tristeza – II

SÃO PAULO – Muito mais triste do que o fim da MZ é a morte de Ove Andersson, aos 70 anos, num rali de clássicos na África do Sul.

Andersson era um afável senhor, que aceitou o abacaxi imposto pela Toyota de levar a marca para a F-1. Seu negócio não era F-1, mas sim ralis. Foi piloto, e dos bons. Tenho uma foto dele, não sei onde, correndo com Jean Todt de navegador.

Na lama e no pó, Ove deu um caminhão de títulos à Toyota. Na F-1, não conseguiu se encaixar no Clube das Piranhas, como diz Eddie Jordan.

Estava aposentado, curtindo a vida. Morreu guiando.

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Ricardo
Ricardo
15 anos atrás

Fatalidade e sorte. Morrer fazendo o que se gosta é para poucos.

Gustavo Millemiglia
Gustavo Millemiglia
15 anos atrás

O cara não dirigia…..dava verdadeiros RECITAIS de condução. Uma foto de um antigo rally em Portugal dizia: “….Ove Andersson, mostrando que a técnica do pêndulo também pode ser aplicado no asfalto, mas apenas para alguns….”. Esse senhor era um monstro no volante, claro que a maioria dos aficionados por fórmula 1 – mais novos notadamente – não saberiam equacionar a dimensão histórica dele.

EDU HARMEL
EDU HARMEL
15 anos atrás

Para um eterno piloto: antes em um acidente de corrida, do que de esclerose, esquecido por todos e somente lembrado quando da notinha de rodapé falando sobre a passagem.

Que o sedan branco o leve para o lugar merecido.

Germano
Germano
15 anos atrás

estou chocado…ainda ontem eu estava relendo o prefácio dele num anuário de Rali contando como era a vida dos pilotos de rali na época

Eric
Eric
15 anos atrás

Eu gostaria de morrer assim,fazendo o que gosto.

Mais um dos bons que se vai.