Alex Barros.

jung
jung
16 anos atrás

que artigo excelente. me fez ver, um a um, os modêlos que vc citou, o desenho inovativo que sempre marcou os copersucars (fica bom em inglês!)
eu era um desses moleques matando aula, muito bom.

Engate
Engate
16 anos atrás

Estava lendo uma Quatro Rodas de 79, que tecia os maiores elogios ao F6, na teoria o carro era o supra-sumo.
O que aconteceu com o F6???

Dú
16 anos atrás

Caio. A Parada é éssa. O Gui, paí do Rato e do Camundongo, sempre fala! É nós na fita.! O Émerson, já dizia Nélson, colocou a coisa em pé. Flavio, quando eu disse posts atrás que o ÉMERSON era e é o cara por uma situação, simplesmente, nem sei se está mais em segrêdo da dona justa, mas que, se …… Émerson, vc, é o cara!

Speed Arosi
Speed Arosi
16 anos atrás

Muita coisa se escreveu, e se Deus permitir, muito ainda será escrito sobre os Fittipaldi.
Muito boa a coluna do Brands como sempre, e eu, eu era novo, só via o que a midia escrevia e portanto, me desculpem também.
Mas sempre gostei do Coppersucar, como gosto do Alexandre, gosto do Barrica, do Bernoldi, do Helinho, do Ingo, do Zonta, pois são pilotos, são meus idolos.

Paulo Franco
Paulo Franco
16 anos atrás

Bonito, não! Lindo!
E sempre pensei assim, desde o começo.
Agora, se era eficiente, (dizia-se que a carenagem do motor provocava super aquecimento, etc…) rápido ou não, isso eu não sabia, pois na época era bem jovem e para me interessar tinha que ter duas rodas a menos…
Paulo Franco

!!!!!!!!!!!!!!
!!!!!!!!!!!!!!
16 anos atrás

foi na praia da enseada, ubatuba, em 1976, aos onze anos de idade, que ouvindo o gp de f-1 pelo rádio do sorveteiro da kibon, que constatei que não apenas gostava de corridas, mas, sim, que já era fanático por elas.
naqueles tempos, tanto quanto gritava ser pedro rocha ou mirandinha ao fazer gols pelo tricolor de meus sonhos, no morumbi de minha imaginação -quando na verdade apenas jogava bola pelos terrenos do bairro-, envergava também, heroicamente, o nome e o número de emerson nas batalhas de bicicleta e carrinhos de rolimã ladeira abaixo, na ruas de minha infância que se tornavam, a cada torcida do guidon, as curvas de interlagos. naqueles dias, torcia euforicamente por emerson, pelo copersucar. obrigado fittipaldis e obrigado brandão por trazê-los de volta nesta longinqua sexta-feira, pois hoje, após a leitura do texto, voltei aos setenta, de onde só volto amanhã.