SEMANA QUE VEM…

SÃO PAULO (chique no úrtimo) – Passei boa parte da tarde hoje na loja do meu querido amigo João Siciliano, filho do saudoso Romeu, onde fui gravar com essa belezura aí para o “Limite”. Fazia tempo que estava devendo algo sobre os grandalhões da Willys, e como esse Itamaraty 1968 estava dando sopa…

Um carro interessantíssimo. O Itamaraty foi lançado pela Willys em 1966 para ser a versão de luxo do Aero. Aero que, diga-se, nasceu em 1952 nos EUA, chegou aqui em 1960 com linhas arredondadas (os colecionadores chamam os primeiros de “bolinha”), foi reestilizado em 1963 (o primeiro desenho de carroceria genuinamente brasileiro), recebeu um tapa na traseira em 1965 e carregou, durante toda sua vida, o motor de seis cilindros do Jeep, primeiro 2.600 cc, depois 3.000 cc.

Caso desse, motorzão de 3 litros e quase 140 hp, quatro marchas na coluna, painel de jacarandá, bancos de couro, batizado, segundo consta, pelo publicitário Mauro Salles. Foram feitas 17.216 unidades do Itamaraty, segundo o BestCars, além de 27 limusines usadas pelas maiores autoridades do Brasil. Tem uma no acervo da Presidência, acredito. O pessoal de Brasília pode confirmar.

A matéria vai ao ar no “Limite” terça-feira que vem.

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sergio
sergio
11 anos atrás

esta itamaraty já foi minha,comprei ela no final de 2000 para começo de 2001 na cidade de mairipora no estado de sao paulo,comprei para restaurar mas como estava construindo tive que vender um ano depois o rapaz que comprou era de mauá ele que restaurou o carro do jeito que esta na foto,ela antes do restauro estava com a pintura desvelada por causa do sol mas estava com a lataria impecavel bem lisa e alinhada e tinha que fazer a parte mecanica,mas estava andando.depois que eu vendi fiquei com dó e acabei comprando outra alguns anos depois que inclusive esta comigo,ela é 1967. qualquer dia vou dar uma passada em sua loja,tenho algumas fotos dela antes do restauro.fiquei contente de revela.

Marcelo Dias
Marcelo Dias
13 anos atrás

Minha imagem deste carro é diferente dos outros que já escreveram por aqui… Meu pai foi atropelado em 1981 por um Itamaraty idêntico ao da foto…. Ele desceu da Brasília com pressa e nem viu o carro vindo. O rapaz que o atropelou ficou desesperado, pois estava com a carta vencida e o carro não era dele.

Felizmente, não foi tão grave, apenas uma fratura no tornozelo.

Mauricio
13 anos atrás

Carro lindão mesmo!
Tenho saudade. Era ainda um garoto, talvez coisa de nove para dez anos. Fiz uma viagem com meu pai de SP a Ponte Nova – MG, via BH. Fomos num carro desses com motorista e tudo. O carro éra da empresa onde ele trabalhava.
A viagem foi maravilhosa e o carro era muito confortável.
Pena que na volta ocorreu um acidente… Mas essa é uma outra história.

Tiago
Tiago
13 anos atrás

O carro é muito bonito!

Tiago
Tiago
13 anos atrás

O carro é o muito bonito!

roberto nasser
roberto nasser
13 anos atrás

fg,
dois pontos.
de executivo. foram 27 os construídos mas 25 os comercializados. os dois primeiros, de 1966, devidamente esmagados.
o pessoal de brasília pode confirmar – sim, desde que tenha ido ao museu do automóvel, onde há unidade com 10.ooo km originais, equipado com item exclusivo da Capital: um telefone em automóvel;

de bolinha. divulga-se ter sido o aero 63 projeto nacional. não é verdade. é re-leitura do brook stevens, também norte-americano. nacionais foram intervenções outras: o desenvolvimento dos paralamas esticados na carroceria 65 para cá; a transmissão de 4 marchas com primeira sincronizada; o motor 3.0; o cabeçote com coletor de admissão separado. sucesso.

Orlando Salomone
Orlando Salomone
13 anos atrás

Belo carro. Tive um Aero 2.600, ano 1967, cinza. Em 90, viajava todo final de semana a Ipeúna/SP, na Edra, escola de pilotagem. Isso, durante três anos, sempre de pé no porão. Belo dia, chegando em casa, as bielas “abdicaram”. Ao parar na porta, me esperava um amigo, com um Landau 73, verde metálico, que me disse: “Vim buscar o Aero!”. Bateu biela, respondi. Não interessa, levo assim mesmo. Largou o Landau, trocamos os documentos e levou o Aero. Batendo biela.

Tiago Mio
Tiago Mio
13 anos atrás

Meu tio, tinha uma Aero Willys 2600 modelo 63 era vermelha lindona, depois ele vendeu e comprou uma Itamaraty 1967.
Ele diz, que foi uns dos mais luxuosos carros que ele já teve.

Flávio Bragatto
Flávio Bragatto
13 anos atrás

É o tipo de carro que pobre não pode ter nem que custe R$1,00!!!

Assim como Omega, Audi, Alfa 164, Mercedes Classe A, que são carrões de elite, desvalorizam e caem de preço… aí se transformam em grandes barcas detonadas enchendo de lágrimas olhos sensíveis a maus tratos com os estes automoveis.

Este Itamaraty foi na época um Mercedes-Benz top e caríssimo. Graças à Deus, este aí sempre esteve nas mãos de gente de berço.

Sergio
Sergio
Reply to  Flávio Bragatto
13 anos atrás

“Gente de berço…? Vc é de qual berço?

Roberto Costa
Roberto Costa
13 anos atrás

O Itamaraty que atendeu a Rainha Elizabeth está no Museu do Roberto Nasser em Brasília assim como um Landau que foi da Presidencia da Republica.

Tramontini
Tramontini
13 anos atrás

Também me deixa muita saudades desta época em que
tinhamos concessionária Willys em Encantado RS.
Em Águas de Lindóia eu rodei na volta deste Itamaraty na loja do nosso amigo João Siciliano todos os dias e torei várias fotos dele, está muito íntegro, vale a pedida de 40 pilas.
Forte abraço
Eugênio Tramontini

ALEX B.
ALEX B.
13 anos atrás

Baaaahhhhh, I can’t wait!

Mário Mesquita
Mário Mesquita
13 anos atrás

Eh, velho, tava devendo algo sobre o Aero, viva! meu primeiro carro velho foi um Aero 61, motor de Opala 4c rodas Mangels, não era 100% original, mas charmoso. Aí, comprei um 1964 e como tava meio duro, passei o 61. Em seguida comprei um 62 inteiro, mas se a caixa, num ferro velho, incrivel. Tempos depois troquei os dois num Ford 1946. Mas nunca esqueci os Willys. Tive até dois Gordini.
Há uns 4 anos peguei um Aero 1960, em bom estado e estou com ele até hoje. Infelizmente, parado, no sol e na chuva por falta de vaga coberta. Se Deus quiser esse ano dou uma mini-reforma nele e tiro o coitado das intemperies. Ele merece, dono desnaturado…

Sérgio Castro
Sérgio Castro
Reply to  Mário Mesquita
13 anos atrás

Mário, já ouvimos vc falar dessa reforma algumas vezes, será que vai rolar mesmo? Lembre-se que o original mesmo deteriorado pelo tempo, vale mais que um reformado…

Mário Mesquita
Mário Mesquita
Reply to  Mário Mesquita
13 anos atrás

Sergio, eu tô igual a politico: Só prometo…

A reforma é na verdade uma pintura e uma esticadinha numa lateral traseira por um “cyborg”. O carro levou um toque no predio da antiga dona. O carro é pouco rodado, mas com a pintura gasta e tomando sol e chuva fica daquele jeito. O teto foi até pintado para uma filmagem. Pra mim, um banho, talvez fazendo um saia-e-blusa já dava um tapa. Interior bom, motor e suspensão zero… Hei de tomar jeito!

Antonio VK
Antonio VK
13 anos atrás

Belíssimo. Clássico.

Reynaldo
Reynaldo
13 anos atrás

Considero o Aero e Itamaraty carros sóbrios e de qualidade, bem diferente dos Simca que eram espalhafatosos”bregas” e merecedores do apelido que tinham. Tive um Aero 65 que andava muito…

Bianchini
Bianchini
13 anos atrás

Demorou para falar dos Aeros, mas quando o fez, fez em grande estilo…

ags
ags
13 anos atrás

belo exemplar……………………..belo..

Pedro Jungbluth
Pedro Jungbluth
13 anos atrás

Lindo carro. A lado do Uirapuru, são os dois grandes clássicos brasileiros.

JOÃO DALL'ORTO MELLO
13 anos atrás

Que saudades da minha infância , de meu tio Roberto que teve um Itamaraty, lá por 67-68 , sei lá… Tenho saudades dos tempos em que os automóveis de Alto Luxo possuíam QUEBRA VENTO e o AR que se respirava era o AR AMBIENTE (Oxigênio, etc e tal) e não essas porcarias de ar condicionado que oprimem minha garganta e meu nariz.
Tenho um conhecido daqui de Itajaí-SC, o Jonas Dutra, que possui um Aero Willys 1962 , da cor verde musgo, trata-se de uma peça raríssima pois está impecável . Hoje em dia este Aero Willys 62 , o Jonas utiliza para servir de veículo para transportar noivas até a Igreja para cerimônias de casamento chiques da minha terra.
Tanto o Aero Willys quanto o Itamaraty , bem como o fantástico Simca V8 Tufão , são ícones de um tempo em que a vida corria mais devagar. Não havia frescuras de direção hidráulica, air bag, vidros elétricos, drogas de câmbio automático, cintos amarradores de tórax, compoutadores de bordo e outras “viadagens” dehoje em dia…
Parabéns, Flávio Gomes, por amar e adorar os automóveis da fantástica década de 60, como também os DKW, Belcar, Fissore, Vemaguetes, Gordinis, Dauphines , Simca Jangada , Esplanada, Interlagos, Lorenas e outros bichos bons de briga.
Forte abraço do João, de Itajaí-SC

Sergio Ricardo
13 anos atrás

Uma de minhas lembranças de infância é abrir uma revista antiga e ver uma propaganda do lançamento do Itamaraty era vermelho sangue. Hoje para vc ver um carro destes em cor berrante só mandando pintar.

Tulyo Cruz
Tulyo Cruz
13 anos atrás

Lindo,lindo,lindo e lindo.

Bofofo
Bofofo
13 anos atrás

Aff… desse jeito não dá…

Old parts
Old parts
13 anos atrás

Já ví há alguns anos uma limousine Itamaraty no Museu Aeroespacial do Campo dos Afonsos, não sei se ainda está lá..

petrafan
petrafan
13 anos atrás

meu tio teve um Itamaraty. tenho algumas lembranças esparsas do carro.

Luiz Eduardo
Luiz Eduardo
13 anos atrás

A limousine chamava-se Itamaraty Executive.

geraldo nunes
geraldo nunes
13 anos atrás

Lindona, meu padrinho chegou a ter um, ainda me lembro bem pequeno dos bancos de couro…

Alexandre - Minas
Alexandre - Minas
13 anos atrás

Tem uma limusine Itamaraty aqui em BH, com bandeirinha do Brasil nos para-lamas e tudo mais, mas não sei quem é o colecionador.

jose silva
jose silva
13 anos atrás

aqui em curitiba tem uma limusine aero no museu do carro

Jason Vôngoli
Jason Vôngoli
13 anos atrás

Me disseram que o João está vendendo uma Ural. É verdade?

Flavio Gomes
Flavio Gomes
Reply to  Jason Vôngoli
13 anos atrás

Sim. Lindona.

Leo
Leo
13 anos atrás

Meu pai teve um desse, identico só que verde oliva com interior em couro caramelo, foi em 1975, eu, um moleque de 12 anos dava uns paus nele, os freios a tambor arrastavam muito, meu pai não tinha o minimo juizo…