Gotinhas de Brasília (1)
SÃO PAULO (está quase de noite!) – Meus amigos de Brasília, Augusto Freire à frente, mandaram muitas fotos do 5º Carro do Brasil. É o evento de antigos que mais gosto no país, porque só tem nacionais, e adoro os nacionais.
Neste ano, o Nasser, que organiza o encontro (na verdade, exposição; os carros são selecionados) e é seu curador, abriu uma exceção para os 60 anos da Ferrari e colocou uns carrinhos de Maranello por lá. Como a Ferrari é algo universal, não tem problema algum.
Mas foto de Ferrari vocês encontram aos montes por aí, então as gotinhas de BSB serão apenas dos brasileiros.
Brasinca Uirapuru, impecável, maravilhoso, deveria ser colocado numa redoma
Uirapuru,e pensar que nos anos 90 um uirapuru ficou jogado por anos num ferro velho em são gonçalo_RJ totalmente abandonado e após anos acabou comprado por um colecionador de SG.
E o renascimento do Uirapuru…
O rapaz, André Soler que nenhum parentesco tem com o Rigoberto, jurou pra mim que o carro sairia do papel.
Ele me apresentou os projetos, muito bem feitos, falou que iria procurar financiamento, me mostrou inclusive documentação bem restrita da coisa, só por que eu critiquei ele aqui e no orkut.
Ficamos até amigos, mas continuo sem acreditar que o projeto saia do papel, pois não há nele nenhuma idéia de engenharia, apenas lindos desenhos.
O plano que ele me passou era de um carro de fibra em chassis tubular. Basicamente, um Stock Cars preparado para as ruas.
Não vi, no desenho do chassi dele, nem espaço para a porta.
Depois, nunca mais vi nada a respeito. Ele disse que quando critiquei ele antes, serviu de estímulo para retomar tudo. Talvez agora também sirva, e reapareça o carrinho.
Que por sinal, iria se chamar Fênix, renascido das cinzas.
Esse carro tem um tremendo pedigree e uma bela história, que se mistura com tecnologia, Universidade, loucura e uma bela dose de teimosia ibérica pura, que se estende dos anos 60 até o dia de hoje:
-Projeto Tupiniquim, cujo mentor maior foi o Grande Mestre dos Engenheiros Automobilístico do Brasil: O irascível, genial, genioso, teimoso, sonhador e utópico Rigoberto Soler, a quem tive a honra de conhecer na FEI quando estudante.
– Seu sucessor, meu contemporâneo dos velhos tempos da FEI, Ricardo Bock, atual Coordenador do Curso de Engenharia Mecanica. Um dos caras que mais entende de carro no Brasil, mentor de uma pilha de dignos herdeiros da série iniciada com o FEI X-1 e que chega até o FEI X-19. E estamos já trabalhando no X-20, aguardem…Se o Soler era criativo e ousado, voces tem que conhecer o Bock…
– Na sequencia, a garotada bi-campeã mundial de Baja SAE, e a turma do Formula SAE, cujo capitão da equipe é o (quase) Engenheiro Lucas Elias.
– No meio dessa nova geração, virá o sucessor do sucessor de Rigoberto Soler. Quem será? Não sei, o futuro a Deus pertence.
– Mas… Só por curiosidade com um pingo de futurologia: Quem projeta o Formula 500, o carro que eu e o Lucca Furquim sonhamos ser o mais desafiador já feito aqui, é justamente a dupla de (quase) Engeiros Lucas Elias e William Sant’ Anna, ambos da FEI e indiretamente subordinados ao Bock.
– Pra mim, a FEI é uma das melhores faculdades de Engenharia do mundo. Nossos títulos mundiais ilustram essa competencia.
Engraçado, mas essa obra da foto começa com R. Soler, passa por R. Bock e chega na garotada que hoje projeta o Formula 500.
Tenho uma satisfação indescritível em fazer essa engenheirada nova ralar, e brincar de carro de corrida 25 anos depois.
Muito, muito legal.
Se tudo vai dar certo, não sei.
Mas que o pedigree é bom, ahhhhh… É mesmo.
E se não der certo, um certo espanhol genial vai xingar muito, esteja ele onde estiver.
Poxa.., ponha pelo menos uma foto de uma Ferrari.
Mesmo que tenha muitas fotos delas por aí. Elas merecem, eu acho…
Eita…Uirapurú. que sonho de automóvel…Que sonho!!!!!!
Um amigo tinha um Esplanada quase da mesma cor e sem as faixas. Carro lindo! Depois do Sinca era o carro mais bonito da época.
Nunca mais vi um andando por aí.
Maravilhoso é a palavra certa! E o Espalnada ao lado parece também estar em estado de novo!
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