peteca que não caiu
SÃO PAULO (vou morrer afogado) – No ar a coluna Warm Up de hoje, refletindo sobre a competência da Ferrari depois de perder Schumacher, Brawn e Todt, diante do fiasco de Renault e McLaren, que sucumbiram à saída de Alonso. Algo assim.
A foto que ilustra o texto foi enviada pelo Marcvs Avrelivs. Trata-se de Francesco Baracca, o aviador que, para quem não sabe, inspirou Enzo Ferrari a usar o cavalinho rampante como símbolo de sua equipe de corrida.
A Itália e a Alemanha unem forças a muito tempo.
FG,
Ótima coluna, análise cirúrgica. Já está virando redundância.
Um adendo : Enzo Ferrari encontrou a tela que cobria a carcaça do avião num campo e gostou do desenho. Mais tarde soube que o piloto usava como amuleto da sorte. E decidiu homenageá-lo, tornando-se o símbolo permanente.
Parece a história do #96, originalmente #12, mas que por uma corrida resolveu homenagear Norman Casari com o 96 e… pegou. Não muda mais.
Schumacher trouxe a organização e qualidade administrativa que faltavam à Ferrari, no pacote de sua contratação. Mostrou muita coragem, pois poderia ter ficado na equipe bi-campeã (Benetto, hoje Renault) ou assumir seu compromisso com a Mercedes e assumir a McLaren que tornar-se-ia bicampeã.
Estruturou a equipe e o resultado aparece agora.
Quanto aos pilotos, acredito que Massa tenha deixado passar sua chance no ano passado. Raikkonen corre como campeão e tem mostrado que merece ser primeiro piloto. Acho que será bi e se aposenta.
A equipe deve ficar mais uns poucos anos organizada, mas deverá, como todas, passar por um novo período de coadjuvante, embora eu torça para que isso não aconteça.
Ao Lucas, não tenho o que comentar ou colocar, o rapaz precisa de um pouco mais de quilometragem para falar de automobilismo a sério.
Que irônico…durante a Primeira Guerra a Itália fazia parte do exército aliado, que lutava contra a Alemanha (símbolo aliado em forma de alvo).
Ou seja, esse piloto era inimigo de Manfred Von Ritchtofen, o verdadeiro Barão Vermelho…hoje em dia associado ao Schummy.
Ruim, não é perder Brawn, Schumacher e Todt. Mais grave para a Ferrari será perder Max Mosley, que tanto ajudou o time nesses últimos anos. Lembre-se que o atual pacto de concórdia garante à Ferrari a maior parte do bolo da divisão dos direitos de TV, e assim orçamento jamais será um problema para os italianos. Somando-se a isso as belas ajudas que eles receberam nos últimos anos, é pouco provável que a Ferrari continue vencendo praticamente todos os títulos de pilotos e construtores.
Ia falar mais alguma coisa, mas esqueci…
Eu sabia da história do cavalinho. Afinal, devo ser quase um “vovô” aqui, e cheio de orgulho disso. E me interessei por corridas lá pelo início ou meados dos anos 50. Tenho o orgulho de ter ido às duas ultimas edições do Circuito da Gávea, apesar de não me lembrar exatamente das corridas, mas nunca ter esquecido o barulho… música…
A Larissa aí embaixo disse tudo. O Brawn deve ter pedido um milhão de desculpas por ter ido para a Honda. Os outros saíram , mas NÃO saíram. Continuam carregando a bandeira onde quer que estejam. Aliás, exatamente por isso é que eu duvido que os caras( os outros) vão permitir que Todt substitua Mosley. Já pensou ?
Pode não parecer, mas o porquê da Ferrari não ter deixado a peteca cair está ligado ainda a Brawn, Todt e Byrne. Pois cada um deles, sabia que um dia não iria estar mais no comando da Ferrari. E o que eles fizeram? Cada um escolheu seu pupilo e o treinou, mostrando direitinho como é que as coisas tinham que funcionar. Brawn escolheu Baldisserri, ex-engenheiro do Schumacher; Todt escolheu Domenicali, sua função anterior era tipo um quebra-galho, ocupava os cargos que eu acho ninguém queria e Byrne teve como assistente Aldo Costa durante os anos que era projetista-chefe. Ou seja, eles simplesmente não saíram e falaram quero que tudo exploda, foi tudo muito bem planejado, por isso nunca acreditei que a Ferrari iria andar para trás.
Viu? A Ferrari voa!….
ótima coluna,pra variar….
ah, e alonso rocks!
Bem lembrado o período de 79 a 2000, aquele das vacas magras.
Foi nessa época que comecei a me interessar por corridas e, evidentemente, torcer pela Ferrari. Para ser mais exato, a partir de 1.982, época em que a equipe vinha forte, motores turbo e uma dupla que prometia: Villeneuve e Pirroni.
Parecia campeonato já ganho, porém, a euforia durou pouco. Primeiro com o acidente fatal do canadense, depois, com o quase fatal acidente do francês. Depois disso, parece que uma nuvem preta ancorou sobre Maranello e campeonato de pilotos só chegou mesmo com a era Shumy.
Ao longo desse tempo todo foi duro agüentar a gozação e, pior ainda, dos “pachecos” de plantão, diga-se torcida organizada Piquet e Senna e aja saco.
Assim, é muito bom ver a Ferrari competitiva e (imagine!) servindo de modelo de organização para as demais, o período que antecedeu tal resultado foi longo o suficiente para qualquer “tiffoso”.
Cacilda, Flávio Gomes!
Como você escreve bem tudo fica claro e parece fácil.
Eu não lembro onde eu li isso, mas o cavalinho rampante era uma espécie de amuleto da sorte que esse piloto usava… pelo jeito, funcionou.