legião urbana
SÃO PAULO (vende, moço?) – Um X12 de teto rígido em invejáveis condições de uso, tratado com carinho e esmero por seu dono. Bichinho valente e eterno.
Perfil
Jornalista, dublê de piloto, escritor e professor de Jornalismo. Por atuar em jornais, revistas, rádio, TV e internet, se encaixa no perfil do que se convencionou chamar de multimídia. “Um multimídia de araque”, diz ele. “Porque no fundo eu faço a mesma coisa em todo lugar: falo e escrevo.”
Saiba mais
No site: http://blog.estadao.com.br/blog/jc/?title=adeus_genio&more=1&c=1&tb=1&pb=1#comments há uma opinião de uma amigo do finado e falido João Gurgel, sobre ele. Comentário de: Conhecedor [Visitante] 04.02.09 @ 08:49 É interessante como o Gurgel conseguiu criar essa aura de semi-deus sendo como foi. Pelos posts aqui, as pessoas tem a imagem que o Gurgel foi um injustiçado, um empresário espetacular e um homem que não teve nenhum apoio. Repetindo, eu convivi com ele por 40 anos. Não é nada disso. Ele era um engenheiro genial. Disso não há dúvida. Suas soluções técnicas eram apreciadas por todos, incluindo as montadoras. Fora isso, ele foi um empresário lamentável.
Gurgel mantinha a famosa casa de hóspedes em seu sítio próximo da fábrica. Aquilo vivia lotado de políticos de todos os tipos, todos muito bem agraciados para garantir vantagens fiscais e financeiras à Gurgel. Nunca houve falta de dinheiro público. O próprio BNDES colocou dinheiro a fundo perdido (FUNDO PERDIDO) para financiar as pesquisas da fábrica. Hoje falam aqui que havia falta de dinheiro público. O Sr. Gurgel prosperou na fase do regime militar, anos 70 e 80, regime este que adorava apoiar empresários brasileiros. O Sr. Gurgel foi um desses empresários.
Gurgel não prosperou porque era impossível trabalhar com ele. Ele era extremamente centralizador. Nunca nada o que as pessoas faziam estava certo. Cansei de ver ótimos engenheiros serem contratados e pedirem a conta no mês seguinte porque o Gurgel os tratava mal, não lhes dava liberdade para nada e interferia o tempo todo no que estivessem fazendo. Dessa forma, os bons iam embora e Gurgel ficava cercado de bajuladores e puxa-sacos incompetentes, que era o que de fato o agradava.
Não existia custos na Gurgel e não foi feito projeto de viabilidade econômica para o 0800. Se fosse nos dias de hoje, a Gurgel Motores não teria como ter aberto o capital na bolsa. O objetivo do Sr. Gurgel era que o 0800 custasse 60% do preço do Fusca. De onde ele tirou esses 60% ninguém sabe. Era impossível fabricar, com a escala pretendida de 50.000 veículos anuais, algum carro mais barato do que o Fusca. Mas custo não importava ao Sr. Gurgel, apenas a notoriedade.
As montadoras gostavam do Sr. Gurgel, ao contrário do que muitos dizem aqui. Ele nunca foi competidor de montadora nenhuma e nem o seria com o carro popular. Todos o consideravam mais um visionário capaz de fazer muita articulação política e incapaz de administrar qualquer empresa. E era isso mesmo. Ele era amigo pessoal do Sr. Wolfgang Sauer, presidente da Volks, que vendia muitos chassis e motores para a Gurgel.
Tem muito mais mas chega… vamos deixar Gurgel descansar em paz e os amigos aqui, que acompanharam tudo pela mídia, acreditar que ele foi um gênio injustiçado. Parte de sua família, entretanto, continuará morando nos EUA, onde estão os recursos patrimoniais e onde os processos criminais que correm na justiça brasileira não poderão alcançá-los.”
Certa vez vi no Canal Universitário um documentário-perfil sobre o idealizador da Gurgel e que falava, inclusive, sobre o fato das outras montadoras terem se juntado para implodir financeiramente a iniciativa nacional de montar um carro realmente popular, interferindo inclusive em decisões do Governo Federal.
Gostaria muito de ver esse assunto melhor explorado, nem que fosse em blogs mesmo. Precisamos mostrar que essas grandes empresas que vêm de fora tem muito mais a esconder do que a gente pensa. Esse papinho de “Responsabilidade Social” engana muita gente.
Eu tive um desses, em 2 tons de marron.
Gostava muito pq na tocada forte, saia com as quatro meio que um kart.
E quando encarneirava (viu Brandão?) sempre se dava um jeito de corrigir antes do estrago.
E o sistema de travar individualmente cada roda trazeira, me foi muito útil em estradas terríveis no Mato Grosso.
Aliás, na quadra do meu ap aqui em Santos tem um branco inteirão parecido com esse.
Pertinho tem um Candango e , mais adiante um BR 800.
Estou bem cercado de Gurgéis e DKW muito bem conservados.
E tem o fusquinha da Flávia que não deixa nem o filho dirigir.
Aqui em Santos é uma festa .
E a picaretagem na falência da fábrica, não é novidade para quem é do meio.
Conchavos mil para o bem ….do próprio bolso , é claro.
E os credores?
Ora, eles que vão chorar na cama que é lugar quente…
Eric, de elogio você não precisa, mas não tem jeito, lá vai mais um: você sabe muito bem que o “patrão” NUNCA vai lhe mandar para “aquele lugar”, muito pelo contrário, sua presença, constante diga-se de passagem, só engrandece e valoriza este espaço.
Abração e bom feriado.
Zé Maria
Haaaa Zé Maria….eu posto mesmo!!!!
Quase todo post eu comento…
Fora o que mando de e-mail para o FG….
Um dia ele me manda para PQP,tenho certeza!!!!hahahahahhahahahaha
O Vitão tem razão. Estranhamente o síndico “esqueceu” do valor da marca e de mante-la na massa falida.
E o síndico deve ser responsabilizado civilmente (e criminalmente) pelas suas falhas e comprometimentos.
o registro da marca não foi cochilo da família não, foi conlúio criminoso do síndico da massa falida com um bando de picaretas…os advogados podem explicar melhor como funciona esses “esquecimentos” de empresas falidas….
Já dirigi um e foi uma das experiências mais divertidas!!!
Lá estava eu, como monitor no Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi-PR. O IAP, que gerencia o parque, tinha um desses carros num estado… bem, não muito propício (mas faz parte da graça). As portas não tinham retentores e abriam até bater no pára-lama, não tinha retrovisores, o vidro do passageiro estava remendado com um pedaço de acrílico fumê daqueles de box de banheiro.
Eu tinha que levar esse da recepção do parque carrinho ladeira a baixo para a base no canyon.
Assim que coloquei o motor para funcionar e pronto para descer uns 100m de desnível, o guarda-parque veio ao meu lado e disse: “Vai com a marcha engatada porque o freio não tá funcionando direito.”
Sobrevivi para contar a história.
Teve um empresário, que registrou a Marca Gurgel, que estava inativa. Um descuido da família do falecido João Augusto Amaral Gurgel. Mas não ia fabricar nada, ia montar uns veículos de carga importados da China. Algúem sabe de alguma novidade?
Pode ter sido tirada também na região da Vila Olimpia, mais precisamente na Cardoso de Melo. Lá ainda tem um monte de Gurgel’s. Se não me engano era uma das sedes da empresa.
O problema da Gurgel foi em teimar em fazer carros contra a tendência do mercado. Todos queriam um carro bonito e confortável e ele fazia carros feios e toscos. Podiam agradar a uma minoria mas nunca faria sucesso para manter a marca.
Se não fosse o governo comprar a maioria dos carros usando o dinheiro dos nossos impostos teria fechado a fabrica bem antes e não teria dado o calote nos acionistas que embarcaram no sonho do Br-800, outro carro extremamente feio embora tenha meia dúzia de admiradores.
Eric digamos que o positron era um auto-blocante movido a feijão (ou a cachaça e torresminho, dependendo da região da estrada) ….
Esse aí éo o X-12 do grande amigo de todos: Sérgio Fontana(fundador do Fusca Clube). É o carro do batente, do dia a dia nos afazeres da Atlas….e mesmo assim íntegro e original!
abraços
p.s.: provavelmente a foto foi batida na região central ou Barra Funda, certo Gomes?
Nos anos 70 esse carinho ja foi o desejo de uma galera…e o X 12 era mesmo diferente de tudo até então e com a mesma filosofia alternativa do veío Gurgel….
Nas alamedas de Monte Verde, perto de onde reside mestre Jorge Letry, quando chove muito, só o glorioso Gurgel X-12 faz frente aos não menos eficientes Lada Niva.
“Caracas de Venezuela” Eric, você tá em todas!!!!
É isso aí, positraction, muita gente critica o coitado do Gurgel pelo conjunto da obra, apesar disso considero-o um dos grandes engenheiros de nossa época, pecado o final da história dos seus sonhos!
Será que o numeral da placa não é o ano de fabricação do bichinho?
Abração.
Zé Maria
Andei lendo na comunidade da Gurgel no orkut, que o X12 será relançado. Porém irá usar o mesmo motor a água da atual Kombi. O preço será em torno de 40 mil reais. Tenho que me informar melhor a respeito. Mas parece que a coisa é séria.
Esses carrinhos tem aquela “positraction”correto???
2 alavancas que dependendo da roda que patina você puxa a esquerda ou direita e freia imediatamente transferindo a força para a outra.
Genial!!!!!