Assim será

SÃO PAULO (mas o motor…) – O Eduardo S. manda a dica. A VW colocou no ar o hot site da Kombi Edição Especial 50 anos, aquela sobre a qual falamos semanas atrás, que estava sendo preparada em São Bernardo.

Pelo que entendi, sairá apenas em vermelho/branco. É linda e bem acabada, apesar do infame motor a água.

Abaixo, um print da página. Daqui a pouco começam a aparecer as fotos.

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Zeka Bala
Zeka Bala
16 anos atrás

1. Em 2 de setembro de 1957, a Kombi era lançada no Brasil. Antes dela, só eram fabricados no país DKW Vemaguet, Ford F-100 e Jeep Willys.

2. Já era vendida no Brasil em 1950 pela Brasmotor, apenas montada no Brasil. Moderníssima, havia estreado na Alemanha em 8 de março de 1949.

3. Em 1957, seu índice de nacionalização era de 50%, quando a lei exigia 40% para ser um veículo brasileiro. Em 1961, o índice era 95%.

4. É o único modelo nacional que ainda possui quebra- vento, maçanetas de gatilho, pára-choque de metal e câmbio manual de quatro marchas.

5. Último nacional com carburador, ganhou injeção eletrônica em 1997 devido à legislação ambiental. Foi o último veículo do mundo a sair de linha com motor a ar, em 23 de dezembro de 2006.

6. Refrigeração a água não é coisa nova na Kombi, que ganhou a tecnologia na versão a diesel, produzida entre 1981 e 1985.

7. A versão se tornou um fracasso devido principalmente a problemas de refrigeração. Alguns donos descobriram que, usando mais etilenoglicol no líquido de arrefecimento, ela não dava problemas.

8. No mundo, ela teve cinco gerações. O Brasil fabrica a segunda, aposentada na Alemanha em 1979.

9. Em 1976, ganhou nova dianteira na carroceria antiga. O restante só mudou em 1997.

10. No projeto, passageiros e carga ficam ou sobre ou entre os eixos. Esse conceito só mudou em 1989 com a quarta geração, com motor dianteiro.

11. Nos anos 60, uma propaganda brasileira dizia que ela podia levar até 12 pessoas – três a mais que a capacidade homologada. Oficialmente, 12 pessoas só puderam se sentar na versão Lotação de 1999, com quatro fileiras de bancos.

12. A primeira Kombi nacional podia carregar 810 quilos. Com as melhorias de motor, desde 1976 passou a levar 1 tonelada de carga.

13. Os motoristas de lotação em Pernambuco são chamados de kombeiros. O termo é usado até em textos oficiais do Ministério Público local.

14. Kombi e lotação sempre andaram juntas. Em 1958, circulavam 15 delas em Teresina (PI).

15. Em 1960 surgiu a versão de seis portas. A configuração deveu-se à exigência paulistana para homologá-la como táxi, o que incluiu ainda estribos.

16. Ela ganhou apelidos como Pão de Forma e Pão Pullman, por seu formato retangular.

17. O modelo tinha status de veículo familiar, como mostrou a capa da nossa edição no 7, de fevereiro de 1961. O casal da foto eram os atores John Herbert e Eva Wilma, com os filhos Júnior e Vivian.

18. O motor refrigerado a ar se foi, mas ela continua sendo o único Volkswagen com motor traseiro. Aliás, o motor a ar será produzido no Brasil até 2015, visando o mercado de reposição

19. A linha de montagem fica em São Bernardo do Campo (SP) – onde é feita desde a estréia – e é a única que não conta com nenhum robô. O processo é manual, comandado por 95 funcionários.

20. O total de peças de uma Kombi Standard é de 4 620.

21. A Kombi já foi escritório móvel de órgãos públicos, ambulância, consultório dentário, consultório médico, radiopatrulha e até carro funerário.

22. Até os campistas foram contemplados, com a Kombi Turismo, feita de 1960 a 1962. Outras duas couberam à Karmann Ghia, que fez os motorhomes Touring e Safari, este descontinuado em 1995.

23. Até julho deste ano foram produzidas no Brasil 1 385 682 unidades. Só perde para o Fusca, com 3,3 milhões, e para o Gol, com quase 5 milhões.

24. É o 24º modelo mais vendido do mercado (ranking de julho), com 2 103 unidades. Está à frente de Vectra, Palio Weekend, Parati e Astra Hatch.

25. É o único veículo de série do Brasil que já teve todas as configurações de combustível possíveis pela lei: só a gasolina, só a álcool, diesel e flex. Teve até uma opção GNV homologada pela VW.

26. Nos anos 90, os incêndios tornaram-se freqüentes. Culpa da falta de manutenção, mas também ajudava o fato de o filtro de combustível ficar muito próximo ao distribuidor. Com a mudança de geração em 1997, foi possível afastar as duas peças.

27. Nos anos 70 e 80, ela era um dos veículos preferidos para uso em estradas de terra. Valia-se dos 24 centímetros de altura livre do solo e do motor traseiro, que melhorava a tração em subidas.

28. Pensando num uso mais off-road, entre 1970 e 1972, ela ganhou o diferencial travante, acionado por uma alavanca na base do banco – opcional que nunca fez sucesso.

29. Na edição de julho de 1970, QUATRO RODAS fez um comparativo com Toyota Bandeirante e Rural Willys. A Kombi foi eleita a melhor no transporte de carga e na travessia de trechos alagados.

30. Em opções de carroceria, os anos 80 foram o auge: furgão, transporte fechado de passageiros, picape cabine simples e cabine dupla.

31. Hoje ela só é exportada para um país. A Danbury Motorcaravans, empresa de trailers e motorhomes da Inglaterra, compra algumas para convertê- las a campistas, com os nomes Rio e Diamond e a devida mudança de volante para a direita, claro.

32. Já foi produzida aqui Kombi com volante à direita, destinada a países pobres que usam a mão-inglesa, como a Jamaica. Nesse caso, as portas laterais traseiras eram deslocadas para a esquerda.

33. Em 1996, o México desativou sua linha de produção e deixou o Brasil como único fabricante de Kombi no mundo.

34. Até 1975, o vidro da porta era formado por duas peças corrediças e havia um captador de ar no teto. De 1976 em diante, a grade de ventilação passou a ficar entre os piscas e o vidro tornou-se inteiriço e descia por manivela, como é até hoje.

35. A idéia da Kombi veio da Holanda, quando Ben Pon, dono de uma autorizada da VW, teve a idéia ao visitar Wolfsburg e ver veículos de uso interno feitos para carregar peças na fábrica.

36. O paulistano Euclides Pinheiro treinou 12 dias para andar em duas rodas numa Kombi, atração que incluía um equilibrista plantando bananeira.

37. Nomes no mundo: Bulli (Alemanha), Pão-deforma (Portugal), Combi (México), Kleinbus (Finlândia), Bus (Estados Unidos) e Papuga (Polônia).

38. O primeiro teste da Kombi na QUATRO RODAS foi publicado em janeiro de 1963. O modelo Luxo 1962 tinha um motor de 1 192 cm3 de 32 cv a 3 700 rpm e 7,7 mkgf a 2 000 rpm.

39. No teste de estréia, ela cravou 93 km/h de velocidade máxima e acelerou de 0 a 80 km/h em 27,8 segundos. Seu consumo em “situação de rush” era de 7,5 km/l sem carga e 6,8 km/l carregada.

40. De 1957 a 1986, ela ganhou a versão Luxo, com pintura em duas cores (saia-e-blusa), com direito a forro completo no teto. Entre 1997 e 1999, foi a vez da Carat, que tinha bancos de veludo.

41. Segundo a VW, a legislação brasileira não exige que a Kombi passe por crash-test, mas esses testes são feitos para avaliar o comportamento do veículo e pontos de ancoragem de bancos e cintos.

42. Ela já foi exportada para o México com motor AP-1800. Por aqui o motor 1.4 da família EA- 111 levou a melhor pelo menor torque, que permitiu aproveitar a mesma caixa de câmbio de hoje.

43. No Brasil, a Kombi é o único VW a usar o motor EA-111 na versão 1.4 – só o Fox de exportação usa essa mesma cilindrada. O restante dos modelos vendidos aqui usa o 1.0 ou o 1.6.

44. Nos EUA, um V8 foi colocado em uma velha Kombi 1959, em posição central. Na Suíça, uma carroceria da primeira geração, alargada com plataforma da terceira, foi equipada com motor e câmbio Porsche, herdados de um 911 GT3 refrigerado a ar.

45. Kombi é a abreviação do alemão Kombinationfarhzeug (“veículo de uso combinado”).

46. Sua montagem manual leva quatro horas. Um Fox, cuja linha de montagem é maciçamente automatizada, demora o dobro do tempo.

47. Um grupo de idosos de Mauá, na Grande São Paulo, fez de uma Kombi 1966 a sede do seu clube. A turma da terceira idade se reúne dentro de veículo para jogar truco, tocar violão ou fazer tricô.

48. É o único modelo nacional que não tem ar e direção hidráulica – nem como opcional.

49. O desembaçador traseiro é único opcional da Kombi Standard. Na versão Furgão, é o banco inteiriço para três pessoas, em lugar dos individuais.

50. Em 50 anos de vida, a Volkswagen nunca colocou o nome Kombi em sua carroceria, com uma única exceção: a série especial Prata (2006), com 200 unidades, comemorativa do fim da produção do motor refrigerado a ar.

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
16 anos atrás

Tenho a informação de dentro da fábrica que essas Kombis só saem de lá perfeitas, depois de inúmeras revisões. Enquanto uma Kombi normal é fabricada por centena num dia, essas especiais levam dois dias na linha de montagem.

Uma normal está por 40 mil reais.

Essa por 45.500, com vidros verdes, estofaria especial, pintura dupla, seno série especial… acho que a Volks está vdendendo com prejuízo…

Com certeza vale a diferença de preço. Assim que estiver na sua mão já vai valer mais que isso, e em 10 anos vai valer o dobro.

Bianchini
Bianchini
16 anos atrás

Gostei!!!! Não é preta, cinza escuro nem prata!!!!!

Samuel - Puma GTI
Samuel - Puma GTI
16 anos atrás

Saiu o preço: 45 mil e quinhentos reais. Vale ?

sérgio barros
sérgio barros
16 anos atrás

Se a kombi é ultrapassada? sim, é.
e também por estar tanto tempo na batalha está na memória de quase todos nós, por passagens das mais variadas lembranças.

Mas pior é incompetência da concorrência interna e externa que não conseguiram oferecer aqui um produto concorrente com custo e manutenção realista.
Há 2 dias vi uma Caravelle, e olha que nem sou chegado em V W e curti bastante como na época que tentaram oferecer no mercado – e fiquei pensando por que não deu certo…. nem demorou muito tempo, e vários motivos me vieram a mente, que todos sabemos.
É mais ou menos o caso da GM que até hoje não conseguiu se firmar no segmento de caminhões – a Ford fez e faz parecer fácil e domina e a GM apanhando sempre… e até a V W meteu cara e está se dando muuuuito bem….

Samuel - Puma GTI
Samuel - Puma GTI
16 anos atrás

Alguém sabe o preço ? O 0800 da VW só colhe os dados e fica de ligar em 24 horas…

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
16 anos atrás

Não, o gol usa a mesma plataforma desde que foi lançado. O Bolinha usa a mesma base, só que a carroceria foi levantada atrás para dar mais espaço. Tirando isso é o mesmo carro apenas com mudanças estéticas.

Sobre a Kombi, eu avisei o Gomes que a fabricação já tinha começado, dizem que uma fica dois dias na linha antes de sair, pois ela é revisada de tudo quanto é forma.
Até agora não fizeram nem 20 das 50 anunciadas.
Lembrando que se fosse Kombi normal fazia 100 num dia brincando, pois é a capacidade da linha de montagem lá.

DICA: para verem o hotsite melhor, tem que apertar F11, daí a Kombi de baixo não fica cortada.

Lamentei a falta dos aros cromados no farol, as que vi assim (modificadas pelos donos) ficam lindas de morrer.

MarcioVS
MarcioVS
16 anos atrás

Gustavo, os 12 anos do Gol me refiro a plataforma utilizada. É a mesma do Gol bolinha lançado em 1995.

Eduardo S SP
Eduardo S SP
16 anos atrás

Valeu por postar essa dica, Gomes !

HM
HM
16 anos atrás

ja havia esquecido, o interior lamentavelmente parece ser o da comum, bem que poderiam fazer com o da CARAT de 1998.

HM
HM
16 anos atrás

adorei ela, so o radiador na frente que tira um pouco da beleza, mas mesmo assim comparada as 100% brancas que vemos diariamente gostei muito!

Fabrício Barros
16 anos atrás

Carros antigos, vamos lá, tudo bem. Mas o fato da Kombi estar sendo produzida até hoje é algo a se lamentar. É a “T2”, deixada de ser produzida há quase 30 anos na Alemanha. E ainda edição comemorativa? É um pé no saco. A Kombi consiste no mesmo tipo de embuste que a GM faz vendendo Astra como se fosse Vectra (o infame GTX). E pensar que ainda usava o pré-histórico motor carburado. Não estou a mal-dizer os carros antigos. Mas porque continuar a produzir um carro velho enquanto nos demais países se tem a versão T5? Porque a Volkswagen nos vende lixo tecnológico? Isso é falta de respeito. Dá vontade de mandar esses alemães infames pras cucuias, nacionalizar a fábrica, o diabo. Esse tipo de conduta é desrespeitosa com o brasileiro.

E todas essas montadoras fazem isso. E quando não, extorquem o consumidor brasileiro. Afinal porque, por exemplo, um Ford Fusion tem que custar, no Brasil, o equivalente a

Por que o Fusion, da Ford, custa o equivalente US$ 43.500 dólares e lá US$ 17.770? Carga tributária? Impostos de importação? A Ford tem fábrica do Brasil, paga menos impostos para importá-lo. Escala? Ora o Brasil é um dos maiores consumidores de veículos do mundo, escala não falta, vende-se carros aqui a dar com pau.

Essas empresas são como aves de rapina. Nos seus países de origem, vendem carros por preços bem baixos. Nos países tidos como em desenvolvimento, elas vendem por preços extorsivos e produzem coisas velhas, como a Kombi.

Feliz é o Gomes que gosta de carros antigos, e não tem que comprar essas merdas caras produzidas hoje. Além de parecerem de brinquedos, são vendidos por preços abusivos, como Fusion, quando não são farsas, como o Vectra GTX ou o “novo” Golf. Novo? Ora novo, é o vendido na Europa, pela metade de preço da velharia aqui vendida.

E não tem nada de carga tributária. Ela recai sobre o preço, altíssimo.

gustavo giroti
gustavo giroti
16 anos atrás

12 anos do gol?
…cóf, cóf….

Helio
Helio
16 anos atrás

Bonitinha mas vai custar uns 50 mil se bobear

Willian
Willian
16 anos atrás

Gente, carro é tudo igual: motor, câmbio, pedal, roda, banco… muda plataforma, motor, nome, farol assim, farol assado, mas todos bebem do mesmo petróleo desde que foram inventados. E, venhamos e convenhamos, a Kombi é um carro de trampo, não é um carro de desfile. Pode ter projeto ultrapassado, mas possui ótima relação custo/benefício.

Carlos Tavares LARZ
Carlos Tavares LARZ
16 anos atrás

No site tem uma azulzinha muito massa

norton
norton
16 anos atrás

Coragem da VW,é reeditar a Kombi de seis portas.Essa ,eupago…

Alan Bandeira Preta!
Alan Bandeira Preta!
16 anos atrás

Lindissima!!!

MarcioVS
MarcioVS
16 anos atrás

Corrigindo. Astra sendo chamado de Vectra

MarcioVS
MarcioVS
16 anos atrás

50 anos de Kombi, 20 e tantos de Uno, 12 anos de Gol, 11 anos de Palio, Celta usando plataforma do Corsa antigo, Vectra sendo chamado de Astra, Golf querendo enganar… e assim caminha nossa indutria.

Rafael Thielmann
Rafael Thielmann
16 anos atrás

A VW finalmente copia os motoristas de Van do rio de janeiro….
Aqui vemos várias Kombis pintadas no padrão saia-e-blusa mostrado na edição comemorativa…
Um carro (ou van..) completar 50 anos de fabricação, sem mudanças significativas no projeto, significa que alguma coisa muito errada tem…

gustavo giroti
gustavo giroti
16 anos atrás

pode estar fora de moda, mas eu GOSTO do motor refrigerado á água!

Thiago Pereira
Thiago Pereira
16 anos atrás

É lindo mesmo. Pena que eles não disponibilizaram fotos do interior do veículo. E com certeza o “ronquinho” do saudoso motor a ar irá fazer falta.

Gustavo
Gustavo
16 anos atrás

sem graça…