tristeza – II
SÃO PAULO – Muito mais triste do que o fim da MZ é a morte de Ove Andersson, aos 70 anos, num rali de clássicos na África do Sul.
Andersson era um afável senhor, que aceitou o abacaxi imposto pela Toyota de levar a marca para a F-1. Seu negócio não era F-1, mas sim ralis. Foi piloto, e dos bons. Tenho uma foto dele, não sei onde, correndo com Jean Todt de navegador.
Na lama e no pó, Ove deu um caminhão de títulos à Toyota. Na F-1, não conseguiu se encaixar no Clube das Piranhas, como diz Eddie Jordan.
Estava aposentado, curtindo a vida. Morreu guiando.
Fatalidade e sorte. Morrer fazendo o que se gosta é para poucos.
O cara não dirigia…..dava verdadeiros RECITAIS de condução. Uma foto de um antigo rally em Portugal dizia: “….Ove Andersson, mostrando que a técnica do pêndulo também pode ser aplicado no asfalto, mas apenas para alguns….”. Esse senhor era um monstro no volante, claro que a maioria dos aficionados por fórmula 1 – mais novos notadamente – não saberiam equacionar a dimensão histórica dele.
Para um eterno piloto: antes em um acidente de corrida, do que de esclerose, esquecido por todos e somente lembrado quando da notinha de rodapé falando sobre a passagem.
Que o sedan branco o leve para o lugar merecido.
estou chocado…ainda ontem eu estava relendo o prefácio dele num anuário de Rali contando como era a vida dos pilotos de rali na época
Eu gostaria de morrer assim,fazendo o que gosto.
Mais um dos bons que se vai.