Nosso Ron Dennis
SÃO PAULO (melhor, eu diria…) – Roberto Brandão faz uma homenagem a Luiz Antonio Greco em sua coluna Retrovisor de hoje. Merecidíssima.
Obvio !
Greco (sentado no capô) com os Fittipaldi em 1966
SÃO PAULO (melhor, eu diria…) – Roberto Brandão faz uma homenagem a Luiz Antonio Greco em sua coluna Retrovisor de hoje. Merecidíssima.
Obvio !
Greco (sentado no capô) com os Fittipaldi em 1966
Caro Roberto,
Algumas pequenas correções que não alteram em nada o valor do conteúdo:
– A foto não é das “Berlinetas” . É dos “Alpine”
– O Willys-Interlagos não é cópia do Alpine A110. È cópia do Alpine A108.
– Os que chamavamos aqui de “Alpine” é que eram A110 originais importados da França, como o texto afirma mais adiante.
Espero que entenda que minha intenção é de colaborar e não de “pixar” seu texto. Muito bom, por sinal.
Mandando meus parabéns atrasado ao Brandão pela belíssima matéria sobre o grande Greco,que sempre foi um dos meus maiores ídolos…
E depois de conhecer mais a fundo a sua trajetória de vida,posso afirmar com certeza de que ele sim foium grande chefe de equipe,e se tivesse conseguido realizar um dos seus sonhos,não daria pra ninguém na F1,só a equipe Greco !!!!
Jovino, o segredo da cambagem exagerada era simplesmente o seguinte: duas polegadas encurtadas no entre eixos do monobloco de fábrica e uma emenda feita por trás do painel para permitir maior inclinação das colunas da suspensão mcpherson. Não era por nada que os Escort de fábrica eram os únicos a correr com o painel original enquanto Uno e Voyage tiravam o painel.
Tudo “dentro do regulamento”.
Taí, o segredo era esse.
Sobre a coluna do Brandão, sem querer dar uma de professor recalcado, houveram algumas pequenas falhas nas informações. Sem a intenção de corrigir o amigo, apenas para elucidar a verdade:
1 – Nosso Willys-Interlagos era cópia do Alpine A-108, e não 110.
2 – O Gordini tinha 40 HP e não 30. O Dauphine, mais fraquinho e substituido pelo Gordini, tinha 32HP.
3 – O Bird foi levado pelo Trovão, mas o Chiquinho era cria Willys, e a trocou pela Vemag, já nos últimos tempos da equipe. É dele, inclusive o melhor tempo de um Malzone em Interlagos, com estabilizadores maceteados, para provocar saída de traseira.
4 – A Vemag já tinha os Malzones, quando os Abarth chegaram, e os Alpines (esses sim, A-110) já corriam por aqui, quando da chegada dos carros da Dacon.
Concordo que o Grecco foi o maior chefe de equipe por aqui, super-competente e também meu “inimigo”, pois eu era Marinho e Vemag.
Quanto aos carros das fotos, na da coluna, que o Flávio colocou, os carros são Alpine A-110, com radiadores dianteiros, adaptados pelo pessoal da Willys, e a dos Fittipaldi, creio ser realmenteBerlinetas Interlagos, pois não me lembro de Alpines correrem no Fundão, e pelos prédios inacabados do fundo, parece o circuito da ilha universitária.
Adriana,
Não acredito que existam cópias da entrevista que o Scavone fez com teu pai e o Lettry. Se não me engano foi um pouco antes da Globo comprar o canal 5 TV Paulista das Organizações Victor Costa. As Tvs naquela época tinham contabilidades heterodoxas e costumavam queimar, hahahahah, iam-se os VTs e os livros de contabilidade, o que não queimava molhava.
O programa era ótimo e foi a primeira vez que se falou do campeonato mundial de f1 na Tv brasileira, inclusive com filmes do campeonato e também das 500 milhas.
Uma entrevista hilária foi a do Camilo Cristóforo sobre as intenções de correr em Indianápolis. O Camilo era outro que mandava ver no verbo. O Camilo mexia muito com os mais novos, enchia o saco deles mesmo. Era só o um deles fazer um tempo bom que o Camilo surgia para tirar o pulso dele falando que o cara ia desmaiar, ter um treco, era hilário, pois o cara ficava p da vida, mas respeitava o Camilão que era muito mais velho. Ainda existia um automobilismo meio amador e de camaradagem. Afinal, os caras conviviam mais com os adversários do que com a família e amigos.
Coitado do esquecido Scavone, se temos f1 aqui devemos à ele que acabou morrendo no acidente do Boeing da VArig em Orly quando ia junto com o Delamare negociar a corrida aqui e a cobertura do campeonato pela Globo.
O Greco, Lettry e Camilo eram autênticos, iam de camisa esporte e mandavam bala. O Emerson, Wilsinho e a turminha eram mais burilados e contidos, iam de blazer e gravata, sempre tiveram um comportamento mais político e conciliador, pois já estavam vislumbrando o automobilismo de patrocínios mais estruturados e tinham cuidado extremo com a imagem. No final acabavam falando generalidades. Programa bom mesmo era quando iam os mais velhos, a coisa esquentava sempre.
Brandão,
Sobre a personalidade forte do Greco, quando de um campeonato brasileiro que tinham aqueles Escortes de sua equipe, me lembro que eu e um amigo estávamos lá no box aqui em Brasília e um dos Escortes estava parado paralelo ao boxe dele. Aí o meu amigo me chamou e disse: abaixa aqui e olha a cambagem deste carro. Aí abaixei e vi que a cambagem estava totalmente fora, nunca havia visto aquilo e comecei a imaginar se era um novo tipo de acerto, e aí, começamos a rir, quando percebi que o Greco estava olhando para a gente e ele começou a vir em nossa direção. Falei para o colega, vamos sair daqui porque o homem é brabo e está com cara de poucos amigos, mas mesmo assim, ficamos lá e ele chegou, olhou para a gente, abaixou, levantou-se e deu um berro e apareceram vários mecânicos e o esporro rolou para cima dos assustados mecânicos.
O cara além de competente, impunha respeito e não brincava em serviço.
Parabens pela bela matéria.
Jovino
Adriana,
As palavras foram realmente sinceras. Admirava muito o seu pai, mas gostaria que ele fosse chefe da equipe do meu coração.
Acho que seu pai e, principalmente você, mereciam uma homenagem, por mais modesta que fosse.
E é verdade: se ele fosse inglês, talvez estivesse ao lado de Colin Chapman na mitologia automobilística.
Pena a coluna ter saído justamente próximo ao falecimento de um dos adversários, Jorge Lettry, o chefe da equipe de meu coração.
òia, acho que era uma Berlineta, os Alpines tinham os numerais 46 e 47 e os Interlagos :21,22,12, abaixo do braço de Emerson aparece o número 2.
Victor
Adoraria ver esta intrevista, será que tem como?
Meu pai dizia mesmo:
Correr de carro é caro, Se não quer gastar dinheiro, compra um tenis e corre na São Silvestre.
Fui eu que coloquei a foto, não o Brandão.
O Brandão cometeu alguns equívocos. Os carros da foto eram os Alpines , e não as Berlinetas.
Que linda homenagem. Uns dos textos mais bem escritos que já li sobre o meu pai…adorei….mas…sou muuuuito suspeita pra falar….pra mim ele era perfeito, sempre.
Obrigada Brandão, é muito gostoso saber que ele tbem foi especial pra outras pessoas, de uma forma, ou de outra…ficou lindo.
Beijos e boa semana
Ele foi o cara que trouxe o primeiro ford gt 40 para correr no Brasil, mas, não tiveram sorte com o carro..tomou uma porrada forte e desalinhou o carro…mas, é campeão…
Um grande personagem e uma grande história bem retratados pela pena afiada do Brandão… beleza de Retrovisor!
Greco e Lettry nos deixaram, mas tinham personalides fortes e falavam de bate pronto o que lhes desse na telha.
O Scavone tinha um programa de TV chamado Autoesporte e entrevistou os dois ao mesmo tempo. O Lettry começou a falar que o automobilismo estava muito caro, cheio de peças importadas etc…, em alusão ao fato dos Gordinis e Berlinetas usarem equipamentos franceses, o que era verdade, sem pontas de eixo e cambios franceses os carros não duravam uma volta. O Greco trovejou: automobilismo não é coisa para pobre e a coisa desandou, foi preciso muita diplomacia do Scavone para segurar os dois.
O “cara de Schumacher” é o bom piloto carioca Hélio Mazza. Ao fundo o hoje jornalista especializado Bob Sharp. Um pouco de cultura automobilística é bom em vez de fazer gracinhas com quem merece respeito.
Acho que o sujeito de camisa escura é o Lito Cavalcanti, alguns quilos mais gordo e, obviamente, 42 anos mais moço …
caraca!! se olhar o cara de roupa escura rapidamente, parece o schumacher, o que explicaria como ele dominou a formula 1, seria ele um ser de outro mundo que nunca envelhece…..rs
Ô Brandão, eu tb gostava (gosto) muito de DKW, mas as berlinetinhas eram um pitéu, não se pode negar.
E ficava contente quando elas venciam,
E quando as Dekas venciam também.
Emblemático, tinha o coração irremediavelmente dividido.
Sem ciúmes de lá ou de cá.
Detestava o resto.
Esse retrovisor fica cada vez melhor.
Eu tenho umas fotinhos com o Escort do Greco,HG Nakata,em 1985 ou 86….tinha 9 anos e já frequentava o meio…lá no templo de 7960 mts…..O Escort era do Paulão e do Fabinho Sotto Mayor.
Brands, mais uma vez arrasou. Quem viu e viveu sabe.