Gira mondo, gira (quarta)
SÃO PAULO (disciplina, disciplina!) – A quarta ainda não acabou. E foi na quarta que o maluco-beleza do dono da Virgin anunciou que vai vender passagens para o espaço por 200 mil doletas per capita. Vôos curtos, de duas horas e meia.
Voce iria?
Morreu a Dora Bria, multicampeã de windsurfe, musa dos anos 80, atleta de primeira. Perdeu o controle do carro numa estrada em Minas, deu de frente num caminhão. Fui procurar uma foto dela para colocar aqui, muita gente não se lembra. Caí no site dela. É um exercício de morbidez entrar num site de alguém que acabou de morrer. No mundo virtual não se morre nunca.
O mundo virtual é melhor que o de verdade?
Caiu o número de cheques sem fundo no Brasil. Uma vez devolveram um cheque meu. Era de um banco onde abri conta só porque o talão de cheque era bonito, prateado, se chamava Digibanco. Acho que era da Sharp. Fechei a conta, a Sharp também já encerrou suas operações brasileiras, acho, o Digibanco idem. Também acabaram a caderneta de poupança Haspa e a Delfin. E o Comind. Também tive conta no Comind, que tinha um talão de cheque verde. Eu era doido por cheques.
Alguém ainda usa cheque?
O Comind patrocinava carros de corrida. Como esse aí embaixo. Acho até que nome do carro era Comind.
O Manoel tem razão, eu tenho esta Auto Esporte. A Comind patrocinou também o Opala 2º colocado nas Mil Milhas de 83, pilotado por Mike Mercede/Dedê Gomez. Estas Mil Milhas foi vencida pelo Passat do trio Waldir Silva/Fausto Wajchemberg/Vicente Corrêa, talvez a maior surpresa da história da prova.
Se tivesse esse dinheiro, iria só para ver a paisagem lá de cima.
A Dora foi uma das atletas mais bonitas que passaram no Brasil. Pena ser mais uma vítima das nossas rodovias da morte.
Usar cheque ainda é necessário. O cartão de débito tem limite diário e não são todos os lugares que aceitam.
Grande Joca, só repassei o que o Raul me falou por telefone. Vou confirmar com ele. Abraços a todos.
O relato está na Autoesporte n.º 83, de setembro de 1971, página 126. Tem até a foto do protótipo #68, que era amarelo e vermelho, destruido.
Êpa, meu grande amigo Tohmé,
Sei não, mas com todo o respeito que o grande Raul Natividade Jr, merece, ainda estou com o Manoel.
Nos últimos dois anos este protótipo tem me tirado o sono. De inicio, como afirmei antes, pensei ser o Sabre-VW ganhador das Três Horas de Velocidade de 71, com Jacinto Tognato, por causa do numeral 68. Massimo Pedrazzi me confirmou que não.
Daí me veio à lembrança uma maquete apresentada por Márcio Bueno e Amadeo Campos, ainda no distante 1971, como protótipo Kinko (mais um com este nome…). As linhas conferem e agora com o relato do Manoel, sei não, sei não….
Mesmo porque nunca encontrei o menor registro do tal protótipo AMC, correndo com o Raul Natividade.
Mas quem sou eu pra contestar o grande Raul Natividade Jr.?
Pelo sim, pelo não, já posso dormir tranquilo.
Adeus noites insones…
Obrigadão, Manoel !!!
Dora Bria, uma pessoa “sarada” e bonita, uma pena…
Para encerrar a discussão:
Esse é um AMC pilotado pelo Raúl Natividade.
O mesmo acabou de me ligar para avisar.
Era um Lola.
Vale uma consulta ao Anésio. Acho que é o protótipo que ele e o Sony (Nathaniel Towsend) compraram e que originariamente era dos irmãos Fittipaldi e tinha motor Alfa Romeo e foi mais um projeto do Ricardo Divila.
esqueci de acrescentar que a minha estrategia é : só os paranóicos sobrevivem.
isso ‘da saudade do tempo que o automobilismo nacional era levado a sério e incentivava as empresas a investirem no patrcínio esperando retorno ; ok tem muito “paitrocinio”, mas tem empresários e marketing e divulgação, e não esses marketólogos imbecis que só pensam em “biguebrodis” . Tenho ódio desses meninhos de 20 anos que se acham os ëxpertos”do mundo e determinam o que você vai ver e consumir (acreditem, vi uma apresentação de um genrente de produto da unilever em que ele estava p.u.t.o da vida porque agora as pessoas tem outras despesas como celular , etc e estão gastando menos com o xampú que ele vende; tive vontade de vomitar, como se o consumidor fosse um escravo dos seus desejos mercadológicos) .
Ah, e ainda uso cheque principalmente para as despesas mensais, e me recuso a usar internet banking , porque não é seguro ( trabalhei em empresa de segurança de internet, e posso garantir que sempre existe um grau de risco, se não houvesse o banco não pedia para você assinar uma declaração isentando-o dos eventuais prejuízos) . SE faço compra pela internet emito o boleto epago no banco, se é na amazon uso um cartão com limite baixo, porque o prejuízo é pequeno .
Cheques? Tenho uma coleção deles guardados numa caixa de sapatos em casa, todos devidamente carimbados, por pelo menos duas vezes, todos devidamente devolvidos e todos de pessoas devidamente malandras. Cheque, um maná dos bancos. Imagine, cobram para devolvê-los e cobram para que o cara retire o nome dele do CCF (lugar do qual o nome dos malandros não deviam sair nunca). Cheque pré-datado, um cancer nacional que colocaram no comércio. No Paraguai (não que os País vizinho seja pior que aqui) se você der um cheque sem fundos te metem na CADEIA. Aqui se o cara te dá um monte de cheques sem fundos, você não pode fazer nada contra ele.
Estradas brasileiras é igual a politicos brasileiros, uma verdadeira tragédia.
Se o onibus espacial explodir, ai sim, todos irão mesmo para o espaço.
tá filosófico, ein chefe!!!!
ah, a Dora Bria…
Putz, nem ando mais com cheque na carteira. Só uso em caso de extrema necessidade. E ainda vou no banco e imprimo umas quatro folhinhas prá finalidade. E só.
Abs.
A foto do protótipo VW #68, que não é chamado Comind mas que também não sei o nome, é de 1971. Prova “Shopping Center Iguatemi”, disputada no círcuito externo de Interlagos, em agosto de 1971, como preparatória para os 500 Km. O #68 foi pilotado por Márcio Bueno e sofreu um violento acidente, destruindo todo o carro. Durante a prova, na 6.ª volta, o piloto do #68, na reta da subida dos boxes, se assustou com a passagem do Porsche 908, de Luis Pereira Bueno, que vinha a mais ou menos 187 km/h, desviando o carro para o meio da pista e, não percebendo que por alí vinha o Opala do Pedro Victor De Lamare. O Opala pegou em cheio o protótipo #68, jogando o mesmo para o acostamento do lado esquerdo, todo destruido. O opala do Pedro Victor foi de encontro a mureta da arquibancada. Acho que essa foi a última corrida do prototípo VW #68.
A propósito,200.000,00 é o preço da BMW que cito abaixo.
Prefiro ela!!!!!!
COMIND, um dos patrocinadores da COPERSUCAR – FITTIPALDI.
Espaço ? a 200 mil verdes ? será que o sujeito aceita cheque ?
Aliás com relação aos cheques esse será o próximo ícone a cair, tragado pelo desenvolvimento de novas tecnologias em benefício da segurança.
Antes usava cheque pra tudo , era um talão atrás do outro,e de tempos para cá mal perce o quanto está demorando para terminar um talão.
Fraudes, roubos, os famosos borrachudos (quem não deu um que atire a primeira pedra),tudo isso colocará um fim nesse meio de pagamento.
Já tive cheque azul,com estrelas no meio,verde,amarelo,cinza,vermelho,..um arco íris, mas me lembro de um cheque que recebia quando era estagiário de uma advogada que me pagava com seu Cheque Mulher do Banco Safra que era uma obra de arte..todo colorido com flores realmente muito bonito.
Hoje é tudo com papel reciclável.
Quando era criança no começo dos anos 80, minha fissura era passar em todas as agências de banco da época (Comind, Auxiliar, BCN, Itau, Bradesco e tal) e pegar aquelas latinhas redondas para guardar moedinhas… só pelo prazer de pegar mesmo, os guardinhas fazendo cara de contentes porque um molequinho ficava querendo guardar as moedinhas… pena que não sobrou uma latinha viva para contar a história em casa…
E foi uma pena mesmo a morte da Dora… era muito gata na época que estava na crista da onda na mídia, continuava ainda bela, nada de influências da idade… é, talvez os bons se vão tão cedo justamente porque já cumpriram suas cotas aqui, os ruins ficam porque “além de vaso ruim não quebrar”, precisam pagar umas coisinhas a mais.
E se eu já fico com medo de voar de avião, imagina ir para o espaço? Mesmo que para o espaço se vá de ônibus, hehehehehe…
E mestre Joa, por acaso esse Jacinto Tognato de que falaste tem algo a ver com Giacinto Tognato que é nome de rua no Baeta Neves, em São Bernardo, aqui perto do meu trabalho? Coincidência de nomes talvez…
Ir para o espaço por R$ 200 mil? Claro que iria, se tivesse essa grana ´´sobrando´´.
Sobre o mundo virtual, no Orkut existe até comunidades com profiles de pessoas recém-falecidas. É triste, mesmo, principalmente quando se lê os recados antigos e os novos…
eu gosto de cheques, demora a bater na conta. não gosto de cartão de débito.
voce pode ser debitado em duplicidade, e tenho medo de ser cobrado em duplicidade. isso acontece muito. e tem muito restaurante que não aceita , além da pizza delivery. o cartão de créidto é sempre uma surpresa desagradável. voce acha que sempre gastou menos que o valor da fatura. então acho que o cheque é sim útil ainda.
viagem no espaço? eu iria! mas infelizmente não vou $$$ rs
mundo virtual melhor? nunca! mas parece que hoje em dia se faz necessário.
Na minha infância, nos anos 70, eu tinha uma caderneta de poupança na Haspa. Depois, faliu e ela foi transferida para o Comind. Depois faliu de novo, e achei por bem pedir para minha mãe encerrar a poupança para eu gastar o dinheiro…
Pô…também quase ninguém aceita cheques direito hoje.
Eu só uso quando peço pizza e delivery afins em casa,pois aí não tem que mandar o troco e sempre os F.D.P esquecem de trazer…
Vc lembrou do Comind….tem uma BMW Alpina acho que 635 1974 ou 75 para vender na Private Collections novissima e ainda tem o adesivo preservado da Comind e a McLaren do Emmo com dizeres World Champion 1974.
Chic no ultimo….vale a pena ver.
Posso está enganado, mas não existe nenhum banco patrocinando o Automobilismo nacional, atualmente. Por que será?
Cheque é um saco, às vezes sem fundo.
Hoje em dia é muito raro pagar algo com cheque. Eu só saio de casa com cartões. No tempo do cheque eu odiava ter que colocar telefone, endereço e todas aquelas informações no verso. Tanto é que sempre colocava dados de amigos. Não iam me procurar mesmo, pois felizmente nunca precisei (mesmo sendo pobre) mandar um borrachudo. E sempre tive uma só conta, no mesmo banco. Se um dia eu ficar rico como você, um excêntrico colecionador de porc, ops, automóveis, quem sabe….
Muito provavelmente, o próprio dono estará presente na primeira viagem para o espaço, aventureiro que é.
Dora Bria, mulher bonita, atleta, independente e que nunca se casou, vítima das temerárias rodovias brasileiras.
Rodovias arcaicas, mal-construídas, cujas curvas não suportam o desempenho dos veículos modernos e matam adoidado. Não basta ficar remendando o código de trânsito como se fosse um Frankstein, é preciso investir na infra-estrutura viária também, senão as mortes vão continuar mesmo que abaixem o limite de velocidade para o mesmo dos anos 40.
Só se usa cheques até hoje no Brasil por causa da malandragem dos pré-datados, FG.
Cartão de débito/crédito é muito mais prático e seguro, mas não tem como o sujeito ligar na véspera do vencimento e pedir para “segurar” mais uns dias, como acontece com os pré-datados.
E malandragem dos bancos, que ganham rios de dinheiro com os juros do cheque especial, por exemplo.
Não gosto de ch mas, algumas vezes vc tem que usar. Ando com uma folha só e olhe lá..
E se tivesse grana comprava uma passagem dessas, com todos os riscos inerentes. Iria numa boa.
Conheci o interventor do Comind à época. Morava num sobrado até elegante e depois mudou para um apartamentinho de quase 800m2 bem pertinho de voce…
Vidinha dura né não?
Uma pena a morte trágica da Dora. Grande astral e grande exemplo de perseverança.
Os bons sempre vão antes, por que será?
Não patrocinava este da foto não, FG. Aí são só os sticks do patrocinador da prova. Por algum tempo achei que este carro era o protótipo Sabre do Massimo Pedrazzi/Jacinto Tognato, mas estava enganado. O mais próximo que cheguei foi talvez o Melkan-VW de José Melkan, mas não tenho certeza.
Suas apostas, senhores….
“Com licença, voce pode abrir pra mim? Tenho uma corrida hj.”
“Ok, pode entrar…”
“Obrigado”