E a coruja?
SÃO PAULO (problemas no iG desde ontem, mas daqui a pouco resolvem tudo) – No ar a última coluna Retrovisor, de Roberto Brandão, sobre o incrível teste de resistência do Gordini lá por mil e novecentos e bolinha.
Grande e clássica história…
Tem um aqui em Juiz de Fora, no tempo, com placa de vende-se.
Ele tá inteiro, mas precisa de um dono.
Ontem, parei ao lado dele e fiquei olhando e imaginando o carrinho em Interlagos…
Dedo duro do tempo: Quem capotou o carro foi o Bird Clenente.
Brandão, excelente texto!
Quanto ao Gordini, meu pai teve um até 1974, vendeu devido à dificuldade de arrumar peças para ele. Vejo aquelas minúsculas portas e não sei como ele entrava naquilo, com seu 1,86m. Em algum lugar, nos fundos de baú familiares, devem existir fotos minhas com poucos meses mordendo o enorme volante do carrinho.
O boato é que capotaram o carro de propósito.
O Gordini era uma porcaria mesmo. Nos primeiros seis meses iam embora os anéis, a caixa de satálites e o monobloco dianteiro deformava e abria as rodas. Era o leite glória mesmo, dissolva sem bater.
Os que corriam tinham peças francesas no cambio e diferencial para que os semi-eixos não saissem.
Foi uma bela tentativa de enganação da Willys, mas o mercado não comprou.
Informações sobre o teste da VW, bem interessante: http://www.autoracing.com.br/forum/index.php?showtopic=841
Os Gordini não se enganem eram grandes pequenas maquinas.
Hoje parece até um absurdo repetir nossa aventura semanal.Viajávamos todo fim de semana para o sitio localizado na cidade de Ibiúna com cinco pessoas a bordo e o porta malas dianteiro lotado a bordo Gordini II .Para quem conhece os ultimo vinte e poucos quilômetros depois do posto da P.R.sabe que delicia de estradinha era aquela.
Meu pai tinha que “pilotar” os quarenta hps do pequeno bólido embalado nas decidas e fazendo as curvinhas no limite para não perder o “embalo”.A molecada de hoje não sabe o que é, pois os carros de hoje não precisam destas artimanhas na direção.Com Gordinis,DKVS e Fuscas1200 a vida na direção dos nossos velhos ,com carros sem potencia a maioria sobre-exterçantes ,jogando a traseira para todo lado ,não era fácil.Talvez estas dificuldades acabassem formando papais e vovôs,
mais pilotos que muita molecada que acelera nas retas seus canhões turbinados.
Mas a moleza do pequeno Gordini não acabava na entrada da porteira do sitio.
Alguém sempre tinha que fazer o sacrifício de percorrer novamente os 4 Km para ir e 4 Km pra voltar da estradinha de terra para compara alguma coisa na cidade.O garoto aqui com 13 anos ,não sei por que sempre se candidatava para acelera fundo e fazer as curvas escorregando, na terra.Meninos eram outros tempos ,você podia andar durante duas horas na estradinha sem encontrar nenhum outro carro em sentido contrario…
Se eu arruma-se um 1093 certamente o FG iria cansar de ver o pequeno bólido por trás.
Aprendi dirigir aos 12 anos no Gordini 1965 do meu pai, comprado Zero KM, ele tinha este adesivo original da Willys em comemoração aos recordes, um adesivo prateado na parte baixa central do para-brisas trazeiro.
A VW fez em 2003/03 um teste parecido e criou o Gol FIA, tem um adesivo redondo azul na tampa trazeira, só que o teste da VW foi com tres carros, trocavam 4 pneus a cada 4 mil km!!!!!!!!!!!
é a melhor coluna do site, sem sombra de dúvidas
Lembro que a Willys resolveu fazer essa prova justamente pra acabar com a fama de “Leite Glória” do carrinho…Mais do que uma volta ao mundo sem parar…
de leite Gloria (desmancha sem bater) para Teimoso (não parava por nada) legal boas lembranças, gostava dos gordines e variações, mas ainda acho mais nostalgicos os DKW, pelo menos aqui muitos devem concordar comigo.
última vez que você escreveu “última coluna Retrovisor” apareceu um figura aqui, lembra FG?
Ops!!! Foram 22 dias.
Por 21 dias o carrinho não parou de rodar, bateu, capotou e continuou andando. Nessas, andou mais de 51 mil Km, batento assim, 133 recordes nacionais e internacionais. Meu pai estava neste projeto que eu acompanhava, ainda bebê, dormindo num trailer por algumas vezes. Lógico, que não lembro de nada, só de que amo dormir ouvindo barulho de carro.
Muita legal o relato. Esse carrinho é realmente apaixonante. Lembro que meu tio tinha um quando eu era pequeno. Saímos para passear. Boas lembranças. Está na lista para futura aquisição. Abraços.
Estive umas tres vezes em Interlagos para acompanhar parte do teste.
Pessolmente nunca coloquei fé no Gordini, mas, depois do teste e vendo o estado em que ficou depois da capotada, mudei de idéia e passei a desejar um, que tive uns anos depois e que se acabou numa senhora capotada na Anhanguera e foi vendido ao sucateiro.
E os pilotos que participaram do teste, ficaram especialistas em neblina porque faziam o traçado quase de olhos fechados com visibilidade zero, ou quase.
Como sempre amigo Brandão, outro texto recheado de delicias.
Eta tempo bom. Muito bom…
Gordini ,Dauphine,1093(!),e grande elenco,no Brasil jurássico. Resistência,
tinham que ter seus proprietários.Por acaso, não tinham o codinome de “leite
Glória”?
Olá, Flávio….
Bom…inicialmente….gostaria muito de falar com vc….sou de Jundiaí…jornalista tb…..ligo na segunda na rádio para marcar uma hora….ok??? espero que não tenha problemas…
Boa jornalista que sou…pesquisei no pai dos xeretas ….paigoogle…certo…
bjo até segunda
Isso que dá acordar a coruja, hahahahahaha…
Histórias que nos dias atuais seriam quase improváveis de acontecer, nesse mundo pasteurizado… mas que ganham vida com bom texto, de quem viveu aquela época… parabéns, Brandão!